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P4 Mt1 Pr4 - Neoplasia tiroidiana

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1- Diferenciar os tipos e características de 
carcinoma papilíferos (esclerosante 
metastático, esclerosante multicêntrico) 
O carcinoma papilífero é a neoplasia maligna 
mais comum da tireóide. *Entra no 3º objetivo 
2- Entender o processo de metástase através 
dos linfonodos (embolia angiolinfática e 
invasão capsular) 
A metástase é definida pela disseminação de um 
tumor para locais que são anatomicamente 
distantes do tumor primário e marca, de forma 
inequívoca, um tumor como maligno, pois, por 
definição, neoplasias benignas não metastatizam. 
A invasividade dos cânceres permite que eles 
penetrem nos vasos sanguíneos, linfáticos e 
cavidades do corpo, que fornecem oportunidades 
de propagação. 
 
No geral, aproximadamente 30% dos pacientes 
com tumores sólidos recém-diagnosticados 
(excluindo câncer de pele não melanoma) 
apresentam metástases clinicamente evidentes. 
Outros 20% apresentam metástases ocultas no 
momento do diagnóstico 
Para que as células cancerígenas possam chegar a 
outras partes do corpo, elas têm que passar por 
várias alterações. Primeiro devem ser capazes de 
desprender-se do tumor primário, em seguida, se 
fixar na parte externa de um vaso linfático ou 
vaso sanguíneo. Segundo, devem mover-se 
através da parede do vaso para circular junto com 
o sangue ou linfa até um novo órgão ou linfonodo. 
 
 
 
Essa célula deve ser capaz de se desprender das 
demais (o que é facilitado pela falta de adesão 
entre as células tumorais), produzir enzimas 
proteolíticas que digiram a membrana basal e 
alcançar vasos sanguíneos ou linfáticos. 
Quando o câncer cresce no interior dos gânglios 
linfáticos, geralmente acomete os linfonodos 
próximos ao tumor. Esses linfonodos são os que 
fazem a maior parte do trabalho de filtrar ou 
matar as células cancerígenas. 
➢ Capacidade de invasão local e metástase 
são distintos. 
As neoplasias malignas disseminam-se por uma 
das três vias: 
➢ semeadura dentro das cavidades do corpo; 
o invadem uma cavidade corporal 
natural. 
➢ disseminação linfática 
o A disseminação linfática é mais 
típica dos carcinomas. 
➢ disseminação hematogênica. 
o é favorecida pelos sarcomas. 
O padrão de envolvimento dos linfonodos 
depende principalmente do local da neoplasia 
primária e das vias naturais de drenagem linfática 
local. 
Os carcinomas do pulmão que se originam nas 
passagens respiratórias formam metástase, 
primeiramente para os linfonodos brônquicos 
regionais e depois para os linfonodos 
traqueobrônquicos e hillares. O carcinoma de 
mama geralmente surge no quadrante superior 
externo e primeiro se dissemina para os 
linfonodos axilares. No entanto, as lesões mediais 
da mama podem drenar pela parede torácica para 
os linfonodos ao longo da artéria mamária interna. 
Posteriormente, em ambos os casos, os linfonodos 
supraclaviculares e infraclaviculares podem ser 
semeados. Em alguns casos, as células cancerosas 
parecem trafegar pelos canais linfáticos dentro 
dos linfonodos imediatamente próximos e serem 
Neoplasia tireoidiana 
aprisionadas nos linfonodos subsequentes, 
produzindo as chamadas “metástases 
saltatórias”. As células podem percorrer todos os 
linfonodos e chegar ao compartimento vascular 
via ducto torácico. 
Um “linfonodo sentinela” é o primeiro linfonodo 
regional que recebe o fluxo linfático de um tumor 
primário. 
➢ A biópsia do linfonodo sentinela permite a 
determinação da extensão da 
disseminação do tumor e pode ser 
utilizada para planejar o tratamento. 
Os cânceres que surgem próximos da coluna 
vertebral quase sempre embolizam através do 
plexo paravertebral; essa via (hematogênica) 
provavelmente está envolvida nas frequentes 
metástases vertebrais dos carcinomas da tireoide 
➢ Embolia angiolinfática 
• Pacientes com tumores malignos 
apresentam um risco muito elevado de 
coagulação do sangue 
• A invasão de células tumorais para dentro 
dos vasos linfáticos ou sanguíneos 
(invasão angiolinfática) é crucial para o 
processo metastático. 
o Rotineiramente avaliado e descrito 
nos laudos anatomopatológicos 
utilizando apenas a hematoxilina-
eosina como corantes 
 
➢ Invasão capsular 
• A invasão dos tecidos normais adjacentes 
pelo tumor é um processo semelhante ao 
que ocorre fisiologicamente, por exemplo, 
na implantação da placenta no útero 
durante a gestação; a diferença é que, em 
condições normais, as células param a 
invasão quando cessa o estímulo 
• Presença de tumor que se estende através 
da cápsula do nódulo 
 
3- Entender a neoplasia tireoidiana (tipos, 
fisiopatologia, etiologia, quadro clínico e 
fatores de risco) 
 
➢ É o câncer endócrino mais comum, 1-3% de 
todos os canceres, 40 pessoas para cada 
um milhão de indivíduos; 
➢ 0,4% a 0,9% de todas as mortes por câncer; 
Em torno de 90% dos casos de câncer tireoidiano 
são bem diferenciados e originados de células 
foliculares. 
➢ Possuem bom prognostico, com apenas 
10% de recidiva tumoral em décadas de 
seguimento 
Enquanto isso, o carcinoma medular da tiroide 
(CMT) representa 6% dos casos e o 
Carcinoma anaplásico, tumor mais agressivo, 
responde por menos de 1% dos canceres de 
tiroide. 
➢ Prognostico ruim, podendo invadir 
estruturas nobres do pescoço em pouco 
tempo após o diagnóstico. 
Com isso, a típica apresentação desse câncer 
ocorre em pacientes do sexo feminino de 30 a 50 
anos com um nódulo cervical palpável. 
Anatomia e fisiologia da glândula tireoide 
➢ Localizada na região anterior do pescoço 
(abaixo da cartilagem cricoide) 
➢ Pode estar presente um terceiro lobo, o 
piramidal; 
➢ Unidade funcional – folículo tireoidiano 
o TRH 
o TSH 
Tipos: 
 
Tumores benignos: Um terço dos nódulos não são 
palpáveis por estarem na posição posterior ou 
serem intraglandulares. 
➢ Adenoma 
• derivadas do epitélio folicular. 
• Geralmente solitários 
• Não funcionantes em sua maioria, uma 
pequena porção pode produzir hormônios 
tireoidianos (adenomas tóxicos) 
• Não são precursores de carcinomas 
o No entanto, alterações genéticas 
compartilhadas corroboram a 
possibilidade de que pelo menos 
um subconjunto de carcinomas 
foliculares tenha origem em 
adenomas preexistentes. 
Tumores malignos: 
➢ Carcinoma papilífero 
• Principal tipo de tumor maligno 75 a 80% 
dos casos 
• Maioria sexo feminino entre 20 a 40 anos 
• Geralmente é: 
o Solida de contornos irregulares, 
não encapsulada e com infiltração 
do parênquima glandular adjacente 
o Pode apresentar alteração cística e 
calcificações distróficas. 
• Mais associada a radiação, sobretudo na 
infância 
• Quando avançada: tem preferência por 
disseminação linfática, sendo comum a 
presença de linfonodos acometidos já no 
diagnóstico. 
• BOM prognostico – infrequente morte 
associada 
 
➢ Carcinoma folicular 
• Segundo tipo mais frequente 
• 10-15% dos casos 
• Geralmente acomete sexo feminino e com 
mais de 50 anos; 
• Caracteriza-se por: 
o Tumor sólido, arredondado ou 
ovoide e encapsulado 
o Frequentemente apresenta 
invasão da capsula tireoidiana pelo 
tumor 
o É comum a invasão vascular, sendo 
por isso, sua via de disseminação 
mais comum a hematogênica, com 
metástases preferencialmente para 
o pulmão e ossos. 
• Tem muita associação com áreas com 
deficiência de iodo, sendo a reposição de 
iodo, um fator protetor. 
• Bom prognostico, porém, existe um 
subtipo desse tumor, chamado de Tumor 
de Células de Hurthle, 
o Formado por células oxínticas, que 
acomete pessoas mais idosas, 
entre 60 a 75 anos e possui um pior 
prognóstico. 
▪ Invasão rápida e pouco 
tempo de sobrevida após 
diagnostico 
 
➢ Carcinoma medular 
• Origina-se das células C da tireoide 
o Produtora de calcitonina 
• Eleva-se níveis de calcitonina no sangue 
o Hiperplasia das células C 
• Devido ao efeito da calcitonina, alguns 
pacientes podem apresentar diarreia, fator 
marcanteno quadro clínico. 
• 20% dos casos têm associação com as 
neoplasias endócrinas múltiplas (NEM) 
o Síndrome genética familiar 
• Em geral, essa neoplasia localiza-se entre 
os terços superior e médio dos lobos 
tireoidianos, sendo, via de regra, 
multicêntricos. 
• Metástases para linfonodos cervicais são 
frequentes e metástases à distância 
ocorrem mais comumente para o pulmão, 
seguido de fígado, osso e cérebro. 
 
➢ Carcinoma anaplásico 
• Raros, altamente malignos compostos 
parcial ou total por células indiferenciadas 
• Geralmente em pacientes mais idosos e 
em homens 
• Alta mortalidade, sobrevida raramente 
ultrapassa 6 meses após diagnostico 
• Cursa com rouquidão, disfagia, paralisia da 
corda vocal, dor cervical e dispneia. Por 
conta disso, alguns pacientes podem 
evoluir inclusive com asfixia. Quase 
metade dos pacientes apresentam 
metástase no diagnóstico. 
 
Fisiopatogenia 
➢ Ocorre pelo desequilíbrio entre a 
proliferação celular e a apoptose. 
➢ Presença de mutações em alguns genes 
o Oncogenes 
▪ Proto-oncogenes; 
Crescimento celular normal 
▪ Aumentam a proliferação 
celular, inibe a apoptose. 
o Genes supressores do tumor 
▪ Restrição ao crescimento 
▪ Inativados 
o Genes de reparo de DNA 
➢ Fatores genéticos e ambientais. 
➢ A principal alteração relacionada ao 
surgimento do carcinoma papilífero é a 
mutação no gene BRAF. 
o Responsável pela ativação e 
superexpressão de uma quinase 
serina-treonina RAF 
o Presença de BRAF pior prognostico 
▪ Pode esta mutada em vários 
tipos de câncer, melanoma 
e testicular 
➢ Segunda causa mais comum no carcinoma 
papilífero da tireoide é o rearranjo RET/CP 
➢ No carcinoma medular da tireoide, 
geralmente se relacionam a mutações 
germinativas do oncogene RET 
➢ Nos tumores anaplásicos as mutações 
BRAF e do RAS são encontradas em até 
10% dos casos. Além disso, acredita-se que 
a ativação de proteínas quinases ativadas 
por mitogênio (MAPK) e fosfinositida 
quinase-AKT-quinases (PI3K-AKT), são 
importantes para iniciação e progressão do 
câncer de tireóide. 
➢ Carcinoma folicular (CF) observa-se 
mutações no gene RAS, além da expressão 
ou perda de outros genes. 
o Pacientes que vivem em áreas 
deficientes em iodo têm menor 
incidência de mutações no gene 
RAS em comparação com pessoas 
que vivem em áreas com oferta 
normal de iodo. 
o Outro fato é que as mutações no 
RAS também aparecem com maior 
frequência em cânceres papilíferos 
induzidos pela radiação. 
Fatores de risco 
 
➢ Genes de suscetibilidade (herança 
genética) 
o 5 a 10% dos casos 
o Os principais agentes relacionados 
são os proto-oncogenes, como o 
RET, Met, c-erb-2, BRAF, Ras 
responsáveis pela proliferação 
celular descontrolada e genes 
supressores tumorais. 
o Síndrome de Gardner e de Cowden, 
também são associadas ao 
aumento da prevalência de câncer 
de tireoide. 
o Único que não tem evidência de 
associação familiar é o folicular 
➢ Radiação 
o As células irradiadas também 
apresentam instabilidade 
genômica. 
▪ Ocorre sobretudo quando a 
exposição se inicia desde a 
infância 
• Período muito 
radiossensível da 
tireoide 
o Além disso, a exposição ao 
radioiodo leva a morte de células 
da glândula e pode causar 
insuficiência tireoidiana. 
o Ocorre principalmente no tipo 
papilífero, mas pode ser 
encontrada em menor quantidade 
no tipo folicular. 
➢ Níveis de iodo na dieta 
o Deficiência de iodo leva a redução 
no nível de hormônios da tireoide e 
por autorregulação, induz ao 
aumento da secreção de TSH, que é 
um fator de crescimento para as 
células do folículo tireoidiano. 
o A hipótese é de que o estímulo 
crônico às células da tiroide pelos 
níveis elevados de TSH, poderiam 
levar ao aparecimento, sobretudo 
do câncer do tipo folicular. 
o Suplementação de iodo em áreas 
com deficiência, há uma redução 
do câncer de tireoide do tipo 
folicular, mas um aumento na 
incidência de câncer do tipo 
papilar. 
▪ Pode haver um aumento 
excessivo na captação de 
iodo secundária a presença 
de deficiência prévia de 
iodo 
➢ Sexo feminino 
o Duas a quatro vezes mais frequente 
em mulheres do que em homens. 
o papel do estrogênio no aumento da 
incidência desse câncer. 
▪ Estudos indicam que na 
tiroide existem receptores 
de estrogênio e essa 
molécula pode levar ao 
aumento da proliferação 
celular. 
➢ Aumento dos níveis do TSH 
o Estimula o crescimento e função 
das células tireoidianas. 
o Aumento da expressão em 
canceres tireoidianos bem 
diferenciados 
o Estima-se risco de 4x maior do 
desenvolvimento de malignidade 
nos nódulos tireoidianos expostos a 
altos níveis de TSH 
➢ Doença autoimune da tireoide 
o Pacientes com Tireoidite de 
Hashimoto tem risco de 50% de 
desenvolver linfoma de tireoide, 
corroborando a associação entre a 
autoimunidade e o surgimento de 
câncer da tireoide. 
➢ Antecedentes de neoplasia tireoidiana 
o O câncer de tireoide anaplásico 
possui forte associação com o 
antecedente pessoal de neoplasia 
de tireoide bem diferenciada. 
Quadro clínico 
➢ Assintomáticos 
o Descobertos acidentalmente 
➢ Algumas vezes pode ser descoberto pela 
presença de nódulos metastáticos 
palpáveis no pescoço ou observados numa 
radiografia de tórax 
➢ Disfagia ou disfonia 
o Efeito mecânico infiltrativo do 
tumor 
➢ Sangramento no interior do tumor, 
causando dor no local. 
➢ Pode aparecer massas de crescimento 
gradativo dolorosas ou não que podem 
estar e associadas a sintomas como 
disfagia, disfonia ou rouquidão. 
➢ Não há sintomas ou sinais de hipo ou 
hipertireoidismo. 
➢ Taquicardia, sintomas de hipotireoidismo, 
história familiar de doença nodular 
benigna da tireoide ou tireoidites sugerem 
um processo benigno. 
➢ Linfonodomegalia cervical e/ou nódulo em 
crescimento, geralmente fixo aos tecidos 
adjacentes. 
 
• Carcinoma papilífero 
o Disseminação por via linfática 
o Linfonodos palpáveis 
• Carcinoma folicular 
o Geralmente se apresenta por 
nódulo único na tireoide 
o Pode ser manifestado por bócio de 
longa data ou com metástase a 
distância, principalmente pulmão e 
ossos 
• Carcinoma do tipo medular 
o Nódulo palpável 
o Duro 
o Localizado dois terços superiores 
da tireoide onde estão as células 
parafoliculares 
o Metástase linfonodais em 50% dos 
pacientes ao diagnostico 
o Diarreia aquosa 
• Câncer anaplásico 
o Muito agressivo e invasivo 
o Infiltração para músculos, traqueia, 
esôfago, nervo laríngeo recorrente 
e laringe. 
o Rouquidão, disfagia, paralisia de 
corda vocal, dor cervical e dispneia 
quando ocorre metástase 
pulmonar 
• Adenoma toxico 
o Nódulos indolores 
o Massas maiores – sintomas locais, 
como: 
▪ Dificuldade na deglutição 
o Características de tireotoxicose 
▪ Devido o estímulo 
independente de FSH 
o Nódulos mornos ou quentes na 
varredura 
o Malignidade é incomum em 
nódulos quentes 
▪ USG 
▪ BIOPSIA por aspiração com 
agulha fina 
 
4- Compreender o diagnóstico do câncer de 
tireoide (graus e níveis) 
O diagnóstico do câncer de tireoide começa 
através de uma anamnese detalhada, levantando 
possíveis fatores de risco e sintomas compatíveis 
com a doença. Além disso, deve-se empregar um 
exame físico cuidadoso, avaliando não somente a 
presença de nódulos tireoidianos, mas também 
evidências de metástases. 
➢ Baixa sensibilidade e especificidade 
➢ Exames laboratoriais, ultrassonografia de 
tireoide (USG), cintilografia e/ou punção 
por agulha fina (PAAF). 
Exames complementares: 
➢ Exames laboratoriais 
o Função tireoidiana 
 
▪ TSH 
▪ T4 
▪ T3 
o Anticorpos antitireoídeos 
▪ Diagnostico diferencial de 
tireoidite de Hashimoto 
o Calcio sérico e a dosagem de 
paratormônio 
▪ Hiperparatireoidismo 
o Calcitonina 
▪ Carcinoma medular da 
tireoide 
o Tireoglobulina 
▪ glicoproteína produzidaexclusivamente pelas 
células normais e 
neoplásicas, ainda 
diferenciadas, da tireoide. 
▪ Marcador tumoral 
▪ Altos níveis pode sugerir 
presença de metástase 
o Cintilografia da tireoide 
▪ Baixa sensibilidade e 
especificidade 
▪ Usado para determinar se 
um nódulo é funcionante 
em um paciente com 
hipertireoidismo ou 
determinar status funcional 
dos nódulos em um bócio 
multinodular 
o Ultrassonografia 
▪ Oferece aspectos 
macroscópicos que permite 
a suspeita de nódulos 
benignos ou malignos 
▪ A combinação de algumas 
 características, como 
presença de 
microcalcificações, 
hipoecogenicidade e 
contornos irregulares, 
aumenta o risco de 
malignidade de uma lesão 
 
No entanto, o Ministério da Saúde não recomenda 
livremente essa utilização de USG. Ademais, 
apesar de ser sugestivo, não é um exame capaz de 
confirmar o diagnóstico de lesões malignas. Por 
isso, esse exame apenas seleciona pacientes que 
devem fazer biópsias da tireoide. 
o Punção aspirativa por agulha fina 
(PAAF): 
▪ padrão-ouro para o 
diagnóstico de neoplasias 
tireoidianas. 
▪ A PAAF antes da cirurgia 
para a citologia não é 
necessária para nódulos 
medindo ≤1 cm; 
▪ alta sensibilidade e 
especificidade, 
especialmente para o 
carcinoma papilífero. 
▪ Com o material coletado, é 
possível a realização de 
exames imuno-
citoquímicos para 
tireoglobulina, calcitonina, 
bem como a pesquisa de 
outros marcadores 
moleculares. 
▪ é capaz de dar o diagnóstico 
definitivo dos canceres 
papilíferos, medulares e 
anaplásicos, mas não do 
folicular. 
• Nesses casos, o 
resultado não 
permite dizer se o 
nódulo é maligno ou 
benigno, sendo 
necessário a 
realização de 
tireoidectomia 
parcial para retirada 
de material para 
estudo 
anatomopatológico 
e confirmação 
diagnóstica. 
1. Anamnese suspeite 
2. Solicita TSH 
3. TSH 
a. Baixo 
i. Producao de muito 
hormônio 
ii. Nódulo beningno produtor 
de hormônios (adenoma 
toxico) 
iii. Confirmar exame com 
cintilografia 
1. Muita atividade 
nodular ou difusa – 
adenoma toxico e 
doença de Graves 
2. Sem indícios de 
hiperatividade 
nodular – suspeita 
de malignidade 
a. Realiza a 
PAAF 
b. TSH normal 
i. Aumenta a possibilidade do 
nódulo ser maligno, 
indicando diretamente a 
realização de uma USG. 
ii. USG dar indícios de 
malignidade e benignidade 
1. O que indica ou não 
a realização da PAAF 
 
 
 
 
5- Elucidar o tratamento da neoplasia 
tireoidiana benigna e maligna 
(tireoidectomia, esvaziamento cervical) 
 
➢ Principal forma de tratamento é a cirurgia. 
Dentro do contexto pré-operatório devemos realizar 
laringoscopia em todos os pacientes que apresentarem 
alteração da voz ou rouquidão para avaliar a suspeita 
de extensão extratireoidiana do tumor. Além disso, 
outros tratamentos como iodo radioativo, radioterapia 
e quimioterapia também podem ser utilizados. 
carcinoma anaplásico, devido a sua elevada 
mortalidade e rápida invasão metastática, os 
resultados do tratamento cirúrgico não são bons. Por 
conta disso, nem sempre é possível a indicação 
cirúrgica e a radioterapia pós-operatória acrescenta 
pouco ao prognóstico do paciente, sendo realizado 
nesses casos o tratamento paliativo. Muitas vezes esse 
tratamento se baseia principalmente na realização de 
traqueostomia, pois frequentemente ocorre o risco de 
asfixia pela invasão tumoral. 
➢ TIREOIDECTOMIA TOTAL: 
A maioria das literaturas recomendam realização da 
tireoidectomia total em todos os tumores maiores que 
2 a 4 centímetro (cm), em qualquer tipo histológico. 
Além disso, esse procedimento também é feito em 
todos os canceres medulares, independente do 
tamanho. 
Ademais, muitos autores indicam tireoidectomia total 
nos canceres papilíferos com tamanho superior a 1 a 2 
cm e sempre que houver linfonodos acometidos pela 
extensão da doença. Devemos lembrar que nesse 
último caso, independente do tipo histológico do 
tumor, é indicado retirada total da glândula quando há 
metástase linfonodal. 
➢ TIREOIDECTOMIA PARCIAL: 
Nesses casos, é feito a lobectomia mais a istmectomia 
da glândula tireoide, deixando somente umapequena 
quantidade de tecido. Ela é indicada em carcinomas 
papilíferos menores que 1 cm ou tumores foliculares 
menores que 2 a 4 cm. Embora a lobectomia possa ser 
considerada em microcarcinomas papilíferos únicos, 
intratireoidianos e sem comprometimento ganglionar, 
prefere-se, sempre que possível, indicar tireoidectomia 
total, independentemente do tamanho. 
Observe que apesar de o carcinoma folicular ter pior 
prognóstico que o papilífero, é indicada a sua retirada 
apenas em tamanhos maiores. Isso pode parecer 
controverso, mas acontece devido ao fato de não 
podermos ter certeza da malignidade do tumor 
papilífero apenas com a PAAF, correndo o risco de 
retirar um nódulo benigno. 
Nesses casos, somos mais conservadores. Após a 
tireoidectomia parcial nos nódulos foliculares, a peça é 
mandada para patologia, em casos de malignidade 
comprovada, é feita uma reabordagem cirúrgica para 
retirada do restante da glândula que ficou. Por fim, na 
presença de fatores de risco para malignidade, como 
história familiar de carcinoma da tireoide e história de 
exposição à radiação ionizante, a tireoidectomia total 
deve ser considerada. Por fim, em pacientes 
submetidos à lobectomia, a totalização da 
tireoidectomia deve ser realizada nos que tiverem 
diagnóstico anatomopatológico de carcinoma. 
➢ DISSECÇÃO LINFONODAL: 
A dissecção dos linfonodos cervicais é feita em todos 
os tipos de câncer medular, pois há um alto grau de 
invasão ganglionar. Além disso, nos demais tipos de 
tumores, a dissecção ganglionar está indicado sempre 
que for diagnosticado acometimento metastático no 
pré-operatório. 
➢ COMPLICAÇÕES DA TIREOIDECTOMIA: 
Como em todo procedimento cirúrgico, na 
tireoidectomia existem complicações. As principais 
complicações são o hipoparatireoidismo e a lesão do 
nervo laríngeo recorrente. No primeiro caso, ocorre 
lesão das glândulas paratireoides, levando a 
hipocalcemia transitória ou permanente. Quando 
grave, a hipocalcemia pode levar a espasmos 
musculares. A lesão do nervo laringe recorrente, pode 
cursar com rouquidão, quando ocorre apenas de um 
lado ou até insuficiência respiratória aguda, por 
fechamento da glote, quando acontece bilateralmente. 
Devemos fazer o diagnóstico diferencial desses casos, 
com o hematoma cervical em expansão, que também 
é uma complicação da tireoidectomia e pode levar a 
insuficiência respiratória. 
 
 
➢ SEGUIMENTO: 
Após a ressecção total da tireoide, devemos lembrar 
que esse paciente ficará impossibilitado de produzir os 
hormônios tireoidianos. Por conta disso, esse paciente 
deverá utilizar para toda a vida a reposição de T4. Isso 
é feito utilizado a levotiroxina. 
Nas tireoidectomias totais em que há evidencia de 
sobras de tecido, também pode ser empregado o iodo 
radioativo. Esse medicamento tem a capacidade de 
destruir células tireoidianas remanescentes, incluindo 
metástases, funcionando como uma terapia 
adjuvante no câncer de tireoide. 
O iodo radioativo nunca pode ser usado em gestantes, 
pelo risco de acometimento fetal. Ademais, para o 
seguimento, devemos solicitar a tireoglobulina a casa 6 
meses para acompanhamento. Se a tireoglobulina 
estiver alta, isso pode indicar restos de tecido, 
podendo nesses casos, ser novamente instituído o uso 
de iodo radioativo ou o uso de quimioterapia ou 
radioterapia. 
Referências: 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/linfonodos-e-
cancer/6814/1/ 
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario
_12.pdf 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/linfonodos-e-cancer/6814/1/
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https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_12.pdf
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