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A teoria da restauração consiste no processo de evolução histórica do método cientifico de reparação da integridade física das obras de arte; edifícios monumentais, esculturas, pinturas. Contudo, há diversas teorias distintas sobre o processo de restauro, acentuando ainda as teorias do Viollet - Le - Duc e o John Ruskin. Viollet-Le-Duc vive em meados do século 19, descendente de uma família burguesa, posteriormente ao período da Revolução Francesa. Le Duc cresce em um contexto inteiramente ligado a história da arte francesa e sua cultura, devido ao acesso amplo da biblioteca da família. Portanto, Viollet desenvolve interesse pela arquitetura medieval, e após sua formação acadêmica em Paris, ele percorre diversas regiões da França, especialmente a região da Normandia. Na década de 1840, Eugéne recebe a incumbência para começar a trabalhar com o restauro de monumentos medievais franceses, uma vez que durante o século 19 vários monumentos da França haviam sido destruídos em decorrência da sequência das revoluções em virtude a instabilidade política instaurada na época. Viollet-Le-Duc tem como primeira obra de restauro a Igreja de Vezelay, e posteriormente Saint Chapelle e a afamada Notre Dame e alguns castelos; Pierrefonds, Carcassone. Ao decorrer dessa jornada, Le Duc destaca-se pelo contexto restaurador, traçando a tentativa de criação de um método dissemelhantes dos restauros daquele período. Este, por sua vez, foi um dos primeiros diretores da Comissão dos Monumentos Históricos, responsável por supervisionar a recuperação de vários edifícios medievais; como a catedral de Amiens e a Igreja de Saint-Sernin. Ao analisar o verbete da Arquitetura Francesa (publicado entre 1854-1868), nota-se que um dos objetivos de Le Duc seria registrar sobre a história da arquitetura medieval e instrumentalizar restauradores. Contudo, o princípio de Viollet-Le-Duc seria dar condições a outros restauradores, para que estes seguissem uma metodologia cientifica do restauro e não fizessem reformas como desejassem. Dentro do dicionário encontra-se uma definição de restauro no ponto de vista de Eugéne. “Não é manter, reparar ou refazer um monumento; é restabelece-lo em um estado completo que pode nunca ter existido em um dado momento. ” Portanto, com esse fragmento pode-se compreender que Le-Duc busca a integridade física da obra que talvez não existira. A importância do restauro se organiza na tese de transmitir aos séculos futuros marcos dos períodos anteriores, uma vez que estudamos essa arquitetura antecedente ao período hodierno entende-se que podemos encontrar soluções para os problemas do futuro. A restauração na perspectiva de Viollet-Le-Duc é como um conceito moderno, em que há necessidade de um método teórico para se embasar em práticas. Com a adoção de critérios de restauro, destaca que há maior valorização da arquitetura medieval, visto que, a avaliação dentro do contexto na qual foi produzido permite um momento de redescoberta e de grande apreciação qualitativa dessa arquitetura. E cada edifício deve ser restaurado no estilo que lhes pertence. É essencial compor uma espécie de relatório respaldado por documento seguro, conhecendo assim as especificações do tempo e do local.
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