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1-3% das malignidades; acomete cerca de 40 pessoas para caa um milhão; 90-95% dos casos são de tumores bem diferenciados (PAPILÍFERO, FOLICULAS E CÉLULAS DE HURTHLE), o restante é de tumores pouco diferenciados (MEDULAR E ANAPLÁSICO). Características clínicas que aumentam a probabilidade pré-teste de um nódulo tireoidiano ser maligno: crescimento rápido, fixação aos tecidos adjacentes, surgimento de rouquidão, adenomegalia ipsilateral. Em caso de nódulo + diarréia suspeitar de carcinoma medular. FATORES DE RISCO EPIDEMIOLOGIA PATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO TRATAMENTO PAPILÍFERO radiação ionizante (o tipo mais associado), história familiar sexo feminino (2:1), média 20-50 anos, comum em crianças. bom prognóstico exceto o subtipo tall cells (idosos) pode ser diagnosticado na PAAF; crescimento lento; geralmente invade linfonodos (não indica pior prognóstico); metástases em 2-10%, p/ pulmão, osso e SNC. Disseminação linfática > hematogênica depende do estágio tumoral; geralmente eutireoidiano, massa de crescimento lento, não dolorosa. linfonodo palpável é bem característico!. casos avançados podem ter disfagia e rouquidão (comprometeu o nervo laríngeo recorrente) USG e PAAF (citologia: núcleos aumentados, cromatina hipodensa, corpos de psamoma) Maior risco de recidiva e mortalidade: idade >40, masculino, gde. extensão extratireoidiana e invasão capsular, metástase regional ou à distância, > 4cm, pouco diferenciado. lesões com diâmetro maior ou igual a 1cm, extensão extratireoidiana, metástases ou se associam a exposição prévia a radiação devem ser tratados com TIREOIDECTOMIA TOTAL. P/ microcarcinomas <1cm sem os fatores ditos anteriormente, recomenda-se TIREOIDECTOMIA PARCIAL. Dissecção linfonodal só se tiver adenomegalias paláveis ao exame físico ou detectáveis por imagem. Radioablação e terapia supressiva com levotiroxina. FOLICULAR deficiência de iodo, radiação ionizante sexo feminino, áreas com deficiência de iodo, prevalência nos 40-60 anos Não pode ser diagnosticado por PAAF (alterações citológicas semelhantes a benignidade, "tumor folicular"); disseminação preferencial pela via hematogênica, enviando metástases ósseas, pulmonares e hepáticas precocemente (33%); disseminação linfática mais rara, acomete linfonodos na minoria (<10%). Nódulo tireoidiano solitário e indolor Ao se deparar com "tumor folicular" (pode ser benigno ou maligno), solicitar remoção cirúrgica. O diagnóstico é confimado por análise histopatológica convencional! *Subtipo Carcinoma de Células de Hurthle: variedade menos diferenciada e mais agressiva, que afeta uma população mais idosa. O que o define é a abundância de células Oxifílicas (oncócitos). Ao contrário do folicular bem diferenciado, esse não capta Iodo; é as vezes bilateral e múltiplo, envia metástases com frequência p/ linfonodos. Tireoidectomia total + dissecção cervical ipsilateral. A chance de um "tumor folicular" representar câncer é diretamente proporcional ao tamanho da lesão; lesões unilobulares menor ou igual a 2cm, TIREOIDECTOMIA PARCIAL, se o histopatológico confirmar benignidade, nada a mais precisa ser feito, se der maligno, nova cirurgia p/ tireoidectomia seguida de radioablação com iodo e supressão do TSH c/ levotiroxina. Lesão > 2cm, tireoidectomia total inicialmente, confirmando malignidade indica radioablação + supressão do TSH c/ levotiroxina. MEDULAR neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM 2A e NEM2B), carcinoma medular de tireóide familiar (não NEM). nesses casos o tumor surge mais na infância, bilateral e multicêntrico Se apresenta em 80% dos casos na forma esporádica, mais comum na quinta e sexta década, e unilateral. Os que são familiares são mais bilaterais e multicêntricos. Forma esporádica e familiar estão associadas com mutações no proto-oncogene RET. Origem nas células parafoliculares (C) produtoras de calcitonina! Pode produzir serotonina, prostaglandinas, corticotrofina e calcitonina!! essa ultima se encontra elevada no plasma. Ocorre invasão local, linfática e hematogênica, essa ultima em fase tardia, acometenco pulmão, fígado e ossos. Podem se apresentar c/ massa palpável. Localmente avançado pode ter rouquidão, disfagia e comprometimento respiratório; DIARRÉIA em cerca de 30% por conta da cacitonina; hipertensão em casos de NEM por feocromocitoma; hipercalcemia e cálculos renais decorrentes do hiperparatireoidismo na NEM 2A. Massa cervical palpável + níveis elevados de calcitonina. Confirma por PAAF. Fazer história familiar. Dosar catecolaminas de 24h p/ feocromoccitoma. Dosar cálcio sérico p/ pesquisar hiperparatireoidismo. - Tireoidectomia total é sempre indicada, geralmente resseca os linfonodos. O CMT não responde à radioterapia e terapia hormonal. Dosar calcitonina sérica e CEA seis meses após a cirurgia. A tireoidectomia total profilática está indicada para todos os familiares c/ mutação confirmada do RET. Crianças com NEM 2B devem ser submetidas tmbém. ANAPLÁSICO antecedentes de neoplasia tireoidiana (normalmente bem diferenciado), bócio multinodular, áreas deficientes de iodo Maior agressividade (cerca de 6 meses de sobrevivência), mais comum em idosos (+60). Extremamente invasivo. Disseminação linfatica e hematogênica, acomete linfonodos, cérebro, pulmão e ossos. Podem se originar de desdiferenciação de tumores bem diferenciados. Gde variedade de células, mutação do gene p53. História de nodulo tireoidiano que aumenta e se torna doloroso, disfagia, disfonia e dispnéia podem existir. À palpação podem existir áreas amolecidas representando necrose. PAAF seguida de citologia, imuno- histoquímica. Os antígenos pesquisados são a tireoglobulina (carcinoma anaplásico), antígeno linfocitário (linfoma)) e calcitonina (CMT). O tto não traz bons resultados. Realizar traqueostomia p/ previnir asfixia por invasao traqueal, a tireoidectomia total não é recomendada devido à invasão extensa de estruturas do pescoço que o tumor apresenta jáao diagnóstico. Após a traqueostomia, a radioterapia hiperfracionada e a quimioterapia com doxorrubicina devem ser empregadas. COMPLICAÇÕES DA TIREOIDECTOMIA: Quanto mais etenso o procedimento, maior o risco, a c/ maior chance de complicação é tireoidectomia total com dissecção linfonodal. Lesão dos nervos laríngeos superior e recorrente provocam discreta rouquidão e redução na capacidade de modular a voz. Se a lesão for bilaretal, pode haver estridor e oclusão respiratória alta por paralisia bilateral das cordas vocais, logo após a extubação no pós-operatório. A conduta deve ser reintubação e traqueostomia. Hipoparatireoidismo é a complicação pós-operatória mais comum, transitória (5-20%), e permanente <2-3%. A chance de lesão ou ressecção inadvertida das quatro para-tireoides tende a ser maior nos casos de bócio maciço. O quadro leva a hipocalcemia aguda que se manifesta por irritabilidade neuromuscular (parestesia perioral e de etremidades, sinais de Chvostek e Trousseau, cãibras, tetania, laringoespasmo, broncoespasmo e convulsões) e alterações cardiovasculares (alargamento QT, arritimias ventriculares malignas, hipotensão refratária à volume). Se durante o ato operatório forem notados indícios de lesão isquêmica nas para-tireóides, deve-se proceder ao auto-transplante de tecido paratireoidiano.
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