Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hiago Manoel Araujo Medicina UniFTC-P2 ESTRONGILOIDÍASE · AGENTE ETIOLÓGICO -Nematelminto -Família: Strongyloididae -Espécie: Strongyloides stercoralis -Encontrado em solo ou água de regiões tropicais e subtropicais -Rico em O2, umidade (95%), matéria orgânica -Temperatura ideal- 35 a 40°C -Infecções assintomáticas (exceto imunodeprimidos) -Comum em áreas rurais -Forma de transmissão facilitada: penetração cutânea, via oral -Parasito oportunista Pode levar a morte em casos graves (Imunodepressão) -Diferença dos Ancilostomídeos: Menores com larva filarioide de cauda bifurcada, larva rabditoide com vestíbulo bucal curto, cauda afilada, primórdio genital nítido -FORMAS EVOLUTIVAS: -Larva parasitária: Fêmea PARTENOGÊNICA (triploide- 3n) – única que parasita humano -Pode gerar ovos com larvas rabditoides (3n) Viram larvas filarioides 3n (Ciclo direto) -Pode gerar ovos com larvas rabditoides 2n e n -Indivíduos 2n: Fêmeas de vida livre (maiores) -Indivíduos n: Machos de vida livre (menores) -Indivíduos de vida livre cruzam no solo e geram ovo com larva rabditoide 3n Viram larvas filarioides 3n (Ciclo indireto) -Evolução: Larva rabditoide (L1 e L2)- esôfago dilatado Larva filarioide (L3)- Infectante (sempre 3n) -HABITAT: -Fêmea partenogenética: mucosa intestinal – região do duodeno (aporte nutricional) -Larvas rabditoides: região perianal ou solo Reprodução (se indivíduos de vida livre) -Larvas filarioides (Fêmea partenogênica antes de se tornar parasita): solo ou tecidos humano -CICLO EVOLUTIVO -Ciclo Monoxênico (apenas homem hospedeiro) -Indivíduo parasitado Ciclo DIRETO -Libera ovo triploides no solo com material fecal -Ovos eclodem em larvas rabditoides (3n) -Evoluem para larva filarioides (3n) -Infecta novos humanos Ciclo INDIRETO -Libera ovos 2n ou n com o material fecal (em casos de hiperparasitismo, há constipação e eclosão do ovo ainda no intestino – libera já larva) -Ovos eclodem em larvas rabditoides -2n: fêmeas de vida livre -n: machos de vida livre -Cruzamento de larvas rabditoides no solo (ainda não infectantes) -Gera ovos 3n que eclodem em larvas rabditoides (3n) -Viram larvas filarioides (3n) -Infecta novos humanos por penetração em mucosas (perianal, oral...) Prurido (resposta inflamatória por eosinófilos, macrófagos e mastócitos) -Pode haver quadro de urticária generalizada (penetração de várias larvas na região) -L3 produz melanoproteases (enzimas que degradam colágeno e queratina) Permite migração cutânea até encontrar vasos (GEOGRAFISMO) -Entrou na corrente sanguínea Coração (átrio e ventrículo D) Tronco Pulmonar Ciclo de Loss -Chegada nos alvéolos L3 vira L4 Síndrome de Loeffler (Pneumonia eosinofílica- IgE, macrófagos, eosinófilos...) -Micro hemorragias- perfuração dos alvéolos pela migração Hemoptise -Subida da larva por árvore traqueobrônquica -Deglutição Estômago (Morte de grande parte por HCl) Sobreviventes vão ao Intestino delgado -Transformação em L5 e depois em FÊMEA PARTENOGÊNICA Liberação de ovos -Instalação da larva na mucosa intestinal Hematofagismo Processo inflamatório (Th2 – Liberação de IgA) -Maléfico Afetar microbiota intestinal – maior infecção – sepse -Enterite catarral Diarreia em excesso -Enterite edematosa Constipação e - fechamento do lúmen Armazenamento do material fecal Retenção de ovos -Eclosão interna do ovo e liberação de larvas no intestino Autoinfecção -Enterite ulcerosa Formação úlceras na mucosas – infecção por microbiota e inviabiliza absorção nutricional -Casos de anemia são menos comuns por hematofagismo menos intenso (parasita de pequeno porte) · TRANSMISSÃO -Hetero ou primo-infecção: penetração por pele ou mucosas (boca, esôfago ou pés – alimentos infectados...) -Autoinfecção externa: eclosão do ovo em região perianal e “repenetração” (falta de higiene) -Autoinfecção interna: eclosão do ovo dentro do intestino por fechamento do lúmen – cronificação -Hiperinfecção: Aumento do número de parasitas por autoinfecção Disseminação por tecidos e formação de resposta inflamatória (em imunodeprimidos) · RESPOSTA IMUNE -Ciclo de Loss Liberação de IgA – Produção de muco Instaura Síndrome de Loeffler – IgE + Eosinófilo + Mastócitos = Resposta alérgica Liberação de Histamina – Vasodilatação Recruta mais células de defesa (QUADRO AGUDO) -Ciclo intestinal: atenuação da resposta inflamatória (evita atingir microbiota) Indução de resposta linfocítica T CD4 Th2 Libera IL4 Ativa Linfócitos B PlasmócitosAnticorpo -Liberação de IL5 Recruta eosinófilo e produz IgA (Facilita disseminação- resposta tênue) Resposta Th1 (menos intensa) TNF e IL1 induz células caliciformes Produção intensa de muco Diarreia -Em quadros crônicos Diarreia vira constipação pelo excesso de líquido na mucosa (induz autoinfecção) -Em imunodeprimidos Grande lesão tecidual (ação de Linf. T CD8) – Mais fácil disseminação · SINAIS E SINTOMAS -Fase Aguda: -Lesões pruriginosas na pele (pápulas) e urticária -Síndrome de Loeffler com hemoptise -Dor abdominal inespecífica (úlcera duodenal) -Fase Crônica: -Manifestações digestivas -Diarreias intensas, náuseas, vômitos -Tosse, sibilos, dispneia, hemoptise, dor torácica -Constipação -Meningite e abcessos encefálicos · DIAGNÓSTICO -Clínico (muito parecido com outras parasitoses) -Laboratorial: Procura do parasito (Exame de fezes: mais comum), endoscopia, testes imunológicos · TRATAMENTO -Tiabendazol, Albendazol, Cambendazol -Ivermectina (Anita) -Dieta leve e rica em fibras -Balanço eletrolítico
Compartilhar