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Semiologia Isadora Furtado - XXIX OSSOS Locomoção: ossos + articulações Relação com: músculos, sistema nervoso, vasos, intestino, fígado, rins e glândulas endócrinas. Osteoblastos: secretam a matriz que contém substância proteica que polimeriza para formar fibras colágenas, as quais passam a ser os constituintes principais dessa matriz recém-formada. A seguir, ocorre a precipitação de sais de cálcio nos interstícios dessa matriz. Osteoclastos: promovem reabsorção do osso e ação fagocitária. Osteócitos: promovem manutenção da matriz óssea. ANATOMIA Mesoderma: Forma modelos cartilaginosos (mecanismo endocondral) ou fibrosos (mecanismo membranoso) Secretam fosfatase alcalina (enzima de calcificação). Cartilagem Calcificada: Células morrem Formam túneis que vão ser ocupados pelos brotos mesenquimovasculares Diferenciação em osteoblastos Produzem osteóide que é depositado na parede dos túneis Osteoblastos secretam fosfatase alcalina, que calcifica o osteóide Formando a matriz tecidual. Modelo Cartilaginoso: Envolvido pelo pericôntrio Transforma em periósteo Diferenciação em osteoblasto e não condroblasto. Junção entre dois modelos cartilaginosos: espaço que irá formar a articulação. Tipos de Ossos 1. Osso Esponjoso (trabecular) 2. Osso Compacto (denso) Formato de Ossos 1. Longos (dos membros) 2. Curtos (das mãos e dos pés) 3. Chatos ou Planos (do crânio, esterno, escápula e ilíacos) 4. Cuboides (corpo vertebral, ossos do carpo e do tarso) 5. Irregulares (da face e vértebras) 6. Sesamoides (nódulos arredondados ou ovais que se desenvolvem em certos tendões) 7. Acessórios ou supranumerários (extras) Obs.: Ossos longos possuem epífise, metáfise e diáfise. Periósteo: Camada delgada que envolve os ossos, exceto as articulações Cortical: Camada de osso compacto que está no canal medular. É percorrida por vasos e nervos Esponjosa: Presente na metáfise e epífise. Formada por trabéculas que deixam espaços que são preenchidos por medula óssea Obs.: Esqueleto Humano = 80% cortical e 20% Esponjoso PTH Paratireóide Controle da hipocalcemia e hipovitaminose D Retira cálcio do osso para o sangue. Calcitonina Tireóide Controle da hipercalcemia Impedem a remoção de cálcio do osso. Semiologia Isadora Furtado - XXIX Cartilagem Articular: Recobre as superfícies das articulações. Não se calcifica. Possui a função de reduzir o atrito e amortecer choques Ligamentos: Fixam osso a osso Tendão: Fixam músculo a osso Medula Óssea: produção de sangue e células de defesa o Amarela: possui gordura, não tem função hematopoiética, ocupa ossos longos de adultos o Vermelha: extremidade superior do fêmur, úmeros, costelas, ilíacos, esterno e corpos vertebrais Vascularização: a metáfise é vascularizada pelo periósteo e a epífise não possui vasos Placa Epifisária: cartilagem de crescimento ou de conjugação – responsável pelo crescimento do osso em comprimento FISIOLOGIA Metabólica Manter a homeostase mineral nos limites da normalidade Equilíbrio entre deposição osteoblástica e reabsorção osteoclástica. Sistema da Membrana Osteocítica: remoção rápida de cálcio e de fosfato dos ossos Obs.: Enzimas utilizadas no diagnóstico das enfermidades ósseas: Fosfatase alcalina: quebra os ésteres do fósforo, liberando íon fosfato, que com cálcio deposita se nos ossos ou cartilagens. É produzida no fígado, rins, ossos e intestinos. Fosfatase ácida: a partir dos osteoclastos, está relacionada com a reabsorção. É produzida na próstata e no osso. Mecânica A cortical do osso resiste a pressões e a esponjosa distribui o peso do corpo. Propriedades: dureza e elasticidade Hemopoética Os elementos sanguíneos têm origem em 2 tipos de tecidos da medula óssea: Tecido mieloide, do qual se originam os eritrócitos, os granulócitos, as plaquetas e os monócitos Tecido linfoide, do qual se originam os linfócitos e os monócitos. O tecido linfoide é encontrado também na mucosa intestinal, nas vias respiratórias, em linfonodos, no baço e no timo. PTH Hipocalcemia Paratireóide PTH (age nos rins estimulando a liberação de 1,25 (OH)2 D Reabsorção de cálcio e fósforo no intestino. Resposta imediata do PTH Estimula o osteócito(retirar cálcio e fósforo dos ossos e lançam no sangue). Resposta tardia do PTH Estimula os osteoclastos (retirar cálcio e fósforo dos ossos e lançam no sangue). Calcitonina Hipercalcemia Tireóide Células C Calcitonina Inibe a reabsorção. Metabolismo Vit D Vit D Fígado (primeira hidroxilação) 25 (OH)D Rim (segunda hidroxilação) 1,25 (OH)2D (metabólito ativo que atua no intestino e no osso. Semiologia Isadora Furtado - XXIX ANAMNESE 1. Idade Osteoporose, condrossarcoma e metástases Idosos Raquitismo, Calvé – Legg – Perthes, Osgood – Schlatter, osteomielite, histiocitose e osteossarcoma Crianças jovens 2. Sexo Osteoporose Mulheres 3. Raça 4. Profissão 5. Procedência Osteocondrite de quadril Homens Mediterrâneo Talasssemia SINAIS E SINTOMAS Dor, deformidades e sintomas gerais Dor Óssea 1. Localização: epifisária, metafisária ou diafisária Epifisária: geralmente no osso subcondral, em doenças inflamatórias e degenerativas (artrites infecciosas, artrose avançada) Metafisárias: geralmente nas neoplasias, artrites infecciosas e traumáticas Diáfises: geralmente de fraturas, posturais e alterações mecânicas 2. Duração: aguda ou crônica 3. Intensidade: grande ou moderada Grande: infecções e traumas Moderada: neoplasias benignas, doenças metabólicas e alteração postural 4. Caráter: profunda, surda e intensa; contínua e sem irradiação 5. Fatores Agravantes ou Atenuantes: Intensificada pela palpação Melhora com uso de AINEs, ácido acetilsalicílico (neoplasia benigna e osteoma) Obs.: Dor mecânica piora com o movimento; dor inflamatória melhora com o movimento (espondilite, anquilosante, na coluna vertebral) e doenças degenerativas pioram no início do movimento e melhoram no decorrer dele. Deformidades ósseas Resultado de malformação congênita ou uma condição adquirida Indicam uma doença de longa duração. Caroços ou Tumefações Deformidades únicas (doenças infecciosas ou sequelas de fraturas mal consolidadas) ou múltiplas Deformidades podem originar-se na junção osteoarticular quando há varismo ou valgismo de tornozelos ou joelhos, nos pacientes que apresentam alterações mecânicas, posturais, sequelas de fratura, infecções piogênicas, tuberculose, sífilis ou nos casos de artrite reumatoide em estágios avançados Deformidades da coluna vertebral: cifose, escoliose e cifoescoliose Sintomas gerais Osteomielite: febre alta e anorexia Doença de Paget: ICC EXAME FÍSICO Inspeção, palpação e mobilidade de cada segmento Paciente na posição de pé, sentada e deitada Exame dos segmentos homólogos para comparação Alteração de marcha: deformidades, como verismo ou valvismo dos joelhos, lesões dos tornozelos ou desvio lateral da coluna vertebral Inspeção Aumento de um segmento ósseo Palpação Aumento de volume: consistência, formato, localização, tamanho e relação com tecidos moles Sinais flogísticos: edema, calor e rubor. Podemsugerir osteomielite Presença de fístulas: infecção crônica (tuberculose, sífilis ou micose) Aumento de volume com consistência dura: cistos ósseos, neoplasias, osteossarcoma, osteocondroma Presença de crepitação: fratura Obs.: Palpação muito dolorosa é indicativo de osteomielite, neoplasias malignas e fraturas. Semiologia Isadora Furtado - XXIX EXAMES COMPLEMENTARES Exames Radiológicos Radiografia simples: analisa partes moles, textura óssea, modelamento do osso e reação periosteal. o Modelamento ósseo: análise do formato do osso. Alterações podem indicar displasias, infecções e alteração mecânica. o Reação periosteal: normalmente não visualiza o periósteo no raio X. A reação periosteal ocorre quando é possível sua visualização (10 a 15 dias depois que o periósteo é deslocado da cortical). Tomografia computadorizada: Análise de comprometimento osteoarticular. Define com nitidez alterações na textura óssea Ressonância Magnética: Alta resolução Reconhecimento preciso de lesões, infecções, neoplasias e distúrbios metabólicos. Cintilografia Óssea: Importante para complemento dos exames radiológicos e na pesquisa de lesões iniciais. A principal indicação é pesquisa de metástase, detecção precoce osteomielite, avaliação de traumas, avaliação de tumores, avaliação da extensão de distúrbios reumáticos, diferenciação entre soltura e infecção em próteses, avaliação vascular. Densitometria Óssea: Quantifica a massa óssea Diagnóstico de osteoporose. Exames Laboratoriais: Hemograma: osteomielite, anemia VHS aumentado: indica infecção Dosagem do cálcio e fósforo séricos e urinários: osteopatia secundária a distúrbios metabólicos. Enzima fosfatase alcalina: monitora grau de neoformidade óssea. o Diagnóstico doença óssea de Paget e neoplasias Enzima ácida: determina proliferação osteoclástica. o Diagnóstico metástases secundária à neoplasia maligna da próstata. Mielograma e Citologia: Análise da medula óssea Diagnóstico de mieloma múltiplo Biópsia: Avaliação Histopatológica DOENÇAS DOS OSSOS DISPLASIAS ÓSSEAS Distúrbio no desenvolvimento dos ossos Causa genética. 1. Displasias Epifisárias: alteram primeiramente o desenvolvimento das epífises dos ossos longos. o Doença de Morquio: doença do metabolismo dos carboidratos. Impede o crescimento da coluna da criança o Displasia Epifisária Múltipla: geralmente a criança é natimorto ou morre no primeiro ano de vida 2. Displasias Fisiais: afetam todos os ossos que apresentem cartilagem de crescimento, incluindo os ossos longos, a base do crânio, os pedículos vertebrais e a cartilagem trirradiada do osso ilíaco. o Acondroplasia: hipoplasia da zona de multiplicação da físis o Encondromatose ou Doença de Ollier: excesso de cartilagem hipertrófica o Síndrome de Maffucci: encondromatose associada a hemangiomas múltiplos em outros órgãos 3. Displasias Metafisárias: o Osteopetrose ou Doença de Albers- Schonberg: congênita ou tardia o Osteocondromatose ou Exostose múltipla hereditária: múltiplas lesões, com base na metáfise o Condrossarcoma: degeneração maligna 4. Displasias Diafisárias: afeta o processo de osteogênese. Semiologia Isadora Furtado - XXIX DISTROFIAS ÓSSEAS Doenças caracterizadas pela mineralização insuficiente de cartilagem, ou matriz óssea, recentemente formadas. 1. Osteomalacia: amolecimento ósseo. o Excessiva formação óssea com calcificação inadequada, devido à deficiência de vit d 2. Raquitismo: deficiência de vit D em crianças. o Dor e deformidades dos ossos, incluindo protuberância frontal, curvamento progressivo dos membros inferiores, fraturas e anormalidades dentárias Sinais: alargamento da cartilagem de crescimento; diminuição da densidade óssea; encurvamento dos ossos longos; alargamento das metáfises; pseudofraturas (zonas de Looser). ALTERAÇÕES METABÓLICAS 1. Hiperparatireoidismo: secreção excessiva do PTH osteócito reabsorção óssea grande atividade osteoclástica o Calcemia elevada; fosfatemia baixa; fosfatase alcalina elevada ou normal; PTH elevado o A grande atividade dos osteoclastos provocam porosidades e lesões, que podem ser preenchidas por líquido (osteíte fibrocística) ou tecido (tumor pardo). o O sinal patognomônico é a ação dos osteoclastos na cortical externa do osso, reabsorção subperiosteal, mais comum nas falanges. Sintomas: fraqueza muscular, fadiga, polidipsia, poliúria, anorexia e náuseas - podem ser percebidas ao lado de sintomas psiquiátricos como depressão, irritabilidade e surtos psicóticos. Cálculo renal e nefrocalcinose são achados frequentes. Sinais Radiológicos: porose óssea; reabsorção subperiosteal (principalmente em falanges); lesões ósseas líticas; calcificações periarticulares e da cartilagem articular (condrocalcinose) 2. Escorbuto: deficiência de vitamina C (produção de colágeno). o É uma formação deficiente de colágeno, inclusive do osteóide. Assim, diminui as trabéculas ósseas na metáfise, facilitando fraturas. o Crianças de até 2 anos, que se alimentam com leite fervido/pasteurizado, que destroem a vitamina C. o Deficiência na destruição de zona de calcificação de zona provisória o paciente forma esporões ao redor dos ossos. Sintomas: perda de apetite, hemorragias mucosas, dificuldade de ganhar peso e indiferença ao meio. Sinais radiológicos: hematoma subperiosteal e densidade óssea diminuída (em virtude da deficiência da formação do osteóide). 3. Osteoporose: diminuição de massa óssea, perda de conteúdo mineral e deterioração do osso Perda da densidade do esqueleto (predomínio da reabsorção). o Maior incidência em brancos asiáticos. Maior incidência de fraturas em mulheres (4:1). Classificação: Primária ou idiopática: osteoporose pós- menopausa, osteoporose senil e osteoporose juvenil idiopática lnvolutiva: tipo I ou pós-menopausa (mulheres – diminuição do estrogênio) e tipo lI ou senil (homens – após 60 aons) Secundária: Hábitos de vida - endócrina (excesso de glicocorticoide, hiperparatireoidismo), imobilização (desuso, inflamação, desnervação), infiltração (mieloma, metástase) e má nutrição (deficiência alimentar, má absorção intestinal, alcoolismo). Sintomas: fraturas Sinais Radiológicos: diminuição da densidade do esqueleto; afinamento da cortical e do osso subcondral; rarefação trabecular dos ossos esponjosos; fraturas. Padrão Ouro: densitometria óssea Obs.: coluna vertebral comprometida pode ocorrer cifose / dosagem de cálcio em osteoporose é normal. Altera em desnutrição, doença renal, neoplasia e hiperparatireoidismo. Deficiência de Vit D Deficiência de ingestão Deficiência na absorção Deficiência de metabolização hepática Deficiência de metabolização renal Semiologia Isadora Furtado - XXIX 4. Doença de Paget: impede a substituição do tecido ósseo antigo pelo novo. o Áreas de osso expandido e mole Sintomas: dor, deformidade, artrite de repetição, compressão nervosa dolorosa (trigêmeo por exemplo e radiculopatia na coluna), arqueamento dos ossos Sinais Radiológicos: indicam deformidade óssea INFECÇÕES ÓSSEAS 1. Osteomielite Bacteriana: é a infecção de um osso com comprometimento do canal medular, do componente esponjoso e da cortical. o Via hematogênica: bactérias chegam ao osso pelo sangue, a partir de um foco na pele ounos pulmões bactéria aloja-se na metáfise (maior vascularização e circulação terminal) o Via inoculação direta (noo local de traumatismo ou frarura) - osteomielite pós- traumática - ou por extensão por contiguidade (em pacientes diabéticos com infecção nos pés ou naqueles com úlcera de decúbito). o Agentes: Stafilococcus aureus, Streptococcus, gram – o Ossos comprometidos: úmero, fêmur, tíbia Fase Aguda Manifestações: febre, dor, aumento de temperatura e volume Exame radiológico: normal ou pouco expressivo. Alterações ósseas surgem 2 a 3 semanas depois Pode ocorrer abscesso subperiosteal punção Staphylococcus aureus Fase Crônica Manifestações: relata uma história de semanas ou meses, o membro é doloroso, pele infiltrada, trajetos fistulosos. Exame radiológico: aumento das partes moles, reação periosteal sólida ou em camadas, lesão óssea permeativa, sequestro, lesões osteolíticas, esclerose óssea, deformidades ósseas. Exames Hemossedimentação: aumentada Bacterioscopia e cultura: positiva apenas em 50%. As amostras devem ser coletadas antes do uso do antibiótico. Tomografia: proliferação periosteal Ressonância magnética: avaliar a extensão da infecção quando o radiológico não é suficiente. Cintilografia óssea: sensível para o diagnóstico nas 2 primeiras semanas. Mortalidade e morbidade são altas. Geralmente é complicação cirúrgica. Sinais radiológicos: aumento de partes moles, reação periosteal, lesão óssea, esclerose óssea, deformidade. 2. Osteomielite Sifilítica: congênita (quarto mês de gestação) ou adquirida. o Agente: Treponema pallidum, através da via sanguínea o Recém nascidos: lesões ósseas, hepatomegalia, rinite com sangue, lesões cutâneas, Parrot e pseudoparalisia manifestação em joelhos e ombros simétrico e bilateral o Patognóstico: Sinal de Wimberger Sinais Radiológicos: metafisite, periostite e diafisite Maior que 1 ano: alteração radiológica maior na tpibia, espessamento da cortical, sorologia, respondem bem ao tratamento 3. Blastomicose Óssea: o Agente: Paracoccidioides brasiliensis - Acomete vários órgãos, como o esqueleto o O fungo chega por via hematogênica o Exame mais importante é a pesquisa direta do fungo em material coletado na lesão o Sinais radiológicos: lesões osteolíticas do tipo numular, lesões osteolíticas com má definição, lesões com aspecto moteado o Os ossos mais afetados: clavícula, acrômios, costelas, ossos dos membros e ilíacos. o A manifestação esquelética pode ser a única manifestação do fungo. Semiologia Isadora Furtado - XXIX NEOPLASIAS ÓSSEAS Benignas (circunscritas e geralmente encapsuladas, crescem lentamente, apenas comprimem os órgãos vizinhos sem os invadir, não metastatizam nem recidivam após extirpação completa) ou malignas (crescem rapidamente, invadem e destroem os tecidos vizinhos, têm o poder de dar metástase e podem recidivar após extirpação aparentemente completa). 1. Neoplasias Formadoras de Osso Benignas o Osteoma: crânio e face. Assintomático e não necessita de tratamento o Osteoblastoma: raro e ocorre, geralmente, na coluna vertebral de jovens o Osteoma Osteoide: dor mais intensa à noite. Frequente em crianças e adolescentes, acometendo fêmur e tíbia, sendo diafisária Malignas o Osteossarcoma ou Sarcoma Osteogênico: frequente na segunda década de vida. Consistência endurecida, limites imprecisos, com aumento da temperatura da pele. Ocorre, geralmente, no terço inferior do fêmur e o superior da tíbia 2. Neoplasias Formadoras de Cartilagem Benignas o Osteocondroma: solitária ou múltipa (osteocondromatose). Aumento de colume localizado, duro e indolor o Condroma: no canal medular do osso (encondroma) ou na cortical (condroma cortical) ou no periósteo (condroma periosteal). Frequente nos dedos das mãos, na quarta década de vida o Condroma Fibromixoide: rara, frequente em jovens, com dor. Acomete mais a tíbia, a lesão não se calcifica o Condroblastoma: frequente na segunda década de vida, com dor, na parte superior do úmero, inferior do fêmur e inferior da tíbia, epífise Malignas o Condrossarcoma: frequente em idosos, ossos longos, ilíaco e costela. 3. Neoplasias da Medula Óssea: todas malignas o Mieloma Múltiplo: frequente em homens acima dos 40 anos, neoplasia primária do osso o Sarcoma de Ewing: frequente na segunda década de vida, em ossos chatos ilíaco e escápula e longos, como tíbia e fêmur o Linfomas (reticulossarcoma): enfermidade dos gânglios linfáticos 4. Neoplasias de Células Gigantes: entre os 20 e 40 anos de idade. Frequente na extremidade inferior do fêmur, superior da tíbia, inferior do rádio e superior do úmero. Dor surda ou intermitente 5. Neoplasias dos Maxilares: neoplasias odontogênicas ou não odontogênicas o Ameloblastoma: entre 30 e 40 anos o Cistos dos Maxilates: dor e abaulamento da região afetada LESÕES PSEUDONEOPLÁSICAS Não são consideradas neoplasias, porque não exibem proliferação tecidual, mas se confundem com as verdadeiras. 1. Cisto Ósseo Simples ou Juvenil: comum em crianças e adolescentes, assintomático, em terço superior do úmero e fêmur, fíbula e tíbia 2. Cisto Ósseo Aneurismático: crianças, adolescentes e adultos jovens. Frequente na coluna vertebral e nos ossos longos. 3. Displasia Fibrosa: acomete um osso ou mais de um osso ou associada a distúrbios endócrinos 4. Fibroma Não Ossificante: defeito fibroso cortical e xantoma. Frequente em adolescente, no terço inferior do fêmur, superior da tíbia e fíbula e o terço inferior da tíbia 5. Histiocitose X: proliferação histiocitária com quantidades variáveis de lipídeos (doença de Latterer – Siwe, Doença de Hand Schuller-Christian, Granuloma eosinófilo) 6. Tumor Pardo do Hiperparatireoidismo: aumento do PTH (descalcificação do esqueleto, causando hipercalcemia Semiologia Isadora Furtado - XXIX OSTEOCONDRITES Afecções de causa desconhecida, não inflamatórias, que se manifestam nos núcleos de ossificação epifisária e apofisária. 1. Osteocondrite do Quadril ou doença de Calvé-Leggs-Perthes o Entre 3 e 11 anos, frequente no homem o Dor localizada na articulação coxofemoral comprometida (podendo o processo ser bilateral) e limitação dos movimentos de abdução e de rotação. Atrofia muscular e encurtamento do membro são manifestações tardias o Exame radiológico é fundamental 2. Apofisite Tibial Anterior ou doença de Osgood-Schlatter o Entre 10 e 15 anos, frequente no homem o Dor e aumento de volume no nível da extremidade da tíbia o Inflamação da cartilagem da tíbia e do joelho 3. Cifose Juvenil ou doença de Scheuermann o Entre 12 e 18 anos o Dor nas costas, cifose + hiperlordose lombar e cervical 4. Osteonecrose Idiopática do Escafoide Tarsiano 5. Osteonecrose Asséptica da Cabeça Do 2º Metatarsiano 6. Osteonecrose Asséptica do Semilunar 7. Osteonecrose da Epífise Posterior do Calcâneo 8. Osteocondrite Deformante da Tíbia DOENÇA ÓSSEA DE PAGET É um distúrbio crônico no tecido ósseo, no qual se verifica, inicialmente, reabsorção excessiva mediada por osteoclastos, seguida de invasão da medula adjacente por tecido fibroso com intensa vascularização. Pode comprometer vários ossos (tipo poliostótico) ou apenas um osso (tipo monostótico). A evolução, geralmente, é lenta, às vezes levando anos o Osteoclastos reabsorvem o osso rapidamente aumento da atividade osteoblástica = pool de cálcio (aumenta necessidadepelo osso dos minerais) o Frequente em vértebras lombares, sacro, crânio, tíbia e fêmur FRATURAS Alteração da arquitetura óssea – trauma. o Epidemiologia: envelhecimento da população e violência de agentes externos, como brigas Avaliação Características e localização precisa da dor Grau de limitação e amplitude dos movimentos Grau do edema envolvendo o membro (avalie risco de síndrome compartimental) Deformidades e desvios da função Grau de lesões neurológicas e vasculares Características das lesões de pele (fraturas fechadas ou expostas) Hematomas e equimoses Crepitações ósseas Complicações Imediatas: lesões neurovasculares, síndrome compartimental, perfurações de órgãos, lesões da medula espinal, tromboembolismo, embolia gordurosa, hemorragia retroperitoneal por instabilidade pélvica e até mesmo morte Tardias: deformidades como encurtamentos, rotações e consolidações viciosas, infecções, artrite pós-traumática, rigidez articular, ossificação heterotópica, retardo de consolidação, pseudoartrose, osteonecrose e distrofia simpático-reflexa Tipos Trauma Contusão Entorse: lesão capsuloligamentar Luxação: perda de congruência na articulação Fratura: alteração da macro e/ou microarquitetura óssea Semiologia Isadora Furtado - XXIX ARTICULAÇÕES ANATOMIA Articulação ou junta é uma região anatômica que estabelece a contiguidade entre ossos ou cartilagens, possibilitando que o movimento seja direcionado nesse segmento União de dois ou mais ossos. 1. Fibrosa: dificultam o movimento 2. Cartilaginosa: auxilia o aparelho locomotor 3. Sinovial: auxilia o aparelho locomotor (rica em mais elementos, propiciando doenças) o Componentes: cápsula, membrana sinovial e cartilagem de revestimento. o Em algumas articulações possui meniscos fibrocartilaginosos entre as cartilagens. o Externamente possui tendões, ligamentos e músculos. o Na cavidade articular possui o líquido sinovial que nutre e lubrifica, diminuindo atrito e desgaste. Todos os componentes de uma articulação são formados de tecido conjuntivo, portanto, de origem mesenquimal. Tecido conjuntivo: função de enchimento e participação nas atividades metabólicas; constituído de fibras colágenas, elásticas e reticulares Estrutura Componentes de uma articulação sinovial típica são: cartilagem, epífises ósseas, cápsula articular e membrana sinovial e bolsas serosas. Cartilagem: nutrição feita pelo líquido sinovial, não se regenera, amortecedora (formada por colágeno, proteoglicanos). Epífises: Extremidade óssea revestida por cartilagem, funciona como ponto de apoio para alavanca. Região muito vascularizada e inervada. Cápsula articular: camada mais externa formada por fibras colágenas espessas. Atua na estabilidade articular. No lado interno da cápsula está a membrana sinovial. Membrana sinovial: possui os sinoviócitos que secretam o líquido sinovial, que nutre e lubrifica a cartilagem. Há 3 tipos de membrana: fibroso, adiposo e areolar o Funções: manutenção da estabilidade articular; sede de receptores de sensibilidade; fagocitose e depuração; produção de líquido sinovial; produção de nutrientes; regulação da passagem de proteínas e lipídios para a cavidade articular; barreira de filtração e de trocas entre a cavidade articular e os tecidos; regeneração tecidual. Bursas ou Bolsas Serosas: são bolsas localizadas perto das articulações, facilitam a movimentação, tornando o movimento suave e sem atrito, por meio do deslizamento de um tecido sobre o outro com um mínimo de fricção. As mais importantes do ponto de vista clínico são: joelho, ombro, cotovelo, coxofemorais. o Podem surgir devido ao estresse e as existentes podem hipertrofiar o 78 de cada lado do corpo o São pouco vascularizadas, por isso os sinais de inflamação não são evidentes. ○ Quando inflamadas, acumulam líquido. o A hipertrofia pode causar a comunicação de bursas e articulações → bursa iliopsoas e articulação coxofemoral, bursa subacromial e articulação glenoumeral e a bursa do gastrocnêmio ou do semimembranoso com o joelho. Tipos 1. Imóveis: fixadas por tecido fibroso 2. Ligeiramente móveis: sínfises, fixa os ossos através de uma estrutura fibrocartilaginosa 3. Móveis ou sinoviais: fixadas por cartilagem Semiologia Isadora Furtado - XXIX EXAME CLÍNICO ANAMNESE 1. Sexo Lúpus Eritematoso disseminado, esclerodermia, osteoporose Mulher Gota e poliartrite nodosa Homem 2. Idade Febre Reumática e osteomielite Crianças e adolescentes Espondilite anquilosante da puberdade aos 40 anos Gota, doenças neoplásicas, osteoporose e artrose > 45 anos 3. Etnia Doença dos Pezinhos Portugal 4. Procedência 5. Profissão Peso disposição à lombociatalgia SINAIS E SINTOMAS Dor (artralgia) Ocorrência de sinais inflamatórios (artrite) Rigidez pós-repouso Crepitação articular Manifestações sistêmicas, principalmente febre, astenia, perda de peso e anorexia. Dor (Artralgia) 1. Cronologia Aguda – até 2 semanas: gota, bursite, artrite séptica Subaguda – 2 a 4 semanas Crônica - > 4 semanas: artrite reumatoide, artrose 2. Peso ou Cruciante Peso: artrose Cruciante: gota, artrite séptica 3. Sintomas Associados Parestesias (formigamento) Compressão de nervos na região do punho Síndrome do Túnel do Carpo 4. Influencia dos Movimentos Movimentos de abdução e rotação interna do braço agravam a dor no ombro, a primeira hipótese é de bursite ou tendinite do ombro Contratura da musculatura lombar, levando o paciente a se curvar para frente ou para um lado, é observada nos pacientes com hérnia discal lombar Dor urente, acompanhada de intumescimento da mão, é uma queixa frequente nos pacientes com distrofia reflexo-simpática das extremidades. 5. Padrão Articular Início agudo X insidioso Episódica X migratória X cumulativa (migratória melhora uma articulação e vai para outra). Monoarticular (1 articulação) X Oligoarticular (2 a 4 articulações) X Poliarticular (>5 articulações) Simétrica X Assimétrica Axial X Periférica 6. Localização: epífise, diáfise, metáfise Rigidez Pós Repouso É a rigidez matinal, que geralmente aparece em enfermidades inflamatórias. Resulta do acúmulo de substâncias produzidas pelo processo inflamatório nos locais acometidos. Artrite reumatoide > 1h. Artrose é mais rápida Crepitação Articular Sinal de comprometimento da cartilagem articular. Resultado de uma degeneração, como artrose Manifestações Sistemicas Doenças sistêmicas inflamatórias: artrite reumatóide, doença reumática, LES. EXAME FÍSICO Inspeção, palpação e movimentação. Paciente de pé, sentado ou deitado. Sentado com as mãos repousadas na coxa ou no leito, em estado de relaxamento. Inspeção (homóloga) 1. Aumento de volume 2. Desalinhamento articular 3. Deformidades 4. Atrofia 5. Nódulos 6. Fístulas 7. Rubor Semiologia Isadora Furtado - XXIX Palpação 1. Aumento de volume 2. Tumoração 3. Crepiração 4. Temperatura 5. Hipersensibilidade Obs.: Crepitação articular degeneração da cartilagem articular, crepitação óssea fratura Movimentação Verifica dor, grau de importância funcional 1. Delicadeza 2. Pesquisar movimento ativo e passivo 3. Atentarse às reações do paciente 4. Medir a amplitude em graus 5. Analisar os limites de movimentação Exame das Articulações 1. Formato e Volume Aumento de volume → edema de partes moles, derrames intra-articulares, espessamento da membrana sinovial e da cápsula articular, crescimento ósseo (osteófito), depósito de urato ou calcificações 2. Posição das estruturas articulares 3. Massas musculares Atrofia mãos e pés: artrite reumatoide Atrofia quadríceps: artrite dos joelhos 4. Sinais Inflamatórios: artrite 5. Estruturas Circunjacentes: neoplasias, fístulas 6. Crepitação e estalidos EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES LABORATORIAIS Provas de Atividade Inflamatória Provas da fase aguda do soro, são muito úteis para esclarecer se um processo é inflamatório e se está em atividade- informação fundamental no planejamento terapêutico e no controle evolutivo. o Hemossedimentação o Mucoproteínas Séricas o Proteína C Reativa o Eletroforese das Proteínas o Dosagem do Complemento o Fibrinogênio o Ceruloplasmina Provas “Específicas” São úteis na avaliação etiopatogênica e evolutiva quando associadas aos dados clínicos e apresentam considerável valor diagnóstico. o Anticorpos Antiestreptocócicos o Fatores Reumatoides o Fatores Antinucleares o Anticorpos Anticitoplasma de Neutrófilos o Ácido Úrico o Cristais de Pirofosfato de Cálcio o Ácido Homogentísico Sistema Principal de Histocompatibilidade As células nucleadas do organismo apresentam, em suas membranas, antígenos que são responsáveis pela tolerância a transplantes. Por conveniência, são investigados nos leucócitos Outros Hemograma, mielograma, teste de falcização, coagulograma, dosagem de enzimas, exames bacteriológicos, crioglobulinas, fosfatase alcalina, cálcio e fósforo. Análise do Líquido Sinovial Maior quantidade reflete a presença de processo patológico. EXAMES POR IMAGEM Exames radiológicos, a ressonância magnética, a ultrassonografia e a artroscopia. ARTROSCOPIA e EXAMES HISTOPATOLÍGICOS Tais procedimentos são restritos aos casos sem diagnóstico pelos meios mais simples e incruentos. A artroscopia, que se afirma cada vez mais como recurso no diagnóstico e tratamento de lesões traumáticas do joelho, pode ser utilizada nas afecções mono articulares dessa articulação, possibilitando biopsia dirigida. Semiologia Isadora Furtado - XXIX DOENÇAS DAS ARTICULAÇÕES DOENÇA REUMÁTICA ou FEBRE REUMÁTICA Hipersensibilidade Complicação tardia, não supurativa, estreptococcia 15 a 20 dias após amigdalite ou escarlatina 7 aos 15 anos Sinais Maiores: poliartrite, cardite, coreia, eritema marginal e nódulos subcutâneos o 2 sinais maiores = doença reumática Sinais menores: febre, bloqueio atrioventricular, hemossedimenta ção acelerada e presença de estreptococos beta-hemolíticos na rinofaringe o 1 maior e 2 menores = doença reumática Seu substrato anatomopatológico é constituído de um processo inflamatório do tecido conjuntivo, com exsudato e proliferação celular DOENÇA REUMATOIDE ou ARTRITE REUMATÓIDE Doença crônica mais prevalente no sexo feminino o 20 a 40 anos Possui etiologia desconhecida Inflamação articular que pode comprometer outros órgãos (pulmão, coração) Autoimune Quadro clínico: o Poliartrite (pode começar como uma monoartrite) o Rigidez matinal prolongada (>30 min). As articulações mais comprometidas são as das mãos, punhos, cotovelos e coluna cervical o Não migratória o Ocorre deformidades o Geralmente é bilateral e simétrico o Nódulos subcutâneos e sintomas gerais (anemia, cansaço, perda de apetite) o Limitação de movimentos Obs.: Artrite + incapacitação Hiperplasia + hipertrofia dos tecidos sinoviais Sinais Inflamatórios ESPONDILITE ANQUILOSANTE Doença sistêmica inflamatória Acometem a coluna vertebral e articulações sacroilíacas Mais comum em homens (3:1) Abaixo de 40 anos Início insidioso Geralmente simétrico O gene HLA-B27 aumenta 9x a chance de adquirir a doença Quadro clínico: o Dor Lombar: melhora com repouso e piora com movimento. Início insidioso, dor noturme o Rigidez lombar Testes utilizados: schober e patrick-fabere Schober → No mínimo 15 cm Patrick-fabere Obs: Pode ocorrer entesite que é inflamação dos ligamentos (40 a 70%) e artrite periférica (assimétrica, MMII) Crônico X Agudo Inflamatório X Não Inflamatório Monoarticular X Poliarticular Sintomas Associados ou não (febre, fadiga, anorexia, astenia, emagrecimento) Axial X Periférico Simétrico X Assimétrico Articulação pequena X Grande articulação Semiologia Isadora Furtado - XXIX Quadro clínico da coluna: o Dor, contratura, anquilose óssea: perda da mobilidade o Padrão do esquiador: Protrusão da cabeça, flexão do joelho, retifica coluna cervical, piora a cifose torácica e perde a lordose lombar. Manifestações extra articulares: ocular, cardiovascular, renal e pulmonar Obs: grandes articulações → joelho, quadril e ombro. ARTROSE Doença articular degenerativa Ambos os sexos, idade madura Doença da cartilagem articular, não ocorrendo fenômenos inflamatórios sistêmicos, nem comprometimento do estado geral Fatores de risco: idade, a obesidade, o clima, a dieta, os traços genéticos e as alterações da mecânica articular. As articulações mais comprometidas são as que suportam peso, seguindo-se as interfalangeanas distais (nódulos de Heberden), as interfalangeanas proximais (nódulos de Bouchard), a metatarsofalangeana do primeiro dedo dos pés, as primeiras articulações carpometacarpianas e, eventualmente, as articulações temporomandibulares. Dor, que piora aos movimento e ao levantar peso, rigidez articular, limitação de movimentos e crepitação Nódulo proximal nódulos de bouchard; nódulo distal nódulo de heberden GOTA Hiperuricemia e crises recidivantes de artrite aguda Pode ser genética, fator autossômico dominante (primária) ou em detrimento da superprodução de ácido úrico (secundária) Frequente em homens (10 : 1), aos 50 anos. Mulheres sofres após menopausa Manifestação: episódios de artrite aguda Após a primeira crise, surgem crises poliarticulares Hálux (mais comum), joelhos, punhos, cotovelos, lóbulo da orelha (raro) REUMATISMOS EXTRA ARTICULARES Reumatismo de partes moles Comprometem tendões, bainhas tendinosas, bursas, músculos, fáscias e nervos Processo inflamatório Fibrose e calcificação Tendinites, tenossinovites, bursites, capsulites ou periartrites, miosites, fibrosites e paniculites. Tendinites Inflamação dos tendões Causas: traumas, uso excessivo Dor localizada, aumento de volume, eritema, calor, sensibilidade 1. Tendinite de ombro: acomete bíceps, sinal de yergason 2. Tendinite de cotovelo: o Entesopatias: relação com práticas esportivas e profissões o Causa é isquemia o Epicondilite lateral: tenistas o Epitrocleíte medial: golfistas 3. Tendinite de Punho: o Quervain → inflamação das bainhas do longo abdutor e do curto extensor do polegar → comum em mulheres → causa é uso excessivo → tendões comprimidos pela apófise estilóide e ligamento anular → Manobra de Finkelstein (desvio ulnar forçado). Semiologia Isadora Furtado - XXIX 4. Tenossinovite estenosante: nódulo impede o deslizamento do tendão, flexoresda mão Bursites Dor, aumento de volume e limitação de movimentos Causa traumática 1. Bursite subcromial: tendão do supraespinhoso inflama na passagem pela bursa subacromial o Rotação externa abdução são acometidas o Aumento de volume, sensibilidade, rubor 2. Bursite do olecrano: o Causa traumática o Derrame articular o Unilateral o Dor leve o Sem limitação do cotovelo o Gota, artrite reumatoide e infecções podem causar bursite do olécrano 3. Bursite trocantérica: dor e tumefação o Abdução e rotação do quadril agravam a dor 4. Bursite ilopectínea: dor e aumento de volume no ligamento inguinal, lateral ao pulso femoral o Piora com a extensão e melhora com a flexão do quadril 5. Bursite isquiática: causa dor 6. Bursite pré patelar: ocupacional (hábito de ajoelhar) DOENÇAS DIFUSAS DO TECIDO CONJUNTIVO (DDTC) Grupo de afecções que têm como substrato histopatológico comum a modificação primária e generalizada da substância fundamental do tecido conjuntivo, como a chamada degeneração e necrose fibrinoide DDTC a doença reumática, a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso disseminado, a esclerose sistêmica, as angiites necrosantes (poliarterite nodosa, angiites necrosantes por hipersensibilidade a medicamentos, angiites granulomatosas alérgicas, arterite temporal, polimialgia reumática, granulomatose de Wegener), a polimiosite, a dermatomiosite e a doença do soro e a síndrome de Sjõgren Comprometimento de todos os de rivados do mesênquima (vasos, serosas, articulações, músculos, rins, pulmões, tubo digestivo e tecido cutâneo), variando apenas a intensidade com que um ou outro compartimento é afetado LÚPUS ERITEMATOSO Doença difusa do tecido conjuntivo Inflamatório, prevalente em mulheres 18- 40 anos Possui várias manifestações (polimorfismo sintomático) Apresenta sintomas gerais, sistêmicas (renais e cardíacas), manifestações cutâneas (rash cutâneo, fotossensibilidade, lesão discóide) e artralgias. Fisiopatologia e genética resposta auto imune anormal inflamação danos.
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