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TRABALHO FISIOLOGIA GLICEMIA docx

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ADRIANA ANDRADE 
GABRIELA RIBEIRO 
PRISCILA VITÓRIA 
SARI ANDRESSA RONQUI BONAVOLONTÁ 
SUMARA DE FREITAS 
TATIANE BRITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOMEDICINA 
 4º SEMESTRE 
 FISIOLOGIA HUMANA II 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
2015
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO 
REGULAÇÃO GLICÊMICA 
TRABALHO EXPERIMENTAL 
1. Introdução 
As principais fontes de energia das células do corpo humano veem de glicose, onde essas 
moléculas assim que metabolizadas depois da alimentação vão ser absorvidas por células, 
através de proteínas carreadoras. 
A glicemia é o nível de glicose no meio plasmático no sangue, seu nível normal é geralmente 
entre 70 e 110 mg/dL, onde é classificada pela sua concentração quando se tem algum tipo 
de fisiopatologia. Podendo ser hiperglicemia ou hipoglicemia, deixando então as pessoas 
doentes. 
Dois hormônios fundamentais para que se controle o nível da glicemia é a insulina e o 
glucagon, onde são produzidas pelo pâncreas, um órgão com a função endócrina. A insulina 
tem o efeito de manter o estado da glicemia normal quando o nível está alto, fazendo então o 
controle de entrada de glicose nas células. O glucagon tem efeito distinto da insulina, fazendo 
com que o nível da glicemia não diminua, ou seja, evitando que o nível seja de hipoglicemia, 
já que é um estado mais grave, por deixar as células sem funções e resultando em coma no 
corpo humano dependendo de um estado crítico de diminuição glicêmica. 
As patologias que envolvem os dois hormônios podem ser por qualquer fator que tenha 
relação, assim como ausência, deficiência na produção, deficiência das células que as 
secretam, obesidade, entre outros. 
Há também hormônios assim como o GH (hormônio de crescimento), cortisol e o fármaco 
dexametasona, que agem como hiperglicêmicos e tendo resistência à insulina. Foi feito por 
fim um experimento com camundongos de laboratório saudáveis, observando seus resultados 
através dos hormônios. 
 
PALAVRAS CHAVES: Glicemia, glucagon, insulina, pâncreas. 
 
 
4 
 
 
2. Glicose 
A principal fonte de energia das células é a glicose, cujo é responsável pela formação de ATP 
em duas condições: anaeróbica e anaeróbica. A glicose é uma molécula polar, insolúvel na 
membrana plasmática. 
A glicose não pode difundir-se através dos poros da membrana, visto que seu peso molecular é 
de 180, e o máximo das partículas permeáveis é cerca de 100. 
2.1 Transportadores de glicose GLUT 
A proteína GLUT foi descoberta pela primeira vez na década de 90 caracterizada por 7 tipos de 
proteínas transportadoras de glicose. Ao longo do tempo com a modernização da Biologia 
Molecular conseguiu identificar até 14 tipos de transportadores de glicose GLUT clonados. Seu 
transporte é realizado através de difusão facilitada, portanto a favor de seu gradiente de 
concentração, e dependente da presença de proteínas transportadoras (GLUTs). 
 
Figura 1 - Difusão facilitada: A figura mostra como ocorre a difusão facilitada, quando uma proteína carreadora (GLUTs) 
se conecta ao sítio de ligação com a glicose e transporta a glicose do meio exterior para o meio interior da célula. Fonte: 
http://www.infoescola.com 
2.1.2 Transportadores de glicose e homeostasia glicêmica 
GLUT4 é o chamado transportador de glicose insulino-sensível, cujo principal papel é 
proporcionar a captação de glicose insulino-mediada em tecidos adiposo e muscular, tecidos 
que expressam especificamente, mas não unicamente, a proteína GLUT4. Modificações na 
expressão deste gen (ou gene), tanto em tecido adiposo quanto em músculo esquelético, 
correlacionam-se de maneira direta com aumento ou redução da sensibilidade insulínica. 
Nas células em repouso, o GLUT4 localiza-se principalmente no compartimento intracelular, 
representando em adipócitos até 95% do conteúdo celular total deste transportador. O estímulo 
insulínico determina a movimentação de GLUT4 deste compartimento, e sua translocação em 
direção à membrana plasmática agudamente aumenta a captação de glicose, participando de 
 
 
5 
 
 
forma importante no controle da homeostase glicêmica em nível tecidual e plasmático. Esse 
mecanismo torna a captação de glicose em músculo e tecido adiposo dependente da transmissão 
do sinal insulínico, e alterações nessas vias, assim como a interferência de outros hormônios 
como a angiotensina, têm sido amplamente investigadas. 
 
2.1.3 Transportadores de glicose e alterações territoriais específicas 
2.1.3.1 GLUT2 no fígado 
Os hepatócitos expressam predominantemente a isoforma GLUT2, um transportador de alta 
capacidade de transporte de glicose (alto Km), responsável no fígado pelo influxo do substrato 
no período pós-prandial, e pelo efluxo da glicose no período pós-absortivo e no jejum. 
2.1.3.2 GLUT2 na célula B pancreática 
A secreção de insulina pela célula B pancreática em resposta à glicose depende do metabolismo 
intracelular desse substrato. A célula B pancreática expressa a isoforma GLUT2 de 
transportador de glicose, cuja alta capacidade de transporte permite que as elevações de glicose 
plasmática se reflitam em variações paralelas na concentração intracelular da glicose, assim 
garantindo uma resposta secretória proporcional às variações plasmáticas.1 
2.1.2 CoTransporte de glicose juntamente com íons sódio SGLT 
Em células epiteliais como as do intestino delgado e do túbulo renal, os processos de absorção 
e reabsorção respectivamente, ocorrem através de um processo de transporte acoplado ao íon 
Na+, o qual promove um transporte contra gradiente de concentração de Na+, através de 
proteínas transportadoras (SGLTs).2 
 
1 Transportadores de glicose na síndrome metabólica, Arq Bras Endocrinol Metab vol.50 no.2 São 
Paulo Apr. 2006 
2 Transporte de glicose, Machado, página 414. Arq Bras Endocrinol Metab. Vol 42 nº 6. Dezembro 1998 
Tabela 1- Transporte de glicose GLUT4. Fonte: http://www2.iq.usp.br/docente/fgueiros/-_Glicolise_2011-alunos_3.pdf 
Nome Localização em tecido Comentários 
GLUT 2 Fígado e células beta do 
pâncreas 
No pâncreas, desempenha um 
papel na regulação. 
No fígado, remove o excesso 
de glicose no sangue. 
Nome Localização em tecido Comentários 
GLUT 4 Células musculares e 
adiposas. 
A quantidade na membrana 
citoplasmática do miócito 
aumenta durante um 
treinamento de resistência. 
Tabela 2- Transporte de glicose GLUT2. Fonte: http://www2.iq.usp.br/docente/fgueiros/-_Glicolise_2011-alunos_3.pdf 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Síndromes metabólicas 
Principais alterações na expressão dos transportadores de glicose observadas na Síndrome 
metabólica, respectivos territórios em que ocorrem, e repercussões fisiopatológicas que 
determinam. 
 
Figura 2- Transporte ativo: ocorre 
quando uma molécula é 
transportada contra o gradiente 
de concentração. No caso da 
glicose ela está acoplada na 
molécula de sódio com a proteína 
transportadora. Fonte: 
http://pt.slideshare.net/silvannasa
nches/tipos-de-tr 
Tabela 3- Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302006000200004&script=sci_arttext 
 
 
7 
 
 
3. Glicemia 
Glicemia é a quantidade de açúcar (glicose) no sangue. Suas medições são importantes na 
detecção e prevenção da hiperglicemia (niveis excessivos de açúcar no sangue) e da 
hipoglicemia (niveis de açúcar no sangue abaixo do normal).3 
O nível glicêmico começa a aumentar 10 minutos após ingestão alimentar, atinge os seus 
valores máximos aos 60 minutos após ingestão alimentar e habitualmente ocorre aproximação 
aos níveis basais em 2 a 3 horas.4 
Fisiologicamente os níveis de glicose são mantidos constantes (geralmente entre os 70 e 99 
mg/dl), apesar das alterações agudas causadas pela ingestão de alimentos ou pelos períodos de 
jejum mais ou menos prolongado. Tal facto é conseguido a partir de um sistema de controlo 
neuro-hormonal que protege o organismocontra amplas variações da concentração de glicose. 
3.1 Hipoglicemia 
A hipoglicemia indica que o grau de utilização da glicose por parte dos tecidos é superior à sua 
disponibilidade plasmática, isto é, a saída de glicose do plasma é superior à sua entrada. Tal 
pode resultar de um excessivo consumo de glicose (devido ao exercício fisico ou a um aumento 
das perdas externas), ou pode resultar de um inadequado aporte de glicose (produção endógena 
insuficiente ou inanição). Também podem contribuir para o aparecimento da hipoglicemia 
vários defeitos ao nível dos mecanismos de regulação hormonal (excesso de insulina ou 
deficiência em glucagon ou adrenalina), defeitos enzimáticos ou deficiências de substrato 
gliconeogénico. 5 
A hipoglicemia pode variar entre leve (60-70 mg/dl), com sintomas adrenérgicos, e severa, com 
glicemias menores que 50 mg/dl, levando a alterações do nível de consciência.6 
 
3 “Atenção Farmacêutica a Grupos Específicos de Pacientes - Gestantes Diabéticas”. Mônica de Cerqueira 
Cavalcante. 
4 AVALIAÇÃO DA GLICEMIA DE JEJUM E PÓS-PRANDIAL DE PACIENTES, DIABÉTICOS TIPO 2 NO BAIRRO BELA 
VISTA, FORMIGA. MG. Fernando César S. Lage 
5 Hipoglicemias. Causas, diagnóstico e abordagem terapêutica, Bruno Manuel do Vale. Instituto de Ciências 
Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto 
6 PROTOCOLO DE CONTROLE GLICÊMICO INTRA-HOSPITALAR PARTE 1 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA 
HIPOGLICEMIA, Hospital Sírio-Libanês. Página 6. 
 
 
8 
 
 
 
Figura 3- Limiares glicêmicos (sangue venoso arterializado) para os diversos contra-reguladores e sintomas.Fonte: 
http://www.scielo.br/pdf/abem/v52n2/16.pdf 
3.2 Hiperglicemia 
O valor a partir do qual se considera Hiperglicemia varia de pessoa para pessoa, pelo que deve 
falar com a sua equipa de saúde acerca disto. Geralmente um valor acima de 200 mg/dL é já 
considerado demasiado alto. 
Como o sangue que vem de todos os órgãos drena para o rim, este funciona como uma barragem 
filtrando para a urina o que o nosso corpo já não necessita pelo que quando o valor de glicose 
(glicemia) no sangue atinge os 180 mg/dl já se detecta glicose na urina. 
Os primeiros sinais que a pessoa sente é ter muita sede e ir muitas vezes urinar. Se a situação 
não é controlada pode começar a sentir-se maldisposta, sem forças e finalmente começar a ficar 
adormecida e atordoada.7 
 
 
7 Controlar Diabetes. Dúvidas frequentes. http://controlaradiabetes.pt/sobre-a-hiperglicemia 
 
 
9 
 
 
4. Pâncreas 
O pâncreas é uma glândula que tem função endócrina (secreção de hormônios) e exócrina 
(secreção de suco gástrico), sua localização é abaixo do estômago. É constituído por dois 
principais tecidos: os ácidos, que secretam sucos gástricos no duodeno e as ilhotas de 
Langerhans que secretam os hormônios que caem direto na corrente sanguínea. 
As Ilhotas de Langerhans contém quatro tipos de células: α, β, δ e pp. As células β constituem 
60% de todas as células e são responsáveis por secretar a insulina. As células α correspondem 
a 25% secretam o glucagon e as células δ correspondem a 10% e são responsáveis por secretar 
a somatostatina que inibe a secreção de insulina e o glucagon. E as células PP secretam o 
polipeptídeo pancreático que não tem função descoberta até o momento. 
5. Insulina 
A insulina é responsável por controlar o metabolismo da glicose regulando sua entrada nas 
células através do aumento da taxa de transporte pela membrana celular que vai diminuir a 
concentração de glicose no sangue e no líquido extracelular. Inversamente a falta de insulina 
leva a glicose ficar retida no sangue invés de entrar na célula. 
A carência completa de insulina faz elevar a glicemia de seu valor normal 90 a 100 mg para 
aproximadamente 350 mg, por outro lado o excesso pode diminuir a glicose do sangue. 
A regulação de secreção de insulina é realizada quando o nível de glicose sanguínea se eleva, 
o pâncreas começa a secretar insulina em questão de minutos, é causado por um efeito da glicose 
nas ilhotas de Langerhans levando a quantidades aumentadas do hormônio. 
A insulina faz com que o excesso de glicose seja transportado para a célula que passará a ser 
usado para produzir energia armazenada na forma de glicogênio ou gordura. Assim quando a 
glicose está muito elevada começa a secreção de insulina que aumenta a utilização de glicose e 
normaliza a glicemia; quando ocorre o contrário a secreção de insulina diminui e a glicose passa 
a ser conservada. 
5.1 Química da insulina 
A insulina é constituída por duas cadeias de aminoácidos unidas entre si por ligações dissulfeto. 
Quando ocorre clivagem das duas cadeias de aminoácidos, perde-se a atividade funcional da 
molécula de insulina. 
O pré-pró-hormônio inicial é clivado no retículo endoplasmático para formar a pró-insulina. A 
maior parte da pró-insulina é clivada no aparelho de Golgi, dando origem à insulina, que é 
armazenada em grânulos secretores. 
Após ser secretada no sangue, a insulina circula quase que na sua totalidade na forma não ligada; 
ela possui meia vida plasmática média de 5 minutos, de modo que é depurada, em sua maior 
dentro de 10 a 15 minutos. A insulina é degradada pela enzima insulinase no fígado e em menor 
grau nos rins. 
 
 
10 
 
 
5.2 Receptores da insulina 
Para iniciar seus efeitos sobre as células-alvo, a insulina fixa-se inicialmente a uma proteína 
receptora da membrana. O receptor de insulina consiste numa combinação de quatro 
subunidades distintas reunidas entre si por ligações dissulfeto: duas subunidades α, situadas 
totalmente fora da membrana celular, e duas subunidades β, que penetram através da membrana. 
A insulina liga-se às subunidades α existentes fora da célula e as subunidades β, as fazem 
protrusão no interior da célula tornando ela autofosforilada. Essa autofosforilação as transforma 
em enzima ativa, a proteína quinase local, que determina a fosforilação de várias outras enzimas 
do citosol. O efeito final consiste na ativação de algumas dessas enzimas e na inativação de 
outras. Por conseguinte, a insulina indiretamente dirige o mecanismo metabólico intracelular 
para produzir os efeitos desejados. 
5.2.1 Efeitos dos receptores 
 Dentro de segundos após a fixação da insulina a seus receptores da membrana, as 
membranas das células musculares, adiposas e outros tipos de células tornam- se altamente 
permeáveis à glicose. Essa permeabilidade permite a rápida entrada de glicose para o 
interior das células, onde ela é imediatamente fosforilada, transformando-se em substrato 
para todas as funções metabólicas dos carboidratos. 
 A membrana celular também se torna mais permeável a numerosos aminoácidos, a íons 
potássio, íons magnésio e íons fosfato. 
5.3 Insulina e o metabolismo das proteínas 
A insulina tem efeitos sobre a síntese e armazenamento de proteínas através de fatores que serão 
descritos. 
 A insulina induz o transporte ativo de muitos aminoácidos como a valina, leucina, 
isoleucina, tirosina e fenilalanina para as células; compartilhando assim com o hormônio 
do crescimento a propriedade de aumentar a captação de aminoácidos pelas células; 
 A insulina exerce efeito direto sobre os ribossomos como um mecanismo de liga e desliga, 
aumentando a tradução do RNA mensageiro e como consequência a síntese de novas 
proteínas; 
 A insulina também aumenta a velocidade de transcrição de sequências genéticas de DNA 
nos núcleos das células, que formará quantidades aumentadas de RNA e maior síntese de 
proteínas; 
 A insulina também inibe o catabolismo das proteínas, reduzindo a velocidade de liberação 
dos ácidos graxos das células; 
 No fígado, a insulina deprime a velocidade de gliconeogênese, ao diminuir a atividade das 
enzimas que promovem a gliconeogênese, conservando os aminoácidos nas reservas 
proteicas do organismo.11 
 
 
Resumindo a insulina favorece a síntese de proteínas e também impede sua degradação. Na sua 
falta ocorre depleção proteica e aumento dos aminoácidos plasmáticos, pois o catabolismo das 
proteínas aumenta, sua síntese cessa, e grandes quantidades de aminoácidos são lançadas no 
plasma. 
A concentração plasmática de aminoácidos se eleva e o excesso de aminoácidos é utilizado 
como energia ou como substratos para o processo da gliconeogênese. A degradação dos 
aminoácidos também resulta em aumento da excreção urinária de ureia, que causa depleção 
proteica um dos efeitos mais graves do diabetes melito. 
5.4 Insulina e o crescimento 
A insulina tem efeito sinérgico com o hormônio do crescimento, pois cada hormônio faz a 
captação de diferentes hormônios que são necessários para o crescimento. Os dois hormônios 
associados promovem o crescimento, quando administrados separadamente não exercem 
nenhum efeito no crescimento. 
5.5 Insulina e o metabolismo de carboidratos 
Após uma refeição rica em carboidratos, a glicose que é absorvida pelo sangue provoca a rápida 
secreção de insulina, que causa a rápida captação, armazenamento e utilização da glicose por 
quase todos os tecidos do organismo, principalmente pelos músculos, tecido adiposo e fígado. 
5.5.1 Efeito no músculo 
Os músculos utilizam grandes quantidades de glicose. Uma delas é durante os períodos de 
exercício moderado a intenso. Essa utilização de glicose não exige grandes quantidades de 
insulina. Outra condição é que o músculo utiliza grandes quantidades de glicose durante o 
período de algumas horas após as refeições. Nesse momento, o nível da glicemia apresenta-se 
elevado; além disso, o pâncreas secreta grandes quantidades de insulina que provoca o rápido 
transporte da glicose para o interior das células musculares, que é armazenada sob a forma de 
glicogênio que é utilizado como fonte de energia pelo músculo. 
5.6 Insulina e sua relação com a captação, armazenamento e utilização de 
glicose pelo fígado 
Um dos maiores efeitos da insulina consiste em promover o armazenamento quase imediato no 
fígado da maior parte de glicose sob a forma de glicogênio e quando não tem disponibilidade 
de alimentos e o nível de glicemia está baixo, o glicogênio hepático é degradado em glicose e 
volta para a corrente sanguínea para recuperar a glicemia. 
5.6.1 Mecanismos pelo qual a insulina faz a captação e armazenamento de glicose 
 A insulina inibe a fosforilase hepática, a enzima responsável pela degradação do glicogênio 
hepático em glicose; 
 
 
12 
 
 
 A insulina provoca aumento da captação de glicose do sangue pelas células hepáticas, 
através do aumento da atividade da enzima glicoquinase, que induz a fosforilação inicial da 
glicose após sua difusão para o interior das células hepáticas; 
 A insulina também aumenta a atividade das enzimas que promovem a síntese de glicogênio, 
incluindo a fosfofrutoquinase, responsável pelo segundo estágio no processo de fosforilação 
da molécula de glicose, e a glicogênio sintetase, que atua na polimerização das unidades 
monossacarídicas utilizadas na formação das moléculas de glicogênio. 
5.6.2 Liberação da glicose pelo fígado 
1. O nível decrescente da glicemia faz com que o pâncreas reduza sua secreção de insulina. 
2. A seguir, a falta de insulina inverte todos os efeitos mencionados acima para o 
armazenamento de glicogênio, interrompendo qualquer síntese posterior do glicogênio pelo 
fígado e impedindo qualquer captação hepática de glicose da circulação sanguínea. 
3. A falta de insulina ativa a enzima fosforilase, responsável pela clivagem do glicogênio em 
glicose-6-fosfato. 
4. A enzima glicose fosfatase, que estava inibida pela insulina, torna-se ativada pela falta de 
insulina e determina a clivagem do radical fosfato da glicose, permitindo a difusão da glicose 
livre para o sangue. 
5.7 Outros efeitos da insulina sobre o metabolismo dos carboidratos no fígado 
e outras células 
Quando a quantidade de glicose que penetra nas células hepáticas é maior que a que pode ser 
armazenada sob a forma de glicogênio, a insulina promove a conversão de todo esse excesso 
de glicose em ácidos graxos. 
A insulina também inibe a gliconeogênese, reduzindo as quantidades e as atividades das 
enzimas hepáticas necessárias para a gliconeogênese, que consiste em diminuir a liberação de 
aminoácidos do músculo e de outros tecidos extra-hepáticos, o que reduz os precursores 
necessários para a gliconeogênese. 
O transporte da glicose nas células adiposas é essencial para o fornecimento da fração glicerol 
da molécula de gordura para a deposição de gordura nessas células. 
5.8 Insulina e o metabolismo de lipídeos 
O efeito em longo prazo da falta de insulina sobre o desenvolvimento de aterosclerose extrema, 
resultando quase sempre em ataques cardíacos, insultos cerebrais e outros acidentes vasculares. 
A insulina possui vários efeitos diferentes que levam ao armazenamento de gordura no tecido 
adiposo, aumentando a utilização de glicose pela maioria dos tecidos do organismo, o que 
automaticamente diminui a utilização de gordura, entretanto ela também é responsável pela 
síntese de ácidos graxos nas células hepáticas, que serão transportados nas lipoproteínas até as 
células adiposas. 
 
 
13 
 
 
5.8.1 Fatores da síntese de ácidos graxos no fígado 
1. A insulina aumenta o transporte de glicose para as células hepáticas. Quando a concentração 
de glicogênio no fígado atinge 5 a 6%, inibe qualquer síntese adicional de glicogênio. Assim, 
toda a glicose extra que penetra nas células hepáticas passa a ser disponível para a formação de 
gordura. 
2. Forma-se excesso de íons citrato e isocitrato pelo ciclo do ácido cítrico quando são utilizadas 
quantidades excessivas de glicose para energia, que ativam o acetil-CoA carboxilase, que 
carboxila a acetil-CoA, formando malonil-CoA, a primeira etapa da síntese de ácidos graxos. 
3. Os ácidos graxos são, então, sintetizados em sua maior parte no próprio fígado e utilizados 
para formar triglicerídeos, a forma habitual de armazenamento da gordura. A insulina ativa a 
lipoproteína lipase nas paredes capilares do tecido adiposo, convertendo novamente os 
triglicerídeos em ácidos graxos. 
5.8.2 Armazenamento da gordura nas células adiposas 
A insulina possui dois outros efeitos essenciais que são necessários para o armazenamento de 
gordura nas células adiposas: 
1. A insulina inibe a ação da lipase sensível a hormônio, que é responsável pela hidrólise dos 
triglicerídeos armazenados nas células adiposas e por consequência a liberação dos ácidos 
graxos na circulação sanguínea é inibida. 
2. A insulina promove o transporte de glicose através da membrana celular para as células 
adiposas exatamente da mesma maneira como favorece o transporte de glicose para as células 
musculares que serão utilizadas na síntese de ácidos graxos e também forma grandes 
quantidades da substância α-glicerofosfato que libera o glicerol que formará os ácidos graxos e 
triglicerídeos. 
A falta de insulina aumenta a degradação e utilização de gordura e sua utilização no organismo, 
pois na ausência de insulina, todos os efeitos hormonais já citados que levam ao armazenamento 
de gordura são revertidos. 
5.9 Controle de secreção de insulina 
Se o nível da glicemia aumentar de repente e atingir um valor de duas a três vezes a 
concentração normal, a secreção de insulina aumenta acentuadamente: 
1. A concentração plasmática de insulina aumenta quase 10 vezes dentro de 3 a 5 minutos após 
a elevação aguda da glicemia, esse aumento resulta da descarga imediata da insulina pré-
formada pelas células beta das ilhotas de Langerhans. Porém, essa velocidade de secreção 
inicial não é mantida, a concentração de insulina sofre redução de cerca da metade em 5 a 10 
minutos. 
2. Dentro de aproximadamente 15 minutos, a secreção de insulina aumenta pela segunda vez, 
atingindo novo platô em 2 a3 horas, geralmente com velocidade de secreção ainda maior que 
 
 
14 
 
 
a primeira. Essa secreção resulta da liberação adicional de insulina pré-formada e da ativação 
do sistema enzimático que sintetiza e libera nova insulina das células. 
Os aminoácidos também são responsáveis pela secreção de insulina, mas provocam apenas um 
pequeno aumento e potencializam o estímulo da glicose sobre a secreção de insulina. Os 
hormônios gastrointestinais - gastrina, secretina, colecistocinina, e peptídeo inibidor gástrico - 
são responsáveis por um aumento moderado na secreção da insulina nos níveis sanguíneos para 
preparar a absorção da glicose e dos aminoácidos da refeição. 
Os outros hormônios que aumentam diretamente a secreção de insulina ou que potencializam o 
estímulo da glicose sobre a secreção do hormônio incluem o glucagon, o hormônio do 
crescimento, o cortisol e, em menor grau, a progesterona e os estrogênios. Em algumas 
condições, a estimulação dos nervos parassimpáticos ou simpáticos do pâncreas também pode 
aumentar a secreção de insulina. 
5.10 Tipos de insulina 
A insulina humana utilizada no tratamento de diabetes atualmente é desenvolvida em 
laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante. Existem cinco tipos de insulina: 
Ação ultra-rápida, que é uma análogo: supre as necessidades para refeições feitas após a injeção, 
ou seja, tem tempo de ação curto devido ser muito rápida a sua ação . Ex: Humalog, Novolog e 
Apidra. 
Ação rápida: é uma insulina humana, supre a necessidade de refeições ingeridas no período de 
30 a 60 minutos após a injeção. Ex: Novolin R 
Ação intermediaria: é uma insulina humana, supre a necessidade por um período de meio dia 
ou noite, após a aplicação. Ex: NPH 
Ação longa: é uma análoga que supre a necessidade pelo período de um dia. Ex Detemir Pré-
misturada: é uma análoga que combinação de porções de insulina de ação ráida e intermediaria. 
Ex: Glargina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
6. Glucagon 
 
O glucagon é sintetizado e secretado pelas células α 
das ilhotas pancreáticas, ou seja, as ilhotas de 
Langherans. “ Enquanto a insulina é o hormônio de 
‘abundância’, o glucagon é o hormônio da ‘fome’. 
Ao contrário da insulina, que promove o 
armazenamento de combustíveis metabólicos, o 
glucagon promove sua mobilização e utilização.8 
Sua estrutura é polipeptídica de cadeia linear 
simples, com peso molecular de 3.485, contendo 29 
aminoácidos. É membro das famílias de peptídeos, 
que inclui os hormônios gastrointestinais secretina 
e peptídeo inibidor gástrico, GIP (ou peptídeo 
insulinotrópico glicose-dependente. Todos os 
peptídeos da família partilham de características 
estruturais e sobreposição de suas ações fisiologias. 
”. Ele é sintetizado como pré-glucagon. O peptídeo 
de sinalização junto com outras sequencias 
peptídicas são removidos, para a produção de 
glucagon, que depois é armazenado em grânulos até 
ser secretado pelas células α. Tanto a glicose quanto 
a insulina inibem a síntese do glucagon e elementos 
que são sensíveis à insulina e ao AMPc (3´5´-
adenosina-monofosfato-cíclico) estão presente no 
gene para o pré-pró-glicagon. 
 Apenas 1 µg/kg de glucagon é capaz de aumentar a glicose sanguínea em torno de 25% 
(cerca de 20mg/100 mL de sangue) e é por isso que o glucagon também é chamado de 
“hormônio hiperglicêmico’. 
6.1 Efeitos do glucagon no metabolismo de glicose 
Os principais efeitos do glucagon no metabolismo de glicose são: 
 
 
8 CONSTANZO, Linda S. Fisiologia – Tradução da 5ª edição. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda., 2014. 502p capítulo 9 – Fisiologia 
Endócrina, pag. 434 
Figura 4- Histiocitose de células de Langerhans 
<https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=wm#inbox/15
02a6aa91e07307?projector=1> 
Figura 5 - http://diabetes-
biobio94.blogspot.com.br/2011/11/nos-ultimos-
posts-eu-estive-abordando.html 
 
 
16 
 
 
 Glicogenólise, que é a quebra do glicogênio hepático; 
 O aumento da gliconeogênes no fígado. 
 
Ambos esses efeitos aumentam a disponibilidade da glicose em outros tecidos do organismo. 
 
6.2 Glicogenólise no fígado 
O glucagon provoca glicogenólise, que é a lise (quebra, degradação) de glicogênio, realizada 
através da retirada sucessiva de moléculas de glicose. Este efeito causa o aumento da 
concentração da glicose sanguínea em minutos. Esse processo tem uma cascata de eventos: 
 
1º- Glucagon ativa a adenil ciclase na membrana da célula hepática; 
2º- Essa ativação leva à formação de monofosfato cíclico de adenosina; 
3º- Que ativa a proteína reguladora da proteinocinase; 
4º- Que, por sua vez, ativa a proteinocinase; 
5º- Ativando, assim, a fosforilase cinase b; 
6º- Que converte a fosforilase b em fosforilase a; 
7º- Promovendo a degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato; 
8º- Que é, então, desfosforilada e a glicose é liberada nas células hepáticas. 
Nesta sequência de eventos, é demonstrado que cada produto sucessivo é produzido em 
quantidade superior ao produto precedente, sendo, portanto, um potente mecanismo de 
amplificação que é muito utilizado pelo organismo para poder controlar muitos dos sistemas 
metabólicos celulares, causando frequentemente uma amplificação de até um milhão de vezes 
na resposta. Essa amplificação também serve para explicar o motivo de apenas poucos 
microgramas de glucagon aumentarem drasticamente a concentração de glicose na corrente 
sanguínea. 
 Aumenta a gliconeogênese 
Ocorre um aumento da capacitação de aminoácidos pelas células hepáticas e a gliconeogênese 
atua convertendo estes aminoácidos em glicose. Isso é produzido por meio da ativação de várias 
enzimas, que são necessárias para o transporte de aminoácidos e para a gliconeogênese, em 
especial para a ativação do sistema enzimático para a conversão do piruvato em 
fosfoenolpiruvato, etapa que limita a gliconeogênese. 
 Ativa a lipase nas células adiposas 
Com este efeito, o glucagon disponibiliza quantidades elevadas de ácidos graxos para os 
sistemas de energia do organismo. Além disso, ele também inibe o armazenamento de 
triglicerídeos no fígado, o que o impede de remover os ácidos graxos do sangue; isso também 
ajuda na disponibilização de ácidos graxos para outros tecidos do organismo. 
 Outros efeitos 
O glucagon em concentrações elevadas também pode: 
 
 
17 
 
 
o Aumentar a força do coração; 
o Aumentar o fluxo do sangue para alguns tecidos, especialmente os rins; 
o Aumenta a secreção da bile; 
o Inibe a secreção de ácido gástrico . 
6.3 Regulação da secreção de glucagon 
6.3.1 Inibição por glicose sanguínea aumentada 
A concentração da glicose sanguínea é o fator mais potente que controla a secreção do glucagon. 
Seu efeito sobre a secreção de glucagon está na direção oposta do efeito da glicose sobre a 
secreção de insulina. 
No gráfico, este acontecimento é demonstrado, visto que a redução da concentração de glicose 
sanguínea do nível normal de jejum, em torno de 90mg/100mL de sangue para níveis 
hipoglicêmicos é capaz de aumentar várias vezes a concentração do glucagon plasmático. 
Inversamente, o aumento da glicose sanguínea para níveis hiperglicêmicos diminui o glucagon 
plasmático. Portanto, na hipoglicemia, o glucagon é secretado em grande quantidade e então 
aumenta muito o débito hepático de glicose, realizando, assim, a função crucial de corrigir a 
hipoglicemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3.2 Somatostatina 
A somatostatina inibe a secreção de glucagon e insulina. Ela tem a mesma substância química 
que o hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GH), secretado no hipotálamo e que 
elimina a secreção do hormônio do crescimento pela hipófise anterior. As células-δ das ilhotas 
de Langherans secretam esse hormônio, que é um polipeptídeo com 14 aminoácidos com meia-
vida de 3 minutos, apenas. Quase todos os fatores relacionados com adieta, portanto, fatores 
exógenos, estimulam a secreção de somatostatina, sendo: 
 
 Glicose sanguínea aumentada; 
 Aminoácidos aumentados; 
Gráfico 1- Concentração aproximada de glucagon no plasma em diferentes 
níveis de glicose sanguínea – Livro: Guyton e Hall – Tratado de Fisiologia 
médica, 12ª ed., capítulo 78, figura 78-10 pag 997. 
 
 
18 
 
 
 Ácidos graxos aumentados; 
 Concentrações aumentadas de diversos hormônios gastrointestinais, liberados do trato 
gastrointestinal superior, em resposta à ingestão de alimentos. 
A somatostatina também apresenta fatores inibitórios múltiplos, sendo que: 
 A somatostatina age localmente nas próprias ilhotas de Langherans para diminuir a secreção 
de insulina e glucagon; 
 A somatostatina diminui a motilidade do estômago, do duodeno e da vesícula biliar; 
 A somatostatina também diminui a secreção e absorção do trato gastrointestinal. 
Dessa forma, sugere-se que o principal papel da somatostatina é de prolongar o tempo em que 
os nutrientes vindos da dieta são assimilados no sangue. Ao mesmo tempo, o efeito deste 
hormônio de diminuir a secreção de insulina e glucagon, reduz a utilização dos nutrientes 
absorvidos pelos tecidos, impedindo o consumo imediato dos alimentos. 
7. Glicocorticoides 
Os glicocorticoides são hormônios esteroides, sintetizados no córtex da glândula adrenal, que 
afetam o metabolismo dos carboidratos e reduzem a resposta inflamatória. A sua síntese e 
liberação ocorrem naturalmente pelo organismo, de acordo com sua necessidade, sob influência 
do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). A concentração de corticosteroides endógenos 
(cortisol, cortisona e corticosterona) na corrente circulatória apresenta-se elevada, pela manhã, 
e baixa, à noite, sendo que fatores psicológicos e certos estímulos, como excesso de calor ou 
frio, lesões ou infecções, podem afetar a liberação destes glicocorticoides. Os glicocorticoides 
sintéticos, desenvolvidos pela indústria farmacêutica, são muito semelhantes aos naturais, se 
considerada a sua estrutura química. A diferença básica deve-se ao fato de que todos os 
glicocorticoides sintéticos apresentam duas ligações duplas no anel “A” do 
ciclopentanoperhidrofenantreno, núcleo básico dos hormônios glicocorticoides. Medicamentos 
contendo glicocorticoides são utilizados na terapêutica, com variadas finalidades. Isso inclui 
principalmente terapia de reposição hormonal (em caso de problemas no córtex suprarrenal), 
terapias de imunossupressão, terapia antialérgica e anti-inflamatória. Nos tratamentos 
anticâncer, os glicocorticoides, também, têm sido muito utilizados, principalmente, associados 
a outros medicamentos. 
7.1 Uso terapêutico dos glicocorticoides 
O emprego dos glicocorticoides na terapêutica deve-se principalmente ao fato destes 
apresentarem poderosos efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores. Eles inibem 
manifestações tanto iniciais quanto tardias da inflamação, isto é, não apenas a vermelhidão, o 
calor, a dor e o edema iniciais, mas também os estágios posteriores de cicatrização e reparo de 
feridas e reações proliferativas observadas na inflamação crônica. Estes fármacos têm atividade 
sobre todos os tipos de reações inflamatórias, sejam elas causadas por patógenos invasores, por 
estímulos químicos ou físicos ou por respostas imunes inadequadamente desencadeadas, como 
as observadas na hipersensibilidade ou na doença autoimune. Quando usados clinicamente para 
suprimir a rejeição de enxertos, os glicocorticoides suprimem o desencadeamento e a produção 
de uma nova resposta imune com mais eficiência do que uma reposta já estabelecida, na qual 
já ocorreu proliferação clonal. Os fármacos glicocorticoides, de uma maneira geral, apresentam 
vários efeitos adversos, uma vez que eles interferem no metabolismo geral do organismo. Estes 
compostos são capazes de reduzir a captação e utilização da glicose e aumentar a 
 
 
19 
 
 
gliconeogênese, desencadeando glicemia de rebote, com consequente glicosúria, além de 
aumentar o catabolismo e reduzir o anabolismo proteico. 
Outros efeitos adversos da terapia com glicocorticoides são a redução da absorção de cálcio no 
trato gastrintestinal e o aumento da excreção deste cátion pelos rins, podendo resultar, assim, 
em osteoporose. Estes fármacos, também, alteram o metabolismo e a redistribuição das 
gorduras, característica da síndrome de Cushing, um frequente efeito adverso da terapia com 
glicocorticoides. A tabela a baixo apresenta uma comparação entre os principais fármacos 
glicocorticoides utilizados na terapêutica. A administração de glicocorticoides em 
concentrações acima das fisiológicas pode exacerbar efeitos mineralocorticoides, causando 
retenção de sódio e excreção de potássio, possivelmente, por terem a capacidade de se ligarem 
a receptores mineralocorticoides, quando presentes em altas concentrações. A mifepristona, 
descrita, pela primeira vez, como um antagonista da progesterona, é um abortivo potencial que 
apresenta também alta afinidade pelo receptor dos glicocorticoides, antagonizando os efeitos 
dos glicocorticosteróides em vários sistemas celulares in vitro. Quando administrada via oral, 
foi demonstrado que inibe o efeito da dexametasona sobre o eixo hipotálamo-hipófise-
suprarrenal. Estudos clínicos preliminares revelaram que a mifepristona pode ser relativamente 
eficaz na síndrome de Cushing. 
 
 
 
 
Tabela 4- http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/19/inf003.pdf 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
8. Dexametasona 
Desametasona é um hormônio sintético glicocorticoide. Como outros corticosteroides, tem 
profunda ação no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, no equilíbrio 
hidroeletrolítico e nas funções dos sistemas cardiovascular, renal, nervoso e musculas-
esquelético, além de outros tecidos e órgão. Inibe as diversas etapas do processo inflamatório e 
da resposta imune, em comparação ponderal com hidrocortisona, a dexametasona é 25 vezes 
mais potente, isto é, a dose de 0,75 mg da última corresponde à dose de 20 mg de hidrocortisona. 
Em doses equipotentes na ação anti-inflamatória, a dexametasona retém muito menos sódio do 
que a hidrocortisona. 
A absorção digestiva da dexametasona é rápida e completa e o pico sanguíneo é atingido em 2 
horas. A meia vida biológica é longa, situando-se entre 36 a 72 horas. Liga-se em grande parte 
às proteinas, sendo a globulina a ligação preferencial para os teores baixos. A albumina oferece 
ligação adicional para teores maiores. O metabolismo é essencialmente hepático. 
A dexametasona promove uma hiperglicemia por um efeito que envolve, pelo menos 
parcialmente, corticoides endógenos. 
Perda de massa musculas associada a hipertrofia do fígado, redução do peso corpóreo em ratos, 
alteração do perfil proteico e do perfil lipídico são características comuns após tratamento com 
dexametasoona. Aumento dos níveis plasmáticos e glicose e da insulina também são 
observados. 
Os efeitos dos glicocorticoides sobre o metabolismo podem ser particularmente dependentes da 
dose e do tempo de administração. Administração de dexametasona induz resistência à insulina 
de maneira tempo-dependente e aumento dos níveis plasmáticos de glicose, proteínas totais, 
albumina, colesterol e glicogênio e gordura hepática. 
A resistência à insulina caracteriza-se por diminuição da capacidade celular em elevar o 
transporte e utilização de glicose em resposta à ação da insulina. Nessa condição, o menor 
consumo de glicose faz que seus níveis séricos tendam a se elevar, promovendo um quadro de 
intolerância a glicose. Há um maior estimulo para a liberação de insulina e, 
consequentemente, instala-se um quadro de hiperinsulinemia. 
Os glicocorticoides estão entre os mais potentes hormônios contra regulatórios à ação da 
insulina. Foi observado que pacientes diabéticos, que receberam doses farmacológicas de 
esteroides, como dexametasona, não apresentam controleglicêmico adequado e, 
frequentemente, necessitam de altas doses de insulina. Esses esteroides induzem o quadro de 
resistência à insulina em humanos e podem promover diabetes ou agravar o quadro de 
diabetes pré-existente ou pré-diabéticos. 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
9. Vias de Administração 
 
Os fármacos podem ser administrados por uma variedade de vias a escolha da via depende do 
fármaco em gestão e de fatores relacionados ao paciente. Estes fatores são: efeito local ou 
sistêmico, propriedades do fármaco e da forma farmacêutica administrada, idade do paciente, 
tempo necessário para o início do efeito, duração do tratamento e obediência do paciente ao 
regime de tratamento. 
 Ação sistêmica: O fármaco atinge não só o tecido alvo, mas, os outros demais tecidos. 
 Ação Local: É uma ação especifica, atua somente no tecido alvo. 
As vias de Ação Sistêmica abrangem a via Enteral e via parenteral, já a Ação Local é 
normalmente é composta pela Via Tópica. 
9.1 Absorção do fármaco 
 Solubilidade: Necessário o fármaco estar solubilizado ao meio; 
 Dissolução de excipiente: Estes são produtos inertes que devem separar para poder ocorrer 
à absorção; 
 Coeficiente de ionização ácido/básico: Relacionado à característica de solubilidade do 
fármaco. 
9.2 Via Enteral 
O fármaco administrado passa pelo trato gastrointestinal. 
 Via oral. 
 Via retal. 
9.2.1 Formas farmacêuticas 
 Comprimidos; 
 Cápsula; 
 Dragea; 
 Líquidos. 
Na via Oral o fármaco é deglutido, passando pela boca e indo até o intestino delgado onde é 
absorvido e cai no sistema porta hepático sendo metabolizado pelo fígado (Metabolismo de 1ª 
passagem) para depois cair na circulação. Ou seja, os fármacos administrados por essa via não 
são 100% biodisponíveis. 
 
 
22 
 
 
 
9.2.2 Biotransformação 
É um conjunto de reações enzimáticas que transformam o fármaco num composto diferente daquele 
originalmente administrado, para que possa ser excretado. 
 
Figura 6 - http://slideplayer.com.br/slide/84046/ 
 
9.2.3 Vantagens 
 Boa aceitação entre os pacientes; 
 Várias formas farmacêuticas; 
 Seguro. 
9.2.4 Desvantagens 
 Difícil deglutição para alguns; 
 Gosto; 
 Pacientes em coma; 
 Inviável para alguns tipos de fármacos. Ex: Peptídeos; 
 Automedicação. 
9.3 Via Parenteral 
O fármaco não passa pelo trato gastrointestinal. 
 Intravenosa (IV): Deve ser administrada lentamente durante um longo tempo em uma das 
veias superficiais e com monitorização do paciente das reações do paciente. O fármaco 
 
 
23 
 
 
alcança diretamente a corrente sanguínea e os efeitos são produzidos imediatamente, além 
disso, depois de injetado o fármaco não há maneira de retirá-lo. Constitui a via mais 
perigosa, pois, os órgãos vitais, como o coração, o cérebro, etc., são expostos a altas 
concentrações da droga; 
 Intramuscular (IM): Deposita a medicação profundamente em tecidos musculares 
esqueléticos como o deltoide, o tríceps, o glúteo máximo, etc. A absorção é mais rápida por 
ser em locais muito vascularizados; 
 Via Pulmonar; 
 Via Sublingual; 
 Via Subcutânea: Com administração mais lenta que a Via Intravenosa, seu efeito é lento e 
fraco, porém é constante; 
 Via Intraperitonial (IP): Não é muito utilizada devido à dificuldade de aplicação do fármaco. 
É vantajosa no processo de rápida absorção através da veia porta devido à vascularização 
peritonial e por isso, sua ação não é prolongada e nem rápida; 
 
Figura 7 - http://es.slideshare.net/gcarmenpromo/via-parenteral-16575079 
9.3.1 Formas Farmacêuticas 
 Comprimido sublingual; 
 Aerossóis; 
 Soluções injetáveis como: emulsão, suspensão e soluções. 
Fármacos administrados por pela Via Parenteral não sofrem metabolismo de 1ª passagem, ou 
seja, são 100% biodisponíveis. 
9.3.2 Vantagens 
 Totalmente biodisponível; 
 Ação rápida; 
 Útil em pacientes acamados; 
 
 
24 
 
 
 Administração de vários tipos de fármacos; 
 Precisão na dose. 
 
9.3.3 Desvantagens 
 Causa irritação e dor; 
 Profissional treinado; 
 Baixa aceitação; 
 Risco elevado de intoxicação; 
 Alguns fármacos não podem ser administrados em algumas vias. 
9.4 Via Tópica 
O fármaco é administrado superficialmente e possui ação sistêmica ou local. 
9.4.1 Formas farmacêuticas 
 Creme; 
 Gel; 
 Pastas; 
 Pomadas. 
9.4.2 Vantagens 
 Aplicação externa pontual e específica; 
 Normalmente indolor; 
 Grande variedade de forma farmacêutica; 
 Boa aceitação. 
 
9.4.3 Desvantagens 
 Alergia; 
 Reaplicação continua; 
 Odor desagradável. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
10. Vias de administração para animais em experimentação 
Todos os animais devem ser corretamente imobilizados para que a administração das injeções 
seja conduzida sem risco para o pesquisador ou animal. Considerando que qualquer fator 
externo pode alterar a homeostase, e ainda ser apontado como um fator estressante é 
fundamental que se aguarde tempo suficiente para que o animal se adapte a manipulação e 
torne-se familiarizado com o pesquisador. A manipulação incorreta ou brusca pode implicar 
estresse e, consequentemente, desequilíbrio de funções orgânicas, que determina a ocorrência 
de alterações fisiológicas. Os procedimentos recomendados para a administração de substâncias 
aos animais são descritos a seguir: 
 
10.1 Via oral (VO) e Gavage 
A substância é introduzida na cavidade oral ou no aparelho digestório por meio de um tubo 
esofágico ou estomacal. É necessário ser cauteloso para assegurar que o tubo não tenha 
penetrado inadvertidamente a traqueia. Os tubos utilizados para camundongos (4 cm) são 
menores do que para os ratos (8 cm de comprimento). O volume máximo para roedores é de 
1mL de solução para cada 100g de peso corporal, no entanto, se a administração for de solução 
aquosa, o volume pode ser de até 2mL para cada 100g de peso corporal. 
 Vantagem da Via Oral: O fármaco pode ser adicionado, na maioria dos casos, na água de 
beber ou no alimento. Para tanto, deve estar na forma líquida de solução ou suspensão; 
 Vantagem da Gavage: dosagem exata, com intervalos de tempo bem controlados; 
 Desvantagem da Gavage: administração incorreta - perda do animal. 
 
Figura 82 - http://www.unifil.br/docs/ceua/manual-medicamentos-bioterio. 
10.2 Subcutânea (SC) 
 
 
26 
 
 
É a injeção de solução sob a pele do animal, a qual deve ser levantada antes da aplicação. É 
realizada com agulha hipodérmica curta (normalmente 25x5 mm ou mais fina), passando 
apenas pela derme, o mais próximo da superfície, formando uma pápula após a administração 
da substância. As áreas dorsolaterais do pescoço, ombro e flancos são as regiões de escolha. É 
uma via que raramente induz dor e é realizada em animais conscientes. Antes de injetar a 
substância, deve-se aspirar exercendo uma leve pressão no êmbolo da seringa para assegurar 
que a agulha não esteja penetrando em um vaso sanguíneo. 
 Absorção de forma lenta. 
 
Figura 9 - http://www.unifil.br/docs/ceua/manual-medicamentos-bioterio. 
10.3 Intramuscular (IM) 
A substância é injetada no músculo esquelético na forma de soluções oleosas ou suspensões. 
Os músculos de grande superfície são as regiões mais utilizadas. Devem ser usadas agulhas de 
tamanho similar às empregadas nas injeções subcutâneas e a profundidade no tecido deve ser 
de aproximadamente 5mm. Estruturas ósseas, nervos e vasos sanguíneos devem ser evitados. 
Antes de injetar deve-se assegurar que a agulha não está em um vaso sanguíneo, exercendo uma 
leve pressão de retirada no êmbolo da seringa. O tamanho da agulha é geralmente 25x5 ou 
25x7mm ou mais fina, e o volume máximo, de 0,5mL por sítio de administração em ratos e 
hamster e de 0,3 em camundongos. 
 Vantagem: Absorção relativamente rápida e a possibilidade de administração de volumes 
relativamente grandes com veículos oleosos, aquosos, suspensão ou preparados de depósito. 
 Desvantagem:Lesões musculares que podem ocorrer como consequência da administração 
de substancias irritantes ou com pH muito diferente com o tecido. 
 
 
27 
 
 
 
Figura 103 - http://www.unifil.br/docs/ceua/manual-medicamentos-bioterio. 
10.4 Endovenosa 
A administração é feita diretamente na corrente sanguínea, por meio de vasos superficiais. As 
soluções a serem aplicadas não devem ser irritantes e o veículo deve ser do tipo aquoso. A veia 
da cauda é o vaso sanguíneo de escolha em camundongos não anestesiados. Entretanto, sua 
perfuração requer habilidade e prática. O movimento do animal também pode ser contido dentro 
de um pequeno recipiente para facilitar a administração. A visualização da veia é facilitada por 
procedimentos como a imersão da cauda em água quente a 40-50 °C por alguns segundos ou 
proximidade de uma lâmpada quente. 
 Vantagem: Obtenção rápida do efeito desejado e o melhor controle da dose administrada. 
 
Figura 11 - http://www.unifil.br/docs/ceua/manual-medicamentos-bioterio. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
10.5 Intraperitoneal 
A via intraperitoneal é normalmente a mais utilizada na experimentação com roedores. A 
substância é injetada na cavidade peritoneal entre os órgãos abdominais. Normalmente, injeta-
se na metade posterior do abdome com o animal contido pelo dorso. O tamanho das agulhas 
normalmente utilizado é de 25x5 ou 25x7 mm. A imobilização adequada é pré-requisito básico 
para o sucesso deste tipo de aplicação. 
Figura 124 - http://www.unifil.br/docs/ceua/manual-medicamentos-bioterio. 
 
 
 
 
Tabela 5 - http://www.fesbe.org.br/regional2013/arquivos/boas_praticas_no_manuseio_de_animais_de_laboratorio 
http://www.unifil.br/docs/ceua/manual-medicamentos-bioterio
 
 
29 
 
 
11. Técnicas anestésicas em animais de laboratório 
 
O animal de laboratório, frequentemente utilizado como material de pesquisa que envolve 
procedimentos cirúrgicos diversos, necessita por questões de melhor manejo e acima de tudo 
humanitária, ser submetido à anestesia. A anestesia deve ser realizada sempre que o 
procedimento implique em dor ou desconforto dos animais. Não serão necessários anestésicos, 
analgésicos ou tranquilizantes quando isto não ocorre, como em procedimentos que incluem 
administração de fluidos, imunização, medicação oral, coleta de sangue (exceto intracardíaca e 
Peri orbital). Para minimizar a dor e o desconforto devem ser utilizadas drogas anestésicas, 
analgésicas, tranquilizantes e ainda a eutanásia. Alguns procedimentos que envolvem dor e 
requerem anestesia incluem: cirurgias, agentes que envolvem inflamação excessiva e necrose e 
coleta de sangue pelas vias intracardíaca e Peri orbital. Alterações substanciais no estado de 
alerta, padrão respiratório do animal, presença de secreções nasais ou oculares e diarreia podem 
sinalizar a ocorrência de anormalidades. 
 
 
 
 
Tabela 6 - http://www.fesbe.org.br/regional2013/arquivos/boas_praticas_no_manuseio_de_animais_de_laboratorio 
 
 
30 
 
 
12. Glicose 25% e 50% (Intravenosa) 
12.1 INDICAÇÕES 
 As soluções de glicose 25% e 50% são fortemente hiperosmóticas, sendo usadas no tratamento 
da hipoglicemia insulínica (hiperinsulinemia ou choque insulínico) e para restaurar os níveis de 
glicose sangüínea. São indicadas também para reduzir a pressão cérebro-espinhal e o edema 
cerebral causado pela intoxicação aguda do álcool, embora não sejam usadas extensamente. 
Assim, essencialmente, as glicoses 25% e 50%, são indicadas para o tratamento de episódios 
sintomáticos agudos de hipoglicemias em neonatos, crianças mais velhas e adultos. 
A glicose 25% é mais apropriada para uso em recém-nascidos e lactentes mais velhos, sendo 
eficaz na restauração dos níveis de glicose sanguínea e no controle dos sintomas decorrentes da 
hipoglicemia, como tremores, apatia, cianose, apreensões, transpiração, apnéia e hipotermia. 
Além disso, a solução de glicose nesta concentração, é uma fonte de carboidratos e calorias, 
sendo ideal para estes tipos de pacientes, visto que, não irrita suficientemente quando 
administrada lentamente pela inserção da agulha. 
A solução de glicose 50% é mais hipertônica, e por isso, é indicada para o tratamento da 
hipoglicemia de pacientes adultos (cuja etiologia relaciona-se à hiperinsulinemia e choque 
insulínico) e seus sintomas, como, transpiração, taquicardia, palpitações, tremores, dor de 
cabeça, confusão, irritabilidade e apreensões. Da mesma maneira, a infusão intravenosa da 
solução, é capaz de fornecer carboidratos e calorias. 
12.2 CONTRA-INDICAÇÕES 
O uso de soluções de glicose hiperosmóticas é contra-indicado nos pacientes com hemorragia 
intracranial ou intra-espinhal, anúria, e delirium tremens, casos nos quais há uma desidratação. 
Devem ser usados com cuidado nos pacientes com diabetes mellitus, porque a infusão rápida 
pode conduzir à hiperglicemia, assim como naqueles pacientes com má-nutrição, deficiência 
de tiamina, intolerância ao carboidrato, sepsis, choque ou trauma. Sugeriu-se que as soluções 
de glicose não devem ser usadas depois que ataques isquêmicos agudos como a hiperglicemia, 
forem implicados em aumentar os danos isquêmicos cerebral e danificarem a recuperação. O 
uso é também contraindicado aos pacientes com hipersensibilidade aos produtos do milho.9 
 
 
 
 
9 Glicose 25% e 50%. HAlesxIstar. 
 
 
31 
 
 
13. Estudo experimental 
O estudo experimental apresenta sete situações em que alterações hormonais ou procedimentos 
interferem com a regulação glicêmica. 
13.1 Protocolo experimental 
13.1.1 Material e método 
 
13.1.2 Procedimento experimental 
1- Glicose 50%, iv – 2ml. 
2- Glicose 50%, vo – 50ml. 
3- Glucagon. 
4- Insulina. 
5- Glicose 50%, vo – 5ml + insulina. 
6- Pré-tratamento: Dexametasona + Glicose 50%, vo – 2ml. 
7- Pré- tratamento: Dexametasona + insulina. 
 
 
 
Avaliação: tempo 0, 30, 60, 90, 120 minuto 
 
 
32 
 
 
14. Resultado 
 
Tabela 6- Mostra os níveis de concentração de glicemia a partir dos resultados obtidos. 
 
Gráfico 2- Resultado da concentrações de glicose plasmática nos 4 primeiros camundongos. 
 
 
33 
 
 
 
 
 
Gráfico 3- Resultado da concentração de glicose plasmática nos 4 últimos camundongos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
15. Discussão 
A partir dos resultados foi discutido entre os integrantes do grupo as possíveis causas de cada 
resultado. 
1º- Glic iv: Há um aumento grande de glicose no sangue, fazendo com que o nível de glicemia 
chega em 300mg/dL, então a quantidade de insulina que tem no rato não tem o efeito normal, 
portanto irá atuar lentamente. 
2º- Glic vo: Apresenta um quadro normal. Quando a glicose é via oral ela demorará para ir ao 
sangue por fazer o metabolismo, sendo assim a insulina pode atuar normalmente. 
3º- Glucagon: Aumenta rapidamente os níveis de glicose, atuando contra a insulina presente 
em níveis normais. Quadro normal sem nenhuma patologia. 
4º- Insulina: Foi induzida uma quantidade de insulina, portanto não terá muita oferta de glicose, 
mas terá uma quantidade grande de insulina. 
5º- Glic + insulina: Quadro normal no qual apresentou aumento da glicemia e posteriormente 
redução devido a ação da insulina administrada. A quantidade de insulina injetada é somada 
com a quantidade de insulina que apresenta no organismo do rato. 
6º- DX + GLIC: O fármaco Dexametasona ele foi administrado antes da glicose, então seu 
efeito de resistência à insulina estará fazendo o efeito, por isso seu nível glicêmico aparecerá a 
partir de 135mg/dL. 
7º- Dx + Insulina: O dexametasona está agindo quando foi administrado primeiro, mas a 
insulina conseguiu fazer o efeito, pois foi somada a quantidade de insulina administrada com a 
insulina do corpo do rato, porém comparando com o gráfico de apenas insulina não despencou 
o nível glicêmico após ter sido administrado a insulina, esseresultado graças ao fármaco 
dexametasona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
16. Conclusão 
Concluindo, a glicose é uma molécula importante para nosso organismo poder gerar energia 
para as células do corpo. O nível plasmático de glicose no sangue chama-se glicemia, e seu 
nível é de extrema importância na fisiologia. O organismo possui fortemente interferência dos 
hormônios: insulina e glucagon. Estes trabalham com funções distintas, um inibindo o efeito 
do outro. Além desses hormônios podemos citar, GH (hormônio de crescimento), cortisol e o 
fármaco dexametasona onde vão promover uma resistência à insulina, portando serão 
hiperglicemiantes, mas só irão atuar quando o glucagon estiver com defeito para manter a 
glicemia, assim não levando à uma hipoglicemia. 
Todos esses fatores estão intimamente ligados com a via de administração que a glicose e até 
mesmo estes hormônios ou fármacos são administrados. Alguns desses ratos foram induzidos 
a quadros de diabetes, porém com diferentes causas e efeitos no organismo. Esse experimento 
teve com intuito de entendermos todas as vias fisiopatológicas do sistema glicêmico do corpo 
e mapear as causas distintas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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