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ED FENOMENOLOGIA 2021

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Neste Modulo estão inseridos os exercícios que compõem os Estudos
Disciplinares da disciplina.
 
Como você sabe, os estudos disciplinares são atividades supervisionadas por
professores e devem ser desenvolvidas, obrigatoriamente, pelos estudantes no
site da Universidade Paulista – UNIP. 
 
Semanalmente, você deve realizar os exercícios designados pelo professor,
justificando sua resposta, após consulta à bibliografia básica e complementar
que está disponível na biblioteca do campus. Posteriormente, o professor
corrigirá o exercício em sala de aula e na plataforma digital.
 
Há neste módulo 15 exercícios. Todos devem ser respondidos e justificados.
Para ser aprovado em ED, você precisa acertar 10 exercícios.
Exercício 1:
QUESTÃO ADAPTADA DO ENADE 2013 
 
A psicologia como ciência caracteriza-se pela tensão entre recortes
epistemológicos e pressupostos ontológicos sobre seu objeto, criando, ao longo
de sua história, uma diversidade de abordagens, tal como o cognitivismo e a
psicologia fenomenológica. Em relação à concepção da psicologia
fenomenológica como ciência, são feitas as seguintes afirmativas: 
 
I. A Psicologia Fenomenológica, inspirada nas filosofias de Husserl e Heidegger,
preconiza uma visão de ciência centrada na concepção de descrição precisa dos
dados da experiência. 
 
II. A Psicologia Fenomenológica é contrária à ciência e ao conhecimento
científico, pois nega a possibilidade de qualquer conhecimento verdadeiro. Para
ela há apenas opiniões e perspectivas; “cada cabeça, uma sentença.” 
 
III. Para a psicologia fenomenológica, a experiência é irredutível a uma análise
descontextualizada do mundo do existente; portanto, os métodos
experimentais não são adequados. 
 
IV. A Psicologia Fenomenológica reúne um grupo amplo e diverso de
abordagens divergentes entre si, que compartilham a crença na natureza boa
do indivíduo e sua capacidade inata de desenvolvimento e complexificação. 
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas 
A)
I e II. 
B)
I e III.
C)
II e III.
D)
II e IV.
E)
III e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Segundo Feijoó (2011), “Husserl propõe que, frente ao fenômeno, possamos
assumir uma atitude antinatural própria à fenomenologia.” (p.29) A psicóloga se
baseia na distinção efetuada por Edmund Husserl no livro A Idéia da
Fenomenologia (1907). Diz ele que na atitude natural, “na percepção, por
exemplo, está obviamente diante dos nossos olhos uma coisa; está aí no meio
de outras coisas, vivas e mortas, animadas e inanimadas, portanto no meio de
um mundo que, em parte, como as coisas singulares, cai sob a percepção...
(p.39)
 
Sobre as atitudes natural e fenomenológica é verdadeiro afirmar que:
 
I – A atitude natural é o modo como cotidianamente encontramos as coisas no
mundo, existindo por si mesmos.
II – Passa-se da atitude natural para a fenomenológica quando se reconhece a
necessidade de mensurar a realidade existente fora e independente do sujeito
(isto é, o fenômeno).
III – A atitude fenomenológica refere-se a um passo metodológico pelo qual a
consciência suspende a crença na realidade em si dos objetos do mundo. É a
chamada epoché. Surgem, então, os fenômenos. 
IV – Embora Husserl não se preocupasse com a prática psicológica, a atitude
fenomenológica foi assumida pela Psicologia como uma possibilidade. Tal
atitude acontece na prática psicológica como esforço do psicólogo de deixar que
o outro revele os significados de sua experiência tal como a experiência.
 
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:
 
A)
I, III e IV.
B)
I, II e III.
C)
III e IV.
D)
II, III e IV.
E)
II e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 3:
“Fenomenologia diz então: αποφα?νεσθαι τα φαιν?µενα – deixar e fazer ver por
si mesmo aquilo que se mostra, tal como se mostra a partir de si mesmo. É
este o sentido formal da pesquisa que traz o nome de fenomenologia. Com isso,
porém, não se faz outra coisa do que exprimir a máxima formulada
anteriormente – ‘para as coisas mesmas!’” (p.65)
 
(Heidegger, M. Ser e Tempo. São Paulo: Ed. Vozes, 1998)
 
I – A Fenomenologia é antes de tudo um método de acesso ao sentido de cada
fenômeno. Fenomenologicamente compreendido, o fenômeno já é um modo
privilegiado de encontro. 
II – A fenomenologia é um acesso ingênuo ao mundo, isto é, uma busca daquilo
que é imediato na aparição. 
III – Fenômeno e manifestação são, de um ponto de vista fenomenológico, o
mesmo. Ambos são o mostrar-se de algo que não se mostra, uma coisa em si.
IV – A fenomenologia enquanto método é uma reaprendizagem do olhar. É o
esforço incessante de apreender a linguagem das próprias coisas.
V – Dizer que a fenomenologia é um método significa reconhecer que ela se
pergunta pelo como, o modo de acesso privilegiado às coisas. Nesse sentido é
que ela é a ciência dos fenômenos. 
 
Das afirmações acima, estão CORRETAS somente:
A)
I, II e IV.
B)
I, III e V.
C)
II, IV e V.
D)
I, IV e V.
E)
I, II, IV e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 4:
Feijoo cita um trecho do relato de caso da paciente sra. K, analisada por Boss,
cuja primeira análise fora motivada por sintomas histéricos e, posteriormente,
sintomas ginecológicos (corrimento vaginal) e transtornos alimentares (grande
oscilação de apetite e peso). Após quatro anos de análise, a paciente relata o
seguinte sonho:
 
Entra um homem, um professor, com uma aparência expressiva,
inteligente. O analista o apresenta à paciente. O professor sai com ela sem
dar maior importância ao analista. Vão, ambos, a uma grande festa. Ei-los
na varanda contemplando a noite. Eles sabem estar unidos por todos os
seus pensamentos e todos os seus sentimentos. Nenhum apetite sexual.
Naturalmente, eles se casarão e conhecerão, então, a união carnal. Mas
sabem esperar. Na casa, o baile terminou. Eles não conseguem parar de
contemplar as estrelas. A partir daí é o céu que começa a mandar na festa.
As estrelas se juntam até formar um gigantesco pinheiro de Natal.
Poderosos órgãos cósmicos tocam a melodia da paz na Terra. A paciente,
no seu sonho, cai, então, em sono profundo. Ela acorda tarde na manhã
seguinte, porém feliz. (BOSS, 1959 apud FEIJOO, 2011, p.80)
 
Sobre o sonho da sra K. e o sonhar na psicoterapia daseinsanalítica (Feijoo,
2011; Evangelista, 2015), está correto afirmar:
 
A)
Os sonhos revelam possibilidades existenciais que uma existência singular está
incapaz de se apropriar na vida desperta. Cabe ao daseinsanalista considerar
com o paciente a quais fenômenos a existência do sonhador está aberta.
B)
Como os sonhos revelam desejos da existência, o sonho da sra. K. revela que
ela deseja viver um amor platônico com alguém, de preferência alguém
intelectualizado, com quem virá a se casar. Nesse sonho ela vivencia a
realização desse desejo.
C)
Na Daseinsanalyse os sonhos são premonitórios. Assim, este sonho antecipa
um evento que realmente se dará na sua vida posteriormente, que é se casar
com alguém.
D)
Os sonhos revelam aspectos da relação do paciente-analista. No sonho, a
paciente rejeita seu analista (“O professor sai com ela sem dar maior
importância ao analista.”), o que indica que ela, realmente, sente amor por ele.
E)
Como os sonhos são reais, já que não acontecem no mundo (aí) compartilhado
em vigília, eles não têm importância na terapia daseinsanalítica.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 5:
Trecho extraído da Carta Sobre o Humanismo, de Martin Heidegger. 
 
Do mesmo modo com ‘animal’, zõon [animal], já se pro-pôs uma interpretação
da ‘vida’ que repousa necessariamente sobre uma interpretação do ente como
zoé [vida] e physis [energia], em meio à qual se manifesta o ser vivo. Além
disto e antes de qualquer outra coisa, resta, enfim, perguntar se aessência do
homem como tal, originalmente – e com isso decidindo previamente tudo –
realmente se funda da dimensão da animalitas [animalidade]. Estamos nós no
caminho certo para essência do homem, quando distinguimos o homem e
enquanto o distinguimos, como ser vivo entre outros, da planta, do animal e de
Deus? Pode-se proceder assim, pode-se situar, desta maneira, o homem em
meio ao ente, como um ente entre outros. Com isso se poderá afirmar,
constantemente, coisas acertadas sobre o homem. É preciso, porém, ter bem
claramente presente que o homem permanece assim relegado definitivamente
para o âmbito essencial da animalitas; é o que acontecerá, mesmo que não
seja equiparado ao animal e se lhe atribuir uma diferença específica. (...) Um
tal pôr é o modo próprio da Metafísica. Mas com isso a essência do homem é
minimizada e não é pensada em sua origem. (...) A Metafísica pensa o homem
a partir da animalitas; ela não pensa em direção de sua humanitas
[humanidade]. (p.352)
 
(HEIDEGGER, M. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção Os Pensadores.
São Paulo: Abril Cultural, 1973)
 
 
Considere as afirmativas abaixo sobre a “essência” do homem para a
fenomenologia-existencial:
 
I – Segundo Heidegger a essência do homem não pode ser pensada a partir da
animalidade (animalitas). Com isso ele critica o conceito de animal racional,
propondo que o homem deva ser pensado a partir de sua irracionalidade.
II – Pensar o homem a partir da animalitas não é exclusividade da Metafísica.
Nós, cotidianamente, pensamos o homem (e nós mesmos) a partir da
animalitas a todo o momento em que nos compreendemos como um organismo
vivo (zoé).
III – A essência do homem para a Daseinsanalyse não está em sua constituição
física, nem psíquica, nem social. A essência do homem é ser-aí (Dasein).
IV – Conceber o homem como bio-psico-social permanece preso à interpretação
“do ente como zoé [vida] e physis [energia], em meio à qual se manifesta o ser
vivo.” Portanto, não nos aproxima mais da essência do humano.
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas:
A)
II e IV.
B)
I e IV.
C)
II e III.
D)
II, III e IV.
E)
I, II e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 6:
Segundo Feijoó (2011), é necessário retomar a noção de Dasein (ser-aí)
delineada por Heidegger em Ser e Tempo para a elaboração de uma ‘psicologia’
fenomenológico-existencial. Uma primeira apresentação da ‘definição’ de Dasein
está no §9 do livro filósofo, onde ele indica que 1) “a ‘essência’ deste ente [nós
mesmos] está em ter de ser” e 2) “O ser, que está em jogo no ser deste ente, é
sempre meu.” (Heidegger, 1927/1998, p.78) 
 
Que nossa existência é dasein (ser-aí) significa:
 
I – O ser-aí é sempre uma possibilidade de ser si-mesmo. Isso significa que a
existência é as possibilidades existenciais que realiza.
II – Existir significa compreender ser, tanto de si mesmo quanto dos outros e
das coisas. Há vários modos de ser.
III – A “essência” do homem (ser-aí) configura-se a partir do primeiro momento
em que surge no mundo (nascimento), tornando-se, então, “ser-no-mundo”.
IV – Para Heidegger, a existência não tem uma essência quididativa; isto é,
Dasein é atravessado pelo Nada, que é a indeterminação ontológica enquanto
tarefa de ter-que-ser. 
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas:
A)
I, III e IV.
B)
II, III e IV.
C)
I e II.
D)
I, II e IV.
E)
II e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 7:
Leia o trecho abaixo, extraído de um livro do analista existencial
norteamericano Rollo May:
 
“A maioria dos que leem trabalhos referentes à analise existencial
[daseinsanalyse] como manuais de técnica se desapontam. Eles não encontram
métodos práticos especificamente desenvolvidos. Grande parte dos analistas
existenciais não se mostra muito interessada em assuntos técnicos. O motivo
principal de não estarem interessados em formular técnicas, sem nenhum
constrangimento por isso, é que a análise existencial é uma forma de
compreensão da existência humana, ao contrário de um sistema de
‘explicações’.” (p.166)
 
(MAY, R. A descoberta do Ser, Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1993)
 
I. De acordo com o texto acima a própria ideia de compreensão da existência
humana é contrária aos assuntos técnicos, de modo que eles devem ser
excluídos em uma daseinsanálise. 
II. De acordo com o texto, a maioria dos daseinsanalistas não se debruça sobre
assuntos técnicos, pois o que constitui o cerne da compreensão da existência
humana não é um sistema de explicações.
III. O texto não nega em momento algum a possibilidade de o daseinsanalista
fazer uso de técnicas especificas. Ele apenas aponta o fato de que a
preocupação primeira desses analistas é a compreensão da existência humana.
IV. O texto fala do desapontamento de não encontramos dados suficientes nas
obras de análise existencial, de modo que sempre permanecem dependentes de
outros manuais de técnica. 
V. De acordo com o texto há uma distinção importante entre uma compreensão
da existência humana e um sistema de explicações, sendo que a primeira é
sempre o objetivo principal dos daseinsanalistas.
 
Das afirmações acima estão CORRETAS apenas:
 
A)
II, III e V.
B)
I, III, IV e V.
C)
II, III e IV.
D)
I, III, IV e V.
E)
I, II, III e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 8:
QUESTÃO ADAPTADA DO ENADE 2013
 
Uma paciente de 20 anos de idade, em uma entrevista inicial, relata um quadro
diagnosticado como Transtorno de Pânico Sem Agorafobia (DSM IV 300.01):
“Doutora, não sei o que eu tenho... estava na minha casa sozinha. Quando fui à
cozinha, comecei a sentir mal! Senti como se algo horrível fosse acontecer.
Senti como se estivesse morrendo... Minhas mãos começaram a formigar. Meu
coração disparou, mal conseguia respirar. Nada estava acontecendo e eu não
sabia o que me acontecia. Achei que meu coração ia parar! Comecei a chorar! O
médico me disse que eu não tinha nada. Me receitou um ansiolítico e me
mandou para casa. Isso foi há um ano. Isso ocorreu mais de uma vez e sempre
de repente! Às vezes, quando menos espero. Eu estou apavorada! Não sei o
que acontece, nem quando vai acontecer! Tenho medo de enlouquecer ou de
ter um ataque cardíaco! E eu sou atleta! Sei que não tem nada a ver! Nunca
tive nada disso! Nunca usei drogas! E o médico me disse que minha saúde está
bem. Meus pais estão bem! Minha relação com eles é boa! Tenho namorado!
Agora não consigo nem ir à aula na faculdade sem ter medo! Mesmo em casa
fico preocupada! O que é que eu tenho? Tem tratamento?” 
 
Considerando-se a terapia daseinsanalítica como referencial para compreender
os quadros psicopatológicos e seu diagnóstico, são feitas as seguintes
afirmativas: 
 
I. A daseinsanalyse recorre à nosografia descrita no DSM IV para elaborar o
diagnóstico do paciente antes de iniciar qualquer intervenção. É necessário
saber qual é a psicopatologia que restringe a existência do paciente para poder
orientá-lo quanto a quais possibilidades existenciais ele precisa se abrir. No caso
do já diagnosticado Transtorno de Pânico Sem Agorafobia, é necessário
desenvolver em conjunto com paciente modos-de-ser menos ansiosos,
promovendo tranquilidade e bem-estar à sua existência. 
 
II. Como a paciente foi diagnosticada com Transtorno de Pânico Sem
Agorafobia, o primeiro passo da terapia daseinsanalítica é ensinar a paciente a
identificar e controlar os ataques de pânico. Ela só conseguirá eliminar o
Transtorno de Pânico Sem Agorafobia, recobrando domínio sobre seu existir,
quando deixar de ser refém dos ataques que a acometem. 
 
III. O diagnóstico psicopatológico é uma referência importante para o psicólogo
daseinsanalítico, mas não pode ser sobreposto à observação direta do paciente
nem à busca de uma compreensão conjunta com ele sobre como são para ele
os acontecimentos que compõem sua existência. Nesse caso,cabe ao
daseinsanalista investigar com o paciente como ele se sente, como compreende
o que se passa com ele, etc. 
 
IV. Em uma perspectiva fenomenológica existencial, a classificação de quadros
psicopatológicos elucida as vivências subjetivas, pois a classificação explica o
sintoma e valida o relato do paciente. Assim, a descrição das vivências da
paciente é objetivada. 
 
Estão CORRETAS somente a(s) afirmativa(s): 
 
A)
I e IV. 
B)
I e III. 
C)
II e III.
D)
IV. 
E)
III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 9:
Segundo JARDIM (2015),
 
Por um lado, na familiaridade da queda (Verfallen) o fazer repetitivo é
constitutivo e indispensável para o existir, tornando desnecessário que as
atitudes sejam pensadas e percebidas a todo o momento; por outro, essa
mesma repetição pode se tornar um aprisionamento quando restringe a
possibilidade de surgimento de um novo modo de ser, isto é, de uma ação
propriamente dita que abra outros caminhos para lidar com os
questionamentos próprios de cada um. (p.69-70)
 
Na terapia daseinsanalítica isso implica em:
 
I – O terapeuta deve retirar o paciente da familiaridade da queda.
II – Não se pode falar de ‘neurose’ na Daseinsanalyse, mas, sim, de modos
repetitivos de ser. Assim o Dasein pode ter uma estrutura repetitiva, isto é,
uma essência que tende a repetir. Cabe ao terapeuta descrever essa estrutura e
o paciente assumi-la como sua.
III – O sofrimento existencial está relacionado a uma queda no fazer repetitivo
que fecha para novos modos de ser.
IV – O sentido da ação clínica é resgatar a condição de agente, isto é, iniciante
na própria vida, recuperando a liberdade para projetar-se adiante.
 
Estão corretas somente:
A)
I, II e III.
B)
II, III e IV.
C)
III e IV.
D)
I e III.
E)
I e II.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 10:
QUESTÃO EXTRAÍDA DO V CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS PARA
CONCESSÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA HOSPITALAR,
2013.
 
Virginia, 43 anos, é encaminhada para avaliação psicológica após diagnóstico de
um câncer de mama e indicação de quimioterapia, que até então, se recusa a
fazer. Chega muito abalada com o diagnóstico e a primeira frase que diz para a
psicóloga é: “Eu não sei se devo fazer a quimioterapia. Eu tenho certeza que eu
fiz este câncer... desde que eu abortei um filho, quando tinha 25 anos eu nunca
mais fui a mesma. Me tornei uma pessoa fechada, triste e com muita raiva... E
eu sei e todo mundo fala, inclusive um médico com quem passei, que tristeza
causa câncer”.
 
À luz da compreensão de saúde e doença na Daseinsanalyse, está CORRETO
afirmar que:
A)
O câncer de mama é a concretização ôntica da dificuldade de lidar com o luto
pelo aborto. Assim, a culpa pelo aborto pode ser entendida fenomenológico-
existencialmente como causa do crescimento celular descontrolado num órgão
ligado à maternidade.
B)
A psicologia hospitalar pode oferecer muito pouco a esta paciente, cuja
somatização revela incapacidade de simbolizar. A simbolização é, na
fenomenologia-existencial, necessária para se compreender como os pacientes
significam suas vivências e para ressignificá-las.
C)
O sentido do câncer de mama deve ser buscado à luz da compreensão de que
doença é privação, falta. Portanto, deve ser compreendido à luz das
possibilidades existenciais que se encontram limitadas.
D)
A Daseinsanalyse é uma psicologia que trabalha com base na significação das
vivências. As significações são psicológicas, enquanto o câncer de mama é
somático; não há, portanto, relação entre elas.
E)
A compreensão daseinsanalítica do câncer de mama precisa retraçar com a
paciente a história das manifestações dos fenômenos de culpa ao longo de sua
biografia. Esta abordagem pressupõe que a culpa vai se encobrindo, tornando-
se inconsciente, até que se fenomenaliza somaticamente.
 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 11:
Em artigo sobre psicoterapia fenomenológico-existencial infantil, Feijoo (2011)
afirma: 
 
Em síntese, a clínica psicológica infantil com fundamentos existenciais
requer primeiramente uma postura fenomenológica [...] Em segundo lugar,
cabe dizer que liberdade e responsabilidade na perspectiva existencial
dizem respeito ao caráter de indeterminação da existência e ao fato de
que, qualquer que seja a etapa da vida, cada um tem de cuidar de sua
existência. [...] E, por fim, para pensar em uma clínica fenomenológico-
existencial infantil, é preciso partir da ideia de que desde o início a criança
é este ente que, por se constituir pela indeterminação, exposto, jogado,
lançado para fora dele, livre de determinações, é marcada pelo caráter de
poder ser e ter de ser. (p.189)
 
[Ref.: FEIJOO, A. A clínica psicológica infantil em uma perspectiva
existencial. Rev. abordagem gestalt. 2011, v.17, n.2, pp. 185-192.]
 
Considerando a fenomenologia existencial como fundamento de psicoterapia
infantil está correto afirmar:
 
I – A postura fenomenológica indicada pela autora exige a suspensão de
concepções apriorísticas sobre o desenvolvimento infantil. Assim, o
psicoterapeuta daseinsanalítico não pode comparar o comportamento da
criança observado em sessão clínica com o ‘esperado’ para essa fase do
desenvolvimento.
II – Os comportamentos da criança em sessão devem ser compreendidos à luz
de seu sentido, isto é, quais são os nexos significativos e as motivações do
comportamento.
III – Sendo toda criança indeterminada, torna-se necessário que o
psicoterapeuta prepare atividades, jogos e situações para propor a ela a fim de
explorar como lida com responsabilidade e liberdade existenciais.
 
Estão corretas somente:
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
I e III.
D)
I, II e III.
E)
II.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 12:
Ana procura um psicólogo. Na primeira sessão ela apresenta o que motivou sua
procura. Conta que tem 42 anos, é divorciada, está morando com um homem
(João) há cinco anos e percebe que este relacionamento “está por um fio”. Perto
do fim da sessão, reflete:“minha mãe diz que eu sou teimosa desde a barriga
dela.” Resolveu procurar finalmente um psicólogo, pois, depois da última briga,
João saiu de casa e passou três dias sem dar notícias. “Ele nunca foi assim”,
diz, com cara de incompreensão. Nesse período Ana se sentiu muito mal, triste;
diz: “fiquei deprimida, perdi o chão. Conclui dizendo ao psicólogo: “Preciso que
você me ajude a controlar minha teimosia.” 
 
O psicólogo que a recebe é daseinsanalítico. Ele ouve a narrativa de Ana e
recorre à concepção de Historiobiografia de Critelli (2012) para compreender o
sentido de seu ser-histórico. Isso significa que:
 
I – Na narrativa dessa história pessoal e na sua interpretação, é possível
redescobrir os nexos através dos quais se ligam os acontecimentos da
existência de Ana e o sentido de ser já realizado. 
II – O sentido processo psicoterapêutico como Historiobiografia é tornar o
próprio destino disponível para nossa ação e autoria.
III – O método fenomenológico exige que Ana suspenda (epoché) as crenças e
explicações que tem sobre sua história e seu comportamento. O psicólogo zela
para que o paciente faça isso.
IV – Ao dizer: “minha mãe diz que eu sou teimosa desde a barriga dela,” Ana
revela uma historieta, indicativa de seu perfil, seus sonhos e temperamento,
que orienta seu posicionamento nas situações de sua vida.
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas: 
A)
I, II e III.
B)
II, III e IV.
C)
I, III e IV.
D)
II e IV.
E)
I, II e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 13:
Paula é uma mulher de 54 anos, casada há 36. Procura um psicólogo pois sente
que seu casamento está terminando. Seu maridonão a procura mais
sexualmente e ela teme que ele tenha uma amante. Ela diz que tem se
esforçado para recuperar a relação, como fez em outros momentos da vida do
casal em que sentiu que as coisas não iam bem. Conta que na última discussão
com seu marido disse a ele que ele precisava fazer terapia, mas como ele
recusou, foi ela quem acabou vindo. Mas está desesperançosa, pois toda vez
que tenta iniciar um diálogo ou “criar um clima romântico”, segundo ela,
acabam brigando. 
 
O psicólogo é daseisanalítico é pede a Paula que retome a última vez que isso
aconteceu e descreva suas intenções. Essa intervenção está de acordo com os
fundamentos da terapia daseinsanalítica descritos por Critelli (2012), pois: 
 
I – Os atos de Paula não são autossignificantes. O significado deles aparece nas
relações com os outros. Pensando na especificidade da relação com seu marido,
o significado das ações de Paula depende de como elas repercutem nele.
II – Conhecer as intenções de Paula é a chance de o psicólogo descobrir se seu
marido entendeu errado o significado das ações dela.
III – O psicólogo pergunta a ela suas intenções, pois estas permanecem
veladas a quem age. A psicoterapia tem o objetivo de desvelar as intenções das
ações dos pacientes.
IV – Compreender as intenções dos gestos e das ações de Paula possibilita ao
psicólogo orientá-la a agir mais de acordo com suas intenções. Esse é o
objetivo da psicoterapia fenomenológico-existencial: aproximar ao máximo as
intenções (singulares) das ações (compartilhadas).
V – As intenções vinculam Paula aos seus atos. Se seus atos perdem o vínculo
com suas intenções, ela corre o risco de se perder de si mesma, absorvida pelo
testemunho dos outros.
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas:
 
A)
I e V.
B)
I, II e V.
C)
II, III e IV.
D)
II, IV e V.
E)
I, III e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 14:
Adriana foi encaminhada ao psicólogo por seu endocrinologista. Ela está muito
acima de seu peso ideal. Começou uma reeducação alimentar, mas considera
que “come por ansiedade”, que “comida é compulsão” e que enquanto “não
conseguir se controlar sua voracidade” não conseguirá emagrecer como precisa.
Ela pede ao psicólogo: “Preciso que você me ajude a ter controle sobre mim.” O
psicólogo que a atende é daseinsanalista e reconhece nesse pedido da paciente
uma manifestação do modo-de-ser da Era da Técnica (Pompeia & Sapienza,
2011). Considere as afirmativas abaixo: 
 
I – Assim como muitas pessoas que procuram psicoterapia, Adriana está
tentando controlar algo. O psicólogo daseinsanalítico investigará com ela o
sentido dessa necessidade, a fim de que ela consiga ela mesma se controlar,
sem depender do psicólogo.
II – Adriana espera que o terapeuta seja capaz de livrá-la de algo que a
atrapalha e precisa ser extirpado de sua vida. Ela sente que precisa livrar-se de
sua voracidade. O terapeuta daseinsanalista compreende liberdade como
“liberdade de...”, o que significa que ele a acompanhará com a intenção de
resgatar sua liberdade da voracidade.
III – O psicólogo daseinsanalista não tem o poder de realizar o que Adriana
pede (livrá-la da voracidade). Oferece, outrossim, a ocasião de Adriana poder
se aproximar do seu existir.
IV – O psicólogo daseinsanalista deve se colocar na relação terapêutica com
Adriana como um parceiro na procura pela verdade de sua história (seu
momento atual, o já vivido e o ainda por viver.) 
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas:
A)
I e II.
B)
II e III.
C)
III e IV.
D)
I, III e IV.
E)
II, III e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 15:
Édson, comerciante de 49 anos, procurou psicoterapia no começo do ano. Logo
no início da primeira sessão conta que tem dúvidas quanto a permanecer
casado. Considera que se casou jovem, quando não tinha tanta experiência, e
que se pudesse voltar no tempo teria esperado mais para tomar essa decisão.
Está casado há 30 anos e tem 3 filhos (João, 27, Édson Jr., 24 e Juliana, 16).
Perdeu o emprego há 10 anos e começou um negócio próprio de venda de
cosméticos, mas desde então vivencia dificuldades financeiras. Conta que a
esposa, que ”tem um salário muito bom”, ajuda nas finanças. Sente que ela o
cobra e critica constantemente. Não fez a faculdade de administração que
queria ter feito, o que contribui para a sua sensação de ser um fracassado.
Conta que quando fica em casa é desleixado, às vezes nem faz a barba.
Conversa muito pouco com sua esposa e quando faz, frequentemente acabam
discutindo. Conta que não têm relações sexuais há muitos anos.
 
Conta que antes de se casar saía com muitas mulheres. Essa atitude não
mudou desde que casou, pois frequentemente sai com mulheres sem que sua
esposa saiba. Às vezes os relacionamentos extraconjugais ficam mais sérios,
como o que vivencia atualmente. Está se relacionando com Joana há 2 anos.
Sente-se cobrado por Joana, que mais uma vez ameaçou terminar o
relacionamento com ele caso ele não se divorcie para ficar ela. Nos últimos
meses, não sente “tanto tesão por ela”, explicando que “não tem suportado
ficar deitado junto com ela por muito tempo. Temos discutido muito.” Está
muito aflito neste momento também porque sua filha descobriu o caso com
Joana. Édson está confiante de que sua filha não contará nada à mãe, mas sabe
que ela não concorda com a situação, pois ela deixou de falar com o pai desde
que descobriu. Conta por fim que procurou a terapia, pois já teve que ir ao
hospital duas vezes por fortes dores no peito e sensação de que ia morrer, mas
chegando lá os médicos não diagnosticaram nenhum problema cardíaco e
recomendaram a visita a um psiquiatra.
Não sabe o que fazer e se sente impotente par agir. Veio pedir ajuda ao
psicólogo para tomar uma decisão. Considera-se numa situação difícil, pois não
quer magoar ninguém. Descreve-se como doente.
 
 
Sendo daseinsanalítico, o psicólogo que atende Édson: 
 
I – ouve a fala dele como reveladora de sua realidade. Conhecer Édson significa
compreender seu modo de ser-no-mundo, isto é, sua situação enquanto modo
como está sendo possível existir neste momento.
II – para conhecer Édson, precisará conhecer as pessoas de sua convivência,
assim desvelar mais claramente os fenômenos referentes à vida conjugal. Para
isso o psicólogo precisa convidar a esposa dele para pelo menos uma sessão. 
III – entende que Édson está distante de si mesmo, pois se enxerga a partir
das relações que vivencia. Seu bem-estar está condicionado aos
relacionamentos. Para a daseinsanalyse, o dasein é singular e precisa cuidar de
sua existência a partir de si mesmo, tornando-se independente. 
IV – ouve as falas de Édson sobre sua esposa, sua amante e sua filha como
descritivas de seus modos de ser-com-os-outros. A existência é sua situação, é
suas relações. Nestas relações Édson é ser-no-mundo-com-os-outros e esses
outros desvelam-se para ele tal como ele os descreve.
 
Estão CORRETAS somente as afirmativas:
A)
II e III.
B)
I, II e III.
C)
I, III e IV.
D)
I, II e IV.
E)
I e IV.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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