Buscar

sociologia 1 SÉRIE - aplicação 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Verificação de Aprendizagem de Sociologia – 1ª Série - Ens. Médio – 4º BIM. Aluno(a) ______________________________________ Data: ____/___/2020 
 Professor(a): Heromilda C. Pereira Valor: 5,0 pontos Valor obtido: ________.
1) Os estudos de Gilberto Freyre tornaram-se clássicos da interpretação sociológica do Brasil por enfatizarem, na formação do país, a importância da(o)
(A) Estado e das leis e regras impessoais.
(B) família patriarcal e da cultura dos escravizados.
(C) mulher como líder nas relações privadas e públicas.
(D) isolamento sociocultural das diferentes etnias.
(E) igualdade de renda e oportunidades no capitalismo industrial.
2) 	Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
 Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na
(A) rigidez das normas jurídicas
(B) prevalência dos interesses privados. 
(C) solidez da organização institucional. 
(D) legitimidade das ações burocráticas. 
(E) estabilidade das estruturas políticas.
3) A seguir, observe um trecho de Caio Prado Júnior a respeito da divisão social no Brasil Colônia.
É assim, extremamente simples, a estrutura social da colônia no primeiro século e meio de colonização. Reduz-se, em suma, a duas classes: de um lado, os proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres.
PRADO JUNIOR, Caio. Evolução política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 28-29. 
Para Caio Prado Júnior, no período histórico em questão, a organização social brasileira se deu da maneira que foi descrita no fragmento de texto em razão da(o)
(A) objetivo dos colonizadores, voltados à formação de uma sociedade mais igualitária.
(B) próspero mercado interno que exigia produtos diversificados pelos consumidores. 
(C) produção econômica, pautada pela exploração e voltada para os interesses europeus.
(D) tensão religiosa na Europa, que provocou a intensa migração de colonos portugueses reformistas para a Colônia. 
(E) política local, marcada pelas disputas entre os defensores do domínio português e os favoráveis à independência.
4) Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos.
SETTI, A. Disponível em: <http://colunas.revistaepoca.globo.com>. Acesso em: 21 maio 2013 (fragmento).
A diferença entre os costumes assinalados no texto e os da classe média brasileira é consequência da ocorrência no Brasil de
(A) automação do trabalho nas fábricas, relacionada à expansão tecnológica.
(B) ampliação da oferta de empregos, vinculada à concessão de direitos sociais.
(C) abertura do mercado nacional, associada à modernização conservadora. 
(D) oferta de mão de obra barata, conjugada à herança patriarcal. 
(E) consolidação da estabilidade econômica, ligada à industrialização acelerada.
5) Em 1822, com a independência, o Brasil rompeu o nexo colonial que tinha com Portugal. Sobre a condição dos senhores de terra no Brasil após esse evento, observe, a seguir, a análise de Florestan Fernandes.
[...] se a supressão do nexo colonial não se refletiu na condição do escravo nem afetou a natureza da escravidão mercantil, ela alterou a situação econômica do senhor, que deixou de sofrer o peso da “espoliação colonial” e passou a contar, por conseguinte, com todas as vantagens da “espoliação escravista” [...].
FERNANDES, Florestan. Circuito fechado. São Paulo: Globo, 2010. p. 58.
espoliação: ato de privação por meio de violência ou roubo.
Considerando o trecho, pode-se afirmar que, para Florestan Fernandes, a independência foi um caso de modernização conservadora, uma vez que
(A) a elite ainda se manteve, na prática, obedecendo às decisões políticas de Portugal.
(B) os escravizados começaram a ser utilizados como trabalhadores assalariados.
(C) o sistema partidário se abriu para a representação dos interesses dos escravizados.
(D) o recém-criado Império brasileiro permitiu à burguesia nacional incrementar a industrialização.
(E) a autonomia política, em vez de gerar mais igualdade, aprofundou as desigualdades sociais.
6) Considere o trecho a seguir.
Florestan Fernandes é o fundador da sociologia crítica no Brasil. Toda a sua produção intelectual está impregnada de um estilo de reflexão que questiona a realidade social e o pensamento. As suas contribuições sobre as relações raciais entre negros e brancos, por exemplo, estão atravessadas pelo empenho de interrogar a dinâmica da realidade social [...]. 
IANNI, Otávio. A sociologia de Florestan Fernandes. Estudos Avançados, v. 10, n. 26, p. 26, 1996.
A respeito das análises de Florestan Fernandes sobre a questão racial e o desenvolvimento do capitalismo no Brasil, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) para as afirmativas a seguir.
a) ( ) No fim do século XIX, com o fim do trabalho escravo e a Proclamação da República, os afrodescendentes conquistaram melhores condições, como habitação digna e alfabetização.
b) ( ) Além de dificuldades materiais, os afrodescendentes enfrentam as barreiras simbólicas impostas pelo “preconceito de cor”.
c) ( ) No século XX, mesmo não existindo leis de discriminação racial, observaram-se grandes disparidades entre brancos e negros no que diz respeito à renda.
d) ( ) Assim como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes percebe que a miscigenação no Brasil é a solução para superar diferenças e desigualdades sociais.
e) ( ) O trabalho escravo, que durou mais de 3 séculos no Brasil, resultou em desigualdades sociais e econômicas que caracterizam a sociedade brasileira.
7) Existe uma cultura política que domina o sistema e é fundamental para entender o conservadorismo brasileiro. Há um argumento partilhado pela direita e pela esquerda, de que a sociedade brasileira é conservadora. Isso legitimou o conservadorismo do sistema político: existiram limites para transformar o país, porque a sociedade é conservadora, não aceita mudanças bruscas. Isso justifica o caráter vagaroso da redemocratização e de redistribuição de renda. Mas não é assim. A sociedade é muito mais avançada que o sistema político. Ele se mantém porque consegue convencer a sociedade de que é a expressão dela, de seu conservadorismo.
NOBRE, M. Dois ismos que não rimam. Disponível em: <www. unicamp.br>. Acesso em: 28 mar. 2014 (adaptado).
A característica do sistema político brasileiro, ressaltada no texto, obtém sua legitimidade da
(A) dispersão regional do poder econômico.
(B) polarização acentuada da disputa partidária.
(C) orientação radical dos movimentos populares.
(D) condução eficiente das ações administrativas.
(E) sustentação ideológica das desigualdades existentes.
8) Assinale a alternativa que demonstra a interpretação de Caio Prado Júnior acerca da colonização do Brasil.
(A) A forma de colonização europeia estabelecida no Brasil era de povoamento, centrada na policultura, no trabalho escravo e em grandes propriedades rurais.
(B) Caio Prado Júnior analisa os aspectos culturais do Período Colonial brasileiro, em particular as diferentes contribuiçõesétnicas da formação do povo brasileiro.
(C) A sociedade brasileira do Período Colonial tinha como característica central o modelo econômico agrário-exportador, extremamente dependente do mercado europeu.
(D) A Independência do Brasil representou uma ruptura definitiva com a estrutura colonial brasileira, garantindo autonomia econômica em relação aos países europeus.
(E) A emancipação política e econômica do Brasil foi realizada pelas classes dominantes com a participação de movimentos populares.
9) Assinale as proposições corretas a respeito do pensamento de Caio Prado Júnior e Florestan Fernandes.
I. Caio Prado Júnior e Florestan Fernandes têm em comum a interpretação da sociedade brasileira com base em seus elementos dicotômicos, em particular a oposição entre classes dominadas e classes dominantes.
II. Florestan Fernandes entende que o processo de formação do capitalismo no Brasil durante o período pós-colonial se estabeleceu, tendo em vista a junção de interesses da burguesia industrial e da elite agrária, para romper definitivamente com as antigas estruturas sociais do Período Colonial.
III. Caio Prado Júnior identifica a herança colonial do Brasil no presente, considerando o que denomina modernização conservadora, em que os latifúndios rurais do Período Colonial foram modernizados com base na lógica capitalista, tornando-se empresas agrárias.
IV. Florestan Fernandes afirma que a modernização da sociedade brasileira foi articulada pela burguesia e suas propostas de expansão do modelo de produção industrial.
(A) I, II e III estão corretas.
(B) I, III e IV estão corretas.
(C) II, III e IV estão corretas.
(D) I, II e IV estão corretas.
(E) Todas as alternativas estão corretas.
10) Em relação ao processo de formação social no Brasil, o sociólogo Florestan Fernandes escreveu: “Lembremo-nos de que da vinda da Família Real, em 1808, da abertura dos portos e da Independência, à Abolição em 1888, à Proclamação da República e à “revolução liberal”, em 1930, decorrem 122 anos, um processo de longa duração, que atesta claramente como as coisas se passaram. Esse quadro sugere, desde logo, a resposta à pergunta: a quem beneficia a mudança social?”
Fonte: FERNANDES, F. As mudanças sociais no Brasil. In: IANNI, Octavio (Org.). Florestan Fernandes: 
coleção grandes cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1986. p. 155-156.
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o tema, em relação à indagação feita pelo autor, é correto afirmar que a mudança social beneficiou:
(A) Fundamentalmente os trabalhadores, uma vez que as liberdades políticas e as novas formas de trabalho aumentaram a renda.
(B) Os grupos sociais que dispunham de capacidade econômica e poder político para absorver os efeitos construtivos das alterações ocorridas na estrutura social.
(C) A elite monárquica, pois, ao monopolizar o poder político, impediu que outros grupos sociais pudessem surgir e ter acesso aos efeitos construtivos das alterações na estrutura social.
(D) Os grupos sociais marginalizados ou excluídos, pois, em decorrência deste processo, passaram a fazer parte do processo produtivo.
(E) A população negra, uma vez que a alteração na estrutura da sociedade criou novas oportunidades de inserção social.
11) Considerando as contribuições teóricas de Florestan Fernandes, assinale a alternativa incorreta.
(A) A revolução burguesa significa uma forma de modernização da sociedade brasileira sem romper radicalmente com a ordem social vigente, em particular com a dominação política dos setores dominantes.
(B) A sociedade competitiva de classes teria se desenvolvido no Brasil de forma diferenciada, mantendo relativa dependência econômica dos países dominantes, motivo pelo qual Florestan Fernandes alegava se tratar de uma forma de “capitalismo dependente”.
(C) A defesa do caráter harmonioso das relações raciais no Brasil seria uma construção ideológica que visava legitimar a dominação das classes dominantes.
(D) Após a abolição da escravidão, evidenciaram-se condições desfavoráveis à integração dos afrodescendentes na sociedade de classes.
(E) Florestan Fernandes reforça o mito da democracia racial no Brasil, uma vez que demonstra que a desigualdade social entre negros e brancos e a discriminação racial não se equiparavam ao regime de segregação racial existente em outros países.
12) Leia o texto a seguir e assinale as proposições corretas a respeito do pensamento de Caio Prado Júnior e Florestan Fernandes:
Na raiz das desigualdades sociais está a concentração de terras rurais nas mãos de poucas famílias ou empresas. Cerca de 3% do total das propriedades rurais do país são latifúndios, ou seja, têm mais de mil hectares e ocupam 56,7% das terras agriculturáveis – de acordo com o Atlas Fundiário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em outras palavras, a área ocupada pelos estados de São Paulo e Paraná juntos está nas mãos dos 300 maiores proprietários rurais, enquanto 4,8 milhões de família estão à espera de chão para plantar.
VEZZALI, Fabiana. Especial Latifúndio – Concentração de terras nas mãos de poucos custa caro ao Brasil. Repórter Brasil. 11 jun. 2006. 
Disponível em: <http://reporterbrasil.org.br/2006/07/ especial-latifundio-concentracao-de-terra-na-mao-de-poucoscusta-caro-ao-brasil/>. Acesso em: 13 jun. 2015.
I. A atual formação agrária brasileira é um retrato do passado colonial, expresso na grande concentração de terras de propriedade de um pequeno grupo de famílias e empresários agrários.
II. Para Florestan Fernandes, a concentração de terras rurais foi uma consequência da revolução burguesa no Brasil, que rompeu drasticamente com as antigas estruturas coloniais.
III. O latifúndio, a monocultura e o trabalho escravo são fatores identificados por Caio Prado Júnior como formadores da estrutura agrária brasileira. Atualmente, o latifúndio se faz presente pela concentração de terras em grandes propriedades rurais; a monocultura, pela extensa produção de grãos para exportação; o trabalho escravo, com seus resquícios, pela exploração da mão de obra no campo.
(A) I e II estão corretas.
(B) I e III estão corretas.
(C) II e III estão corretas.
(D) Apenas a afirmativa I está correta.
(E) Todas as alternativas estão corretas.

Continue navegando