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INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS R Infecção do seio maxilar ANATOMIA SINUSAL - - Drenam para o interior do nariz através de aberturas chamadas óstios; - Etmoidal: Drenam através de óstios menores; - Maxilar, esfenoidal e frontal: Drenam através do meato médio; - Este complexo osteomeatal, com suas numerosas aberturas, é a chave para uma doença sinusal, uma vez que representa a principal região do nariz para a deposição de material estranho oriundo do ar inspirado; -Seio Maxilar: · Maior seio paranasal; · Antro de Highmore; · Embriologia: primeiro seio a se desenvolver (3° mês de desenv. Fetal) Pneumatização primária; · Pneumatização secundária: 5° mês. · Continua se desenvolvendo até a erupção dos dentes permanentes; · Perda dentária a pneumatização volta a ocorrer; · Tamanho: A-P 34 mm; Altura 33mm; Largura 23mm; Volume 15 a 20ml. · Revestido por epitélio respiratório, pseudoestratificado, ciliado, colunar (produzem muco); · Cílios: Necessários para deslocar a secreção sinusal aos óstios; · Gravidade: Nos demais seios ela favorece a drenagem, porém no seio maxilar ela prejudica a drenagem. Isso demonstra a importância dos cílios; FISIOLOGIA SINUSAL - É essencial: Desobstrução das aberturas ostiais; Funcionamento adequado do aparato ciliar; Qualidade das secreções nasais; - A perda desse equilíbrio pode levar a sinusite; - Dentre os fatores predisponentes está a síndrome dos cílios imóveis; DIAGNÓSTICO - INSPEÇÃO: Exame visual da face, nariz e vestíbulo aumento de volume, eritema e secreção nasal; - PERCUSSÃO: dentes e acima da proeminência zigomática (parede lateral do seio); - PALPAÇÃO: extra e intraoral (entre a fossa canina e pilar zigomático; - Seio afetado: muito sensível à percussão e palpação; - TRANSLUMINAÇÃO: Iluminação clara de fibra óptica contra a mucosa palatina ou facial do seio e observando-se a transmissão de luz através do seio em um ambiente escurecido Distinguir doença sinusal e odontalgia; Luz reluz na região Seio sadio Luz não se difunde Sinusite - Exame radiográfico do seio maxilar: Periapical, panorâmica (mais indicada) e oclusal; - As radiografias de Waters, Perfil de face e a TC também são ferramentas úteis no diagnóstico; - Aspectos de normalidade: · Corpo do seio deve ser radiotransparente; · Circundado por halo radiopaco cortical; - Aspectos de anormalidade: · Espessamento da mucosa; · Níveis de ar-fluído (sangue, muco, pus); · Corpos estranhos; · Opacificação do seio. INFECÇÃO ODONTOGÊNICA DO SEIO MAXILAR - As fontes de infecção odontogênicas que envolvem o seio maxilar incluem doença periapical crônica e aguda e doença periodontal; - Complicações de infecção odontogênica, patologias ou cirurgias; - Ex.: Sinusites por fístula oroantral ou por procedimentos de aumento ósseo na região posterior da maxila; - Se não for tratada, ou tratada inadequadamente, essa infecção pode se disseminar rapidamente para os demais seios; INFECÇÃO NÃO ODONTOGÊNICA DO SEIO MAXILAR - A mucosa do seio é suscetível a doenças infecciosas alérgicas e neoplásicas; - Algumas bactérias podem ser cultivadas de um seio paranasal saudável, apesar disso parece ser mínimo; - Natureza dinâmica do seio: previne qualquer colonização significativa; ANTRÓLITO - Raramente, uma área de calcificação distrófica pode se desenvolver no ambiente de sinusite crônica; - Origem endógena: Pus, coágulo, muco inflamado; - Origem exógena: Raízes dentárias ou corpos estranhos; SINUSITE - Quando uma inflamação se desenvolve em qualquer seio paranasal causado por infecção ou por alergia Sinusite; - Quando acomete todos os seios da face de uma vez: PANSINUSITE; - Sinusite Maxilar de origem dentária: · 10-12%; · Infecção de um dente superior; · Trauma dentário; · Lesões odontogênicas não inflamatórias; · Causas iatrogênicas (exodontia, osteotomia maxilares ou colocação de implantes); · Sinais e sintomas em adultos: - Febre; - Odontalgia; - Cefaleia; - Dor facial (sobre o seio afetado); - Secreção nasal/faríngea (espessa/fluída, clara/mucoide/purulenta); · Sinais e sintomas em crianças: - Febre; - Tosse; -Rinorreia purulenta; · Sinusite aguda: - Qualquer idade; - Sintoma inicial: pressão/dor/plenitude da região; - Tardio: desconforto aumentado, edema facial, eritema, mal-estar, drenagem mucopurulenta de mau odor na cavidade nasal e nasofaringe; - Entre os primeiros 10 dias e 4 semanas após o início dos sintomas; - Sinusite Subaguda: 4 a 8 semanas; - Sinusite recorrente: 4 ou mais episódios em um ano; - Secreção nasal, que pode oscilar de clara a mucopurulenta; - Radiografia: Nível de ar-fluído nos seios maxilares; Mucosa espessada; Completa opacificação da cavidade. · Sinusite Crônica: - Resultante de infecções bacterianas ou fúngicas (baixa intensidade e recorrentes), doença nasal obstrutiva ou alergia; - Episódio de doença sinusal que respondem inicialmente ao tratamento, somente para recronificar, ou que permanecem sintomáticos apesar do tratamento; - Depois de ao menos 8 semanas de sintomas; - Secreção costuma ser purulenta + congestão nasal; - Radiografia: Mucosa espessada; opacificação sinusal, pólipos nasais ou antrais; (Níveis ar-fluídos também podem ser visto na crônica durante períodos de exacerbação aguda); · A sinusite maxilar mostra aumento da dor quando a cabeça é mantida ereta e atenuação dos sintomas quando o paciente está na posição supina; · Microbiologia das infecções sinusais: - Sinusite secundária à I.O.: Peptostreptococcus, Fusobacterium, Prevotella, Bacterioides e Porphyromonas. · Em indivíduos com sinusite, a infecção está presente inicialmente ou conforme a doença evolui; Leve espessamento da mucosa no complexo ostiomeatal Drenagem sinusal inadequada infecção. · Diagnóstico diferencial: - Radiografias periapicais; - Exame periodontal; - Avaliação endodôntica (vitalidade); - Algumas vezes a sinusite pode ser confundida com a infecção odontogênicas; - Infecção Sinusal: queixa de dor em vários dentes associadas as demais sintomatologias; · Exames complementares: - TC; - Endoscopia; - Confirma o diagnóstico e aponta a obstrução que causou a patologia primária e levou a sinusite obstrutiva; TRATAMENTO - Tratamento inicial: Umidificação do ar inspirado, para fluidificar as secreções ressecadas da passagem nasal e do óstio sinusal, auxiliando sua remoção; - Antibioticoterapia: · Em casos de sintomas mais graves ou quando há infecção; · Não é indicado nos primeiros 7 dias de sinusite aguda (exceto que progrida para uma infecção); · Tratamento até 7 dias após os sintomas terem se resolvidos, ajudam a evitar recidivas; · Infecção não odontogênica: Amoxicilina, Azitromicina, Clavulin, Cefuroxima... · I.O.: Penicilinas, Clindamicina e Metronidazol; · Quadro crônico: o tratamento atb pode durar até 10 semanas. · Se o paciente não responder bem em até 72h reavaliar a terapêutica e considerar fazer cultura e teste de sensibilidade; · A terapia pode melhorar temporariamente o problema aguda, mas na maioria dos casos o tratamento final irá requerer exploração do seio e desbridamento. -Descongestionante nasal: Há controvérsias, pois apesar de melhorar a drenagem ostial causam alguns efeitos adversos (diminui a função ciliar, fluxo sanguíneo na mucosa acarretando a dificuldade de distribuição do ATB); -Analgésicos; - Cirurgia: · Sinusectomia: remove o tecido anormal no interior da cavidade do seio e restaura a drenagem normal através do óstio; - Sinusite crônica: · A maioria dessas sinusites não complicadas provavelmente se deve à resposta inflamatória alergênica ou a fungos, em vez de patógenos bacterianos; · A ampla flora anaeróbica da sinusite crônica pode ser mais comensal que as patogênicas Esteroides intranasais ou sistêmicos costumam ser mais eficazes que a terapia antibiótica (em casos crônicos se uma causa passível de cirurgia). image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png
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