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TELELAB - Coleta de sangue de doadores

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Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA SAÚDE 
José Serra 
Ministro de Estado da Saúde 
João Yunes 
Secretário de Políticas de Saúde 
Pedro Chequer 
Coordenador Nacional de DST e Aids 
Hélio Moraes de Souza 
Coordenador Nacional de Sangue e Hemoderivados 
Miriam Franchini e Hélio Moraes de Souza 
Coordenadores do projeto TELELAB -Série Sangue 
Autores:
Beatriz Mac Dowell Soares 
Diná de Almeida 
Maria de Lourdes de Barros Silva 
Maria Lúcia Ricciotti Ribinik (pedagogia) 
Colaboradores:
Hélio Moraes 
Maria das Dores Araújo 
Coleta de Sangue de Doadores – Brasília: Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de 
Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. 1998. 
42 p. : il. (Série TELELAB)
1. Coleta de Sangue de Doadores 1. Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente 
Transmissíveis e Aids (Brasil) II. Série TELELAB 
AApprreesseennttaaççããoo
Coordenação Nacional de DST e Aids e a Coorde-
nação de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, em 
nome do compromisso com a melhoria do atendimento à 
população, unem seus esforços a fim de promover o 
aperfeiçoamento dos profissionais dos laboratórios de saúde 
pública e das unidades hemoterápicas. 
Nessa perspectiva, os cursos do Sistema de Educação a 
Distância – TELELAB, organizados numa abordagem favorável ao 
repensar da prática profissional, oferecem aos profissionais da 
saúde uma oportunidade de adquirir conhecimentos embasados 
em critérios técnico-científicos de qualidade para assegurar o 
padrão de excelência desejável no atendimento aos usuários dos 
serviços de saúde. 
Queremos deixar registrado nosso agradecimento a todos os 
que contribuíram na produção dos vídeos e dos manuais que 
compõem os cursos. Esses especialistas de áreas tão diversas 
aproveitaram as diferenças para realizar um trabalho harmônico e 
integrado, o que reforça a nossa idéia de que é em equipe e em 
parceria que se constrói um sistema único de saúde com 
qualidade.
Aos alunos do TELELAB nossas boas vindas e votos de 
sucesso!
Pedro Chequer Hélio Moraes de Souza 
Coordenador Nacional 
de DST e Aids 
Coordenador Nacional de 
Sangue e Hemoderivados 
A
SSeejjaa bbeemm--vviinnddoo((aa))!!
Você agora faz parte do TELELAB, um Sistema de Educação a 
Distância do Ministério da Saúde. Estão à sua disposição os seguintes 
cursos: 
Cursos - TELELAB Pré-requisitos 
01 - Técnicas para Coleta de Secreções -
02 - Técnicas para Coleta de Sangue -
03 - Técnica de Coloração de Gram Curso 01 
04 - Cultura, Isolamento e Identificação de 
"Neisseria gonorrhoeae" Curso 01 e Curso 03 
05 - Diagnóstico Laboratorial da Chlamydia Curso 01 
06 - Diagnóstico Sorológico da Sífilis Curso 02 
07 - Diagnóstico Sorológico do HIV: Testes de Triagem Curso 02 
08 - Diagnóstico Sorológico do HIV: Testes Confirmatórios Curso 02 e Curso 07 
09 - Coleta de Sangue de Doadores -
10 - Preparação de Hemocomponentes Curso 09 
11 - Doença de Chagas - Triagem e Diagnóstico Sorológico em 
Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Curso 02 
12 - HTLV- 1/II - Triagem e Diagnóstico Sorológico em 
Unidades Hemoterápicas e -Laboratórios de Saúde Pública Curso 02 
13 - Hepatites Virais - Triagem e Diagnóstico Sorológico em 
Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Curso 02 
14 - Controle de Qualidade de Testes Sorológicos em 
Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública 
Curso 06 ou 07 ou 11 
ou 12 ou 13 
15 - Equipamentos - Utilização e Monitoramento em 
Unidades Hemoterápicas e Laboratórios de Saúde Pública Um dos cursos anteriores 
16 - Biossegurança em Unidades Hemoterápicas e 
Laboratórios de Saúde Pública Um dos cursos anteriores 
Observações: 
1. Você se inscreve em um curso por vez, escolhido de acordo com seu interesse e/ou necessidade do serviço, 
respeitando os pré-requisitos identificados. 
2. O curso Controle de Qualidade de Testes Sorológicos é complemento essencial para todos os cursos de 
diagnóstico sorológico. Ele deve ser feito imediatamente após a conclusão do primeiro desses cursos (06 ou 07 ou 
11 ou 12 ou 13). 
3. Os cursos de Equipamentos (15) e de Biossegurança (16) -são complementos essenciais para todos os outros 
cursos e devem ser feitos após o primeiro curso concluído por você. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 
CCoommoo ffuunncciioonnaa
Os cursos do TELELAB estão programados de modo a não interferir na 
sua rotina de trabalho e você tem 1 mês para concluir cada curso que fizer. Em 
cada um deles, você: 
Pré-teste 
Vídeo
faz um pré-teste e, depois, assiste a um vídeo 
quantas vezes quiser, no lugar combinado 
com a coordenação local do TELELAB; 
Manual estuda o manual correspondente, no tempo, 
horário e lugar de sua preferência; 
Pós-teste 
Certificado 
faz um pós-teste para avaliação de sua 
aprendizagem
depois de acertar no mínimo 80% dos pós- 
teste, recebe um certificado 
Ao final do curso "Coleta de Sangue de Doadores", você será 
capaz de: 
identificar os procedimentos e as técnicas recomendados pelo 
Ministério da Saúde para a coleta de sangue de doadores; 
executar coleta de sangue de doadores, obedecendo aos critérios 
técnicos e de controle de qualidade recomendados. 
GUARDE ESTE MANUAL. ELE É SEU. USE-O!
P
Para esclarecimentos de dúvidas e sempre que precisar, 
comunique-se diretamente com: 
TELELAB - CN-DST/AIDS - MS 
Fax gratuito: 0800 - 612436
COLETA DE SANGUE DE DOADORES
SSuummáárriioo
INTRODUÇÃO
O DOADOR DE SANGUE E A UNIDADE HEMOTERÁPICA 7
introdução 9 
motivação para doar 10 
tipos de doação 10 
requisitos para doar 10 
impedimentos à doação 11 
triagem de doadores 12 
instalações 13 
materiais 14 
bolsas usadas para coleta 16 
soluções anticoagulantes e preservadores 18 
condições de utilização das bolsas 19 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 21
preparação para coleta 23 
identificadores de bolsas e tubos 23 
informações contidas nos rótulos das bolsas 24 
como receber o doador 25 
como fazer a coleta 25 
coleta sem homogenizador 28 
coleta sem balança 28 
cuidados após a coleta 28 
recomendações ao doador 29 
INTERCORRÊNCIAS 31
problemas no procedimento 33 
problemas com o doador (reações adversas) 34 
COLETAS ESPECIAIS 35
coleta externa 37 
aférese 37 
armazenamento e transporte de bolsas e amostras 37 
BIBLIOGRAFIA 39
IInnttrroodduuççããoo
São muitos os pacientes que necessitam de transfusão de 
sangue. Toda transfusão é um procedimento complexo, que 
oferece riscos de contaminação do paciente por doenças 
transmissíveis pelo sangue, como a Sífilis, a Aids, as Hepatites, a 
Doença de Chagas e outras. 
Para minimizar esses riscos são necessários cuidados em 
todas as etapas do processo: na seleção e registro de doadores, 
na coleta, no processamento, no armazenamento e transporte do 
sangue, na realização dos exames laboratoriais e na própria 
transfusão.
Este manual apresenta os procedimentos e as técnicas 
recomendados pelo Ministério da Saúde para coleta de sangue de 
doadores. Ao mesmo tempo, alerta você para os critérios de 
controle de qualidade e os cuidados de biossegurança 
indispensáveis para o desempenho de suas tarefas. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 9
OO ddooaaddoorr ddee ssaanngguuee ee aa
UUnniiddaaddee HHeemmootteerrááppiiccaa
O que motiva uma pessoa a doar sangue? 
Na maioria das vezes, o doador comparece à unidade hemoterápica 
atendendo à solicitação de um amigo ou parente. Essas Unidades também 
promovem campanhas para conseguir um maior número de doadores. 
As pessoas conscientes do valor do ato de doar tornam-se doadores 
voluntários e passam a comparecer regularmente às Unidades. 
Quais os tipos de doações efetuadas nas Unidades Hemoterápicas?
Doação Vinculada ou de Reposição: para atender à necessidade de um 
paciente internado; 
Doação Autóloga: doador doa para si próprio; 
Doação Específica: realizada para uma determinada pessoa; 
Doação Convocada: o doador é convocado; 
Doação Voluntária: espontânea e altruísta. 
Que requisitos uma pessoa deve preencher para doar sangue? 
Para doar sangue, a pessoa deve: 
portar documento de identidade com fotografia;ter idade entre 18 e 65 anos; 
ter peso corporal acima de 50 kg; 
estar em bom estado geral de saúde. 
Além disso, o candidato à doação de sangue passa por uma triagem 
para verificar se está em condições de doar ou não. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 10
Que condições impedem uma pessoa de doar? 
Uma pessoa está definitivamente impedida de doar sangue se: 
teve hepatite vira) após os 10 anos de idade, doença de Chagas, Aids, 
sífilis recorrente, diabetes, doença renal crônica, malária (febre quartã), 
hanseníase, câncer, doença de Kreutzfeld-Jacob ou está infectada pelo 
HTLV I/II; 
é hemofílica; 
é alcoolista crônica; 
é usuária de drogas injetáveis; 
tem hipertensão arterial grave ou moderada, dependente de medicação; 
sofre de cardiopatias graves; 
teve convulsão ou epilepsia após a infância; 
possui comportamento de risco para Aids. 
Uma pessoa está temporariamente impedida de doar sangue se: 
passou por cirurgia de grande porte nos últimos seis meses ou de 
pequeno ou médio porte nos últimos três meses; 
está resfriada ou febril; 
é portadora de hipertensão arterial leve (na dependência da avaliação 
clínica); 
está usando medicamentos de uso contínuo (a critério do médico); 
fez tatuagem ou tratamento de acupuntura há menos de um ano; 
está grávida ou amamentando; 
ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas; 
apresenta herpes labial em atividade; 
está anêmica; 
fez doação há menos de 60 dias (homem) ou 90 dias (mulher); 
tomou vacina (os períodos de impedimento estão indicados na legislação 
vigente e variam de acordo com a vacina tomada); 
recebeu transfusão de sangue ou derivados nos últimos 12 meses. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 11
Como é feita a triagem de doadores de sangue? 
Cada unidade estabelece sua rotina de triagem e seleção clínica de 
doadores, de acordo com a demanda e com os recursos materiais e humanos 
disponíveis, devendo cumprir as normas técnicas e a legislação vigente. Em 
geral, a triagem inclui as seguintes etapas: 
Registro do doador 
É obrigatória a identificação clara e inconfundível do doador. Para isso 
ele deve apresentar documento de identidade com fotografia. São registrados 
os dados pessoais tais como: nome completo, data de nascimento, n° do 
documento de identidade, filiação, sexo, cor, profissão, data e destino da 
doação. Importante anotar endereço completo, com CEP e telefone, de modo 
que ele possa ser localizado e, se necessário, convocado. Ao ser registrado, 
passa a integrar o cadastro de doadores e recebe um número próprio. 
Pré-triagem 
Verificação dos sinais vitais (pulso, pressão arterial, temperatura axilar), 
do peso e da altura do doador; 
realização de teste para detectar se é portador de anemia. (hemoglobina 
ou hematócrito); 
hidratação do doador – oferecimento de um líquido açucarado (suco). 
Triagem clínica 
Consiste numa entrevista feita com o doador, visando a proteção do 
próprio doador e a garantia da qualidade do sangue que vai ser doado. Deve 
ser executada por profissional de saúde de nível superior qualificado e 
capacitado, sob supervisão médica. É aplicado um questionário, em local 
privado, onde são abordados aspectos da saúde atual e passada do doador. 
Com base nas respostas do questionário, o profissional encarregado da 
triagem pode determinar a necessidade de ausculta, inspeção de pele ou outro 
procedimento que julgar necessário para avaliar o estado de saúde do doador. 
O questionário deve ser assinado pelo doador ao término da entrevista, 
consentindo na doação e assumindo a responsabilidade pelas informações 
prestadas. O entrevistador também assina a ficha do doador, anotando o 
volume de sangue a ser coletado.
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 12
Nos serviços de menor porte, o Profissional de Saúde que colhe o 
sangue pode também executar algumas dessas tarefas, desde que 
qualificado e sob orientação do médico responsável. 
Na triagem clínica, a experiência do profissional responsável é da maior 
importância para avaliação dos prováveis riscos, tanto para o doador quanto 
para os pacientes que venham a receber o sangue doado. Igualmente 
importante é a sinceridade do doador e a confiabilidade das informações por 
ele prestadas. Para permitir que um doador que tenha mentido ou omitido 
informações importantes possa declarar que o seu sangue não é seguro para 
transfusão, algumas unidades adotam, em sua rotina, o Voto de Auto-
exclusão. Esse voto é feito pelo doador, de forma sigilosa. 
Recomenda se que as unidades hemoterápicas utilizem o Voto de Auto-
exclusão como um recurso a mais para identificar doadores de risco. 
Quais as instalações necessárias para a coleta de sangue em 
Unidades Hemoterápicas? 
Para fazer coleta de sangue, as unidades devem dispor dos seguintes 
espaços: 
recepção: área destinada ao cadastro ou identificação dos doadores, 
localizada junto à sala de espera; 
sala de espera: dimensionada de acordo com a demanda de doadores; 
sala de pré-triagem: com pia, armário para guardar material, mesa e 
cadeiras para o técnico e o doador, balança antropométrica; 
sala de triagem clínica: com mesa e cadeiras para o profissional e o 
doador, armário para material, mesa para exame e pia; 
sala de coleta: com poltronas reclináveis para coleta de sangue, armário 
para materiais, bancada com pia; 
sala de repouso: deve ser anexa às salas de coleta e de lanche, 
devendo conter poltronas reclináveis e materiais de emergência; 
sala de lanche: com ambiente próprio para preparo de lanche, bancada 
com pia, fogão, geladeira, armário, mesas sem quinas com cadeiras em 
número igual ao das poltronas da sala de coleta.
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 13
Quais os materiais necessários para a coleta de sangue em bolsas? 
Material permanente 
poltronas reclináveis para doação de sangue; 
mesa de apoio para os materiais; 
homogeneizadores;
balança para determinar o volume (quando não houver homogeneíza-
dores);
cadeiras para os técnicos; 
relógio de parede; 
alicate de ordenha (dupla e tripla função); 
pinça hemostática ou corta fluxo; 
tesouras; 
biombo;
lixeiras com tampa e pedal; 
microcomputador e acessórios para os serviços informatizados. 
Material de consumo 
bolsas plásticas para coleta de sangue, 
tubos de ensaio de 5 ml com anticoagulante; 
tubos de ensaio de 10 ml sem anticoagulante; 
estantes de arame para tubos de ensaio; 
etiquetas ou rótulos para identificação das bolsas e tubos de ensaio; 
algodão hidrófilo ou gaze; 
esparadrapo ou fita adesiva; 
garrote;
álcool etílico a 70%, ou solução antisséptica; 
solução degermante; 
papel toalha descartável; 
saco para lixo comum e lixo hospitalar; 
recipiente rígido, com boca larga, fechado e contendo hipoclorito de
sódio a 2% para descarte dos materiais perfurocortantes; 
luvas descartáveis; 
sacos de papel; 
jaleco ou avental; 
caneta esferográfica azul ou preta com tinta permanente, atóxica e à
prova d'água. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 14
Material de urgência 
01 ambu adulto; 
01 máscara de ambu adulto; 
01 extensão de O2 para o ambu; 
01 jogo completo de laringoscópio contendo: lâminas curvas números 1,
2, 3 e4 adulto; cabo de laringoscópio adulto; pilhas médias; 
02 cânulas de Guedell (média e grande); 
01 mandril adulto; 
02 cadarços; 
seringas descartáveis de 5 ml, 10 ml e 20 ml; 
06 intermediários para cânula; 
01 jogo de cânulas para entubação adulto números 9,0; 8,5; 8,0 e 7,5; 
01 tubo de látex com 2 metros; 
sonda de aspiração números 12, 14 e 16; 
01 caixa de luvas de procedimento; 
01 cilindro de oxigênio portátil de 3 litros com suporte completo para
transporte contendo: 01 fluxômetro de O2; 02 cateteres de O2 número
08; e 01 copo para umidificação de O2; 
agulhas 40x12, 25x08 e 30x07; 
equipos de soro, macrogotas e microgotas; 
soro fisiológico a 0,9%; 
soro glicosado a 5%; 
dispositivo intra-venoso de curta permanência números 18 e 22; 
lâmina cortante descartável para tubo plástico; 
serrinha;
cuba rim; 
estetoscópio; 
esfigmomanômetro (aparelho de pressão); 
medicamentos de emergência, conforme orientação domédico
responsável. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 15
Quais são as bolsas utilizadas para a coleta de sangue de doadores? 
O sangue de cada doador é coletado em um sistema fechado, estéril e 
apirogênico, constituído por uma bolsa primária ou matriz conectada por tubos 
a bolsas satélites, como você pode ver na Figura 1. 
Figura 1 - Conjunto de bolsas de coleta de sangue: bolsa primária e satélite 
Observe que existe um lacre no tubo de transferência da bolsa primária. 
Esse lacre, chamado tecnicamente de opérculo, impede que o sangue vá para 
as bolsas satélites antes da hora. O sangue é coletado na bolsa primária e 
encaminhado para preparação dos hemocomponentes que são então 
transferidos para a bolsa satélite correspondente. O tubo coletor e os tubos de 
transferência ou de conexão são também chamados de "macarrão", 
"espaguete", "manguito" e outros.
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 16
Esses conjuntos são confeccionados em material composto de PVC 
(cloreto de polivinila) e de um plastificante, e podem ter duas, três ou quatro 
bolsas, como apresentado na Figura 2. 
Figura 2 - Conjuntos de bolsas dupla, tripla e quádrupla
Atenção: o sangue também pode ser coletado em bolsa simples e, nesse 
caso, não é processado e deve ser armazenado como sangue total. 
Independentemente do número de bolsas do conjunto, é a bolsa primária 
que recebe o sangue coletado e, portanto, é nela que fica a solução 
anticoagulante-preservadora.
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 17
Quais as soluções anticoagulantes-preservadoras mais utilizadas? 
No Quadro 1 estão apresentadas as soluções anticoagulantes-
preservadoras que ficam na bolsa primária, sua composição e o tempo, em 
dias, de validade para sangue total (ST) e concentrado de hemácias (CH). 
Quadro 1 - Soluções anticoagulantes-preservadoras mais utilizadas na bolsa 
primária
SOLUÇÕES COMPOSIÇÃO VALIDADE (ST e CH)
ACD
Ácido cítrico 
Citrato de sódio 
Dextrose
21 dias 
CPD
Ácido cítrico 
Citrato de sódio 
Fosfato de Sódio 
Dextrose
21 dias 
CPDA-1
Ácido cítrico 
Citrato de sódio 
Fosfato de Sódio 
Dextrose e Adenina 
35 dias 
A bolsa primária contém, aproximadamente, 63 ml de solução 
anticoagulante-preservadora que é suficiente para coletar um volume de 
sangue de 450 ml ± 45 ml, ou seja, entre 405 e 495 ml. 
Quais as funções das soluções anticoagulantes e preservadoras? 
As substâncias que compõem as soluções anticoagulantes-
preservadoras têm as seguintes funções: 
manter a fluidez do sangue, impedindo sua coagulação; 
manter a função dos elementos celulares do sangue o maior tempo 
possível. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 18
O que é uma solução aditiva? 
É uma solução que aumenta a sobrevida e possibilita o armazenamento 
das hemácias por até 42 dias entre 2ºC a 6°C. Existem conjuntos de bolsa 
múltiplas que, além da solução anticoagulante-preservadora na bolsa primária, 
apresentam uma solução aditiva em uma das bolsas satélites. Um exemplo de 
solução aditiva é o SAG-manitol composto por soro fisiológico, adenina, glicose 
e manitol. 
Como verificar a condição de utilização das bolsas? 
Para saber se um bolsa para coleta de sangue está em perfeita 
condições de uso você deve inspecionar: 
a integridade da embalagem de um conjunto de bolsas. Caso esta 
embalagem esteja danificada, tendo as bolsas individualmente
atingidas, descarte-as; 
a integridade de cada bolsa, verificando a presença de partículas 
fungos e alteração da cor e do volume da solução anticoagulante; 
o prazo de validade da bolsa impresso no rótulo; 
se todos os tubos da bolsa estão identificados com o mesmo número. 
As bolsas que apresentarem qualquer alteração devem ser embaladas e 
claramente identificadas, sendo então encaminhadas à chefia do setor 
que dará o destino correto a cada caso.
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 19
Como preparar o ambiente para realizar a coleta? 
Antes de iniciar a coleta propriamente dita, você deve: 
verificar se a sala de coleta está limpa, bem ventilada e com 
iluminação adequada; 
verificar se a temperatura da sala está adequada aos doadores e 
funcionários. É indicada uma temperatura entre 20ºC e 24ºC, pois
temperaturas elevadas favorecem a ocorrência de reações adversas 
nos doadores; 
verificar se há materiais suficientes e em condições de uso para as 
atividades do dia; 
distribuir os materiais nos locais onde serão utilizados, organizando o 
ambiente para o início das atividades; 
verificar as condições de funcionamento dos homogeneizadores; 
identificar as bolsas e os tubos de ensaio que serão utilizados.
Como fazer a identificação das bolsas e dos tubos de ensaio? 
A identificação das bolsas e tubos de ensaio deve ser feita por sistema 
numérico ou alfanumérico. O número ou alfanúmero deve ser aposto de 
maneira legível e clara nas bolsas primária e satélites, não devendo ser 
rasurado, removido ou encoberto posteriormente por órgãos, setores ou 
indivíduos que venham a manipular o produto. 
A identificação das bolsas e dos tubos de ensaio deve estar 
correlacionada com a ficha de triagem do doador e com o voto de auto-
exclusão (quando houver), permitindo o acompanha-mento das bolsas 
desde a coleta até o fim do ato transfusional. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 23
Quais as informações que devem constar nos rótulos das bolsas 
na fase de coleta? 
As bolsas vêm com um rótulo que já contém algumas informações, além 
de espaços para anotação dos seguintes dados: 
nome e endereço da instituição coletora; 
data da coleta e validade do sangue; 
identificação da doação (numérica, alfanumérica ou código de 
barras);
volume aproximado do sangue coletado; 
horário de início e término da coleta; 
identificação do flebotomista (profissional que coletou o sangue). 
Veja, na Figura 3, exemplo de um rótulo de bolsa: 
Figura 3 - Exemplo de rótulo de bolsa de sangue 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 24
Como receber o doador para realizar a coleta? 
Vista o jaleco ou avental; 
receba o doador com simpatia e cordialidade, tratando-o pelo nome 
completo. Dê atenção e assistência constante ao doador, de maneira 
que ele se sinta bem e queira retornar, tornando-se um doador de 
sangue habitual; 
verifique se ele passou pelos procedimentos de triagem; 
informe sobre todos os procedimentos a serem adotados, visando 
diminuir a ansiedade, o nervosismo e o medo; 
indique o local para que ele faça a limpeza dos braços, orientando-o no 
procedimento;
peça para que ele se sente na poltrona de coleta, posicionando-o 
adequadamente. 
Após estes procedimentos você está em condições de iniciar a coleta de 
sangue propriamente dita. 
Como fazer a coleta de sangue em bolsas? 
1. Lave as mãos e calce as luvas; 
2. verifique se a pele do doador no local da punção está íntegra, sem lesões 
e escolha o braço a ser puncionado; 
3. garroteie o terço médio do braço a ser puncionado, para melhor 
visualização da veia, sem impedir a circulação arterial. O pulso radial deve 
manter-se palpável; 
4. determine o melhor acesso venoso na região antecubital do braço (dobra 
do cotovelo); 
5. faça uma antissepsia ampla do local com movimentos circulares de dentro 
para fora em espiral. Utilize algodão embebido em álcool etílico a 70% ou 
solução antisséptica; 
A veia não deve ser palpada após a preparação do campo para a 
punção. Se houver necessidade, faça-o somente após a agulha ter 
ultrapassado a pele e evite "tapinhas" no local a ser puncionado. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 25
6. posicione a bolsa adequadamente no homogeneizador, abaixo do braço 
do doador, para promover um bom fluxo de sangue; 
7. faça um nó frouxo, tipo laçada, no tubo de coleta da bolsa (macarrão), a 
mais ou menos 15 cm da agulha; 
8. feche o tubo de coleta com auxílio de uma pinça hemostática ou corta 
fluxo acima do nó para impedir a entrada de ar no sistema; 
9. remova a capa protetora da agulha o mais próximo possível do lacre; 
10. faça a flebotomia (punção venosa) da seguinte forma: 
coloque o polegar de sua mão livre abaixo do sítio de punção, 
mantendoa pele distendida (esticada). Em seguida, com a agulha em 
ângulo de ± 45º em relação ao antebraço e com o bisel voltado para 
cima, perfure a pele; 
reduza a inclinação da agulha para um ângulo de 10º a 20º e perfure a 
veia, procurando seguir seu alinhamento, com o cuidado de não 
transfixá-la. Introduza a agulha 1 cm ou 2 cm para maior segurança; 
11. fixe a agulha no braço do doador com esparadrapo e afrouxe o garrote; 
12. abra a pinça hemostática para permitir a passagem do sangue para o 
interior da bolsa; 
Observe sempre o fluxo do sangue para a bolsa. 
13. anote no rótulo da bolsa o horário do início da coleta; 
14. anote na ficha de triagem do doador o número da bolsa e das amostras; 
15. solicite ao doador que faça movimentos lentos e contínuos de abrir e 
fechar a mão; 
Observe continuamente as reações do doador 
16. ligue o homogeneizador para misturar o sangue com o anticoagulante 
durante a coleta (ou faça a homogeneização manualmente); 
17. feche o nó firmemente após coletar o volume determinado;
Colete o volume de sangue previamente determinado em, no máximo, 15 
minutos, para evitar formação de coágulos. 
18. anote no rótulo da bolsa o horário do término da coleta; 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 26
19. solte o garrote, ordenhe o tubo de coleta com auxílio de alicate de dupla 
ou tripla função a uns 5 cm acima do nó em direção à agulha para evitar 
respingos de sangue. Pince e seccione (corte) o tubo de coleta;
20. colete duas ou três amostras para exames laboratoriais 
(imunohematológicos e sorológicos) de acordo com a rotina do serviço. 
Atenção: coloque a ponta do tubo de coleta (macarrão) dentro do tubo de 
ensaio, abra a pinça e deixe o sangue escorrer pela parede do tubo 
para evitar a hemólise da amostra. Homogeneíze o tubo que contém 
solução anti-coagulante. 
21. libere o garrote, remova a fixação da agulha com auxílio de algodão seco 
e limpo sobre a pele e retire a agulha; 
22. descarte a agulha em caixa coletora apropriada. Nunca reencape agulhas; 
23. solicite ao doador que faça compressão no local com algodão por mais ou 
menos 3 minutos sem dobrar o braço; 
24. repita o processo de ordenha no sentido nó-bolsa por três vezes, 
imediatamente após a coleta, para misturar o sangue do tubo coletor com 
o anticoagulante e a solução preservadora contidas na bolsa, não 
esquecendo de homogeneizar o conteúdo da bolsa a cada ordenha; 
25. faça curativo compressivo no local da flebotomia com esparadrapo ou 
curativo adesivo e solicite ao doador que permaneça deitado. 
Atenção: durante a doação, o movimento de abrir e fechar a mão (passo 15) 
não deve ser feito com o auxílio de uma bolinha, quando o braço 
escolhido para a flebotomia for o mesmo do dedo puncionado para 
o teste de anemia. Isto porque, em alguns casos, pode ocorrer 
sangramento do dedo e possível contaminação da bolinha. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 27
Como proceder para fazer uma coleta de sangue de boa qualidade, 
nas Unidades Hemoterápicas que não possuem homogeneizadores? 
Homogeneize a bolsa manualmente, com freqüência e de forma 
delicada, para impedir a formação de coágulos e a hemólise das 
amostras;
utilize uma balança para obter o volume indicado de sangue; 
zere a balança antes de iniciar a coleta, descontando o peso da 
bolsa;
deixe a balança a um nível abaixo do braço do doador, para obter um 
bom fluxo de sangue.
Como proceder quando não houver balança? 
Nesse caso, utilize uma bolsa padronizada contendo água até o volume 
desejado, para comparar com o volume coletado. 
Quais os cuidados imediatos após a coleta de sangue? 
Ao terminar a coleta de sangue: 
feche hermeticamente a bolsa de sangue com seladora dielétrica, 
grampo metálico ou com um nó firme no tubo de coleta; 
confira novamente os dados da bolsa, dos tubos de ensaio e da ficha 
de triagem para evitar trocas; 
coloque a bolsa e os tubos em local adequado, conforme sua rotina 
de trabalho. 
Enquanto realiza esses procedimentos: 
mantenha o doador deitado sob observação por 5 a 10 minutos; 
oriente o doador sobre as recomendações que ele deve seguir após a 
doação;
encaminhe o doador à sala de lanche para que ele receba 
alimentação e hidratação adequadas antes da sua liberação; 
agradeça e encoraje o doador a voltar.
Atenção: o doador deve ser observado e acompanhado até o momento de 
sua liberação.
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 28
Que recomendações devem ser seguidas pelo doador após a 
doação? 
Permanecer nas dependências da unidade por, pelo menos, 15 
minutos.
não fumar nos primeiros 30 minutos após a doação; 
ingerir bastante líquido nas primeiras seis horas; 
evitar a ingestão de bebida alcoólica até a próxima refeição; 
alimentar-se normalmente; 
remover o curativo após quatro horas; 
em caso de sangramento fazer compressão local até o estancamento; 
interromper atividades de risco nas próximas 12 horas para: 
operadores de máquinas de corte ou prensa, motoristas de veículos 
coletivos e 24 horas para trabalhadores em andaimes, pessoal de vôo 
ou pára-quedistas, mergulhadores, etc.; 
na presença de enjôos e tontura, deitar-se ou sentar-se com a cabeça 
entre os joelhos; se os sintomas persistirem, entrar em contato ou 
retornar à unidade para avaliação médica; 
retornar à unidade caso ocorram problemas no local da punção (dor, 
acúmulo de sangue, vermelhidão, etc.); 
comunicar à unidade caso venha a ter qualquer doença que possa 
ser transmitida pelo sangue. 
Além dessas recomendações, informar ao doador quanto ao intervalo 
entre uma e outra doação (dois meses para homens e três meses para 
mulheres). 
É aconselhável entregar as recomendações ao doador, por escrito, para 
que ele possa consultá-las. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 29
Que problemas podem ocorrer durante a coleta de sangue de 
doadores?
Durante a doação podem ocorrer problemas no procedimento de coleta e 
problemas com o doador (reações adversas). 
Quais os principais problemas referentes ao procedimento de 
coleta? 
Veja os principais problemas que podem ocorrer no procedimento e qual 
a conduta indicada em cada caso: 
PROBLEMA CONDUTA
A flebotomia não teve êxito (agulha fora 
da veia; o sangue não flui). 
Interrompa o procedimento. 
Pergunte ao doador se ele autoriza uma nova punção. 
Caso o doador autorize, repita o procedimento no outro 
braço, utilizando novo material de coleta.
Punção arterial (sangue vermelho vivo, 
fluindo rápido, em jatos ritmados).
Interrompa o procedimento.
Pressione fortemente o local da flebotomia por, pelo 
menos, 10 minutos. 
Faça um curativo compressivo.
Aplique gelo no local por 15 minutos; dispense o doador 
e oriente-o para que continue colocando bolsa de gelo em 
casa.
Diminuição no fluxo de saída do sangue 
devido a: 
dobra no tubo de coleta; 
garrote apertado; 
colabamento da veia. 
Verifique o tubo de coleta.
Afrouxe o garrote. 
Afrouxe o garrote, manobre cuidadosamente a agulha e 
alinhe a com a veia, antes de fixá-la novamente.
Hematomas (acúmulo de sangue no 
local da punção). 
Interrompa o procedimento. 
Faça curativo no local da punção. 
Coloque bolsa degelo no local por 15 minutos. 
Pergunte ao doador se ele autoriza uma nova punção. 
Atenção: Caso ocorra algum acidente com a bolsa ou com os tubos e 
derrame ou respingue sangue, isole a área atingida. Promova a 
desinfecção com hipoclorito a 2% ou água oxigenada a 10 vol, 
deixando por cinco minutos. Após esse tempo, faça a limpeza e 
descarte a bolsa ou o tubo conforme a rotina do serviço. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 33
Com relação ao doador, podem ocorrer reações adversas de leves a 
graves. Cabe ao profissional que está fazendo a coleta estar atento a todas as 
reações do doador para atendê-lo, interromper o procedimento e chamar o 
médico, quando necessário. 
Quais as reações adversas que o doador pode apresentar?
Veja os principais problemas que podem ocorrer com o doador e como 
proceder em cada caso: 
PROBLEMA CONDUTA 
Ansiedade e nervosismo Converse com o doador para descontraí-lo. 
Redobresua atenção a esse doador.
Palidez, sudorese e calor intenso Afrouxe a roupa do doador para que ele se sinta 
confortável. 
Coloque-o em posição de Trendelemburg (cabeça baixa e 
pernas elevadas) reclinando a poltrona. 
Interrompa o procedimento de coleta. 
Verifique pressão, pulso e respiração.
Freqüência respiratória aumentada Dê um saco de papel para que o doador respire dentro 
dele. 
Interrompa o procedimento e chame o médico. 
Náusea e vômito Interrompa o procedimento. 
Ofereça recipiente para vômito (cuba rim), água e toalha. 
Tontura, perda da consciência 
(desmaio) 
Interrompa o procedimento. 
Coloque em posição de Trendelemburg. 
Chame o médico. 
Tetania (formigamento, tremores, 
abalos e/ou contraturas musculares) ou 
convulsões (abalos musculares com 
perda da consciência e relaxamento de 
esfíncteres) ou 
parada cardio-respiratória.
CHAME O MÉDICO 
Interrompa imediatamente o procedimento. 
Coloque o doador em decúbito dorsal, de preferência no 
chão. 
Proteja a língua do doador com um rolo de gaze ou com a 
cânula de Guedell. 
Mantenha a cabeça do doador em hiperextensão para 
facilitar a passagem de ar. 
Isole a área com biombo ou transfira o doador para a sala 
de repouso. 
Encaminhe a um serviço de emergência, se necessário. 
Toda reação adversa deve ser anotada na ficha de triagem. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 34
O que é coleta externa? 
É a coleta realizada fora da unidade hemoterápica. Em algumas 
localidades são utilizados ônibus adaptados para esse fim. Devem ser 
seguidos todos os procedimentos indicados para triagem de doadores, para a 
coleta do sangue e das amostras e para o transporte das bolsas e tubos. 
O que é aférese?
A aférese é uma modalidade de coleta que consiste na remoção de 
sangue de doador único, selecionando e retendo, em equipos especiais, o 
componente desejado e devolvendo os demais elementos ao próprio doador. 
Esse procedimento requer instalações adequadas e profissionais de nível 
superior, qualificados e treinados, atuando em presença do médico 
responsável. Este tipo de coleta é muito utilizado para transfusão em pacientes 
portadores de doenças hematológicas. 
Como devem ser armazenadas e transportadas as bolsas de 
sangue após a coleta?
As bolsas devem ser mantidas em temperatura entre 20ºC e 24ºC por, 
no máximo, oito horas, até a preparação dos hemocomponentes.
Atenção: essa temperatura e esse prazo devem ser rigorosamente 
observados também nos casos em que as bolsas precisam ser 
transportadas. 
Para transporte, acondicione as bolsas em caixa térmica, da seguinte 
maneira:
1. forre o fundo da caixa com uma camada de gelo reciclável; 
2. cubra o gelo com pedaços de papelão. O papelão protege as bolsas do 
contato direto com o gelo; 
3. arrume as bolsas na caixa, mantendo-as deitadas; 
4. coloque um termômetro de máxima e mínima entre as bolsas; 
5. cubra as bolsas com papelão; 
6. complete a caixa com outra camada de gelo reciclável; 
7. feche a caixa hermeticamente; 
8. cole, na tampa da caixa, uma etiqueta com nome e endereço da instituição 
destinatária, nome do setor responsável pelo recebimento, nome, endereço 
e telefone da instituição remetente, horários do preparo e envio e assinatura 
da pessoa que preparou a embalagem. 
Combine com a Instituição destinatária os dias e horários adequados 
para o envio das bolsas. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 37
Como devem ser armazenadas e transportadas as amostras de 
sangue para exames sorológicos e imunohematológicos? 
As amostras de sangue podem ficar à temperatura ambiente por um 
limite máximo de 12 horas. 
A armazenagem e o transporte devem ser efetuados da seguinte 
maneira:
1. coloque os tubos tampados em estantes apropriadas; 
2. acondicione as estantes em saco plástico, transparente, bem vedado; 
3. arrume as estantes em caixa térmica de tamanho adequado; 
4. utilize isopor picado ou papel amassado para proteger os tubos 
contra trepidação do veículo; 
5. feche a caixa hermeticamente; 
6. cole sobre a tampa da caixa uma etiqueta com o nome e endereço da 
instituição destinatária, nome do setor responsável pelo recebimento, 
data, horário de preparo e envio e assinatura do responsável pelo 
preparo da embalagem. 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 38
AMERICAN ASSOCIATION OF BLOOD BANKS. Standards for Blood Banks 
and Transfusion Services. 18th edition, 1997. 
Technical manual. 12th edition, 1996. 
THE JOURNAL OF LABORATORY AND CLINICAL MEDICINE. Quantitative 
assesment of platelet morfhology by light scattering: a potential method 
for the evaluation of platelets for transfusion. 103: 6220-631. 
MINISTERIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria 121. 
Roteiro para inspeção em unidades hemoterápicas. Normas gerais de 
garantia de qualidade para unidades hemoterápicas. Brasília, novembro 
de 1995. 
Portaria 1.376. Normas técnicas para coleta, processamento e 
transfusão de sangue, componentes e derivados. Brasília, novembro de 
1993.
Portaria 003. Regulamento técnico para bolsas plásticas 008/87. 
Acondicionamento de sangue humano e seus componentes. Brasília, 
julho de 1988. 
HARMENING D. Técnicas modernas em banco de sangue e transfusão. 2ª 
edição, editora Revinter, 1992. 
GAIL ROCK; MJ SEGHATCHIAN. Quality Assurance in Transfusion Medicine. 
Methodological Advances and Clinical Aspects – Vol. II – 1993 – CRC 
Press 
PORTARIA MERCOSUL GMS/RES N° 130/96 
COLETA DE SANGUE DE DOADORES 41
Agradecimentos: 
Fundação Hemocentro de Brasília 
Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina – HEMOSC 
Instituto Estadual de Hematologia do Rio de janeiro - HEMORIO 
Agradecimento Especial: 
Beatriz Mac Dowell Soares, José Antônio de Faria Vilaça e aos servidores da 
Fundação Hemocentro de Brasília, pelo apoio incondicional para a execução 
deste projeto. 
Projeto gráfico, arte-final e impressão: 
	INTRODUÇÃO O DOADOR DE SANGUE E A UNIDADE HEMOTERÁPICA
	introdução
	motivação para doar
	tipos de doação
	requisitos para doar
	impedimentos à doação
	triagem de doadores
	instalações
	materiais
	bolsas usadas para coleta
	soluções anticoagulantes e preservadoras
	condições de utilização das bolsas
	COLETA DE SANGUE DE DOADORES
	preparação para coleta
	identificação de bolsas e tubos
	informações contidas nos rótulos das bolsas
	como receber o doador
	como fazer a coleta
	coleta sem homogeneizador
	coleta sem balança
	cuidados após a coleta
	recomendações ao doador
	INTERCORRÊNCIAS
	problemas no procedimento
	problemas com o doador (reações adversas)
	COLETAS ESPECIAIS
	coleta externa
	aférese
	armazenamento e transporte de bolsas e amostras
	BIBLIOGRAFIA

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