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ÓRGÃOS LINFOIDES

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Nathalia Machado – TUT 01 - 2020.2 
 
–
Órgãos Linfoides – Centrais e periféricos 
 
Órgãos geradores ou primários 
- Onde os linfócitos são gerados 
e/ou amadurecem (medula óssea e 
timo). 
Órgãos periféricos ou secundários 
- Onde linfócitos são ativados pelo 
antígeno (linfonodo, baço e tecido 
linfóide difuso). 
Locais onde os linfócitos B e T 
recebem o estímulo antigênico pela 
primeira vez e se ativa. 
 
Maturação de linfócitos 
Ao longo da maturação dos 
linfócitos B na medula óssea, e dos 
linfócitos T no timo, temos um 
processo gradativo e a cada 
processo eles vão desenvolvendo, 
gradativamente também, o seu 
receptor de membrana. 
Aos poucos vão surgindo as cadeias 
do receptor, até que o receptor se 
torna completo na membrana da 
célula, significando que ela está 
completamente madura e pronta 
para sair dos órgãos linfoides e 
começar a recircular. 
 
Uma célula madura está pronta 
para realizar o reconhecimento 
antigênico. 
 
Se durante o processo de 
desenvolvimento, ocorrer algum 
defeito que culmine em uma célula 
com defeito no receptor, ela será 
deletada por apoptose. 
 
Tolerância Central 
Ainda no timo e na medula óssea, 
ocorre a exposição a antígenos 
próprios, o objetivo é desenvolver 
uma auto-tolerância a 
autoantígenos. 
Os testes contra o próprio para os 
linfócitos T ocorre em duas etapas: 
- No córtex do timo o linfócito T 
está tão imaturo que chamamos de 
duplo negativo pois ele não 
expressa nem CD4 nem CD8. 
A nível de córtex, células epiteliais 
vão expressar o autoantígeno 
através da molécula MHC. Os 
linfócitos que não conseguem 
interagir com essas células por não 
interagir com o MHC, são deletados 
por apoptose, os demais migram 
para a medula e continuam seu 
processo de desenvolvimento. 
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- Na medula do timo, temos 
macrófagos ou DC que apresentam 
autoantígenos aos linfócitos que 
chegaram na medula. Agora sim 
teremos um teste de 
reconhecimento de fato. 
As células que reconhecem esses 
autoantígenos com muita 
afinidade, são destruídas. Somente 
as demais sairão do timo rumo à 
periferia. 
Essa exposição ao próprio ocorre 
para evitar que células T 
autoreativas saiam para fazer 
auto-imunidade. É uma forma de 
prevenir doenças autoimunes. 
Os linfócitos B percorrem apenas 
uma etapa, na medula óssea: 
Como não precisam de célula 
apresentadora de antígeno, elas 
mesmas procuram autoantígeno. Se 
a célula ao encontrar o 
autoantígeno, reconhecer e resultar 
na ativação da célula B, essa célula 
ou morre por apoptose, ou sofre um 
rearranjo gênico no seu receptor de 
membrana, que muda a 
especificidade desse receptor. 
Se o receptor reconheceu um 
autoantígeno A, ao sofrer o 
rearranjo, ela passa a ser afinidade 
por antígenos B. Essa é uma 
alternativa para que a célula não 
precise morrer. Desse modo, as 
células que não forem autoreativas 
sairão em direção da periferia. 
Na periferia, essas células ainda 
podem apresentar algum defeito e 
se ativar ao encontrar um antígeno 
próprio. Para isso, existe a 
tolerância periférica, que são 
mecanismos para eliminar essas 
células. 
As células inativas, pois ainda não 
encontraram um antígeno, saem 
para circular na corrente sanguínea, 
pela linfa e pelos órgãos linfoides 
periféricos, justamente para 
garantir uma proteção em todas as 
regiões do corpo. 
 
 
Classes de linfócitos 
 
 BCR: receptor da célula B 
 TCR: receptor da célula T 
A célula B possui apenas uma classe 
e tem o papel de promover a 
imunidade humoral através da 
produção de anticorpos. 
 
A célula T possui duas classes, T 
auxiliares CD4+ e a T citotóxica 
CD8+. Elas se diferem na sua função, 
a auxiliar ajuda outras células a se 
ativarem através da liberação das 
citocinas, enquanto a citotóxica 
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tem a capacidade de promover 
morte direta através da liberação 
de seus grânulos. 
As TCD8+ também secretam 
citocinas, porém em menor 
quantidade. 
 
Sistema linfático 
Linfonodos 
- Local de início das respostas 
adaptativas a antígenos que 
chegam através da linfa. 
- Agregados nodulares de tecido rico 
em linfócitos ao longo dos vasos 
linfáticos em todo o corpo. 
- Filtram a linfa que se dirige à 
corrente sanguínea. 
- Estão espalhados 
estrategicamente e garantem uma 
drenagem eficiente de todos os 
tecidos. 
 
Células apresentadoras de antígenos 
• Células dendríticas 
• Macrófagos 
• Linfócito B 
Na imunidade humoral timo-
dependente o linfócito B apresenta 
o antígeno para o linfócito T, e o LT 
estimula o LB a se ativar. 
A DC e o macrófago apresentam o 
antígeno a célula T virgem para 
ativá-la. Porém, o LB após 
reconhecer o antígeno, ele 
apresenta a uma LT já pré-ativada 
e pré-diferenciada. 
Quando temos uma injúria tecidual, 
temos imunidade inata atuando, 
macrófagos e DC migrando para os 
órgãos linfoides periféricos para 
iniciar a imunidade adaptativa. 
Os macrófagos realizam muito bem 
dois papéis: no potencial fagocítico 
de maneira muito importante, 
realizando a depuração do tecido; e 
apresentação do antígeno. 
A DC é especializada em de 
apresentar o antígeno, a fagocitose 
é apenas uma etapa que precede à 
apresentação. 
 
Células Dendríticas 
Imaturas, localizam-se no epitélio 
onde capturam o antígeno -> 
células residentes. 
Alta capacidade de reconhecer um 
PAMP ou um DAMP. 
Maduras, migram para o tecido 
linfoide onde apresentam o 
antígeno ao linfócito T. 
Para apresentar o antígeno, essas 
DC precisam expressar em suas 
membranas MHC e 
coestimuladores. 
 
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As DC maduras são maiores, CD 
imaturas expressam menos MHC e 
coestimuladores e mais PRR. 
Quando se fala em apresentar 
antígeno à célula T, trata-se tanto 
da TCD4 quanto da TCD8. 
Após o estímulo antigênico, os 
linfócitos se ativam e proliferam. 
Após isso, cada clone se diferencia 
em célula efetora ou célula de 
memória. A célula efetora é a célula 
de combate que confere proteção, 
enquanto a célula de memória fica 
no aguardo do antígeno ter a 
audácia de aparecer novamente. 
 
Quando um APC apresenta um 
antígeno para um linfócito Th0, a 
depender da citocina que a APC 
liberar, a célula T se diferencia em 
uma célula diferente. 
Se a citocina for a IL-12, Th0 se 
diferencia em Th1, mas se for a IL-
4, Th0 se diferencia em Th2. IL-23 
estimula a diferenciação em Th17, 
mas se secretar TGF-beta, se torna 
uma T regulatória. 
Th -> T helper – células de combate. 
Treg -> T regulatória – célula 
moduladora, modula todas as 
outras respostas imunológicas. 
 
 
Th1, imunidade celular, produz 
citocinas para ativar o macrófago e 
aumentar seu potencial 
microbicida. 
Th2 secreta citocinas para ativar o 
linfócito B, uma vez ativado, ele 
produz anticorpos. 
Th17, imunidade celular, as 
citocinas recrutam neutrófilos. 
Treg secreta IL-10 e TGF-beta para 
modular toda a resposta imune 
adaptativa. 
APC só apresenta antígeno para a 
célula T. 
 
Ativação de células T pelo antígeno 
As células T imaturas circulam 
pelos linfonodos em busca de uma 
DC que esteja expressando um 
antígeno em sua membrana, caso 
encontre ela se ativa, caso não 
encontre ela vai embora circular 
novamente. 
Os LB reconhecem os antígenos 
solúveis que chegam pela corrente 
sanguínea ou linfática. 
LB e LT ativados, saem pelo vaso 
linfático eferente para chegar na 
circulação e, posteriormente, no 
tecido. 
Célula que chega ao linfonodo -> 
inativa 
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Célula que sai pelo vaso linfático 
eferente -> ativa 
 
Como os LT são os últimos a serem 
ativados, também são os últimos a 
serem chamados ao local da 
infecção. 
 
 
 Mas por que os linfócitos 
inativos nunca pegam o 
caminho errado? Como eles 
conseguem chegarsempre 
pela vênula alta do linfonodo? 
No endotélio que entra no linfonodo 
temos a expressão do ligante da L-
selectina, e o linfócito T virgem 
expressa em sua superfície a L-
selectina, então ele é atraído pelo 
seu receptor no endotélio. 
Mas essa interação é fraca, pois a 
intenção não é uma adesão forte e 
diapedese, e sim apenas direcionar a 
célula ao longo do fluxo sanguíneo, 
em uma espécie de “rolamento”. 
Depois de ativada, a célula passa a 
expressar outras moléculas de 
superfície, agora ela expressa o 
ligante da selectina E e da selectina 
P, ou outros tipos de selectina. Além 
disso, expressam as integrinas de 
alta afinidade. 
O ligante de selectina E e P são 
atraídos para as selectinas E e P 
expressas no endotélio do vaso 
sanguíneo periférico, 
caracterizando a fase de rolamento. 
Posteriormente, temos a ligação da 
integrina com ligantes da integrina, 
ocorre então a diapedese, para que 
essas células consigam chegar ao 
tecido. 
 
 
 
 
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