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Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
 OSSOS 
Locomoção: ossos + articulações 
Relação com: músculos, sistema nervoso, vasos, 
intestino, fígado, rins e glândulas endócrinas. 
 
 
 
 
 
 Osteoblastos: secretam a matriz que 
contém substância proteica que polimeriza 
para formar fibras colágenas, as quais 
passam a ser os constituintes principais 
dessa matriz recém-formada. A seguir, 
ocorre a precipitação de sais de cálcio nos 
interstícios dessa matriz. 
 Osteoclastos: promovem reabsorção do 
osso e ação fagocitária. 
 Osteócitos: promovem manutenção da 
matriz óssea. 
ANATOMIA 
Mesoderma: Forma modelos cartilaginosos 
(mecanismo endocondral) ou fibrosos (mecanismo 
membranoso) Secretam fosfatase alcalina 
(enzima de calcificação). 
Cartilagem Calcificada: Células morrem  
Formam túneis que vão ser ocupados pelos brotos 
mesenquimovasculares  Diferenciação em 
osteoblastos  Produzem osteóide que é 
depositado na parede dos túneis  Osteoblastos 
secretam fosfatase alcalina, que calcifica o 
osteóide  Formando a matriz tecidual. 
Modelo Cartilaginoso: Envolvido pelo 
pericôntrio  Transforma em periósteo  
Diferenciação em osteoblasto e não condroblasto. 
Junção entre dois modelos cartilaginosos: espaço 
que irá formar a articulação. 
 
 
 Tipos de Ossos 
1. Osso Esponjoso (trabecular) 
2. Osso Compacto (denso) 
 
 Formato de Ossos 
1. Longos (dos membros) 
2. Curtos (das mãos e dos pés) 
3. Chatos ou Planos (do crânio, esterno, 
escápula e ilíacos) 
4. Cuboides (corpo vertebral, ossos do carpo e 
do tarso) 
5. Irregulares (da face e vértebras) 
6. Sesamoides (nódulos arredondados ou 
ovais que se desenvolvem em certos 
tendões) 
7. Acessórios ou supranumerários (extras) 
Obs.: Ossos longos possuem epífise, metáfise e 
diáfise. 
 
 Periósteo: Camada delgada que envolve 
os ossos, exceto as articulações 
 Cortical: Camada de osso compacto que 
está no canal medular. É percorrida por 
vasos e nervos 
 Esponjosa: Presente na metáfise e epífise. 
Formada por trabéculas que deixam 
espaços que são preenchidos por medula 
óssea 
Obs.: Esqueleto Humano = 80% cortical e 20% 
Esponjoso 
PTH  Paratireóide  Controle da 
hipocalcemia e hipovitaminose D  Retira 
cálcio do osso para o sangue. 
Calcitonina Tireóide Controle da 
hipercalcemia  Impedem a remoção de 
cálcio do osso. 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Cartilagem Articular: Recobre as 
superfícies das articulações. Não se 
calcifica. Possui a função de reduzir o 
atrito e amortecer choques 
 Ligamentos: Fixam osso a osso 
 Tendão: Fixam músculo a osso 
 Medula Óssea: produção de sangue e 
células de defesa 
o Amarela: possui gordura, não tem 
função hematopoiética, ocupa ossos 
longos de adultos 
o Vermelha: extremidade superior do 
fêmur, úmeros, costelas, ilíacos, 
esterno e corpos vertebrais 
 Vascularização: a metáfise é 
vascularizada pelo periósteo e a epífise 
não possui vasos 
 Placa Epifisária: cartilagem de 
crescimento ou de conjugação – 
responsável pelo crescimento do osso em 
comprimento 
 
FISIOLOGIA 
 Metabólica 
Manter a homeostase mineral nos limites da 
normalidade  Equilíbrio entre deposição 
osteoblástica e reabsorção osteoclástica. 
Sistema da Membrana Osteocítica: remoção 
rápida de cálcio e de fosfato dos ossos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Enzimas utilizadas no diagnóstico das 
enfermidades ósseas: 
 Fosfatase alcalina: quebra os ésteres do 
fósforo, liberando íon fosfato, que com 
cálcio deposita se nos ossos ou cartilagens. 
É produzida no fígado, rins, ossos e 
intestinos. 
 Fosfatase ácida: a partir dos osteoclastos, 
está relacionada com a reabsorção. É 
produzida na próstata e no osso. 
 
 Mecânica 
A cortical do osso resiste a pressões e a 
esponjosa distribui o peso do corpo. 
Propriedades: dureza e elasticidade 
 Hemopoética 
Os elementos sanguíneos têm origem em 2 
tipos de tecidos da medula óssea: 
 Tecido mieloide, do qual se originam 
os eritrócitos, os granulócitos, as 
plaquetas e os monócitos 
 Tecido linfoide, do qual se originam os 
linfócitos e os monócitos. O tecido 
linfoide é encontrado também na 
mucosa intestinal, nas vias 
respiratórias, em linfonodos, no baço e 
no timo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PTH 
Hipocalcemia Paratireóide PTH (age 
nos rins estimulando a liberação de 1,25 
(OH)2 D Reabsorção de cálcio e fósforo no 
intestino. 
Resposta imediata do PTH Estimula o 
osteócito(retirar cálcio e fósforo dos ossos e 
lançam no sangue). 
Resposta tardia do PTH Estimula os 
osteoclastos (retirar cálcio e fósforo dos 
ossos e lançam no sangue). 
Calcitonina 
Hipercalcemia Tireóide Células C 
Calcitonina Inibe a reabsorção. 
Metabolismo Vit D 
Vit D Fígado (primeira hidroxilação) 25 (OH)D 
Rim (segunda hidroxilação) 1,25 (OH)2D 
(metabólito ativo que atua no intestino e no osso. 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
ANAMNESE 
1. Idade 
 Osteoporose, condrossarcoma e metástases 
Idosos 
 Raquitismo, Calvé – Legg – Perthes, 
Osgood – Schlatter, osteomielite, 
histiocitose e osteossarcoma Crianças 
jovens 
2. Sexo 
 Osteoporose Mulheres 
3. Raça 
4. Profissão 
5. Procedência 
 Osteocondrite de quadril Homens 
 Mediterrâneo Talasssemia 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Dor, deformidades e sintomas gerais 
 Dor Óssea 
1. Localização: epifisária, metafisária ou 
diafisária 
 Epifisária: geralmente no osso subcondral, 
em doenças inflamatórias e degenerativas 
(artrites infecciosas, artrose avançada) 
 Metafisárias: geralmente nas neoplasias, 
artrites infecciosas e traumáticas 
 Diáfises: geralmente de fraturas, posturais 
e alterações mecânicas 
2. Duração: aguda ou crônica 
3. Intensidade: grande ou moderada 
 Grande: infecções e traumas 
 Moderada: neoplasias benignas, doenças 
metabólicas e alteração postural 
4. Caráter: profunda, surda e intensa; contínua e 
sem irradiação 
5. Fatores Agravantes ou Atenuantes: 
 Intensificada pela palpação 
 Melhora com uso de AINEs, ácido 
acetilsalicílico (neoplasia benigna e 
osteoma) 
Obs.: Dor mecânica piora com o movimento; dor 
inflamatória melhora com o movimento 
(espondilite, anquilosante, na coluna vertebral) e 
doenças degenerativas pioram no início do 
movimento e melhoram no decorrer dele. 
 
 
 Deformidades ósseas 
Resultado de malformação congênita ou uma 
condição adquirida 
Indicam uma doença de longa duração. 
Caroços ou Tumefações 
Deformidades únicas (doenças infecciosas ou 
sequelas de fraturas mal consolidadas) ou 
múltiplas 
Deformidades podem originar-se na junção 
osteoarticular quando há varismo ou valgismo de 
tornozelos ou joelhos, nos pacientes que 
apresentam alterações mecânicas, posturais, 
sequelas de fratura, infecções piogênicas, 
tuberculose, sífilis ou nos casos de artrite 
reumatoide em estágios avançados 
Deformidades da coluna vertebral: cifose, 
escoliose e cifoescoliose 
 Sintomas gerais 
Osteomielite: febre alta e anorexia 
Doença de Paget: ICC 
EXAME FÍSICO 
Inspeção, palpação e mobilidade de cada segmento 
Paciente na posição de pé, sentada e deitada 
Exame dos segmentos homólogos para comparação 
Alteração de marcha: deformidades, como verismo ou 
valvismo dos joelhos, lesões dos tornozelos ou desvio 
lateral da coluna vertebral 
 Inspeção 
 Aumento de um segmento ósseo 
 
 Palpação 
 Aumento de volume: consistência, formato, 
localização, tamanho e relação com tecidos 
moles 
 Sinais flogísticos: edema, calor e rubor. Podemsugerir osteomielite 
 Presença de fístulas: infecção crônica 
(tuberculose, sífilis ou micose) 
 Aumento de volume com consistência dura: 
cistos ósseos, neoplasias, osteossarcoma, 
osteocondroma 
 Presença de crepitação: fratura 
Obs.: Palpação muito dolorosa é indicativo de 
osteomielite, neoplasias malignas e fraturas. 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Exames Radiológicos 
 Radiografia simples: analisa partes 
moles, textura óssea, modelamento do osso 
e reação periosteal. 
o Modelamento ósseo: análise do 
formato do osso. Alterações podem 
indicar displasias, infecções e alteração 
mecânica. 
o Reação periosteal: normalmente não 
visualiza o periósteo no raio X. A 
reação periosteal ocorre quando é 
possível sua visualização (10 a 15 dias 
depois que o periósteo é deslocado da 
cortical). 
 Tomografia computadorizada: Análise 
de comprometimento osteoarticular. 
Define com nitidez alterações na textura 
óssea 
Ressonância Magnética: 
 Alta resolução 
 Reconhecimento preciso de lesões, 
infecções, neoplasias e distúrbios 
metabólicos. 
Cintilografia Óssea: 
 Importante para complemento dos exames 
radiológicos e na pesquisa de lesões 
iniciais. 
 A principal indicação é pesquisa de 
metástase, detecção precoce osteomielite, 
avaliação de traumas, avaliação de 
tumores, avaliação da extensão de 
distúrbios reumáticos, diferenciação entre 
soltura e infecção em próteses, avaliação 
vascular. 
Densitometria Óssea: 
 Quantifica a massa óssea 
 Diagnóstico de osteoporose. 
Exames Laboratoriais: 
 Hemograma: osteomielite, anemia 
 VHS aumentado: indica infecção 
 Dosagem do cálcio e fósforo séricos e 
urinários: osteopatia secundária a 
distúrbios metabólicos. 
 Enzima fosfatase alcalina: monitora grau 
de neoformidade óssea. 
o Diagnóstico doença óssea de Paget e 
neoplasias 
 Enzima ácida: determina proliferação 
osteoclástica. 
o Diagnóstico metástases secundária à 
neoplasia maligna da próstata. 
Mielograma e Citologia: 
 Análise da medula óssea 
 Diagnóstico de mieloma múltiplo 
Biópsia: Avaliação Histopatológica 
 
DOENÇAS DOS OSSOS 
DISPLASIAS ÓSSEAS 
Distúrbio no desenvolvimento dos ossos Causa 
genética. 
1. Displasias Epifisárias: alteram primeiramente 
o desenvolvimento das epífises dos ossos 
longos. 
o Doença de Morquio: doença do 
metabolismo dos carboidratos. Impede o 
crescimento da coluna da criança 
o Displasia Epifisária Múltipla: geralmente a 
criança é natimorto ou morre no primeiro 
ano de vida 
2. Displasias Fisiais: afetam todos os ossos que 
apresentem cartilagem de crescimento, 
incluindo os ossos longos, a base do crânio, os 
pedículos vertebrais e a cartilagem trirradiada 
do osso ilíaco. 
o Acondroplasia: hipoplasia da zona de 
multiplicação da físis 
o Encondromatose ou Doença de Ollier: 
excesso de cartilagem hipertrófica 
o Síndrome de Maffucci: encondromatose 
associada a hemangiomas múltiplos em 
outros órgãos 
3. Displasias Metafisárias: 
o Osteopetrose ou Doença de Albers-
Schonberg: congênita ou tardia 
o Osteocondromatose ou Exostose múltipla 
hereditária: múltiplas lesões, com base na 
metáfise 
o Condrossarcoma: degeneração maligna 
4. Displasias Diafisárias: afeta o processo de 
osteogênese. 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
DISTROFIAS ÓSSEAS 
Doenças caracterizadas pela mineralização 
insuficiente de cartilagem, ou matriz óssea, 
recentemente formadas. 
1. Osteomalacia: amolecimento ósseo. 
o Excessiva formação óssea com calcificação 
inadequada, devido à deficiência de vit d 
 
2. Raquitismo: deficiência de vit D em crianças. 
o Dor e deformidades dos ossos, incluindo 
protuberância frontal, curvamento 
progressivo dos membros inferiores, fraturas 
e anormalidades dentárias 
 
 Sinais: alargamento da cartilagem de 
crescimento; diminuição da densidade 
óssea; encurvamento dos ossos longos; 
alargamento das metáfises; pseudofraturas 
(zonas de Looser). 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
1. Hiperparatireoidismo: secreção excessiva do 
PTH  osteócito  reabsorção óssea  
grande atividade osteoclástica 
o Calcemia elevada; fosfatemia baixa; 
fosfatase alcalina elevada ou normal; PTH 
elevado 
o A grande atividade dos osteoclastos 
provocam porosidades e lesões, que podem 
ser preenchidas por líquido (osteíte 
fibrocística) ou tecido (tumor pardo). 
o O sinal patognomônico é a ação dos 
osteoclastos na cortical externa do osso, 
reabsorção subperiosteal, mais comum nas 
falanges. 
 Sintomas: fraqueza muscular, fadiga, 
polidipsia, poliúria, anorexia e náuseas - 
podem ser percebidas ao lado de sintomas 
psiquiátricos como depressão, irritabilidade 
e surtos psicóticos. Cálculo renal e 
nefrocalcinose são achados frequentes. 
 Sinais Radiológicos: porose óssea; 
reabsorção subperiosteal (principalmente em 
falanges); lesões ósseas líticas; calcificações 
periarticulares e da cartilagem articular 
(condrocalcinose) 
 
2. Escorbuto: deficiência de vitamina C 
(produção de colágeno). 
o É uma formação deficiente de colágeno, 
inclusive do osteóide. Assim, diminui as 
trabéculas ósseas na metáfise, facilitando 
fraturas. 
o Crianças de até 2 anos, que se alimentam 
com leite fervido/pasteurizado, que 
destroem a vitamina C. 
o Deficiência na destruição de zona de 
calcificação de zona provisória o paciente 
forma esporões ao redor dos ossos. 
 Sintomas: perda de apetite, hemorragias 
mucosas, dificuldade de ganhar peso e 
indiferença ao meio. 
 Sinais radiológicos: hematoma 
subperiosteal e densidade óssea diminuída 
(em virtude da deficiência da formação do 
osteóide). 
 
3. Osteoporose: diminuição de massa óssea, 
perda de conteúdo mineral e deterioração do 
osso Perda da densidade do esqueleto 
(predomínio da reabsorção). 
o Maior incidência em brancos asiáticos. 
Maior incidência de fraturas em mulheres 
(4:1). 
 Classificação: 
 Primária ou idiopática: osteoporose pós-
menopausa, osteoporose senil e osteoporose 
juvenil idiopática 
 lnvolutiva: tipo I ou pós-menopausa (mulheres 
– diminuição do estrogênio) e tipo lI ou senil 
(homens – após 60 aons) 
 Secundária: Hábitos de vida - endócrina 
(excesso de glicocorticoide, 
hiperparatireoidismo), imobilização (desuso, 
inflamação, desnervação), infiltração (mieloma, 
metástase) e má nutrição (deficiência alimentar, 
má absorção intestinal, alcoolismo). 
 Sintomas: fraturas 
 Sinais Radiológicos: diminuição da 
densidade do esqueleto; afinamento da 
cortical e do osso subcondral; rarefação 
trabecular dos ossos esponjosos; fraturas. 
 Padrão Ouro: densitometria óssea 
 Obs.: coluna vertebral comprometida pode 
ocorrer cifose / dosagem de cálcio em 
osteoporose é normal. Altera em 
desnutrição, doença renal, neoplasia e 
hiperparatireoidismo. 
Deficiência de Vit D 
Deficiência de ingestão 
Deficiência na absorção 
Deficiência de metabolização hepática 
Deficiência de metabolização renal 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
4. Doença de Paget: impede a substituição do 
tecido ósseo antigo pelo novo. 
o Áreas de osso expandido e mole 
 Sintomas: dor, deformidade, artrite de 
repetição, compressão nervosa dolorosa 
(trigêmeo por exemplo e radiculopatia na 
coluna), arqueamento dos ossos 
 Sinais Radiológicos: indicam deformidade 
óssea 
 
INFECÇÕES ÓSSEAS 
1. Osteomielite Bacteriana: é a infecção de um 
osso com comprometimento do canal medular, 
do componente esponjoso e da cortical. 
o Via hematogênica: bactérias chegam ao osso 
pelo sangue, a partir de um foco na pele ounos pulmões  bactéria aloja-se na metáfise 
(maior vascularização e circulação terminal) 
o Via inoculação direta (noo local de 
traumatismo ou frarura) - osteomielite pós-
traumática - ou por extensão por 
contiguidade (em pacientes diabéticos com 
infecção nos pés ou naqueles com úlcera de 
decúbito). 
o Agentes: Stafilococcus aureus, 
Streptococcus, gram – 
o Ossos comprometidos: úmero, fêmur, tíbia 
 
 Fase Aguda 
 Manifestações: febre, dor, aumento de 
temperatura e volume 
 Exame radiológico: normal ou pouco 
expressivo. Alterações ósseas surgem 2 a 3 
semanas depois 
 Pode ocorrer abscesso subperiosteal  punção 
 Staphylococcus aureus 
 
 Fase Crônica 
 Manifestações: relata uma história de semanas 
ou meses, o membro é doloroso, pele infiltrada, 
trajetos fistulosos. 
 Exame radiológico: aumento das partes moles, 
reação periosteal sólida ou em camadas, lesão 
óssea permeativa, sequestro, lesões osteolíticas, 
esclerose óssea, deformidades ósseas. 
 
 Exames 
 Hemossedimentação: aumentada 
 Bacterioscopia e cultura: positiva apenas em 
50%. As amostras devem ser coletadas antes do 
uso do antibiótico. 
 Tomografia: proliferação periosteal 
 Ressonância magnética: avaliar a extensão da 
infecção quando o radiológico não é suficiente. 
 Cintilografia óssea: sensível para o diagnóstico 
nas 2 primeiras semanas. 
 Mortalidade e morbidade são altas. Geralmente 
é complicação cirúrgica. 
 Sinais radiológicos: aumento de partes moles, 
reação periosteal, lesão óssea, esclerose óssea, 
deformidade. 
 
2. Osteomielite Sifilítica: congênita (quarto mês 
de gestação) ou adquirida. 
o Agente: Treponema pallidum, através da via 
sanguínea 
o Recém nascidos: lesões ósseas, 
hepatomegalia, rinite com sangue, lesões 
cutâneas, Parrot e pseudoparalisia 
manifestação em joelhos e ombros 
simétrico e bilateral 
o Patognóstico: Sinal de Wimberger 
 Sinais Radiológicos: metafisite, periostite e 
diafisite 
 Maior que 1 ano: alteração radiológica 
maior na tpibia, espessamento da cortical, 
sorologia, respondem bem ao tratamento 
 
3. Blastomicose Óssea: 
o Agente: Paracoccidioides brasiliensis - 
Acomete vários órgãos, como o esqueleto 
o O fungo chega por via hematogênica 
o Exame mais importante é a pesquisa direta 
do fungo em material coletado na lesão 
o Sinais radiológicos: lesões osteolíticas do 
tipo numular, lesões osteolíticas com má 
definição, lesões com aspecto moteado 
o Os ossos mais afetados: clavícula, acrômios, 
costelas, ossos dos membros e ilíacos. 
o A manifestação esquelética pode ser a única 
manifestação do fungo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
NEOPLASIAS ÓSSEAS 
Benignas (circunscritas e geralmente encapsuladas, 
crescem lentamente, apenas comprimem os órgãos 
vizinhos sem os invadir, não metastatizam nem 
recidivam após extirpação completa) ou malignas 
(crescem rapidamente, invadem e destroem os 
tecidos vizinhos, têm o poder de dar metástase e 
podem recidivar após extirpação aparentemente 
completa). 
1. Neoplasias Formadoras de Osso 
Benignas 
o Osteoma: crânio e face. Assintomático e não 
necessita de tratamento 
o Osteoblastoma: raro e ocorre, geralmente, na 
coluna vertebral de jovens 
o Osteoma Osteoide: dor mais intensa à noite. 
Frequente em crianças e adolescentes, 
acometendo fêmur e tíbia, sendo diafisária 
Malignas 
o Osteossarcoma ou Sarcoma Osteogênico: 
frequente na segunda década de vida. 
Consistência endurecida, limites imprecisos, 
com aumento da temperatura da pele. 
Ocorre, geralmente, no terço inferior do 
fêmur e o superior da tíbia 
 
2. Neoplasias Formadoras de Cartilagem 
Benignas 
o Osteocondroma: solitária ou múltipa 
(osteocondromatose). Aumento de colume 
localizado, duro e indolor 
o Condroma: no canal medular do osso 
(encondroma) ou na cortical (condroma 
cortical) ou no periósteo (condroma 
periosteal). Frequente nos dedos das mãos, 
na quarta década de vida 
o Condroma Fibromixoide: rara, frequente em 
jovens, com dor. Acomete mais a tíbia, a 
lesão não se calcifica 
o Condroblastoma: frequente na segunda 
década de vida, com dor, na parte superior 
do úmero, inferior do fêmur e inferior da 
tíbia, epífise 
Malignas 
o Condrossarcoma: frequente em idosos, ossos 
longos, ilíaco e costela. 
 
3. Neoplasias da Medula Óssea: todas malignas 
o Mieloma Múltiplo: frequente em homens 
acima dos 40 anos, neoplasia primária do 
osso 
o Sarcoma de Ewing: frequente na segunda 
década de vida, em ossos chatos ilíaco e 
escápula e longos, como tíbia e fêmur 
o Linfomas (reticulossarcoma): enfermidade 
dos gânglios linfáticos 
 
4. Neoplasias de Células Gigantes: entre os 20 e 
40 anos de idade. Frequente na extremidade 
inferior do fêmur, superior da tíbia, inferior do 
rádio e superior do úmero. Dor surda ou 
intermitente 
 
5. Neoplasias dos Maxilares: neoplasias 
odontogênicas ou não odontogênicas 
o Ameloblastoma: entre 30 e 40 anos 
o Cistos dos Maxilates: dor e abaulamento da 
região afetada 
 
LESÕES PSEUDONEOPLÁSICAS 
Não são consideradas neoplasias, porque não 
exibem proliferação tecidual, mas se confundem 
com as verdadeiras. 
1. Cisto Ósseo Simples ou Juvenil: comum 
em crianças e adolescentes, assintomático, 
em terço superior do úmero e fêmur, fíbula e 
tíbia 
2. Cisto Ósseo Aneurismático: crianças, 
adolescentes e adultos jovens. Frequente na 
coluna vertebral e nos ossos longos. 
3. Displasia Fibrosa: acomete um osso ou 
mais de um osso ou associada a distúrbios 
endócrinos 
4. Fibroma Não Ossificante: defeito fibroso 
cortical e xantoma. Frequente em 
adolescente, no terço inferior do fêmur, 
superior da tíbia e fíbula e o terço inferior da 
tíbia 
5. Histiocitose X: proliferação histiocitária 
com quantidades variáveis de lipídeos 
(doença de Latterer – Siwe, Doença de Hand 
Schuller-Christian, Granuloma eosinófilo) 
6. Tumor Pardo do Hiperparatireoidismo: 
aumento do PTH (descalcificação do 
esqueleto, causando hipercalcemia 
 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
OSTEOCONDRITES 
Afecções de causa desconhecida, não 
inflamatórias, que se manifestam nos núcleos de 
ossificação epifisária e apofisária. 
1. Osteocondrite do Quadril ou doença de 
Calvé-Leggs-Perthes 
o Entre 3 e 11 anos, frequente no homem 
o Dor localizada na articulação coxofemoral 
comprometida (podendo o processo ser 
bilateral) e limitação dos movimentos de 
abdução e de rotação. Atrofia muscular e 
encurtamento do membro são manifestações 
tardias 
o Exame radiológico é fundamental 
 
2. Apofisite Tibial Anterior ou doença de 
Osgood-Schlatter 
o Entre 10 e 15 anos, frequente no homem 
o Dor e aumento de volume no nível da 
extremidade da tíbia 
o Inflamação da cartilagem da tíbia e do 
joelho 
 
3. Cifose Juvenil ou doença de Scheuermann 
o Entre 12 e 18 anos 
o Dor nas costas, cifose + hiperlordose lombar 
e cervical 
 
4. Osteonecrose Idiopática do Escafoide 
Tarsiano 
5. Osteonecrose Asséptica da Cabeça Do 2º 
Metatarsiano 
6. Osteonecrose Asséptica do Semilunar 
7. Osteonecrose da Epífise Posterior do Calcâneo 
8. Osteocondrite Deformante da Tíbia 
 
DOENÇA ÓSSEA DE PAGET 
É um distúrbio crônico no tecido ósseo, no qual se 
verifica, inicialmente, reabsorção excessiva mediada 
por osteoclastos, seguida de invasão da medula 
adjacente por tecido fibroso com intensa 
vascularização. Pode comprometer vários ossos (tipo 
poliostótico) ou apenas um osso (tipo monostótico). A 
evolução, geralmente, é lenta, às vezes levando anos 
o Osteoclastos reabsorvem o osso 
rapidamente  aumento da atividade 
osteoblástica = pool de cálcio (aumenta 
necessidadepelo osso dos minerais) 
o Frequente em vértebras lombares, sacro, 
crânio, tíbia e fêmur 
FRATURAS 
Alteração da arquitetura óssea – trauma. 
 
o Epidemiologia: envelhecimento da 
população e violência de agentes 
externos, como brigas 
 
 Avaliação 
 Características e localização precisa da dor 
 Grau de limitação e amplitude dos 
movimentos 
 Grau do edema envolvendo o membro (avalie 
risco de síndrome compartimental) 
 Deformidades e desvios da função 
 Grau de lesões neurológicas e vasculares 
 Características das lesões de pele (fraturas 
fechadas ou expostas) 
 Hematomas e equimoses 
 Crepitações ósseas 
 
 
 
 
 
 
 Complicações 
 Imediatas: lesões neurovasculares, síndrome 
compartimental, perfurações de órgãos, lesões 
da medula espinal, tromboembolismo, embolia 
gordurosa, hemorragia retroperitoneal por 
instabilidade pélvica e até mesmo morte 
 Tardias: deformidades como encurtamentos, 
rotações e consolidações viciosas, infecções, 
artrite pós-traumática, rigidez articular, 
ossificação heterotópica, retardo de 
consolidação, pseudoartrose, osteonecrose e 
distrofia simpático-reflexa 
 
 Tipos 
 
Trauma 
Contusão 
Entorse: lesão capsuloligamentar 
Luxação: perda de congruência na articulação 
Fratura: alteração da macro e/ou 
microarquitetura óssea 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
 ARTICULAÇÕES 
ANATOMIA 
Articulação ou junta é uma região anatômica que 
estabelece a contiguidade entre ossos ou 
cartilagens, possibilitando que o movimento seja 
direcionado nesse segmento  União de dois ou 
mais ossos. 
1. Fibrosa: dificultam o movimento 
2. Cartilaginosa: auxilia o aparelho 
locomotor 
3. Sinovial: auxilia o aparelho locomotor 
(rica em mais elementos, propiciando 
doenças) 
o Componentes: cápsula, membrana 
sinovial e cartilagem de revestimento. 
o Em algumas articulações possui 
meniscos fibrocartilaginosos entre as 
cartilagens. 
o Externamente possui tendões, 
ligamentos e músculos. 
o Na cavidade articular possui o líquido 
sinovial que nutre e lubrifica, 
diminuindo atrito e desgaste. 
 Todos os componentes de uma 
articulação são formados de tecido 
conjuntivo, portanto, de origem 
mesenquimal. 
 Tecido conjuntivo: função de 
enchimento e participação nas atividades 
metabólicas; constituído de fibras 
colágenas, elásticas e reticulares 
 
 Estrutura 
Componentes de uma articulação sinovial típica 
são: cartilagem, epífises ósseas, cápsula articular e 
membrana sinovial e bolsas serosas. 
 Cartilagem: nutrição feita pelo líquido 
sinovial, não se regenera, amortecedora 
(formada por colágeno, proteoglicanos). 
 Epífises: Extremidade óssea revestida por 
cartilagem, funciona como ponto de apoio 
para alavanca. Região muito vascularizada 
e inervada. 
 Cápsula articular: camada mais externa 
formada por fibras colágenas espessas. 
Atua na estabilidade articular. No lado 
interno da cápsula está a membrana 
sinovial. 
 Membrana sinovial: possui os sinoviócitos 
que secretam o líquido sinovial, que nutre 
e lubrifica a cartilagem. Há 3 tipos de 
membrana: fibroso, adiposo e areolar 
o Funções: manutenção da estabilidade 
articular; sede de receptores de 
sensibilidade; fagocitose e depuração; 
produção de líquido sinovial; 
produção de nutrientes; regulação da 
passagem de proteínas e lipídios para 
a cavidade articular; barreira de 
filtração e de trocas entre a cavidade 
articular e os tecidos; regeneração 
tecidual. 
 Bursas ou Bolsas Serosas: são bolsas 
localizadas perto das articulações, 
facilitam a movimentação, tornando o 
movimento suave e sem atrito, por meio 
do deslizamento de um tecido sobre o 
outro com um mínimo de fricção. As mais 
importantes do ponto de vista clínico são: 
joelho, ombro, cotovelo, coxofemorais. 
o Podem surgir devido ao estresse e as 
existentes podem hipertrofiar 
o 78 de cada lado do corpo 
o São pouco vascularizadas, por isso os 
sinais de inflamação não são 
evidentes. ○ Quando inflamadas, 
acumulam líquido. 
o A hipertrofia pode causar a 
comunicação de bursas e articulações 
→ bursa iliopsoas e articulação 
coxofemoral, bursa subacromial e 
articulação glenoumeral e a bursa do 
gastrocnêmio ou do semimembranoso 
com o joelho. 
 
 Tipos 
1. Imóveis: fixadas por tecido fibroso 
2. Ligeiramente móveis: sínfises, fixa os 
ossos através de uma estrutura 
fibrocartilaginosa 
3. Móveis ou sinoviais: fixadas por 
cartilagem 
 
 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
EXAME CLÍNICO 
ANAMNESE 
1. Sexo 
 Lúpus Eritematoso disseminado, 
esclerodermia, osteoporose  Mulher 
 Gota e poliartrite nodosa  Homem 
2. Idade 
 Febre Reumática e osteomielite  
Crianças e adolescentes 
 Espondilite anquilosante  da puberdade 
aos 40 anos 
 Gota, doenças neoplásicas, osteoporose e 
artrose  > 45 anos 
3. Etnia 
 Doença dos Pezinhos  Portugal 
4. Procedência 
5. Profissão 
 Peso  disposição à lombociatalgia 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 Dor (artralgia) 
 Ocorrência de sinais inflamatórios (artrite) 
 Rigidez pós-repouso 
 Crepitação articular 
 Manifestações sistêmicas, principalmente 
febre, astenia, perda de peso e anorexia. 
 
 Dor (Artralgia) 
1. Cronologia 
 Aguda – até 2 semanas: gota, bursite, artrite 
séptica 
 Subaguda – 2 a 4 semanas 
 Crônica - > 4 semanas: artrite reumatoide, 
artrose 
2. Peso ou Cruciante 
 Peso: artrose 
 Cruciante: gota, artrite séptica 
3. Sintomas Associados 
 Parestesias (formigamento) 
 Compressão de nervos na região do punho 
Síndrome do Túnel do Carpo 
4. Influencia dos Movimentos 
 Movimentos de abdução e rotação interna do 
braço agravam a dor no ombro, a primeira 
hipótese é de bursite ou tendinite do ombro 
 Contratura da musculatura lombar, levando o 
paciente a se curvar para frente ou para um 
lado, é observada nos pacientes com hérnia 
discal lombar 
 Dor urente, acompanhada de intumescimento 
da mão, é uma queixa frequente nos pacientes 
com distrofia reflexo-simpática das 
extremidades. 
5. Padrão Articular 
 Início agudo X insidioso 
 Episódica X migratória X cumulativa 
(migratória melhora uma articulação e vai para 
outra). 
 Monoarticular (1 articulação) X Oligoarticular 
(2 a 4 articulações) X Poliarticular (>5 
articulações) 
 Simétrica X Assimétrica 
 Axial X Periférica 
6. Localização: epífise, diáfise, metáfise 
 
 Rigidez Pós Repouso 
É a rigidez matinal, que geralmente aparece em 
enfermidades inflamatórias. 
Resulta do acúmulo de substâncias produzidas 
pelo processo inflamatório nos locais acometidos. 
Artrite reumatoide > 1h. Artrose é mais rápida 
 Crepitação Articular 
Sinal de comprometimento da cartilagem 
articular. 
Resultado de uma degeneração, como artrose 
 Manifestações Sistemicas 
Doenças sistêmicas inflamatórias: artrite 
reumatóide, doença reumática, LES. 
 
EXAME FÍSICO 
Inspeção, palpação e movimentação. 
Paciente de pé, sentado ou deitado. Sentado com 
as mãos repousadas na coxa ou no leito, em estado 
de relaxamento. 
 Inspeção (homóloga) 
1. Aumento de volume 
2. Desalinhamento articular 
3. Deformidades 
4. Atrofia 
5. Nódulos 
6. Fístulas 
7. Rubor 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Palpação 
1. Aumento de volume 
2. Tumoração 
3. Crepiração 
4. Temperatura 
5. Hipersensibilidade 
Obs.: Crepitação articular  degeneração da 
cartilagem articular, crepitação óssea  fratura 
 Movimentação 
Verifica dor, grau de importância funcional 
1. Delicadeza 
2. Pesquisar movimento ativo e passivo 
3. Atentarse às reações do paciente 
4. Medir a amplitude em graus 
5. Analisar os limites de movimentação 
 
 Exame das Articulações 
1. Formato e Volume 
 Aumento de volume → edema de partes 
moles, derrames intra-articulares, 
espessamento da membrana sinovial e da 
cápsula articular, crescimento ósseo 
(osteófito), depósito de urato ou 
calcificações 
2. Posição das estruturas articulares 
3. Massas musculares 
 Atrofia mãos e pés: artrite reumatoide 
 Atrofia quadríceps: artrite dos joelhos 
4. Sinais Inflamatórios: artrite 
5. Estruturas Circunjacentes: neoplasias, fístulas 
6. Crepitação e estalidos 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
EXAMES LABORATORIAIS 
 Provas de Atividade Inflamatória 
Provas da fase aguda do soro, são muito úteis para 
esclarecer se um processo é inflamatório e se está 
em atividade- informação fundamental no 
planejamento terapêutico e no controle evolutivo. 
o Hemossedimentação 
o Mucoproteínas Séricas 
o Proteína C Reativa 
o Eletroforese das Proteínas 
o Dosagem do Complemento 
o Fibrinogênio 
o Ceruloplasmina 
 Provas “Específicas” 
São úteis na avaliação etiopatogênica e 
evolutiva quando associadas aos dados 
clínicos e apresentam considerável valor 
diagnóstico. 
o Anticorpos Antiestreptocócicos 
o Fatores Reumatoides 
o Fatores Antinucleares 
o Anticorpos Anticitoplasma de Neutrófilos 
o Ácido Úrico 
o Cristais de Pirofosfato de Cálcio 
o Ácido Homogentísico 
 Sistema Principal de 
Histocompatibilidade 
As células nucleadas do organismo 
apresentam, em suas membranas, antígenos 
que são responsáveis pela tolerância a 
transplantes. Por conveniência, são 
investigados nos leucócitos 
 Outros 
Hemograma, mielograma, teste de falcização, 
coagulograma, dosagem de enzimas, exames 
bacteriológicos, crioglobulinas, fosfatase 
alcalina, cálcio e fósforo. 
 Análise do Líquido Sinovial 
Maior quantidade reflete a presença de processo 
patológico. 
EXAMES POR IMAGEM 
Exames radiológicos, a ressonância magnética, a 
ultrassonografia e a artroscopia. 
ARTROSCOPIA e EXAMES 
HISTOPATOLÍGICOS 
Tais procedimentos são restritos aos casos sem 
diagnóstico pelos meios mais simples e 
incruentos. A artroscopia, que se afirma cada vez 
mais como recurso no diagnóstico e tratamento de 
lesões traumáticas do joelho, pode ser utilizada 
nas afecções mono articulares dessa articulação, 
possibilitando biopsia dirigida. 
 
 
 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
DOENÇAS DAS ARTICULAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA REUMÁTICA ou FEBRE 
REUMÁTICA 
 Hipersensibilidade Complicação tardia, 
não supurativa, estreptococcia 
 15 a 20 dias após amigdalite ou escarlatina 
 7 aos 15 anos 
 Sinais Maiores: poliartrite, cardite, coreia, 
eritema marginal e nódulos subcutâneos 
o 2 sinais maiores = doença reumática 
 Sinais menores: febre, bloqueio 
atrioventricular, hemossedimenta ção 
acelerada e presença de estreptococos 
beta-hemolíticos na rinofaringe 
o 1 maior e 2 menores = doença reumática 
 Seu substrato anatomopatológico é 
constituído de um processo inflamatório 
do tecido conjuntivo, com exsudato e 
proliferação celular 
DOENÇA REUMATOIDE ou ARTRITE 
REUMATÓIDE 
 Doença crônica mais prevalente no sexo 
feminino 
o 20 a 40 anos 
 Possui etiologia desconhecida 
 Inflamação articular que pode 
comprometer outros órgãos (pulmão, 
coração) 
 Autoimune 
 Quadro clínico: 
o Poliartrite (pode começar como uma 
monoartrite) 
o Rigidez matinal prolongada (>30 min). As 
articulações mais comprometidas são as 
das mãos, punhos, cotovelos e coluna 
cervical 
o Não migratória 
o Ocorre deformidades 
o Geralmente é bilateral e simétrico 
o Nódulos subcutâneos e sintomas gerais 
(anemia, cansaço, perda de apetite) 
o Limitação de movimentos 
Obs.: Artrite + incapacitação  Hiperplasia + 
hipertrofia dos tecidos sinoviais  Sinais 
Inflamatórios 
ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
 Doença sistêmica inflamatória 
 Acometem a coluna vertebral e 
articulações sacroilíacas 
 Mais comum em homens (3:1) 
 Abaixo de 40 anos 
 Início insidioso 
 Geralmente simétrico 
 O gene HLA-B27 aumenta 9x a chance de 
adquirir a doença 
 Quadro clínico: 
o Dor Lombar: melhora com repouso e 
piora com movimento. Início insidioso, 
dor noturme 
o Rigidez lombar 
 Testes utilizados: schober e patrick-fabere 
 
Schober → No mínimo 15 cm 
 
Patrick-fabere 
Obs: Pode ocorrer entesite que é inflamação dos 
ligamentos (40 a 70%) e artrite periférica (assimétrica, 
MMII) 
 
 
Crônico X Agudo 
Inflamatório X Não Inflamatório 
Monoarticular X Poliarticular 
Sintomas Associados ou não (febre, fadiga, 
anorexia, astenia, emagrecimento) 
Axial X Periférico 
Simétrico X Assimétrico 
Articulação pequena X Grande articulação 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
 Quadro clínico da coluna: 
o Dor, contratura, anquilose óssea: perda da 
mobilidade 
o Padrão do esquiador: Protrusão da cabeça, 
flexão do joelho, retifica coluna cervical, 
piora a cifose torácica e perde a lordose 
lombar. 
 
 Manifestações extra articulares: ocular, 
cardiovascular, renal e pulmonar 
 Obs: grandes articulações → joelho, 
quadril e ombro. 
ARTROSE 
 Doença articular degenerativa 
 Ambos os sexos, idade madura 
 Doença da cartilagem articular, não 
ocorrendo fenômenos inflamatórios 
sistêmicos, nem comprometimento do 
estado geral 
 Fatores de risco: idade, a obesidade, o 
clima, a dieta, os traços genéticos e as 
alterações da mecânica articular. 
 As articulações mais comprometidas são 
as que suportam peso, seguindo-se as 
interfalangeanas distais (nódulos de 
Heberden), as interfalangeanas proximais 
(nódulos de Bouchard), a 
metatarsofalangeana do primeiro dedo dos 
pés, as primeiras articulações 
carpometacarpianas e, eventualmente, as 
articulações temporomandibulares. 
 Dor, que piora aos movimento e ao 
levantar peso, rigidez articular, limitação 
de movimentos e crepitação 
 Nódulo proximal  nódulos de bouchard; 
nódulo distal  nódulo de heberden 
 
 
 
GOTA 
 Hiperuricemia e crises recidivantes de 
artrite aguda 
 Pode ser genética, fator autossômico 
dominante (primária) ou em detrimento da 
superprodução de ácido úrico (secundária) 
 Frequente em homens (10 : 1), aos 50 
anos. Mulheres sofres após menopausa 
 Manifestação: episódios de artrite aguda 
 Após a primeira crise, surgem crises 
poliarticulares 
 Hálux (mais comum), joelhos, punhos, 
cotovelos, lóbulo da orelha (raro) 
 
REUMATISMOS EXTRA ARTICULARES 
 Reumatismo de partes moles  
Comprometem tendões, bainhas 
tendinosas, bursas, músculos, fáscias e 
nervos 
 Processo inflamatório  Fibrose e 
calcificação 
 Tendinites, tenossinovites, bursites, 
capsulites ou periartrites, miosites, 
fibrosites e paniculites. 
 
 Tendinites 
 Inflamação dos tendões 
 Causas: traumas, uso excessivo 
 Dor localizada, aumento de volume, 
eritema, calor, sensibilidade 
 
1. Tendinite de ombro: acomete bíceps, sinal 
de yergason 
2. Tendinite de cotovelo: 
o Entesopatias: relação com práticas 
esportivas e profissões 
o Causa é isquemia 
o Epicondilite lateral: tenistas 
o Epitrocleíte medial: golfistas 
3. Tendinite de Punho: 
o Quervain → inflamação das bainhas do 
longo abdutor e do curto extensor do 
polegar → comum em mulheres → causa é 
uso excessivo → tendões comprimidos 
pela apófise estilóide e ligamento anular 
→ Manobra de Finkelstein (desvio ulnar 
forçado). 
 
Semiologia Isadora Furtado - XXIX 
4. Tenossinovite estenosante: nódulo impede 
o deslizamento do tendão, flexoresda mão 
 
 Bursites 
 Dor, aumento de volume e limitação de 
movimentos 
 Causa traumática 
 
1. Bursite subcromial: tendão do 
supraespinhoso inflama na passagem pela 
bursa subacromial 
o Rotação externa abdução são acometidas 
o Aumento de volume, sensibilidade, rubor 
2. Bursite do olecrano: 
o Causa traumática 
o Derrame articular 
o Unilateral 
o Dor leve 
o Sem limitação do cotovelo 
o Gota, artrite reumatoide e infecções podem 
causar bursite do olécrano 
3. Bursite trocantérica: dor e tumefação 
o Abdução e rotação do quadril agravam a 
dor 
4. Bursite ilopectínea: dor e aumento de 
volume no ligamento inguinal, lateral ao 
pulso femoral 
o Piora com a extensão e melhora com a 
flexão do quadril 
5. Bursite isquiática: causa dor 
6. Bursite pré patelar: ocupacional (hábito de 
ajoelhar) 
 
DOENÇAS DIFUSAS DO TECIDO 
CONJUNTIVO (DDTC) 
Grupo de afecções que têm como substrato 
histopatológico comum a modificação primária e 
generalizada da substância fundamental do tecido 
conjuntivo, como a chamada degeneração e 
necrose fibrinoide 
DDTC a doença reumática, a artrite reumatoide, o 
lúpus eritematoso disseminado, a esclerose 
sistêmica, as angiites necrosantes (poliarterite 
nodosa, angiites necrosantes por 
hipersensibilidade a medicamentos, angiites 
granulomatosas alérgicas, arterite temporal, 
polimialgia reumática, granulomatose de 
Wegener), a polimiosite, a dermatomiosite e a 
doença do soro e a síndrome de Sjõgren 
Comprometimento de todos os de rivados do 
mesênquima (vasos, serosas, articulações, 
músculos, rins, pulmões, tubo digestivo e tecido 
cutâneo), variando apenas a intensidade com que 
um ou outro compartimento é afetado 
LÚPUS ERITEMATOSO 
 Doença difusa do tecido conjuntivo 
 Inflamatório, prevalente em mulheres 18-
40 anos 
 Possui várias manifestações (polimorfismo 
sintomático) 
 Apresenta sintomas gerais, sistêmicas 
(renais e cardíacas), manifestações 
cutâneas (rash cutâneo, fotossensibilidade, 
lesão discóide) e artralgias. 
 Fisiopatologia e genética  resposta auto 
imune anormal  inflamação  danos.

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