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TRABALHO PATOLOGIA FORMATADO 1

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UNIVERSIDADE MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
CARLA BRUNELE
EVELYN CARNEIRO
PRISCILLA CALDAS
ROSA NAIARA
ROZIANE SANTOS
SUELI DOS SANTOS
PATOLOGIA
QUAIS SÃO AS ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS GERADAS PELAS INFECÇÕES CAUSADAS PELO ZIKA VÍRUS.
III SEMESTRE NOTURNO
Salvador/2018
QUAIS SÃO AS ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS GERADAS PELAS INFECÇÕES CAUSADAS PELO ZIKA VÍRUS.
III SEMESTRE NOTURNO
Relatório apresentado à disciplina de patologia. Sob orientação do professor Vinícius Rocha, referente ao projeto de extensão, como exigência parcial de avaliação da I unidade, do semestre 2018.1
Salvador/2018
Sumário
01. O vírus Zika..........................................................................................................04
02. Formas de Transmissão.......................................................................................04
03. Alterações Neurológicas Causadas pelo Zika vírus.............................................05
04. Síndrome de Guillain-barré..................................................................................05
05. Sintomas de síndrome de Guillain-barré......................................................................06
06. Diagnóstico de Síndrome de Guillain-barré.....................................................................................06
07. Microcefalia..................................................................................................07 e 08
08. Conclusão.............................................................................................................09
09. Bibliografia............................................................................................................10
O ZIKA VÍRUS 
Zika Vírus (ZIKV) é um arbovírus (do inglês, ARthropod-BOrne VIRUS) do gênero Flavivirus, transmitido no Brasil pelo mosquito Aedes aegypti. No entanto, outras espécies de Aedes já foram confirmadas como transmissoras em diferentes locais do mundo. Este vírus foi isolado inicialmente na floresta de Zika na Uganda em 1947 em macaco Rhesus, sendo que a primeira infecção humana foi documentada apenas em 1954. Até 2007, apenas 14 casos humanos haviam sido documentados na literatura médica, sempre como casos esporádicos. Até que no ano de 2007, a primeira epidemia conhecida ocorreu na ilha de Yap (Micronésia, pop. 6.892 hab.) com 49 casos confirmados laboratorialmente. Nesta epidemia, estimou-se que 73% da população foram infectados e 13,3% apresentaram sintomas. Entre outubro de 2013 e março de 2014 uma nova epidemia atingiu a Polinésia Francesa com estimativa de que 28.000 pacientes procuraram os serviços de saúde (11% da população de 268.270habitantes). 
No primeiro semestre de 2015, a transmissão do vírus Zika foi documentada no Brasil. Em seguida, outros países da América relataram a transmissão do vírus, sendo que até a presente data, 61 países e territórios no mundo já confirmaram transmissão vetorial e seis países relataram infecção adquirida, provavelmente por transmissão sexual (Argentina, França, Itália, Nova Zelândia e os Estados Unidos da América). 
FORMAS DE TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO
O Zika vírus, assim como o vírus da dengue, é predominantemente transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, mas existem outras formas de transmissão: transmissão vertical (da mãe para o filho, intrauterina), a transmissão através de transfusão de hemoderivados e através de relação sexual. A prevenção do Zika vírus deve incluir o combate ao vetor e o uso de repelentes. Um cuidado especial deve haver em relação às gestantes em razão do risco de malformações congênitas, reforçando-se as medidas de proteção individual.
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS CAUSADAS PELO ZIKA VÍRUS
A infecção pelo Zika Vírus pode causar alterações no cérebro de adultos e crianças. Algumas dessas alterações são típicas e podem ajudar a diagnosticar o vírus, mesmo em gestantes que não tenham sintomas.
Entre as complicações não fetais identificadas estão às formas neurológicas por lesão direta do vírus: meningo-encefalite, mielorradiculopatia, mielorradiculite, mielite, mieloneuropatia, síndrome de Guillain-Barre (GBS), entre outras. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. Em relação aos sinais e sintomas da infecção pelo ZIKV, erupção cutânea (principalmente maculopapular), febre, artralgia, mialgia, cefaleia e conjuntivite são os mais comuns. Algumas epidemias que ocorreram recentemente na Polinésia Francesa e Brasil relataram condições mais severas, com envolvimento do sistema nervoso (GBS, mielite transversa, microcefalia e meningite). O tratamento para ZIKV é sintomático, e o manejo das complicações neurológicas dependerá do tipo da afecção. Imunoglobulina venosa, plasmaférese, e pulsoterapia com corticosteróides são opções.
SINDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Na síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunológico de uma pessoa, que é responsável pela defesa do corpo contra organismos invasores, começa a atacar os próprios nervos, danificando-os gravemente.
O dano nervoso provocado pela doença provoca formigamento, fraqueza muscular e até mesmo paralisia. A síndrome de Guillain-Barré costuma afetar mais frequentemente o revestimento do nervo (chamado de bainha de mielina). Essa lesão é chamada de desmielinização e faz com que os sinais nervosos se propaguem mais lentamente. O dano a outras partes do nervo pode fazer com que este deixe de funcionar completamente.
SINTOMAS DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
A SGB pode acometer qualquer faixa etária e sua incidência é de 1-2 casos para cada 100.000 habitantes por ano. A doença tem início agudo (em horas ou dias) e se caracteriza por uma fraqueza muscular ascendente (começando nas pernas e subindo para os braços). Esta fraqueza é variável, podendo se caracterizar por uma leve incapacidade de movimentação ou até a completa e total paralisia dos membros, da face, da musculatura da deglutição, da fonação e dos músculos respiratórios. Em 10 a 30% dos casos haverá paralisia respiratória fazendo com que o paciente necessite de ventilação artificial. Embora o quadro motor (de fraqueza muscular) predomine, são frequentes as dormências e formigamentos nas mãos e nos pés. Na fase aguda os pacientes podem também se queixar de dores nas costas e nos membros. Em 70% dos indivíduos pode haver alterações na pressão arterial e no ritmo cardíaco o que pode se não tratadas, levar à morte súbita. A SGB, portanto, pode ser considerada uma emergência neurológica que exige internação hospitalar e tratamento em unidade de terapia intensiva uma vez confirmada. A doença evolui com piora progressiva em duas a quatro semanas, passando então a um período variável de estabilização e de melhora progressiva ao longo de meses.
DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
A Síndrome de Guillain-Barré pode ser difícil de diagnosticar em seus estágios iniciais. Os sinais e sintomas são semelhantes aos de outras desordens neurológicas e eles podem variar de pessoa para pessoa.
Seu médico provavelmente começará seu diagnóstico fazendo perguntas sobre seu histórico clínico. Um histórico de fraqueza muscular crescente e paralisia pode ser um sinal da síndrome de Guillain-Barré, principalmente se houve uma doença recente.
Um exame médico pode mostrar fraqueza muscular e problemas nas funções involuntárias (autonômicas) do corpo, como pressão arterial e frequência cardíaca. O exame também pode mostrar se os reflexos, como os do joelho, estão diminuídos ou ausentes. Pode haver sinais de diminuição da respiração causada por paralisia dos músculos respiratórios.
Os seguintes exames podem ser solicitados:
· Amostra do líquido cefalorraquidiano (punção lombar);
· Eletrocardiograma (ECG) ;
· Eletromiografia (EMG), que testa a atividade elétrica nos músculos;
· Exame de velocidade de condução nervosa e
· Exames de função pulmonar
MICROCEFALIA
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. A microcefalianormalmente é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.
Malformações do sistema nervoso central
· Diminuição do oxigênio para o cérebro fetal: algumas complicações na gravidez ou parto podem diminuir a oxigenação para o cérebro do bebê; 
· Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez; 
· Desnutrição grave na gestação; 
· Fenilcetonúria materna; 
· Rubéola congênita na gravidez; 
· Toxoplasmose congênita na gravidez; 
· Infecção congênita por citomegalovírus.
O ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zikavírus e o surto de casos de microcefalia no nordeste do país em 2015. A febre zika, ou simplesmente zika vírus, é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya. Cada vez mais estudos tentam esclarecer a relação entre esses dois quadros.
Uma pesquisa publicada na edição de setembro de 2016 no periódico científico Cell Host &Microbe, explica que o Zika vírus seria responsável por atacar células cerebrais fetais, conhecidas como células progenitoras neurais. Essas células são essências para a formação dos ossos e da cartilagem do crânio, por isso há uma má-formação craniana vista em bebês cujas mães foram infectadas pelo vírus da Zika durante a gravidez.
Em novembro de 2016, pesquisadores perceberam que a microcefalia causada pelo Zika vírus não é apenas no nascimento. Alguns bebês de Pernambuco que nasceram com a síndrome de Zika congênita identificada em exames, mas sem alterações no tamanho do crânio, acabaram por desenvolver gradualmente a microcefalia posteriormente.
De acordo com o Ministério da Saúde, as investigações sobre microcefalia e o Zika vírus devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análises iniciais, o maior risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
 
CONCLUSÃO
O aumento exponencial do número de alterações neurológicas, em adultos em recém-nascidos entre os anos de 2015 e 2016 tem como principais causas as infecções congênitas. Nesse cenário surge como um novo agente o Zika vírus. O Zika é responsável não apenas por causar a síndrome de Guillain-Barré e microcefalia, mas também, sobretudo, por casos de mielite e encefalite, confirmando e aumentando os relatos de casos. 
 	O Zika vírus seria responsável por atacar células cerebrais fetais, conhecidas como células progenitoras neurais. É importante evitar a infecção por meio do controle do mosquito, em grande escala e em escala individual.
REFERÊNCIAS
1. www.caism.unicamp.br
2. www.drakeillafreitas.com.br
3. www.minhavida.com.br
4. www.saude.pr.gov.br

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