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3 - RESPONDIDO

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041 
Título 
Caso Concreto 3 
 
Descrição 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de 
telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação 
do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No 
entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo 
depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na 
ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o 
aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o 
magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, 
a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de 
antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu 
corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao
 caso. 
 
RESPOSTA: Sobre a indagação da ação do magistrato ser correta, entendemos da 
seguinte forma, que em sua posição o magistrato não agiu de forma correta, já que 
aqui tratamos do caso concreto de Mutatio Libelli, uma vez que a denúncia trouxe 
determinados fatos; fatos esses que foram objetos de ataque da defesa. Ao final da 
instrução probatória verificam-se mudanças da narrativa ao qual o defensor se quer 
teve oportunidade de manisfestar-se. Vereficando-se que o magistrato ao concluir que 
o fato narrado na inicial não corresponderia aos reias fatos provados na instrução 
penal; sendo assim, deveria então remeter o processo ao Ministério Público que 
deverá aditar a peça inaugural, afim de que sejam constatados os novos fatos do caso. 
 
Exercício Suplementar 
 
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa 
correta: 
 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem 
julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos 
desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão
 preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias 
simples, pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam 
respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto que as 
decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser 
considerada decisão interlocutória mista; 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão 
controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação 
processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação 
àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. RESPOSTA 
 
2-A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a 
vítima e, após desferir-lheum empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse 
caso: 
 
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave 
que a do furto; 
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, 
devendo, antes, proceder ao seu interrogatório; 
 (c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela 
praticado do roubo; RESPOSTA 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, 
dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem 
testemunhas.
devendo, antes, proceder ao seu interrogatório; 
(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela 
praticado do roubo; 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, 
dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem 
testemunhas.

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