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PCR e RCP Nenhuma situação clínica é prioritária em relação à PCR. Ela deve ser realizada de maneira rápida para que possa existir um resultado para o paciente. Visto que, o tempo é fundamental (HORA DE OURO), ou seja, o aporte precisa ser nos primeiros minutos para que se tenha um prognóstico de sobrevivência. · PARADA CARDIORRESÍRATÓRIA = Corresponde a interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica e da respiração (oxigenação do sangue). · SBV -> Conjunto de procedimentos que visa à obtenção de vias aéreas livres e à execução de assistência ventilatória e circulatória, sem a necessidade de usar qualquer equipamento especial, admitindo-se apenas dispositivos simples de proteção. · MORTE BIOLÓGICA IRREVERSÍVEL = Ocorre deterioração irreversível dos órgãos e sistemas, que se segue à parada cardiorrespiratória, quando não se instituem as manobras de circulação e oxigenação. · MORTE ENCEFÁLICA = Necrose do troco e do córtex cerebral pela falta de oxigenação por mais de 5 minutos. Situações com maior risco de evoluir para PCR: Cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes, anóxia, afogamento, pneumotórax hipertensivo, choque, obstrução das vias aéreas, broncoespasmo e reação anafilática. Principais causas: Adultos -> isquemia miocárdica Criança/Adulto jovem -> problemas respiratórios Sinais e Sintomas que precedem uma PCR: Dor torácica, sudorese, palpitações precordiais, tontura, escurecimento visual, perda de consciência, alterações neurológicas e sinais de baixo débito cardíaco. Sinais Clínicos da PCR: Ausência de pulso – vai indicar o início da PCR (carotídeo ou femoral); Apnéia ou respiração em gasping (assíncrona, profunda e curta – com um intervalo de apneia); Perda súbita de consciência; Dilatação das pupilas; Cianose. A cianose e a dilatação pupilar (midríase que ocorre com cerca de 3 min pós-PCR) são sinais comumente utilizados no diagnóstico da PCR. Deve-se, porém, ter cuidado com paciente com DPOC (que têm cianose crônica) ou pacientes anêmicos (que não ficam cianóticos). · Modalidade de PCR: · Fibrilação Ventricular (FV) = Principal causa de PCR, mas de 40% dos casos. No ECG, ocorre a ausência de complexos ventriculares individualizados que são substituídos por ondas irregulares em ziguezague, com amplitude e durações variáveis. · Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TV) = É a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares que podem levar à acentuada deterioração hemodinâmica, chegando mesmo a ausência de pulso arterial palpável, quando, então é considerada uma modalidade de parada cardíaca, devendo ser trata com o mesmo vigor da FV. O ECG caracteriza-se pela repetição de complexos QRS alargados não precedidos de onda P e, se estas estiverem presentes, não guardam relação com os complexos ventriculares. (4% PCR intra-hospitalar). · Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) = É caracterizada pela ausência de pulso detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica. Geralmente é fatal, a não ser que o agente causal seja diagnosticado e tratado prontamente (resolve apenas com massagem cardíaca e medicamentos). O ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que não produzem resposta de contração miocárdica eficiente e detectável. (10 a 15% PCR intra-hospitalar). · Assistolia = É o caso mais grave da PCR, no ECG corresponde apenas a um traço contínuo, não apresentando vestígio de atividade elétrica no eletrocardiograma. · Cadeia de Sobrevivência: Conjunto de técnicas sequenciais, realizadas pelo Suporte Básico de Vida, caracterizadas por: Compressões torácicas, abertura das vias aéreas, respiração artificial e desfibrilação. · Manobras de SBV: · Avaliação do nível de consciência -> Responsivos ou não responsivos. · Checar pulso -> Artéria carótida externa ou femoral, não exceder 10 segundos. Minimizar interrupções da RCP para checagem de pulso, confirmando a persistência do pulso a cada 2 minutos. · Avaliar as vias aéreas -> Avaliar rapidamente a respiração, visualizando movimento torácico (não deve demorar mais de 10 segundos). Realizar manobras de desobstrução das vias aéreas: Chin Lift (inclinação da cabeça e elevação do mento) ou Jaw Thrust (projetar a mandíbula anteriormente, deslocando também a língua). · Inconsciente + Respirando – Caso a situação não tenha sido trauma, a vítima deve ser colocada na “posição de recuperação”. · Remover óculos e objetos volumosos dos bolsos, estender o braço para trás (o mais próximo do socorrista) e o outro cruzado no tórax. O socorrista deve colocar suas mãos no ombro e perna da vítima, rolando-a até que fique em decúbito lateral. A perna que fica por cima é mantida flexionada e a mão da vítima que está sobre o tórax pode ser colocada sob a bochecha. O pescoço deve ficar em hiperextensão. Se a vítima não voltar a consciência por um período de 2 a 3 minutos, deve-se chamar socorro. · Chamar ajuda/solicitar desfibrilador -> Caso a vítima esteja inconsciente e não respire ou apresente respiração agônica/ gasping (última medida que o organismo adota para se salvar). Deve solicitar socorro e desfibrilador externo automático e dar início a RCP até a chegada da equipe médica. · Massagem cardíaca externa -> Aumenta a pressão intratorácica e comprime o coração. Antigamente a ventilação acontecia antes da compressão, mas hoje segue o padrão CAB (compressão, via aérea e respiração). · Deve ser realizado 1 ciclo de 30 compressões antes das ventilações, ou seja, 30:2 (1 socorrista) ou 15: 2 (2 socorristas). No total, a frequência de compressão deve ser de 100 a 120 compressões por minuto. · Leigos ou não treinado, devem realizar apenas compressões. · Forma de realizar as compressões – Vítima deitada de costas, sob uma superfície firme e plana, posiciona-se ao lado da vítima, afaste e remova as roupas que cobrem o tórax até visualizar a pele. Posicione a eminência tenar (palma da mão), entrelace os dedos, estique os braços e se incline sobre a vítima, apoiando seu peso sobre ela. OBS.: Onde fazer as compressões: Trace uma linha imaginária entre os mamilos, colocando as mãos sobre o osso esterno (não pode tocar as costelas). Ou deslize o dedo médio sobre a margem do gradil de costelas até localizar o ponto onde as costelas se juntam, na altura do processo xifoide do osso externo, colocando as mãos dois dedos acima desse apêndice. · Desfibrilador -> Avaliar se a vítima se encontra em fibrilação ventricular ou outro tipo de arritmia cardíaca, que possa ser revertida pela descarga do aparelho. Ou seja, o choque tem como objetivo produzir assistolia temporária e dar oportunidade para os centros de marcapasso natural do coração assumirem a atividade elétrica normal. OBS.: Choques são mais importantes que terapia com drogas na RCP.
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