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Geomorfologia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Adriana Furlan Revisão Textual: Profa. Esp. Márcia Ota Vertentes: processos e formas • Introdução – as vertentes • A morfogênese das vertentes – mecânica dos solos • Ocupação de encostas nas cidades – áreas de risco · Compreender os conceitos relacionados a vertentes, mecânica do solo e os processos associados. OBJETIVO DE APRENDIZADO Caro(a) aluno(a), Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema que nos levará a compreender eventos que observamos no cotidiano de muitas localidades do Brasil e do mundo: as vertentes, seus processos e formas resultantes. Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para registrar suas dúvidas; por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao professor-tutor. Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo possível, na pasta de atividades, você, também, encontrará as atividades de Avaliação, uma Atividade Reflexiva e a Videoaula. Cada material disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado, por favor, estude todos com atenção! No material de cada unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, assim como realize as atividades de sistematização, essas que ajudarão você a verificar o quanto absorveu do conteúdo: são questões objetivas que pedirão resoluções coerentes ao apresentado no material da respectiva Unidade para, então, prepará-lo(a) à realização das respectivas avaliações. Tratando-se de atividades avaliativas, se houver dúvidas sobre a correta resposta, volte a consultar as videoaulas e leituras indicadas para sanar tais incertezas. Faça, também, suas observações de campo. Quando tiver a oportunidade, procure observar, na paisagem da localidade onde mora ou por outros lugares por onde passar, os elementos abordados nesta unidade de estudos. Lembre-se: você é responsável pelo seu processo de estudo. Por isso, aproveite ao máximo esta vivência digital! ORIENTAÇÕES Vertentes: processos e formas UNIDADE Vertentes: processos e formas Contextualização Leia as reportagens a seguir. Deslizamento de terra atinge residência em Florianópolis Disponível em: http://goo.gl/0cqDcw RJ: chuva deixa mais de 900 desalojados em Teresópolis Disponível em: http://goo.gl/oBTO1H Número de mortos em deslizamento de terra na Guatemala chega a 253; 374 estão desaparecidas Disponível em: http://migre.me/tsRUb Deslizamento na Guatemala: ‘Tragédia anunciada’ deixa centenas de desaparecidos Disponível em: http://migre.me/tsRSY Ex pl or As notícias se referem a eventos ocorridos no Brasil e na Guatemala, país da América Central. Vamos refletir sobre as semelhanças entre os acontecimentos. Deslizamentos de terra ocorrem em qualquer lugar do mundo, desde que as condições para tal acontecimento estejam presentes. Trata-se de um fenômeno natural (o deslizamento de terra em si), mas contribui para que ocorram, fatos como as situações relatadas nas notícias, a ocupação sem planejamento e de forma inadequada destes ambientes, o que, em inúmeros casos, pode resultar em desastres, mesmo, como no caso da Guatemala, que tal tragédia já tivesse sido anunciada. Por que ocorrem deslizamentos de terra? São somente fenômenos naturais ou são induzidos pelo ser humano? Se áreas de encosta apresentam risco por que a população ocupa tais espaços? Por que se a tragédia já é anunciada não se tomam providências para que o desastre não aconteça? Estas e outras questões serão discutidas ao longo desta unidade. 6 7 Introdução – as vertentes Iniciaremos nossos estudos esclarecendo o conceito-chave desta unida- de: vertente. Comumente chamada de encosta, a vertente, pode ser considerada uma forma básica dentre todas, assumindo, assim, uma grande relevância nos estudos de Geografia e Geomorfologia e essa importância pode ser justificada em função de dois aspectos relevantes: por permitir o entendimento do processo evolutivo do relevo em diferentes circunstâncias e por sintetizar as diferentes formas do relevo (processos e formas) tratadas pela Geomorfologia sendo considerada um exemplo didático para estudos geográficos, em função da clara relação estabelecida entre a sociedade e a natureza ( pois esta forma de relevo pode se apresentar, em muitos locais, diretamente alterada pelas sociedades em função de suas atividades). (CASSETI, 1994) Em um sentido amplo, vertente significa uma superfície inclinada, não horizontal, subaérea (emersa) ou submarina (submersa), podendo ser considerada como o resultado da influência de um processo qualquer, sendo estas (vertentes) formadas pela combinação de fatores e condições internas e externas. Considerando estes aspectos, Christofoletti (1980) classifica as vertentes em endogenéticas e exogenéticas. As vertentes endogenéticas são aquelas originárias de processos que ocorrem no interior da crosta terrestre, tais como orogênia, epirogênese e vulcanismo, processos que resultam no dobramento da crosta terrestre (modificação da posição altimétrica e orientação das vertentes preexistentes) ou no acúmulo de lava resultante de erupções vulcânicas (produção de vertentes inteiramente novas). As vertentes exogenéticas resultam da ação de processos que têm sua origem na superfície terrestre (ou próximo dela), as quais podemos definir como resultantes de agentes externos do relevo. Os processos de meteorização, os movimentos de massa (os quais estudaremos adiante) e a ablação são os responsáveis pela erosão, denudação, transporte e deposição do material presente na vertente e atuam no sentido de reduzir a paisagem terrestre a um determinado nível de base (vide Unidade anterior). 7 UNIDADE Vertentes: processos e formas Orogênese: é um fenômeno geológico resultante de movimentos tectônicos no sentido vertical (parte da crosta terrestre sobe ou desce). Se esse movimento for para cima é chamado de soerguimento e se for para baixo é denominado de subsidência. Epirogênese: é um movimento tectônico que ocorre de forma horizontal, podendo ser classificado em convergente, quando duas placas se chocam e divergente, quando duas placas se afastam. Vulcanismo: é um fenômeno geológico que ocorre do interior da Terra para a superfície, podendo ocorrer o extravasamento do magma em forma de lava, além de gases e fumaça, o que caracteriza as erupções vulcânicas. Meteorização: é um conjunto de processos químicos e/ou físicos que provocam a degra- dação das rochas. Ablação: é o fenômeno de degelo da parte superficial das geleiras, devido, primeiramente, à radiação solar e, depois, ao ar quente e chuva. Ex pl or É bastante complexo definir os limites da vertente, pois não se trata somente de observação dos aspectos visíveis. A delimitação de uma vertente e suas partes está relacionada aos processos que ali atuam. São os processos morfogenéticos (de origem das formas) que determinam sua natureza e cada limite começa e termina onde tais processos deixam de atuar, sendo substituídos por outros. No caso dos limites de uma vertente, devemos considerar que: • o limite inferior da vertente somente possui um valor de orientação, pois o leito de um rio não pode ser utilizado para tal definição. Os processos de transporte de materiais na vertente e seu acúmulo na base da mesma são os que definem o limite inferior da vertente. • o limite superior da vertente (que podemos considerar erroneamente como o topo da mesma em uma simples observação visual) é muito difícil de identificar com precisão. Este limite está relacionado não, simplesmente, ao ponto mais alto, onde ocorre a divisão das águas (que correm para lados distintosa partir do topo), mas é o ponto mais distante (alto) da superfície de onde provém um transporte contínuo de materiais sólidos para a base da vertente. • o limite interno (a terceira dimensão da vertente) é constituído pelo embasamento rochoso ou pela superfície, onde os processos de meteorização (fragmentação, desgaste da rocha em função da ação da água da infiltração) estão começando a agir (a afetar a rocha sã). Desta forma, conforme Jan Dylin (1968), a vertente “é uma forma tridimensional que foi modelada pelos processos de denudação, atuantes no presente ou no passado, e representando a conexão dinâmica entre o interflúvio (topo) e fundo de vale.” A vertente é tridimensional, pois possui limite inferior, superior e interno. Observe, atentamente, as figuras 1 e 2 a seguir. Imagine que esta forma presente é resultado de muitos processos que estão atuando de centenas a milhares de anos. 8 9 Figura 1 – Observe o formato das vertentes destes morros. Fonte: iStock/Getty Images Figura 2 – O sistema vertente – processos atuantes. Fonte: Acervo do autor As formas que observamos na figura 1 (vide) são observadas no tempo presente, mas resultaram de uma série de processos que estão atuando de centenas há milhares de anos. Na figura 2, podemos identificar todos os processos que estão ocorrendo e se combinando para que a forma observada na figura 1 possa existir. 9 UNIDADE Vertentes: processos e formas A morfogênese das vertentes Mecânica dos solos A formação dos solos e os processos relacionados à formação e evolução das vertentes depende do tipo de clima, onde esta se localiza, ou seja, em cada condição climática os processos ocorrerão de forma diferente. Isto ocorre em função da presença (ou não) dos agentes climáticos que atuam para acelerar ou retardar a evolução da vertente. No caso dos climas tropicais, onde há abundância de água (chuvas), o intemperismo químico exercerá um papel relevante e nos climas semiáridos, por exemplo, este elemento (água) não exercerá o mesmo papel, somente esporadicamente, mas predominará o intemperismo físico (com a ação dos ventos e alternância de temperatura). Importante! O intemperismo químico proporciona a formação e evolução da vertente muito mais rapidamente do que o intemperismo físico. Importante! No caso das vertentes nos ambientes de clima semiárido, devemos considerar a atuação das chuvas torrenciais que arrancam os sedimentos (o pouco que se forma) e provoca seu transporte para a base da vertente (rever Unidade 1 sobre as teorias de evolução das vertentes em clima semiárido). No caso das vertentes localizadas na faixa tropical do nosso país (e do mundo), precisamos entender de que forma a ação da água ocorre e qual o papel desta na formação e evolução da vertente, considerando que os movimentos de massa (como os deslizamentos de terra) são a expressão visível deste processo. Água subterrânea e infiltração Ocorrem muitos processos no interior da vertente e não conseguimos identificá- los pela simples observação, pois, justamente, estes ocorrem na parte interna da vertente. Precisamos, então, compreender o que ocorre na parte interna da vertente analisando, primeiramente o papel da água. A água (H2O) atua sobre a rocha, fazendo com que ocorra uma reação química (intemperismo químico) no contato desta com os demais minerais presentes nas rochas, pois ambos são compostos químicos; logo, seus elementos se combinam, formando reações químicas e transformações destes minerais. 10 11 Conceitos de Geologia Importantes para Relembrar • Minerais - são compostos químicos – o que podemos observar através da fórmula de cada mineral. Exemplo: o quartzo, mineral mais abundante na crosta terrestre, é na realidade um dióxido de silício composto de sílica e oxigênio (SiO2), figura 3 e 4. O si Figura 3 - Ligação química do quartzo Figura 4: Amostra de quartzo Fonte: Wikimedia Commons • Rochas - são formadas por um conjunto de minerais, o que na sua essência significa um grande composto químico. Exemplo: o granito é uma rocha composta por três minerais: mica + quartzo + feldspato (podendo ter, considerando-se variações nestes minerais, basicamente, as seguintes fórmulas químicas: AC2-3T4O10X2 + SiO2 + KAlSi3O8. Figura 5 – Granito. Observe as diferentes colorações, o que signifi ca diferentes minerais que compõem esta rocha. Nem sempre os minerais que compõem as rochas são visíveis, como neste caso. Fonte: Wikimedia Commons 11 UNIDADE Vertentes: processos e formas Mas precisamos nos perguntar: o que esta questão dos minerais e rochas e suas fórmulas químicas tem a ver com a gênese (origem) e evolução das vertentes e, também, com os movimentos de massa (como os deslizamentos de terra)? A compreensão destes processos químicos é a base para entendermos o que acontece no interior das vertentes quando ocorre a presença de água. Vamos entender isso melhor! Os elementos químicos presentes na água (H-hidrogênio e O-oxigênio) entrarão em contato com os elementos químicos dos minerais (sozinhos ou agradados em rochas) e provocarão reações químicas, fazendo com que os elementos químicos dos minerais sofram transformações. Esse processo, conhecido como intemperismo químico, é o responsável pela transformação das rochas em solo. Quanto mais a água avança em direção vertical ou para o interior da vertente, mais o solo vai se formando e a camada de rocha transformada vai aumentando. O que é mais resistente: uma rocha ou o solo? Parece uma pergunta simples e óbvia, mas é importante para entendermos como ocorrem os processos na vertente. Muito bem. Concordamos que a rocha é mais resistente, pois, no solo, os minerais já estão transformados e fragilizados. Então, vamos pensar no seguinte exemplo: o feldspato, mineral presente no granito, tem certo grau de dureza, mas em contato com a água transforma-se em argila e esta não tem a mesma dureza do que o mineral original (feldspato). Desta forma, quando o feldspato se transforma, pela ação da água, em argila, fica muito mais vulnerável a sofrer mais processos de transformação do que em sua forma original. As argilas (resultantes da transformação de alguns minerais presentes na crosta terrestre, nas rochas) possuem uma característica muito peculiar: são responsáveis pela coesão dos materiais presentes no solo, enquanto as areias mobilizam o atrito entre as partículas presentes no solo e isso em combinação faz com que o material se sustente na vertente. Em outras palavras, apesar da força da gravidade e da fragilidade do material em uma encosta (que pode ser de pouco a muito íngreme) este se sustenta pela ação da coesão e do atrito entre as partículas do solo. Coesão: é o principal agente na resistência ao cisalhamento (fenômeno de deformação ao qual um corpo está sujeito quando atuam sobre ele determinadas forças) dos solos finos e coesivos, como por exemplo as argilas. Atrito: principal agente mobilizado em solos granulares ou não coesivos, como as areias, pois atua na direção contrária do movimento e sua maior parcela é devida ao ângulo de atrito. Ex pl or 12 13 A água percolada (infiltrada) no solo é absorvida por uma partícula de argila e esta envolve outra partícula de outro mineral, como areia por exemplo, fazendo com que haja uma ligação (coesão) entre as partículas de argila (figura 6). Argila Força Coesiva Grãos de Areia Força Adesiva Figura 6 – Coesão das argilas. Fonte: foundrynews.com.br Vamos entender a atuação da coesão e do atrito. A coesão tem um limite. As argilas têm uma característica que podemos considerar, genericamente, como elástica, causada pela tensão superficial da água, ou seja, “estica” até um limite se rompe. A água que infiltra no solo vai sendo absorvida pelas argilas (quando estas estão presentes e dependendo da quantidade existente). Neste sentido, as argilas executam um papel de “esponja”, absorvendo a água presente na subsuperfície. Quando ocorrem chuvas constantes ecom intensidade, a quantidade de água que infiltra no solo vai gradualmente aumentando fazendo com que este fique saturado (“encharcado”). Assim, quanto mais água, maior a absorção desta pelas argilas, mas chegará um momento que a ligação entre estas se romperá porque atingirá o limite de sua “elasticidade”. Neste momento, o material se rompe e, no caso das vertentes, por conta da força de gravidade, será movimentado para baixo. Mas, em seu trajeto, o material encontrará uma força atuante, contrária à gravidade, que fará com que o material pare de descer. Esta força movimentada é o atrito. Os grãos de areia presentes no solo se atritam em função do ângulo diferente que cada grãozinho de areia (pequenos cubos) se encontra em relação a outro. Desta forma, conseguimos compreender de que forma a água atua nos processos de origem e formação das vertentes, a partir dos movimentos de massa (deslizamentos) que reduzem sua altura e mobilizam material das partes mais altas para as mais baixas. A matéria orgânica presente nos solos pode auxiliar na sua coesão. A tensão superfi cial da água pode ser observada em um copo cheio de água (fi gura 7). Ex pl or 13 UNIDADE Vertentes: processos e formas Figura 7 – Copo cheio de água que não transborda por conta da tensão superficial da água. Fonte: iStock/Getty Images A vegetação pode apresentar um papel ambíguo nos processos que ocorrem nas vertentes. Ao mesmo tempo em que as raízes das plantas funcionam no sentido de agregar materiais a elas e aumentar a coesão do material do solo, o peso da vegetação pode ser um fator de aceleração dos movimentos do material na vertente (acima de 45o de declividade). Assim, em um solo previamente saturado, onde as argilas estão em seu limite de coesão, o peso da vegetação funciona negativamente, podendo desencadear o movimento do material vertente abaixo. Movimentos de massa e processos erosivos O que discutimos no item anterior nos leva a compreender melhor o porquê da ocorrência dos movimentos de massa e a partir destes entender de que forma as vertentes evoluem; assunto este que veremos neste item. Os denominados movimentos de massa ou movimentos do regolito (material que repousa diretamente sobre a rocha matriz sem ter sofrido transporte) podem ser classificados em função de algumas de suas características, tais como volume de material movimentado e velocidade da ocorrência. De acordo com Christofoletti (1980), os movimentos de massa podem ser clas- sificados nas seguintes categorias: creep, solifluxão, corridas, avalanchas, desliza- mentos e desmoronamentos. Outros autores propõem diferentes classificações, mas as propostas por Christofoletti e definidas por ele a seguir, em linhas gerais, contemplam as principais classificações. Vejamos a seguir as principais características destes movimentos. Creep (reptação ou rastejo) Movimento lento e imperceptível do solo, em que as partículas vão rolando umas sobre as outras. A velocidade do movimento diminui com a profundidade e o deslocamento das partículas é de alguns centímetros por ano. As causas da reptação (descida do material na vertente) são várias: pisoteio do gado (formando os conhecidos terracetes de pastoreio – pequenos degraus que se formam nas vertentes em função do caminhar do gado seguindo as curvas de nível), crescimento de raízes e a perfuração de dutos por animais. 14 15 A existência de gelo ou água pode dinamizar o movimento das partículas terrosas. A identificação do rastejamento dá-se por meio indireto, a partir da observação da inclinação de postes de eletrificação, mourões de cercas, troncos de árvores; de rupturas em muros e muretas; e do desalinhamento de rodovias e ferrovias (figura 8 e 9). Figura 6 – Cerca adernando – indício de creep. Fonte: Acervo do autor Figura 8 – Efeitos do creep (rastejo) nas vertentes. Fonte: www.rc.unesp.br Solifluxão Movimento lento e coletivo do regolito (poucos decímetros por hora ou dia), que ocorre a partir da saturação de água, onde esta pode romper o limite da fluidez, ou seja, quando a quantidade de água faz com que o solo se comporte como um fluído (líquido). A solifluxão típica ocorre nas áreas periglaciais, em que o rápido degelo no verão satura o regolito (figura 10). 15 UNIDADE Vertentes: processos e formas Figura 10 – Solifluxão Fonte: Acervo do autor Corridas (flows) ou fluxos de terra ou de lama São movimentos do regolito semelhantes à solifluxão. A diferença reside na velocidade (são bem mais rápidos), na área atingida (maior) e na viscosidade do material. Os fluxos de terra são comuns onde uma camada de argila está soterrada por areia. A argila, apesar de saturada de água, é estável, a não ser que seja perturbada por um choque explosivo, terremoto ou carga artificial excessiva (alguma construção, por exemplo). Quando as tênues ligações entre as partículas argilosas e a água (coesão) são rompidas, a massa liquefaz-se espontaneamente (figuras 11, 12 e 13). Figura 11 – Fluxo de lama no Alasca (EUA) em 1964, provocado por um terremoto. Infraestrutura afetada Fonte: Wikimedia Commons 16 17 Figura 12 – Fluxo de terra e lama na Serra das Araras – RJ, em 1967. Mais de 1700 mortos Fonte: www.eng.uerj.br Figura 13 – Fluxo de terra e lama no Vale do Itajaí, SC em 2008 Fonte: www.ceped.ufsc.br Avalancha (ou Avalanche) É o fluxo coletivo do regolito mais rápido que se conhece, movimentando enormes volumes de materiais, sejam estes constituídos por gelo ou fragmentos rochosos. A avalancha, de modo geral, começa com uma queda livre de uma massa rochosa ou de gelo, que é pulverizada no impacto e corre a grande velocidade, em vista da fluidez adquirida pela pressão do ar aquecido e água retida dentro da massa (figura 14). 17 UNIDADE Vertentes: processos e formas Figura 14 – Avalancha de gelo Fonte: iStock/Getty Images Deslizamentos (landslides) Movimento rápido e violento do regolito. Também é conhecido como escorregamento. No processo que deflagra o deslizamento, tem-se a seguinte sequência de fatos: • precipitações contínuas propiciam grande quantidade de água para a infiltração; • a água infiltrando-se no solo começa a percolar até encontrar uma camada de solo impermeável ou o substrato rochoso; • impedida de percolar, a água de subsuperfície escoa paralelamente à camada impermeável/substrato rochoso, tirando o contato deste(a) com a camada superficial e o acúmulo de água no solo quebra a coesão das argilas; • configura-se a formação de uma superfície de ruptura (geralmente entre o horizonte B e C do solo, ou seja, entre a última camada de solo e a rocha em decomposição – o saprolito), ficando o material suscetível a atuação da força de gravidade; • inicia-se o movimento, o qual será tão mais violento quanto maior for a declividade do terreno e o volume do material sem sustentação basal. Este movimento de massa é denominado, também, como movimento rotacional e translacional. A região da Serra do Mar no Sudeste brasileiro é altamente suscetível aos deslizamentos de terra em virtude de alguns fatores, tais como as altas declividades das vertentes e os grandes volumes de precipitação em tempo relativamente curto. Em função da superfície de ruptura (local a partir de onde o material se desloca, ficando uma “cicatriz” na vertente), os deslizamentos (escorregamentos ou, ainda, movimentos de massa) são classificados em rotacionais (circulares) ou translacionais 18 19 (planares) – a diferença da nomenclatura varia de um autor para outro, mas todas essas definições se referem ao mesmo fenômeno. No movimento rotacional (circular), a superfície de ruptura apresenta uma forma arredondada e o material escorregado fica parado em algum ponto abaixo na vertente, formando um lobo, uma saliência (figura 15). Figura 15 – Movimento de massa rotacional. Observa-se: 1) a superfície de ruptura; 2) a cicatriz, que apresenta forma arredondada e 3) material que fi cou parado ao longo da vertente (massa movimentada).Fonte: Adaptado de www.rc.unesp.br As vertentes onde ocorrem os movimentos de massa translacionais (planares) são mais inclinadas do que aquelas, nas quais ocorrem os movimentos rotacionais. Geralmente, são vertentes com mais do que 40o de inclinação. Neste movimento, em função da alta declividade da vertente, a superfície de ruptura que se forma acompanha o plano das camadas da vertente, ou seja, apresenta uma cicatriz reta, plana. Em função da alta declividade, também, não ocorre a formação de uma camada espessa de solo; logo, há pouco material para ser movimentado e este não se acumula ao longo da vertente (formando um lobo, saliência), mas se espalha ao longo da mesma (figura 16). 19 UNIDADE Vertentes: processos e formas Figura 16 - Movimento de massa translacional. Observa-se: 1) a superfície de ruptura; 2) a cicatriz, que apresenta plana deixando exposta a rocha e 3) pequena quantidade de material movimentado espalhado ao longo da vertente. Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons Desmoronamento (ou queda de blocos) É outro movimento de massa rápido e de caráter violento. Os desmorona- mentos, também, são conhecidos como desabamentos. No processo de desaba- mento, ocorre o solapamento na base da vertente (onde se forma um enta- lhe), o qual pode ser ocasionado pela ação da água de escoamento pluvial, fluvial, ou mesmo pelo afloramento de água. O material acima da área solapa- da não se sustenta e se desprende da vertente violentamente, promovendo o recuo da mesma. Fernandes e Amaral (1998) conside- ram que os desmoronamentos são moti- vados por regiões de fraqueza litológica (ocasionando descontinuidades na rocha) tais como rede de fraturas e diáclases, assim como pela ação do intemperismo físico e químico (figura 17). Quedas de Blocos Maciço Rochoso Blocos Instáveis Desconti- nuidades Figura 17 – Desmoronamento (queda de blocos). A falta de sustentação da base da vertente (por solapamento – retirada do material da base por ação de algum agente como as ondas da praia, um rio ou um corte para abertura de estrada) produz um entalhe (vazio) e o material acima não se sustenta, ocorrendo o desmoronamento do material da parte superior. Fonte: www.rc.unesp.br 20 21 Ocupação de encostas nas cidades Áreas de risco Os movimentos de massa fazem parte da dinâmica da natureza e a evolução das vertentes ocorre, naturalmente, por conta da existência de tais fenômenos. O que observamos, cada vez com maior frequência, nas cidades brasileiras (e de outros países) é a crescente ocupação das encostas, como resultado da falta de planejamento urbano e da disponibilidade de moradia para uma parcela significativa da população, especialmente de baixa renda. As encostas (vertentes), por si próprias, não podem ser consideradas como áreas de risco, pois o risco somente passa a existir a partir do momento em que tais ambientes são ocupados de forma inadequada e as consequências desta ocupação podem ser negativas, gerando prejuízos humanos e materiais. É nesta situação que o risco passa a existir, ou seja, uma área se torna de risco. Segundo Cerri (1993), o risco geológico pode ser definido como “situação de perigo, perda ou dano, ao homem e suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processos geológicos, induzidos ou não”. Figura 18 – Ocupação de encostas – área de risco em Nova Friburgo – RJ Fonte: Acervo do autor O homem causa interferência na dinâmica da evolução da encosta, acelerando os processos erosivos de diversas formas. Consideremos as seguintes formas, dentre outras: 1. criação de encostas artifi ciais (cortes e aterros) para construção de moradias e abertura de ruas - causa instabilidade do terreno e alteração nos processos de infiltração e escoamento da água; 2. desmatamento para construção de edifi cações (casas e prédios) - deixa o solo exposto e suscetível à erosão; 21 UNIDADE Vertentes: processos e formas 3. ocupação inadequada, sem planejamento - a falta de coleta de esgoto (fazendo com que a água dos encanamentos seja lançada diretamente na encosta, favorecendo a infiltração e desestabilização do solo) e o acúmulo de lixo (que atua no processo de acúmulo de água na encosta) são fatores que contribuem para os deslizamentos. (figura 18) No passado, a solução imediata para se acabar com o risco presente na ocupação de uma encosta suscetível a deslizamentos era a retirada da população para a realização de obras de engenharia e a alocação desta população em outras partes da cidade. Este movimento acabava por prejudicar, ainda mais, uma população que era obrigada a deixar suas casas e passar a morar em abrigos ou com amigos e familiares e, na maioria das vezes, distante de seu local de trabalho. Com o passar do tempo, uma nova forma de encarar o problema foi sendo efetivada e, no presente, as obras de engenharia para recuperar uma encosta ou para prevenir possíveis riscos a população são feitas se removendo somente o número necessário de famílias de suas residências, sendo que uma parte desta retorna quando as obras são concluídas e a área não é mais considerada de risco. Formação (pedogênese) e degradação do solo Conhecer a formação do solo é de fundamental importância para compreen- dermos os processos estudados nesta unidade relativos à formação e evolução das vertentes. Desde seu início, o estudo dos solos esteve ligado aos problemas de sua utilização agrícola e, com o passar do tempo, esse conhecimento foi se sofisticando em função, não somente da sua utilidade, mas também para que sua formação, ocorrência e características fossem melhor conhecidas para diversas finalidades. Em linhas gerais, o solo é formado por um conjunto de corpos naturais tridimensionais, resultante da ação integrada de diversos fatores, tais como o clima, organismo, estrutura geológica, o tempo, dentre outros que veremos mais adiante. O solo pode ser considerado em função de sua origem como: Autóctone – quando o solo é formado no local a partir da desagregação da rocha na superfície ou abaixo desta, ou seja, resulta de uma alteração local da rocha. Alóctone – é o solo originário a partir de material transportado de uma fonte (próxima ou distante) e depositado no local, onde se acumulará. São conhecidos como solos aluviais e coluviais. O solo apresenta camadas (nem sempre visíveis) chamadas de horizontes e o conjunto destes constitui o perfil do solo. Com base no que discutimos nesta unidade, fica bastante evidente que compreender os fenômenos da natureza e sua dinâmica é de suma importância para o estudo das paisagens. Mas, para nós, geógrafos, a análise do espaço só faz 22 23 sentido quando consideramos a relação das sociedades com a natureza e de que forma esta relação organiza o espaço. Há diversas formas de classificação do solo e do perfil do solo. Conforme Guerra (2000), o perfil de um solo completo e bem desenvolvido possui basicamente quatro tipos de horizontes e são convencionalmente identificados pelas letras maiúsculas: O, A, E, B e C: Horizontes • O: é formado por matéria orgânica e, relativamente, pouco espesso. É constituído principalmente de folhas e galhos que caem dos vegetais e pelos seus primeiros produtos de decomposição. • A: é aquele que apresenta acúmulo de húmus mais próximo a superfície. Sua principal característica é este acúmulo de matéria orgânica parcial ou totalmente humificada (decomposta). • E: é claro e não está presente em todos os perfis de solo. É neste horizonte que ocorre a máxima remoção de argila e/ou óxidos de ferro que são transportados para o horizonte imediatamente abaixo (horizonte B). • B: é enriquecido em constituintes orgânicos ou minerais, devido à migração da matéria vertical ou lateralmente. • C: é um horizonte de alteração com material inconsolidado chamado de saprolito (rocha alterada) • R – rocha não alterada. A formação do solo não se dá da mesma forma em todas as partes do país e do mundo, podendo variar até mesmodentro de uma propriedade rural. Os fatores de formação do solo são: a) Clima – é um dos fatores mais ativos, influenciando diretamente no intemperismo das rochas, produzindo o material de origem dos solos. b) Organismos – é a fração orgânica do solo fornecida pelos vegetais e animais e é responsável, em geral, pela cor escura dos horizontes. c) Material originário – refere-se ao material não consolidado, a partir do qual o solo se formou (saprolito). Os materiais podem ser autóctones ou alóctones. d) Relevo – a configuração superficial da crosta terrestre afeta o desenvolvimento dos solos, principalmente, pela influência da dinâmica da água, erosão, entre outros. e) Tempo – um certo período de tempo é necessário para o desenvolvimento de horizontes de solo. Estes fatores se combinam e interagem nos processos de formação dos solos. Esses processos consistem em um conjunto de eventos que diretamente afetam e expressam seus efeitos nas características dos horizontes do solo. 23 UNIDADE Vertentes: processos e formas Dentre os principais processos, destacamos: • Latolização – predomina a perda de sílica e de bases do solo e ocorre um enriquecimento relativo de oxidróxidos de ferro e hidróxido de alumínio. • Podzolização – predomina a translocação de matéria orgânica e/ou óxidos de ferro e alumínio do horizonte A para o horizonte B. • Calcificação – predomina a translocação e acumulação de carbonato de cálcio de um horizonte para outro. • Salinização – consiste na translocação e acumulação de sais solúveis de cloretos e sulfatos de cálcio, magnésio, sódio e potássio de um horizonte para outro (figura 19). • Gleização – predomina a transformação (redução) de ferro sob condição de excesso de água, ocorre em solos hidromórficos (encharcados). Figura 19 – Salinização do solo. Em ambientes semi áridos a forte insolação provoca evaporação constante da água do solo e os sais dissolvidos neste sobem juntamente com a evaporação da água e se acumulam na superfície tornando o solo improdutivo. Fonte: Acervo do autor Todos os solos apresentam os seguintes aspectos, os quais variam de um solo para outro: cor, textura e porosidade. A fertilidade natural de um solo é definida pelo material de origem e pelos processos que neste solo atuaram ou atuam. Um solo antigo, profundo e muito lavado (como é o caso na maior parte do Brasil) não apresenta mais fertilidade natural (se tivesse no início esta condição teria sido alterada com o passar do tempo). A rocha ou material que origina o solo, também, pode significar que haverá fertilidade natural ou não neste. No caso de áreas próximas a vulcões ativos ou planícies de inundação dos rios, o solo é renovado constantemente, o que oferece áreas propícias para agricultura e justifica a ocupação de tais áreas. 24 25 Degradação do solo É importante considerarmos o papel que as sociedades exercem sobre o solo e uma vez que este mantém estreita relação com o relevo, com o regime hídrico e com a cobertura vegetal, quaisquer alterações introduzidas, em um destes elementos, produzirão modificações no solo. A degradação do solo é o processo pelo qual este vai se esgotando (perdendo nutrientes), podendo ser ter como causas fatores naturais ou ações antrópicas (humanas) inadequadas. Cada sociedade (ao longo do tempo e no presente) se relacionará com a natureza em função de sua organização socioeconômica e cultural. Na nossa sociedade industrial e capitalista, o solo é um recurso a serviço de ganhos cada vez maiores para os capitalistas. Para se aumentar a produtividade visando ganhos cada vez maiores, os solos são utilizados até seu esgotamento e para aqueles que não têm condições de investimento, este é um grande problema. O desmatamento e a utilização de técnicas agrícolas inadequadas, entre outros, têm provocado processos de transformação do solo tornando-o, em inúmeros casos, improdutivos. De acordo com a Sociedade Nacional de Agricultura, há quatro processos que afetam negativamente e de forma intensa o solo. São estes: 1. Erosão – em relação às ações dos agentes externos (da natureza), as chuvas são o principal agente causador da erosão. O ser humano, também, tem papel importante no processo a partir dos desmatamentos. 2. Salinização - a concentração progressiva de sais pode ser causada pelo péssimo manejo da irrigação em regiões áridas e semiáridas, tornando muitas áreas improdutivas em curto espaço de tempo (também, considerada um processo de degradação do solo). 3. Compactação - é um processo decorrente da manipulação intensiva, quando o solo perde sua porosidade pelo adensamento de suas partículas. Na agricultura, a compactação do solo se dá pela influência de máquinas agrícolas e, também, pelo pisoteio de animais, como o gado. A compactação é prejudicial para a produção agrícola, pois influencia negativamente o crescimento de raízes e diminui a movimentação da água pelo solo, criando uma camada muito densa, onde a água não se infiltra, ocasionando excesso de líquido nas camadas superficiais, podendo provocar erosão. 4. Poluição química - na produção agropecuária, a contaminação química é mais evidente em razão da utilização de insumos agrícolas como fertilizantes, inseticidas e herbicidas que, quando são conduzidos pelas águas da chuva, podem penetrar no solo atingindo o lençol freático e contaminando o aquífero, bem como serem transportados, pela enxurrada, até os mananciais, como os córregos, rios e lagos que se encontram nas partes mais baixas do relevo. 25 UNIDADE Vertentes: processos e formas Podemos acrescentar, ainda, outros processos que causam a degradação do solo, tornando-o improdutivo. Vejamos alguns destes processos: • Lixiviação: ocorre a “lavagem” do solo, onde os nutrientes das camadas superficiais são removidos. Os elementos como manganês e alumínio são pouco solúveis; por isso, resistentes, tornando o solo ácido. Os solos antigos e profundos são os mais lixiviados (como ocorre em grande parte do Brasil). • Esgotamento dos solos: ocorre, principalmente, por práticas agrícolas incorretas e o uso excessivo do solo, sem o tratamento adequado e para apenas um tipo de cultura (esgotamento). • Laterização: processo que provoca a formação de uma crosta dura de hidróxido de ferro ou alumínio na superfície do solo (laterita). O desmatamento pode acelerar este processo, que inviabiliza a prática da agricultura. Todos estes processos acarretam consequências negativas para as práticas agrícolas, pois a degradação do solo pode deixá-lo infértil ou com baixas concentrações de nutrientes. É necessário conhecermos as características dos solos, pois este é um recurso fundamental para a produção de nossos alimentos e para as indústrias (matérias primas). O maior conhecimento deste recurso nos permite realizar um planejamento de seu uso de forma mais adequada visando a sua preservação. 26 27 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Deslizamento de terra deixa uma pessoa morta na rodovia dos Imigrantes em SP Ouça, atentamente, os conceitos (deslizamento, desmoronamento, escorregamento) utilizados pelos jornalistas para se referirem ao fenômeno retratado na reportagem. Os conceitos são utilizados de forma correta ou há equívoco no uso dois mesmos? Quais os motivos alegados pelo meteoriologista entrevistado para que o fenômeno tivesse ocorrido? Disponível em: https://goo.gl/fqQoki Imagens mostram carro atingido por deslizamento de pedras na Dutra Observe as condições da encosta no momento em que ocorre a queda da rocha. Releia a parte do texto desta unidade de conteúdo referente à Queda de Blocos (desmoronamento) e identifique o motivo, pelo quel ocorreu a queda da rocha. Disponível em: https://goo.gl/vMNupw Vídeo sobre solos Este vídeo explica, de forma clara e didática, a formação do solo e suas principais características. Disponível em: https://goo.gl/H7kbfs Livros Degradaçao dos Solosno Brasil Uma boa sugestão de leitura para aprofundar seus conhecimentos sobre a degradação dos solos no Brasil é o livro: DEGRADAÇAO DOS SOLOS NO BRASIL, de GUERRA, A. J. T. (Org.) Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014. Leitura A importância do estudo das vertentes Este artigo complementa seu conhecimento sobre as vertentes e a importância de estudá-las. Disponível em: http://goo.gl/nbbNJ7 27 UNIDADE Referências AB’SABER, A. N. Geomorfologia do Sitio Urbano de São Paulo. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007. CASSETI, V. Elementos de geomorfologia. Goiânia: UFG, 1994. CERRI, L. E. S. Riscos geológicos associados a escorregamentos: uma proposta para a prevenção de acidentes. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 1993, 197p. CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2.ed. São Paulo: Edgar Blucher, 1980. FERNANDES, N. F.; AMARAL, C. P. Movimentos de massa: uma abordagem geológico-geomorfológica. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Orgs.). Geomorfologia e meio ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. FURLAN, A. A. Falésias na Formação Barreiras: análise regional e proposta tipológica. Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/ tde-15042015-151123/pt-br.php. Acesso em 20/09/15. GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Orgs.) Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. GUERRA, A. J. T. Geomorfologia e Meio Ambiente. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. ________. Novo dicionário geológico-geomorfológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. LIMA, S.C. & QUEIROZ NETO, J.P. As veredas e a evolução do relevo. Sociedade e Natureza 15:481-488, 1996. ROSS, J. L. S. 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