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TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS POR MEIO DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS

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Revisões bibliográficas 
 
EVIDÊNCIA DA TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS POR MEIO DA 
HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS 
 
A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o 
cuidado ao paciente. Desde o estudo de Semmelweis, no século XIX, as mãos 
dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de 
microrganismos no ambiente hospitalar. 
A contaminação das mãos dos profissionais pode ocorrer durante o contato 
direto com o paciente ou por meio do contato indireto com produtos e 
equipamentos no ambiente próximo a este, como bombas de infusão, barras 
protetoras das camas e estetoscópio, entre outros. Bactérias multirresistentes e 
 mesmo fungos como Candida parapsilosis e Rhodotorula spp. podem fazer 
parte da microbiota transitória. 
Estudos observacionais demonstraram, por exemplo, que a transmissão do vírus 
sincicial respiratório ocorria de acordo com o tipo de contato. Esse vírus foi 
isolado das mãos de profissionais que tiveram contato direto com o paciente ou 
com superfícies contaminadas próximas ao paciente. 
Além disso, surtos causados por bacilos Gram-negativos já foram associados à 
reduzido de mãos e ao número baixa adesão às práticas de higienização das 
surto ocorrido em uma unidade de uncionários. Por exemplo, em um f
 neonatologia de um hospital brasileiro, verificou-se que a proporção de 
funcionários no início do surto era de uma enfermeira para cada 6,6 pacientes. 
 ante o surto, diminuiu para uma enfermeira para cada Dur 12 pacientes. 
Entre as medidas implementadas no controle de surtos de infecção relacionada 
à assistência à saúde, a higienização das mãos sempre exerceu um papel 
preponderante. Muitos surtos são controlados após a adoção de medidas que 
melhoram a adesão a essa prática, como intervenção educacional, uso de novos 
produtos como gel alcoólico e melhorias relacionadas ao número e à localização 
de lavatórios/pias. 
 
 
CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO DE MICROORGANISMOS 
MULTIRESISTENTES 
Nos últimos anos, as infecções relacionadas à assistência à saúde, causadas 
por microrganismos multirresistentes com relevância epidemiológica, têm sido 
motivo de grande preocupação nos hospitais brasileiros. A definição de 
multirresistência, entretanto, é muito variável e depende da complexidade de 
cada hospital. Geralmente, um microrganismo é considerado multirresistente 
quando apresenta resistência a duas ou mais classes de antimicrobianos. 
Os principais microrganismos multirresistentes que causam infecções 
relacionadas à assistência à saúde são: MRSA, VRE, cepas produtoras de beta-
lactamases de espectro estendido (Extended-Spectrum Beta-Lactamases – 
ESBL) e bactérias Gram-negativas resistentes aos carbapenens. 
Diferentemente dos hospitais americanos, o VRE não representa um problema 
tão importante no nosso meio. As bactérias Acinetobacter spp. e Pseudomonas 
aeruginosa resistentes aos carbapenens, entretanto, tornaram-se 
particularmente problemáticas nos hospitais latino-americanos, incluindo os 
brasileiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos 
dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à 
assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído 
por “higienização das mãos”, englobando a higienização simples, a higienização 
antisséptica, a fricção antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos. 
A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: remoção de 
sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e microbiota da pele, 
interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato; prevenção e 
redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. 
Apesar de as evidências mostrarem a importância das mãos na cadeia de 
transmissão das infecções relacionadas à assistência à saúde e os efeitos dos 
procedimentos de higienização das mãos na diminuição das taxas de infecção, 
os profissionais de saúde ainda adotam uma atitude passiva diante deste 
problema de saúde pública mundial. 
Um fator que precisa ser avaliado é o tempo necessário para que os profissionais 
de saúde higienizem as suas mãos. Sendo assim, o fácil acesso aos suprimentos 
utilizados para a higienização das mãos é essencial para a adesão desses 
profissionais à prática em questão. 
Um estudo conduzido em uma UTI demonstrou que os profissionais de saúde 
levaram, em média, 62 segundos para deixar a beira do leito, caminhar até a pia, 
proceder à higienização simples das mãos e voltar a cuidar do paciente. Por 
outro lado, em cerca de 1⁄4 desse tempo pode-se realizar a fricção das mãos 
com preparações alcoólicas disponibiliza- das à beira do leito de cada paciente. 
A aplicação da técnica de higienização das mãos torna-se inadequada, na 
prática diária, pelo esquecimento de algumas de suas etapas (passo a passo), 
havendo preocupação, por parte dos profissionais de saúde, com a quantidade 
e não com a qualidade desse ato. As principais falhas na técnica ocorrem, 
principalmente, pela não-utilização de sabonete e pela não observação das 
superfícies das mãos a serem friccionadas, entre outras. 
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de 
saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes e que manipulam 
medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. Recomenda-se, 
ainda, que familiares, acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e 
após terem contato com os pacientes nos serviços de saúde. 
 
Referências bibliográficas 
 
ALMEIDA JÚNIOR, João Nóbrega de; BOSZCZOWSKI, Ícaro; COSTA, Silvia 
Figueiredo. SEGURANÇA DO PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚDE 
Higienização das mãos: Controle da disseminação de organismos 
multirresistentes. Anvisa. Disponível em: 
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes?tas
k=callelement&format=raw&item_id=241&element=f85c494b-2b32-4109-b8c1-
083cca2b7db6&method=download&args%5B0%5D=19eb381a4af39a18dd6c7a
a43dec12e3>. Acesso em: 28 out. 2018. 
 
HEIKO, Fabiana Cristina de Sousa; SANTANA, Thereza. SEGURANÇA DO 
PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚDE Higienização das mãos: Higienização 
das mãos. Anvisa. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_sau
de_higienizacao_maos.pdf>. Acesso em: 28 out. 2018. 
 
JÂNIO, João Nóbrega de Almeida; COSTA, Silvia Figueiredo. SEGURANÇA DO 
PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚDE Higienização das mãos: EVIDÊNCIA DA 
TRANSMISSÃO DE PATÓGENOS POR MEIO DAS MÃOS. Anvisa. Disponível 
em: 
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes?tas
k=callelement&format=raw&item_id=241&element=f85c494b-2b32-4109-b8c1-
083cca2b7db6&method=download&args%5B0%5D=19eb381a4af39a18dd6c7a
a43dec12e3>. Acesso em: 28 out. 2018.

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