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8 -Factoring

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Factoring
APRESENTAÇÃO
O factoring teve seus primeiros registros no Império Romano, com o objetivo de desenvolver a 
economia local. De lá para cá, foi se desenvolvendo, até chegar ao modelo de empresa de 
fomento comercial utilizado nos dias de hoje. Mas, para isso, enfrentou resistência por parte do 
Banco Central, que não entendia a função exata de sua constituição.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender como surgiu essa modalidade, quais eram 
os objetivos iniciais para a sua constituição, quais são as partes que integram um factoring. Irá 
compreender como se constitui uma empresa de fomento mercantil e quais as legislações que 
regem este contrato – visto que ainda não há legislação específica no Brasil.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar factoring.•
Explicar como se constitui uma empresa de factoring.•
Identificar, na legislação brasileira, as leis que regulam as empresas de factoring.•
DESAFIO
Um dos meios de pagamento utilizado pelas empresas é a duplicata, que é uma espécie de título 
de crédito. Mas, para que elas sejam cobradas, é necessário que tenha havido a respectiva 
prestação de serviços.
Acompanhe o caso a seguir.
Os pedidos foram julgados improcedentes. Pela sentença, seria impossível opor à 
empresa questões relativas à constituição do débito. A empresa Construção Certa recorreu ao 
Superior Tribunal de Justiça, sustentando, entre outros pontos, que a aquisição dos títulos 
ocorreu por endosso, e não por cessão de crédito, e que tal aceite desvincularia a empresa do 
negócio original.
Você, na condição de Ministro do Superior Tribunal de Justiça, e relator do presente caso, 
considerando o disposto sobre duplicatas no Código Civil, como se posicionaria sobre a empresa 
de fomento mercantil?
INFOGRÁFICO
Como toda a modalidade contratual existente no Direito Civil, a factoring também apresenta 
formas diferentes para a aquisição de ativos de empresas.
Confira, no Infográfico a seguir, quais as modalidades utilizadas no Brasil.
CONTEÚDO DO LIVRO
O contrato de factoring é mais conhecido no Brasil, atualmente, como fomento mercantil. 
Embora seja muito utilizado no mercado, não possui regulamentação específica. Há duas 
partes integrantes dessa forma contratual: o faturizador, que é quem fornece os serviços; e o 
faturizado, que é a empresa que necessita de apoio creditício.
Na obra Direito Empresarial III, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo 
Factoring onde você irá entender como funciona essa relação e quais as peculiaridades da 
modalidade.
Boa leitura.
DIREITO 
EMPRESARIAL III 
Guérula Mello Viero
Factoring
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar factoring.
  Explicar como se constitui uma empresa de factoring.
  Identificar, na legislação brasileira, as leis que regulam as empresas 
de factoring.
Introdução
O contrato de factoring é mais conhecido no Brasil como fomento mercan-
til. Embora seja muito utilizado no mercado, não possui regulamentação 
específica. Há duas partes integrantes dessa forma contratual: o faturizador, 
que é quem fornece os serviços, e o faturizado, que é a empresa que 
necessita de apoio creditício.
Neste capítulo, você vai ler sobre o surgimento do factoring, em qual 
momento da história essa modalidade contratual passou a ser utilizada 
e quais são os objetivos para a sua constituição. Você vai compreender 
quem são as partes envolvidas, como ocorre a constituição de uma 
empresa de fomento mercantil e os requisitos necessários para abrir 
uma factoring. Ainda, entenderá quais as legislações incidem sobre essa 
forma de contrato.
Nascimento do factoring
Os primeiros indícios de factor foram registrados no Império Romano. Para 
representar na América os interesses de Londres, foi aproveitado no século 
XVIII, com o intuito de desenvolver a economia local, com foco na indústria 
têxtil e no comércio doméstico que estavam surgindo. Para isso, o factor 
consistia em um agente comercial, que se responsabilizava pela “[...] logística, 
recepção, guarda, armazenamento das matérias-primas e dos produtos” que 
chegavam de Londres (ANFAC, [2018], documento on-line). 
Inicialmente, o factor atendia a sua clientela com prestação e serviços de 
apoio e seleção, bem como fornecedores e compradores de produtos; contudo, 
passou a agregar mais uma incumbência: utilizava os seus próprios recursos 
para comprar os créditos oriundos das vendas realizadas àqueles compradores 
que havia previamente aprovado (ANFAC, [2018]). Com a conjunção dessas 
duas modalidades — prestação de serviços e seleção —, junto com o forneci-
mento de liquidez, deu-se início ao factor nova-iorquino. Assim, a expressão 
factoring nasceu para representar o negócio desenvolvido pelo factor.
A sua expansão ocorreu na Europa, na década de 1960. A prática ensejou 
amplo incremento de crédito nas relações comerciais e industriais, bem como 
fomentou a preocupação empresarial com a necessidade de administrar a 
concessão. Por essa modalidade de contrato, o empresário transfere para a 
empresa de factoring a função de (GONÇALVES, 2012):
  controlar os vencimentos dos títulos;
  acompanhar a flutuação das taxas de juros;
  adotar medidas assecuratórias de direito creditício;
  transferir o contato com os inadimplentes ou mesmo a cobrança judicial.
O surgimento do factoring ocorreu para atingir os seguintes objetivos 
(SEBRAE, 2019):
  congregar todas as pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de 
fomento mercantil;
  difundir e valorizar o fomento mercantil como atividade geradora de 
riqueza;
  representar e defender os interesses do fomento mercantil, atuando, para 
esse fim, junto aos poderes públicos — federais, estaduais e municipais 
— e entidades do setor privado;
  estimular o desenvolvimento e aprimoramento tecnológico do fomento 
mercantil, buscando difundi-lo no segmento das pequenas e médias 
empresas, por meio de cursos e seminários;
  celebrar acordos e convênios de colaboração técnica ou de prestação 
de serviços com entidades públicas ou privadas;
  firmar alianças e parcerias de interesse;
  defender os interesses das empresas associadas;
  orientar e preservar o segmento do fomento mercantil dentro da 
legalidade.
Factoring2
Os princípios doutrinários do factoring consolidaram-se com o estudo elaborado pelo 
Conselho do Institut International Pour L’Unification Du Droit Privé (Unidroit), composto 
por 33 membros de vários países, no biênio 1975–1977 para elaborar normas uniformes 
para essa modalidade contratual (ANFAC, 2018).
Em dezembro de 1987, foi aprovado o relatório final, junto com a minuta de um 
contrato para transações internacionais de factoring, o qual foi objeto de assembleia 
em Ottawa, no Canadá, em maio de 1988. Com a assunção do patrocínio desse evento, 
a reunião ganhou caráter diplomático, tornando-se a Convenção Diplomática de 
Ottawa. O Brasil foi um dos países consultados sobre o interesse em participar da 
Convenção. Para isso, o Itamaraty organizou um grupo de trabalho, o qual incluía 
órgãos federais e a Associação Nacional de Fomento Comercial (Anfac). Após 14 anos 
de estudos, concluíram que a operação de factoring deve ter como características a 
continuidade e a conjunção de:
  prestação de serviços a pequenas e médias empresas do setor produtivo, como 
acompanhamento comercial e das contas a receber e a pagar, exame da situação 
creditícia da empresa compradora dos produtos, seleção e avaliação de fornece-
dores, cobrança, etc.;
  suprimento de recursos, de forma que a empresa-cliente poderá ceder, no todo 
ou em parte, à empresa de factoring direitos (créditos) decorrentes de contratos de 
venda de seus produtos (venda mercantil), excluídas as transações de consumo;
  proteção contra a falta de pagamentos pelos devedores.
Mesmo que o documento final dessa convenção tenhatratado apenas do comércio 
internacional, embasou elementos e considerações atinentes e compatíveis com a 
realidade do factoring doméstico (ANFAC, 2018).
Conforme Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 682), o factoring também é 
conhecido como fomento mercantil e diz respeito a um contrato em que “[...] 
uma instituição financeira ou empresa especializada (no caso, a faturizadora) 
adquire créditos faturados por um comerciante ou industrial”; em troca, oferece 
serviços administrativos do movimento creditício com a assunção do risco de 
insolvência do consumidor ou comprador, abdicando do direito de regresso 
contra o cedente (faturizado), pelo qual recebe remuneração, comissão ou 
efetua a compra dos créditos a preço reduzido.
Ou seja, o contrato de faturização tem como função econômica poupar o 
empresário das preocupações decorrentes da atividade, no que se refere à outorga 
de prazos e facilidades de pagamentos aos clientes. Por esse contrato, a insti-
tuição financeira faturizadora fornece um serviço de administração do crédito, 
garantindo que as faturas emitidas pelo cedente sejam pagas (COELHO, 2012). 
3Factoring
Nesse sentido, o factoring trata-se de um contrato bilateral ou sinalag-
mático, visto que gera obrigações para ambas as partes; é oneroso, uma vez 
que os contratantes obtêm proveito, o qual corresponde a um sacrifício; 
consensual, por se aperfeiçoar com a vontade de ambos os contratantes; e 
possui trato sucessivo, por ter sua execução prolongada no tempo. Ainda, 
é considerado um contrato atípico, por não possuir regulamentação em lei 
específica (GONÇALVES, 2012; PEREIRA, 2017).
Já a extinção do factoring é ocasionada pelas causas comuns aos demais 
contratos e, ainda, em consequência de (GONÇALVES, 2012):
  vencimento do prazo previsto para a sua duração; 
  distrato ou resilição bilateral; 
  mudança de estado de um dos contratantes, por ser contrato intuitu 
personae; 
  resilição unilateral, desde que precedida de aviso prévio; 
  inadimplemento de obrigações contratuais; 
  morte de uma das partes, se ela for comerciante individual.
Constituição do factoring
A faturização ocorre nas vendas realizadas a prazo, não se confundindo com a 
operação de desconto de título, uma vez que não há a responsabilidade regressiva 
contra o fornecedor. É uma modalidade contratual situada entre o desconto 
mercantil de título cambial e a cessão de crédito (GONÇALVES, 2012).
O factor é o responsável por cobrar o título diretamente com o consumidor. 
Assim, ao faturizado, incumbe a existência do crédito, deixando a solvência 
do devedor para o factor, que assume o risco. No Brasil, o incremento do 
factoring ocorreu devido aos cheques pós-datados como título de crédito, que 
eram utilizados pelo comércio em substituição à duplicata. Grande parte do 
comércio fazia uso dessa prática para obter capital de giro, principalmente as 
pequenas e médias empresas, o que fomentava a circulação de mercadorias. 
Nesse sentido, ao faturizador, incumbem três funções (GONÇALVES, 2012): 
  garantir os créditos, pois a empresa é obrigada a realizar o pagamento, 
inclusive na insolvência dos devedores;
  administrar os créditos da empresa faturizada, intervindo com os de-
vedores duvidosos e providenciando a cobrança;
Factoring4
  financiar o faturizado, adiantando os recursos inerentes aos títulos, 
adquirindo os direitos creditícios do cedente por meio do endosso ou 
cessão de crédito civil.
No que tange aos direitos do faturizador, este pode recursar, por completo ou 
parcialmente, os títulos apresentados pelo faturizado, se entender que o devedor 
não possui confiabilidade para o pagamento. Ainda, é garantido o direito de 
o faturizador receber as comissões devidas pelo faturizado, além de cobrar 
o terceiro devedor, inclusive na esfera jurídica, caso ocorra inadimplência.
Por outro lado, o faturizado tem como obrigações pagar as comissões 
devidas ao faturizador e fornecer as informações necessárias a respeito dos 
créditos e dos devedores (GONÇALVES, 2012).
Como abrir um factoring
Desde 1988, as operações de factoring tiveram grande crescimento, atingindo 
um patamar de negociação pelas empresas de US$ 2,5 milhões. Já em 1996, 
esse valor chegou a US$ 11 bilhões. Atualmente, mostra-se como um mercado 
ainda mais promissor. No mundo todo, a estimativa é de que os negócios de 
factoring movimentem algo em torno de € 1,3 trilhão. Só no Brasil essa mo-
vimentação atinge R$ 29,6 bilhões anual (LOPES, 2017a, documento on-line).
No mundo todo, os negócios de factoring movimentam cerca de € 1,3 trilhão. Para 
saber mais sobre a distribuição do factoring pelo mundo, acesse o link a seguir.
https://qrgo.page.link/EZU9Z
Para abrir uma factoring, é necessário o empresário ter em mente que isso 
significa atender àqueles que necessitam de dinheiro imediatamente, uma vez 
que não podem aguardar o vencimento das duplicatas nas vendas a prazo. O 
intuito não é conceder empréstimos, pois trata-se da compra de títulos financeiros, 
trabalho realizado exclusivamente com pessoas jurídicas. Logo, o objetivo do 
factoring é comprar títulos de créditos ou de direitos de uma empresa, pelo qual 
5Factoring
cobra valores ajustados previamente em contrato, e sua remuneração consiste 
na diferença entre o valor da compra e do recebimento (LOPES, 2017b).
As regras para a constituição de um factoring obedecem às mesmas estabele-
cidas para as demais empresas comerciais, diferindo apenas no objeto social e na 
área de atuação. Por se tratar de uma atividade mercantil, e não financeira, não é 
necessária a autorização do Banco Central para abrir ou registrar uma empresa 
de factoring. Claro que, se houver uma denúncia sobre a empresa de fomento 
comercial estar desvirtuando da finalidade e realizando operações privativas de 
instituições financeiras, haverá fiscalização do Banco Central (ANFAC, [20--]).
Para o capital social, é aconselhável dispor de um valor mínimo de R$ 100 mil 
para efeito do registro e arquivo do contrato social na Junta Comercial. No que 
tange ao regime tributário, as empresas de fomento comercial devem apurar seus 
resultados líquidos do exercício pelo Regime de Lucro Real, conforme dispõe a 
Lei nº. 9.430, de 27 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996). Ainda, é importante 
lembrar da incidência de impostos. Na esfera federal, devem ser pagos:
  Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ);
  Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
  Programa Integração Social (PIS);
  Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). 
Na esfera municipal, por se tratar de prestação de serviços, há o pagamento 
de Imposto sobre Serviços (ISS). Na esfera estadual, não há incidência de 
impostos (ANFAC, [20--]).
O pagamento da contribuição sindical patronal também é obrigatório, visto 
sua regulamentação pelo art. 578 e subsequentes da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT) (BRASIL, 1943). Quem recolhe esse pagamento é o sindicato 
da categoria: Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil — Factoring 
(Sinfac). Caso seja feito o pagamento em favor de outro sindicato, a empresa 
deverá fazer novo recolhimento. Em caso de atraso, incidirá multa, que pode 
chegar até 30% mais os juros moratórios (ANFAC, [20--]).
Várias figuras contratuais estão presentes no contrato de fomento comercial 
e, por ter um objeto lícito, um agente capaz — de forma prescrita e não defesa 
em lei —, constitui-se um ato jurídico perfeito de acordo com o art. 425 do 
Código Civil. Integram essa relação (BRASIL, 2002): 
  empresa contratante endossante — cliente; 
  empresa contratada endossatária — empresa de fomento comercial; 
  eventuais responsáveis solidários. 
Factoring6
Pelo contrato de fomento comercial, consolidam-se os pressupostos de 
existência de um negócio bilateral de uma transação mercantil de venda e 
compra à vista, o qual é celebrado entre duas empresas integrantes da cadeia 
produtiva, quais sejam: uma vendedora e uma compradora, respectivamente 
a contratantee a contratada, como estabelece o art. 481 do Código Civil 
(BRASIL, 2002). Assim, é nítida a relação de produção presente, tendo em 
vista a circulação e a geração de riqueza e bens, uma vez que se agregam, de 
ambas as partes, valores à economia (ANFAC, [2018]).
A empresa de factoring é considerada uma sociedade mercantil, limitada 
ou anônima. Por isso, sua existência legal depende do arquivamento de seus 
atos constitutivos na Junta Comercial da localidade em que a empresa se 
encontrará, não necessitando da autorização do Banco Central para o seu 
funcionamento (CALADO, 2019).
Regulamentação do factoring
No Brasil, o factoring é considerado uma atividade recente, visto que surgiu 
efetivamente com a fundação da Associação Nacional de Factoring (Anfac), 
em 1982. Em um primeiro momento, as empresas dessa modalidade contratual 
encontraram grande resistência das instituições fi nanceiras, além dos órgãos 
públicos fi scalizadores, principalmente do Banco Central. 
Um dos principais motivos residia no fato de que não havia conhecimento 
aprofundado das pretensões da Anfac, o que ocasionava um entendimento 
errôneo de que o fomento mercantil era uma operação que visava invadir a área 
privativa das instituições financeiras. Devido a isso, o Banco Central chegou 
a emitir a Circular nº. 703, de 16 de junho de 1982, proibindo indiretamente 
as operações de factoring e caracterizando-as como atividade criminosa 
(BRASIL, 1982; LOPES, 2017a).
Próximo à promulgação da Constituição Federal de 1988, o Banco Central 
publicou a Circular nº. 1.359, de 30 de setembro de 1988 (BRASIL, 1988), a 
qual estabelecia os parâmetros para as empresas de factoring e revogava a 
circular anterior. Tal documento liberava a atuação de empresas na área de 
fomento mercantil, contanto que as atividades praticadas não se confundis-
sem com as atinentes às instituições financeiras privativas, autorizadas pelo 
Banco Central, como estabelece a Lei nº. 4.595, de 31 de dezembro de 1964 
(BRASIL, 1964; FALCÃO, 2001).
No entanto, no que tange à legislação, não há no Brasil uma lei específica que 
regule as empresas de factoring. Contudo, o enquadramento legal encontra res-
7Factoring
paldo no Código Civil (no que diz respeito às regras para a prestação de serviços), 
no Código Comercial (em que trata da compra de direitos comerciais regidos 
pela compra e venda mercantil) e em legislações relativas à cessão de crédito. 
No Código Civil de 2002, o art. 1.216 foi recepcionado do Código Civil 
de 1916, o qual dispõe: “Art. 1.216 O possuidor de má-fé responde por todos 
os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou 
de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às 
despesas da produção e custeio” (BRASIL, 2002, documento on-line). Ainda, 
o art. 1.065 do Código Civil de 2002 estabelece: “Art. 1.065 Ao término de 
cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço 
patrimonial e do balanço de resultado econômico” (BRASIL, 2002, documento 
on-line). Já o art. 1.078 do Código Civil de 2002 disciplina: 
Art. 1.078 A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, 
nos quatro meses seguintes à ao término do exercício social, com o objetivo de:
I — tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial 
e o de resultado econômico;
II — designar administradores, quando for o caso;
III — tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia.
§ 1º Até trinta dias antes da data marcada para a assembleia, os documentos 
referidos no inciso I deste artigo devem ser postos, por escrito, e com a prova do 
respectivo recebimento, à disposição dos sócios que não exerçam a administração.
§ 2º Instalada a assembleia, proceder-se-á à leitura dos documentos referidos no 
parágrafo antecedente, os quais serão submetidos, pelo presidente, a discussão 
e votação, nesta não podendo tomar parte os membros da administração e, se 
houver, os do conselho fiscal.
§ 3º A aprovação, sem reserva, do balanço patrimonial e do de resultado econô-
mico, salvo erro, dolo ou simulação, exonera de responsabilidade os membros 
da administração e, se houver, os do conselho fiscal.
§ 4º Extingue-se em dois anos o direito de anular a aprovação a que se refere o 
parágrafo antecedente (BRASIL, 2002, documento on-line).
Com relação à regência do Código Comercial, dois artigos foram par-
cialmente recepcionados pelo Código Civil de 2002. O art. 191 do Código 
Comercial de 1850, que trata sobre o contrato de compra e venda mercantil, 
reformulou, em parte, o antigo art. 127:
Art. 191 O contrato de compra e venda mercantil é perfeito e acabado logo 
que o comprador e o vendedor se acordam na coisa, no preço e nas condições; 
e desde esse momento nenhuma das partes pode arrepender-se sem consen-
timento da outra, ainda que a coisa se não ache entregue nem o preço pago. 
Fica entendido que nas vendas condicionais não se reputa o contrato perfeito 
senão depois de verificada a condição (BRASIL, 2002, documento on-line).
Factoring8
O art. 220 do Código Comercial de 1850, que também foi parcialmente 
recepcionado, refere que: “Art. 220 A rescisão por lesão não tem lugar nas 
compras e vendas celebradas entre pessoas todas comerciantes; salvo provando-
-se erro, fraude ou simulação” (BRASIL, 2002, documento on-line).
Quanto às leis que podem ser aplicadas às empresas de factoring, temos:
  Lei nº. 5.474, de 13 de julho de 1968, que dispõe sobre as duplicatas; 
  Lei nº. 8.981, de 20 de janeiro de 1995, que altera a legislação tributária 
federal; 
  Lei nº. 9.249, de 26 de dezembro de 1995, que altera a legislação do 
IRPJ e do CSLL; 
  Lei nº. 9.430, de 27 de dezembro de 1996, que dispõe sobe a legislação 
tributária federal, as contribuições para a seguridade social e o processo 
administrativo de consulta;
  Resolução do Conselho Monetário nº. 2.144, de 22 de fevereiro de 1995.
A Anfac é a principal entidade representativa do setor de factoring no Brasil. Fundada 
em 1982, no Rio de Janeiro, é responsável por fortalecer o sistema brasileiro de fomento 
comercial. Em 1995, a Anfac encaminhou um projeto de lei, por meio do Congresso 
Nacional, com o intuito de criar uma legislação específica para as empresas que 
desenvolvem atividades de factoring. O Projeto de Lei nº. 235/1995 encontra-se em 
tramitação no Congresso (ANFAC, 2014; LOPES, 2017a).
Ainda, os arts. 286 e seguintes do Código Civil, sobre regras de cessão de 
crédito, são aplicáveis às empresas de fomento mercantil (BRASIL, 2002). A Lei 
Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o Simples 
Nacional, trouxe um conceito para as operações de factoring, em seu art. 17, I:
Art. 17 Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples 
Nacional a microempresa ou empresa de pequeno porte:
I — que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management) ou 
compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou 
de prestação de serviços ( factoring) ou que execute operações de empréstimo, 
9Factoring
de financiamento e de desconto de títulos de crédito, exclusivamente com 
recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores individuais, 
microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive sob a forma de empresa 
simples de crédito [...] (BRASIL, 2006, documento on-line, grifo nosso).
Caso haja a realização dessas operações sem a prévia autorização do Banco 
Central ou situações em que as empresas possuam apenas a roupagem de fac-
toring, com o intuito de extorsão, haverá o enquadramento como contravenção, 
em que incidirão as penalidades e sanções previstas em lei. Nesse sentido, 
incide o entendimento de que qualquer pessoa física ou jurídica que realize 
operações privativas àquelas instituições financeiras reguladas pelo Banco 
Central estásujeita ao processo administrativo e penal (FALCÃO, 2001).
ANFAC. Associação de factoring: sobre. 2014. Disponível em: http://www.anfac.com.br/
v3/anfac-sobre.jsp. Acesso em: 4 dez. 2019.
ANFAC. O que é factoring? [2018]. Disponível em: http://www.anfac.com.br/v3/facto-
ring_fomento_comercial.jsp. Acesso em: 4 dez. 2019.
ANFAC. Perguntas frequentes sobre o factoring. [20--]. Disponível em: http://www.anfac.
com.br/v3/factoring-perguntas-frequentes.jsp. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Banco Central do Brasil. Circular no. 703, de 16 de junho de 1982. Dispõe sobre 
as operações conhecidas por "factoring", "compra de faturamento" ou denominações 
semelhantes - em que, em geral, ocorrem aquisição, administração e garantia de 
liquidez dos direitos creditórios de pessoas jurídicas, decorrentes de faturamento da 
venda de seus bens e serviços. Diário Oficial da União, 18 jun. 1982. Disponível em: 
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Circular&num
ero=703. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Banco Central do Brasil. Circular nº. 1.359, de 30 de setembro de 1988. Diário 
Oficial da União, 2 out. 1988. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinan-
ceira/exibenormativo?tipo=Circular&numero=1359. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis 
do Trabalho. Diário Oficial da União, 9 maio 1943. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei Complementar nº. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto 
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis 
nº. 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº. 10.189, de 
14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº. 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga 
Factoring10
as Leis nº. 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e nº. 9.841, de 5 de outubro de 1999. Diário 
Oficial da União, 15 dez. 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/LCP/Lcp123.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº. 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Dispõe sobre a Política e as Insti-
tuições Monetárias, Bancárias e Creditícias, cria o Conselho Monetário Nacional e dá 
outras providências. Diário Oficial da União, 31 dez. 1964. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4595.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº. 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária 
federal, as contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, 30 dez. 1996. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9430.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da 
União, 11 jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
l10406.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
CALADO, L. As empresas de fomento mercantil (factoring) e a legislação vigente 
no Brasil. JusBrasil, 2019. Disponível em: https://leandrocalado.jusbrasil.com.br/arti-
gos/667180707/as-empresas-de-fomento-mercantil-factoring-e-a-legislacao-vigente-
-no-brasil. Acesso em: 4 dez. 2019.
COELHO, F. U. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 24. ed. São Paulo: Editora 
Saraiva, 2012.
FALCÃO, G. J. Legislação que regula as empresas de fomento mercantil (“factoring”) no 
Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados, Consultoria Legislativa, 2001. Estudo. Disponível 
em: http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/estnottec/
pdf/111802.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019.
GONÇALVES, C. R. Direito Civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. 9. ed. São Paulo: 
Editora Saraiva, 2012.
LOPES, J. O que é e como abrir uma factoring? Blog Tributus Contabilidade, 2017b. 
Disponível em: https://tributus.cnt.br/blog/empreendedorismo/o-que-e-e-como-
-abrir-uma-factoring/. Acesso em: 4 dez. 2019.
LOPES, J. Saiba como funciona a legislação que regula as empresas de factoring. Blog 
Tributus Contabilidade, 2017a. Disponível em: https://tributus.cnt.br/blog/factoring/
saiba-como-funciona-a-legislacao-que-regula-as-empresas-de-factoring/. Acesso 
em: 4 dez. 2019.
PEREIRA, C. M. S. Instituições de direito civil: contratos. 21. ed. Rio de Janeiro: Editora 
Forense, 2017. v. 3.
SEBRAE. Entenda o que é factoring. 2019. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/
sites/PortalSebrae/artigos/artigosFinancas/entenda-o-que-e-factoring,7b1a5415e64
33410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em: 4 dez. 2019.
11Factoring
Leituras recomendadas
BRASIL. Banco Central do Brasil. Resolução nº. 2.144, de 22 de fevereiro de 1995. Escla-
rece sobre operações de “factoring” e operações privativas de instituições financeiras. 
Diário Oficial da União, 23 fev. 1995. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabi-
lidadefinanceira/exibenormativo?tipo=Resolu%C3%A7%C3%A3o&numero=2144. 
Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº. 5.474, de 18 de julho de 1968. Dispõe sôbre as Duplicatas, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, 19 jul. 1968. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L5474.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº. 8.981, de 20 de janeiro de 1995. Altera a legislação tributária Federal e dá 
outras providências. Diário Oficial da União, 23 jan. 1995. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8981.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
BRASIL. Lei nº. 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de 
renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, 27 dez. 1995. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm. Acesso em: 4 dez. 2019.
GOMES, O. Contratos. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1983.
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
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DICA DO PROFESSOR
Alguns autores defendem que não deve ser permitido o direito de regresso nas operações 
de factoring, pois isso faria com que o contrato de fomento mercantil adentrasse nas atividades 
privativas das instituições financeiras. No entanto, há entendimento consolidado dos tribunais 
superiores sobre a possibilidade do direito de regresso nessa modalidade contratual.
Quer entender os motivos para que isso ocorra? Acompanhe a Dica do Professor a seguir.
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EXERCÍCIOS
1) O factoring teve seu início no Império Romano, com sua expansão por volta da 
década de 1960, na Europa.
Qual o resultado dessa expansão?
A) Fomento da preocupação empresarial com a concessão do contrato.
B) Amplo incremento de crédito nas relações comerciais e industriais.
C) Ampla preocupação empresarial com a flutuação de taxas de juros.
D) Incremento da função de controlar os vencimentos de títulos.
E) Fomento nas cobranças judiciais dos inadimplentes.
O surgimento do factoring decorreu da necessidade de atingir objetivos que 
fomentassem as relações comerciais e industriais. Sendo assim, analise as afirmativas 
2) 
a seguir.
I - Firmar alianças e parcerias de interesse.
II - Congregar todas as pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de fomento 
mercantil.
III - Difundir e valorizar o fomento mercantil como atividade de sobrevivência.•
IV - Defender os interesses das empresas associadas.
Agora, assinale a opção que apresenta as afirmativas corretas.
A) As afirmativas I e II estão corretas.
B) As afirmativas I, II e III estão corretas.
C) As afirmativas III e IV estão corretas.D) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
E) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
3) O factoring é uma modalidade contratual, regida pelo Código Civil, pelo Código 
Comercial e por legislações inerentes à cessão de crédito.
Assim, como ocorre o factoring?
A) Uma instituição financeira, ou empresa especializada, adquire créditos faturados por um 
comerciante ou industrial. Em troca, oferece serviços administrativos do movimento 
creditício, com a assunção do risco de insolvência do consumidor ou comprador, 
abdicando do direito de regresso contra o cedente, pelo qual recebe remuneração, comissão 
ou efetua a compra dos créditos a preço reduzido.
B) Uma instituição financeira, ou empresa especializada, vende créditos faturados por um 
comerciante ou industrial. Em troca, oferece serviços administrativos do movimento 
creditício, com a assunção do risco de insolvência do consumidor ou comprador, 
abdicando do direito de regresso contra o cedente, pelo qual recebe remuneração, comissão 
ou efetua a compra dos créditos a preço reduzido.
C) Uma empresa especializada adquire créditos faturados por um comerciante ou industrial. 
Em troca, recebe serviços administrativos do movimento creditício, com a assunção do 
risco de insolvência do consumidor ou comprador, abdicando do direito de regresso contra 
o cedente, pelo qual recebe remuneração, comissão ou efetua a compra dos créditos a 
preço reduzido.
D) Uma instituição financeira, ou empresa especializada, vende créditos faturados por um 
comerciante ou industrial. Em troca, oferece serviços de comprador, abdicando do direito 
de regresso contra o cedente, pelo qual recebe remuneração, comissão ou efetua a compra 
dos créditos a preço reduzido.
E) Uma instituição financeira, ou empresa especializada, vende créditos faturados por um 
comerciante, ou industrial. Garante-se a insolvência do consumidor ou comprador, 
abdicando do direito de regresso contra o cedente, pelo qual recebe remuneração, comissão 
ou efetua a compra dos créditos a preço reduzido.
O factoring é uma modalidade contratual situada entre o desconto mercantil de título 
cambial e a cessão de crédito. Assim, ao faturizado incumbe a existência do crédito, 
deixando a solvência do devedor para o factor, que assume o risco. Contudo, o 
faturizador possui algumas funções.
Analise as afirmativas a seguir. Em seguida, assinale V (verdadeiro) para as opções 
que caracterizam funções do faturizador e, F (falso) para as que não caracterizam.
I - ( ) Garantir os créditos, pois a empresa é obrigada a realizar o pagamento, 
inclusive na insolvência dos devedores.
II - ( ) Administrar os créditos da empresa faturizada, sem intervir com os devedores 
duvidosos e providenciando a cobrança.
4) 
III - ( ) Financiar o faturizado, adiantando os recursos inerentes aos títulos, 
adquirindo os direitos creditícios do cedente por meio do endosso ou cessão de crédito 
civil.
IV - ( ) Administrar os créditos da empresa faturizada, intervindo com os devedores 
duvidosos e providenciando a cobrança.
Agora, assinale a opção que apresenta a sequência correta.
A) V, V, F, F.
B) V, F, V, F.
C) F, V, V, F.
D) F, V, F, V.
E) V, F, V, V.
5) No Brasil ainda não há regulamentação para as empresas de fomento mercantil. No 
entanto, algumas normas auxiliam a disciplinar essa modalidade contratual.
E, uma, em especial, foi a primeira a tratar da conceituação de factoring. Qual é esta 
norma?
A) O Código Civil de 2002, ao recepcionar o Código Comercial.
B) O Código Comercial, que traz, em seu rol de artigos e orientações, a definição para 
factoring.
C) A Lei Complementar n. 123/06, que trata sobre as microempresas e empresas de pequeno 
porte.
D) A Resolução do Conselho Monetário n. 2.144, de 22 de fevereiro de 1995.
E) A Lei n. 5.474, de 13 de julho de 1968, que dispõe sobre as duplicatas.
NA PRÁTICA
A crise econômica enfrentada pelo Brasil, nos últimos anos, tem prejudicado a permanência de 
empresas no mercado. Em vista disso, muitas instituições acabam por pedir falência ou entrar 
em recuperação judicial.
Mas, no que diz respeito ao factoring, pode uma empresa em recuperação judicial celebrar 
contratos com uma instituição de fomento mercantil? Acompanhe como isso ocorre Na Prática.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Das diversas modalidades de factoring
A atividade de factoring se apresenta em diversas modalidades contratuais. Entenda cada uma 
destas fomas no artigo de Wieland Puntigam Travnik.
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CDC e o contrato de factoring
O CDC e os contratos de factoring possuem alguma relação, por ser uma modalidade 
contratual? Saiba qual o posicionamento sobre o tema no artigo a seguir.
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A importância do factoring para empresas em recuperação judicial
O factoring pode auxiliar na recuperação judicial das empresas. Abdiel Nascimento Ciprian 
explica esse tema no artigo a seguir.
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Factoring
O Procurador do Banco Central do Brasil, Afranio Carlos Moreira Thomaz, traz um amplo 
estudo sobre o fomento mercantil em seu artigo.
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Aspectos do contrato de factoring na jurisprudência do STJ
O Superior Tribunal de Justiça possui uma vasta jurisprudência acerca dos contratos de 
factoring. O Juiz Fábio Costa Soares faz um excelente estudo sobre o tema, em seu artigo.
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