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Biópsia: Procedimento Cirúrgico para Diagnóstico

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BIÓPSIA
Trata-se de um procedimento cirúrgico cujo objetivo é remover um fragmento do tecido de uma lesão, para que
posteriormente seja realizada uma análise histopatológica. A biópsia é realizada principalmente em situações onde
somente o apanhado clínico não é o suficiente para concluir o diagnóstico, sendo utilizada, portanto, para obter um
diagnóstico definitivo.
INDICAÇÕES:
● Quando avaliação clínica não é suficiente para obtenção do diagnóstico definitivo;
● Quando há suspeita que a lesão seja uma neoplasia maligna (câncer);
● Quando o curso clínico da lesão não é compatível com o diagnóstico inicial;
● Quando a lesão persiste por mais de 2 semanas (lesões ulceradas ou inflamatórias que não regridem em
10-14 dias);
● Quando a lesão interfere na função local;
● Quando a lesão for óssea ou intraóssea
CONTRA-INDICAÇÕES
● Quando a avaliação clínica é suficiente;
● Quando a lesão é vascular (hemangioma);
● Quando o paciente não tem condições ou oportunidades de passar pelo procedimento cirúrgico;
● Quando o diagnóstico depende de exames hematológicos (diagnóstico de sífilis, por exemplo);
● AIDS – teste de HIV, Tuberculose – Teste de Mantoux (PPD), Baciloscopia – teste de escarro)
TIPOS DE BIÓPSIA
BIÓPSIA INCISIONAL: Neste tipo de técnica, se remove somente um fragmento da lesão, que posteriormente
será submetido ao histopatológico. O fragmento deve conter o tecido lesionado e também uma porção de tecido
sadio, para que assim possa se observar a relação com o tecido vizinho/saudável; deve-se evitar somente áreas
totalmente necrosadas, como as que ficam no centro das lesões geralmente. A biópsia incisional é utilizada em lesões
extensas, lesões múltiplas e lesões com suspeita de malignidades
Orientações Gerais: A incisão deve ser em forma de ‘V’ e profunda, a depender de como seja realizada a incisão
o fragmento pode ser desejável ou indesejável.
● Fragmento desejável: Incisão estreita e profunda, obtendo também uma margem de tecido sadio;
● Fragmento indesejável: Incisão rasa e larga, sem presença de tecido sadio adjacente
BIÓPSIA EXCISIONAL: Técnica na qual faz-se a remoção total da lesão, para posterior exame histopatológico. É
importante salientar que a biópsia excisional está indicada para lesões isoladas, lesões reacionais como as
hiperplasias fibrosas (remover agente causador).
Orientações Gerais: A incisão deve ser elíptica, de forma a envolver toda a lesão, a depender de como seja
realizada a incisão o fragmento pode ser desejável ou indesejável.
● Fragmento desejável: Incisão elíptica, bordas laterais e profundidade adequadas para remover a lesão por
completo;
● Fragmento indesejável: Bordas laterais e/ou profundas comprometidas de forma a deixar lesão residual.
PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF)/BIÓPSIA ASPIRATIVA: O material a ser avaliado é
obtido através de uma punção (com agulha e seringa) para aspirar o conteúdo da lesão. Este conteúdo pode ser
líquido, caso o nódulo tenha componente cístico ou tecido proveniente da lesão, ou sólido. Na odontologia, é utilizada
em tumores de glândulas salivares, por exemplo. Muitas vezes norteia a conduta clínica e decisões terapêuticas,
como descartar ou não malignidade. É indicada em casos de lesões submucosas, subcutâneas e quando o
procedimento cirúrgico de uma biópsia representa uma grande cirurgia sem diagnóstico definitivo
CUIDADOS COM A PEÇA CIRÚRGICA
1. Escolher um frasco com boca larga, para evitar intercorrências e não danificar a peça na hora de retirá-la;
este frasco deve conter líquido fixador e etiqueta de identificação;
2. Geralmente se usa formol universal (formalina a 10%) como fixador, em uma quantidade equivalente a 20x
o volume da peça;
3. Identificar o frasco com nome de paciente, nome do profissional e data do procedimento;
4. O profissional deve preencher a ficha de exame histopatológico ou anatomopatológico
5. Enviar o material devidamente identificado, preenchido e assinado ao laboratório
(Essas etapas são realizadas pelo profissional que realizou a remoção do fragmento da lesão no local do atendimento.
Importante dar enfoque na anamnese e achados/aspectos clínicos da lesão para melhor compor a ficha de solicitação
do histopatológico)
FICHA DE SOLICITAÇÃO DO EXAME HISTOPATOLÓGICO: O preenchimento deste documento é
imprescindível. Deve incluir a maior quantidade de informações possíveis, especialmente o aspecto clínico da lesão e
anamnese (hábitos, histórico médico etc), passo muito importante porque ajuda o técnico responsável por emitir o
resultado a entender um pouco mais o caso e descartar ou não determinadas patologias. Podem ocorrer alguns erros,
são eles:
● Fixação inadequada;
● Amostra não identificada;
● Ficha preenchida com dados clínicos incompletos
MACROSCOPIA: Quando o material chega ao laboratório, o técnico responsável fará uma descrição macroscópica
do material recebido: cor, consistência, tipo de tecido, tamanho etc. Além disso, irá gerar um número de
registro/código de identificação para este material.
PROCESSAMENTO: Até se obter uma lâmina para ser analisada, a peça biopsiada passa por uma série de
processos, manuais ou automáticos:
● Banho de formol;
● Desidratação;
● Diafanização;
● Impregnação pela parafina;
● Inclusão na parafina;
● Microtomia;
● Desparafinização;
● Reidratação;
● Coloração.
COLORAÇÃO: A coloração mais utilizada é a HE, contudo, existem colorações especiais que são utilizadas quando
a HE não fornece a informação necessária
● PAS - favorece a visualização do acúmulo de glicogênio nos tecidos
● Vermelho Congo - identifica amiloides
● Tricrômico de Masson - identifica fibras colágenas
● Fontano Masson - identifica melanina
● GROCOTT - identifica fungos (esporos, hifas)
IMUNOHISTOQUÍMICA: Conjunto de metodologias que utilizam de anticorpos reagentes para estabelecer
ligação com antígenos. Atua em:
● Elucidação do tecido de origem de uma neoplasia indiferenciada
● Determinação do órgão de origem de uma neoplasia diferenciada
● Subclassificação de linfomas
● Pesquisa de fatores prognósticos, terapêuticos e índices proliferativos de algumas neoplasias
● Identificação de estruturas, organelas e materiais secretados pelas células
● Detecção de células neoplásicas metastáticas

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