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cap 2 - resposnsabilidade social e sustentabilidade - Responsabilidade social nas organizações

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DEFINIÇÃO
Responsabilidade Social. Organizações. Responsabilidade Social Corporativa. Desenvolvimento sustentável.
PROPÓSITO
Apresentar o crescente debate sobre a Responsabilidade Social nas organizações, bem como sua relação com o desenvolvimento sustentável.
OBJETIVOS
Módulo 1- Descrever a evolução da Responsabilidade Social Empresarial no contexto do desenvolvimento sustentável
Módulo 2- Reconhecer a importância da Responsabilidade Social Corporativa no futuro das organizações
INTRODUÇÃO
A Responsabilidade Social Empresarial é uma pauta que vem sendo cada vez mais debatida. Diferentes visões e transformações sociais, como a maior preocupação com questões ambientais e sociais, fizeram com que a pauta se expandisse, abrigasse novos tópicos e se consolidasse.
Junto à Responsabilidade Social Empresarial, há todo o debate sobre o desenvolvimento sustentável. Dessa forma, apresentaremos a estreita relação entre esses conceitos ao longo do primeiro módulo.
Em um segundo momento, traremos para o centro de nosso debate a Responsabilidade Social Corporativa, tendo em vista o futuro das organizações. Ressaltaremos os diferentes aspectos desse conceito e de que maneira ele pode afetar as práticas das organizações, de modo a garantir um desenvolvimento sustentável e responsável.
MÓDULO 1- Descrever a evolução da Responsabilidade Social Empresarial junto ao
debate sobre o desenvolvimento sustentável
EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
Nas últimas décadas, o desenvolvimento sustentável vem sendo bastante debatido. Entre as pautas em evidência nesta temática, destacamos a importância de uma atuação responsável por parte das empresas, que exercem um papel de influência na sociedade e são decisivas para que tenhamos comunidades mais sustentáveis.
A fim de discutir sobre a relevância da Responsabilidade Social nas organizações, precisamos entender esse conceito. Para isso, começaremos o estudo a partir da evolução deste debate ao longo das décadas.
A discussão sobre Responsabilidade Social das empresas – também chamada de Responsabilidade Social Corporativa – vem ganhando relevância junto à discussão sobre desenvolvimento sustentável, o qual também será abordado neste módulo.
DIFERENTES VISÕES SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL
Do início até meados do século XX, a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) estava associada apenas à obrigação de produzir bens e serviços, gerar lucros, criar empregos e fornecer segurança no ambiente de trabalho. Neste período, a literatura relatava certa preocupação com a ética pessoal na condução dos negócios, focando nos dilemas morais dos executivos.
Desse modo, tratava-se de promover a aplicação dos princípios éticos tradicionais nas empresas, tais como confiança, honestidade, integridade e senso de justiça. Percebemos, então, que a responsabilidade ética tinha como foco o indivíduo – neste caso, os gestores das empresas –, e não a empresa como um todo (KREITLON, 2004).
Bowen (1953) foi o primeiro a tentar teorizar a relação entre corporações e sociedade. O pesquisador norte-americano considerava as empresas como importantes centros de poder e de influência sobre o meio em que estivessem inseridas. Caberia aos denominados “homens de negócio” assumir posturas éticas condizentes com os valores morais e as expectativas da sociedade.
Embora Bowen (1953) tenha tratado o tema de forma singular, ele faz referências ao “homem de negócios”, assim como a literatura dos anos 1950 sobre Responsabilidade Social Corporativa de modo geral. Nas décadas seguintes, a RSC passa a ser conferida às empresas, a partir da transição da racionalidade do indivíduo para a racionalidade da organização (CARMO, 2015).
A partir da década de 1970, surgiram novos estudos relativos à Responsabilidade Social Empresarial.
A discussão da época se dividia em duas principais correntes que serão explicadas ao longo do conteúdo:
Defendia a primazia dos interesses dos acionistas como objetivo final das organizações.
Considerava que as empresas deveriam identificar e incorporar as expectativas e necessidades de todos os grupos de interesse das organizações.
Assista ao vídeo e entenda a visão geral e histórica sobre a evolução do pensamento de stockholders e stakeholders.
Vejamos, a seguir, os esquemas de representação da Responsabilidade Social Empresarial, de acordo com as duas visões apresentadas:
 https://player.vimeo.com/video/441674669
Visão dos stockholders
Neste esquema, a empresa está vinculada aos stockholders (sócios e acionistas), e deve priorizá-los, mantendo a busca por maximização dos retornos financeiros.
Visão dos stakeholders
á neste esquema, apresenta-se a RSE pela visão dos stakeholders. Assim, a empresa está ligada aos stockholders, mas também a outros atores da sociedade em que está inserida, como gestores, credores, fornecedores, funcionários, clientes, comunidade local e governo. Nessa visão, a ideia básica da RSC é que empresas e sociedade são entidades interligadas, e não distintas.
Podemos ilustrar algumas das relações apresentadas:
Funcionários: Têm seus empregos e esperam salários e benefícios em troca de seu trabalho. Os fornecedores ofertam o suprimento de matérias-primas, contribuindo para a determinação da qualidade e do preço final dos produtos.
Organização: É cliente de seu fornecedor e também seu stakeholder.
Consumidores: Trocam recursos com a organização, recebendo produtos ou serviços e fornecendo recurso monetário.
Comunidade local: Garante à organização o direito de construir instalações em troca de taxas e contribuições, e a organização deve atentar-se para atenuar ou não gerar externalidades negativas (MACHADO FILHO, 2006). Externalidades- Conceito econômico que trata de custos ou benefícios que a atividade de um agente econômico (como consumidor ou firma) imputa a um terceiro involuntariamente. O exemplo comum é o custo que um fumante imputa a um não fumante quando estão em um mesmo ambiente (comunidade), como poluição sonora e do ar.
Conclui-se, então, que a corrente da visão dos stakeholders se baseia na ideia de que o saldo final da atividade de determinada organização empresarial deve levar em consideração os retornos que otimizam os resultados de todos os stakeholders envolvidos, e não apenas os resultados dos acionistas.
Jensen (2000) propôs um novo foco baseado na convergência das visões de stockholders e stakeholders, sendo denominado enlightened stakeholder theory. Neste, as empresas devem ter objetivos claros de criação de valor – parâmetro básico que deve guiar as ações dos gestores. Dessa maneira, o objetivo clássico final da empresa de obter lucros continua vigente.
Contudo, para atender a esse propósito, a empresa leva cada vez mais em consideração a preocupação com o conjunto de stakeholders. Assim, essa contribuição teórica traz pontos de convergência das correntes anteriormente expostas (MACHADO FILHO, 2006).
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E BUSCA PELO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Junto ao avanço do debate sobre a Responsabilidade Social Empresarial, a problemática ambiental também ganhava força e foi tema de conferências internacionais.
Entre estas, destacamos a Conferência de Estocolmo de 1972, que estabeleceu uma declaração, assegurando que o desenvolvimento fosse compatível com a necessidade de proteger e melhorando o meio ambiente para benefício da população. Assim, uma de suas principais contribuições foi reconhecer a dimensão ambiental como uma das condicionantes do crescimento econômico.
Comentário
Eventos como a Conferência de Estocolmo aproximaram o conteúdo da Responsabilidade Social Empresarial das questões ambientais, razão pela qual as abordagens atuais sobre RSE trazem a questão ambiental como um dos temas tratados na gestão organizacional. Afinal, foram evidenciados aspectos prejudiciais da atividade empresarial sobre a qualidade do ambiente, tanto no contexto interno quanto externo à organização.
Desse modo, intensificou-se a pressão social para que as empresas não permanecessem mais inertes aos problemassocioambientais provocados por suas atividades e respondessem aos que se sentissem prejudicados (CARMO, 2015).
Para que possamos compreender o papel da Responsabilidade Social Corporativa na busca pelo desenvolvimento sustentável, vejamos como este último pode ser definido.
Entre muitas definições, é comumente utilizado o conceito de desenvolvimento sustentável apresentado no Relatório Brundtland.
Em 1983, em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi estabelecida uma comissão especial que disponibilizaria um relatório sobre o meio ambiente e a problemática global para o ano 2000 e anos posteriores, incluindo estratégias propostas para o desenvolvimento sustentável.
Essa comissão foi nomeada como Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) e dela resultou o documento intitulado Nosso Futuro Comum (1987), conhecido como Relatório Brundtland – visto que a CMMAD era presidida por Gro Harlem Brundtland.
Esse relatório apresentou uma das definições mais difundidas sobre desenvolvimento sustentável:
“[...] o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.” (BRUNDTLAND, 1987)
São destacados ainda três componentes fundamentais para o desenvolvimento sustentável:
· Proteção ambiental;
· Crescimento econômico;
· Equidade social.
Esses três componentes podem ser apresentados como as dimensões da sustentabilidade: econômica, social e ambiental.
Entre as várias definições de Responsabilidade Social Empresarial que hoje buscam se estabelecer como gerais e consensuais, podemos citar a formulada pelo Banco Mundial, ao aconselhar governos de países em desenvolvimento sobre o papel das políticas públicas no estímulo à RSE:
“RSE é o compromisso empresarial de contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando em conjunto com os empregados, suas famílias, a comunidade local e a sociedade em geral para melhorar sua qualidade de vida, de maneira que sejam boas tanto para as empresas quanto para o desenvolvimento.” (BANCO MUNDIAL, 2002)
A fim de entendermos o papel das empresas na contribuição para o desenvolvimento sustentável hoje, vejamos os objetivos estabelecidos recentemente.
Em 2015, os 193 Estados-membros das Nações Unidas concordaram em um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade. O plano ficou conhecido como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual contém o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas como desdobramentos desses objetivos.
Os ODS reconhecem que os países ao redor do mundo enfrentam desafios universais que exigem investimento e colaboração de governos, cidadãos e empresas. Nenhum indivíduo, nenhuma organização e nenhum país é capaz de atingir os ODS agindo isoladamente. Por isso, é preciso uma forte colaboração nesse sentido.
Assim, a conduta social das empresas deve levar em consideração tais objetivos. São eles:
Governos, empresas privadas e sociedade civil devem contribuir conjuntamente para que se possa caminhar em direção ao desenvolvimento sustentável. Dessa forma, com as diferentes esferas da sociedade agindo de maneira integrada, os resultados podem ser mais significativos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. Estudamos a evolução da Responsabilidade Social Empresarial e suas diferentes correntes. Sobre a visão dos stakeholders, podemos afirmar que:
Os gestores têm a atribuição ética de respeitar os direitos de todos os agentes afetados pela empresa e promover seu bem-estar.
Os gestores devem preocupar-se exclusivamente com o interesse dos acionistas.
Os gestores devem priorizar as questões ambientais na tomada de decisão.
Os gestores devem preocupar-se, especialmente, com os funcionários da empresa, visto que eles têm um papel fundamental para seu bom funcionamento.
Parte superior do formulário
2. Friedman (1970) afirmava que a Responsabilidade Social Empresarial:
Deve levar em consideração o interesse de todos os agentes envolvidos e afetados pela empresa.
Consiste em aumentar os próprios lucros da empresa.
Não deveria ser promovida.
Ressalta a necessidade de acompanhamento, por parte das empresas, das metas para o desenvolvimento sustentável.
MÓDULO 2- Reconhecer a importância da Responsabilidade Social Corporativa
no futuro das organizações
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E FUTURO DAS ORGANIZAÇÕES
No módulo anterior, vimos a evolução do conceito de Responsabilidade Social Empresarial, o qual ganhou importância e entrou nas organizações como forma de conduzir os negócios.
Hoje, a Responsabilidade Social Corporativa deve ser vista como prática para gerenciar a empresa como um todo, de maneira integrada a seu processo produtivo e à gestão, e não como atitude tomada de modo desarticulado. Assim, a empresa passou a levar em consideração a questão social na sua organização.
DIFERENTES ASPECTOS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
A estratégia da empresa deve levar em consideração os impactos do negócio em toda sua rede de relacionamentos, como sócios e acionistas, funcionários, fornecedores, consumidores, comunidade e governo.
O conceito de Responsabilidade Social seria, então, uma forma de gestão da empresa, que vai além dos compromissos legais e compulsórios relacionados à legislação trabalhista, tributária, ambiental ou social, e da postura de fazer caridade ou filantropia. Esse conceito estaria dentro de sua estratégia de sustentabilidade de longo prazo, que permitiria obter lucros.
Além disso, a empresa deveria dar devido tratamento às consequências de sua atividade, destinando parte da riqueza adicional produzida ao desenvolvimento de comunidades vinculadas, direta ou indiretamente, a seus objetivos de negócio (QUILICI, 2006). Ainda que demande recursos, a prática da Responsabilidade Social Corporativa não deve ser vista como um custo adicional, pois também é uma forma de obter ganhos concretos.
Ganhos concretos - Como exemplos desses ganhos, podemos citar:
· Criação de um bom clima organizacional;
· Estímulos internos para inovações nos processos produtivos;
· Melhoria da visão por parte da comunidade em que a empresa está inserida.
Muitas vezes, confundimos Responsabilidade Social com “ações sociais” de cunho filantrópico. Isso distorce a essência do que se espera de uma conduta socialmente responsável das empresas.
Embora não exista uma definição unânime aceita para o termo Responsabilidade Social Corporativa, de acordo com o Business for Social Responsibility (BSR - Reputação corporativa: Reação afetiva ou emocional (positiva ou negativa) de clientes, investidores, fornecedores, empregados e do público em geral diante do nome da empresa.) , a expressão se refere às decisões de negócios tomadas com base em valores éticos que incorporem as dimensões legais, o respeito pelas pessoas, pelas comunidades e pelo meio ambiente.
O BSR sustenta que o conceito de empresa socialmente responsável se aplicará àquelas que atuem no ambiente de negócios, de forma que atinjam ou excedam as expectativas éticas, leais e comerciais do ambiente social no qual estão inseridas (MACHADO FILHO, 2006).
Carroll (1979) propõe uma abordagem na qual a Responsabilidade Social seria subdividida em quatro dimensões. São elas:
Responsabilidade econômica: Envolve as obrigações da empresa em ser produtiva e rentável. Antes de tudo, a organização é a unidade econômica básica de nossa sociedade. Assim, a Responsabilidade Social da empresa é econômica por natureza.
Responsabilidade legal: Corresponde às expectativas, por parte da sociedade, de que as empresas cumpram suas obrigações de acordo com o arcabouço legal existente naquela localidade.
Responsabilidade ética: Refere-se às empresas que, dentro do contexto em que se inserem, tenham um comportamento apropriado de acordo com as expectativas existentes entre os agentes da sociedade.
Responsabilidade discricionária ou filantrópica: Reflete o desejo comum deque as empresas estejam ativamente envolvidas na melhoria do ambiente social. Esta dimensão da Responsabilidade Social atua, portanto, além das funções básicas tradicionalmente esperadas da atividade empresarial e pode ser considerada uma extensão da dimensão ética.
Vejamos a pirâmide que apresenta as subdivisões da Responsabilidade Social:
Dimensões da Responsabilidade Social- Fonte: CARROLL, 1979.
Apesar de podermos apresentar a responsabilidade em quatro subdivisões, essas dimensões revelam linhas tênues de segmentação que estão, muitas vezes, sobrepostas (MACHADO FILHO, 2006).
Quando tratamos da Responsabilidade Social, devemos abordar a Norma ISO 26000, que determina diretrizes nessa área. Criada em 1º de novembro de 2010, em Genebra, esta foi a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Organizacional.
A ISO 26000 é uma norma de diretrizes que funciona como um guia de promoção de boas práticas de gestão nas empresas, sem o propósito de certificação. Pode ser aplicada a todos os tipos e portes de organizações (pequenas, médias e grandes) e de todos os setores (governo, Organizações Não Governamentais e empresas privadas).
De acordo com a Norma ISO 26000, a Responsabilidade Social é a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente.
Esse comportamento ético e transparente deve (BRASIL, 2020):
· Contribuir para o desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e o bem-estar da sociedade;
· Levar em consideração as expectativas das partes interessadas;
· Estar em conformidade com a legislação aplicável;
· Ser consistente com as normas internacionais de comportamento;
· Estar integrado a toda a organização;
· Ser praticado nas relações organizacionais. 
A ISO 26000 destaca, ainda, sete princípios da Responsabilidade Social Empresarial (BRASIL, 2020) que correspondem a conceitos gerais que as empresas devem levar em conta. São eles:
Accountability: Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e decisões, respondendo por seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente, prestando contas aos órgãos de governança e às demais partes interessadas, bem como declarando seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los.
Transparência: Fornecer às partes interessadas, de forma acessível, clara, compreensível e em prazos adequados, todas as informações sobre os fatos que possam afetá-las.
Comportamento ético: Agir de modo aceito como correto pela sociedade (com base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza) e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento.
Respeito pelos interesses dos stakeholders: Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou dos grupos que são partícipes nas atividades da organização ou que por ela possam ser afetados.
Respeito pelo Estado de Direito: O ponto de partida da Responsabilidade Social é cumprir integralmente as leis do local onde está operando.
Respeito pelas normas internacionais de comportamento: Adotar prescrições de tratados e acordos internacionais favoráveis à Responsabilidade Social, mesmo que não haja obrigação legal.
Direitos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente.
A ISO 26000 também determina sete temas centrais para a Responsabilidade Social nas organizações, que representam aspectos práticos que as empresas devem buscar implementar ativamente. São eles:
· GOVERNANÇA ORGANIZACIONAL: Trata de processos e estruturas de tomada de decisão, delegação de poder e controle. O tema é algo sobre o qual a organização deve agir e uma forma de incorporar os princípios e as práticas da Responsabilidade social a sua forma de atuação cotidiana
· DIREITOS HUMANOS: Referem-se à resolução de queixas, combate à discriminação e proteção de grupos vulneráveis, direito civis e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais, princípios e direitos fundamentais do trabalho.
· PRÁTICAS TRABALHISTAS: Referem-se tanto ao emprego direto quanto ao terceirizado e ao trabalho autônomo. Incluem emprego e relações de trabalho, condições laborais e proteção social, diálogo social, saúde e segurança no trabalho, desenvolvimento humano e treinamento no local de trabalho.
· MEIO AMBIENTE: Inclui prevenção da poluição, uso sustentável de recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, proteção do meio ambiente e da biodiversidade, e restauração de habitats naturais.
· PRÁTICAS LEAIS DE OPERAÇÃO: Compreendem práticas anticorrupção, envolvimento político responsável, concorrência leal, promoção da Responsabilidade Social na cadeia de valor e respeito aos direitos de propriedade.
· DIREITOS DOS CONSUMIDORES: Incluem marketing leal, informações não tendenciosas e práticas contratuais justas, proteção à saúde e à segurança do consumidor, consumo sustentável, atendimento e suporte ao consumidor, bem como solução de reclamações e controvérsias, proteção e privacidade dos dados do consumidor, acesso a serviços essenciais e educação, e conscientização.
· ENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE: Refere-se ao envolvimento da comunidade, à educação e à cultura, à geração de emprego e à capacitação, ao desenvolvimento tecnológico e ao acesso a tecnologias, à geração de riqueza e renda, à saúde e investimento social.
Atenção: As organizações devem tratar de todos os temas centrais apresentados, porém não necessariamente de todas as questões a eles relacionadas. Cada empresa deve analisar, junto com seus stakeholders, a relevância das questões e dos subtemas para sua organização e priorizar suas ações (BRASIL, 2020).
Desse modo, a ISO 26000 é um instrumento importante para promover a RSE em empresas de todos os portes e segmentos. A fim de gerar incentivos à Responsabilidade Social Empresarial, a norma trata de diversos temas fundamentais para a gestão ética e transparente.
REPUTAÇÃO CORPORATIVA E FUTURO DAS ORGANIZAÇÕES
Ao longo deste estudo, tratamos muito da importância da Responsabilidade Social. Em um cenário de crescente preocupação com o desenvolvimento sustentável, a reputação corporativa ganha destaque. Reputação corporativa - Reação afetiva ou emocional (positiva ou negativa) de clientes, investidores, fornecedores, empregados e do público em geral diante do nome da empresa.
Em síntese, a reputação é o produto de um processo competitivo, no qual a empresa sinaliza suas características distintas para o público (interno e externo), o que resulta em seu status moral e socioeconômico.
Com a forte concorrência, em muitas situações, o fator determinante para a sobrevivência das empresas pode depender do desenvolvimento e da sustentação de uma reputação favorável.
Atualmente, diante da maior facilidade tecnológica e mercadológica de replicação de práticas e condutas, o fator de diferenciação para obtenção de vantagens competitivas passa a ser, em grande medida, a percepção do público sobre a reputação da empresa.
A preocupação dos empresários decorre da crescente exposição das empresas à opinião pública, pela mídia em geral e pelos veículos de comunicação, que transmitem informações aos locais mais remotos em tempo real, ajudando tanto a disseminar uma boa reputação quanto a destruí-la em um curto período. O empresário que desconsiderar o papel da reputação em um mercado exigente poderá cometer erros irreparáveis com consequências graves para sua empresa (MACHADO FILHO, 2006).
Diversos autores têm sugerido que o capital social reputacional da firma pode ter efeito nas vendas, revelando a premissa de que este capital afeta seu valor de mercado em razão da publicidade. Os consumidores, funcionários e fornecedores tendem a punir firmas que adotam práticas socialmente irresponsáveis. Capital social reputacional - Derivado do conceito de reputação corporativa, é aquela porção do valor de mercado da empresa que pode ser atribuída à percepção dafirma como uma corporação de boa conduta no mercado.
Em contrapartida, os investidores são mais propensos a confiar seus recursos em empresas que desfrutem de boa reputação, em função dos menores riscos percebidos e das maiores oportunidades potenciais de negócios.
O efeito positivo da boa reputação social também pode ser obtido por meio da confiança dos investidores de que consumidores preferirão comprar bens e serviços de bons empregadores, refletindo a estimativa do efeito que a reputação da empresa no mercado de trabalho é capaz de ter nas vendas.
Em outras palavras, é possível que as ações que aprimorem a imagem pública de uma corporação tragam mudanças positivas e aumentem a demanda por produtos dessa corporação.
Uma reputação favorável pode revelar, aos consumidores, a qualidade dos produtos e serviços da empresa, permitindo que tenham preços diferenciados. Além disso, a boa reputação eleva a autoestima dos funcionários da empresa, o que se pode traduzir em maior produtividade.
Tais ações sociais então inseridas na visão teórica dos stakeholders de que as empresas têm responsabilidades sociais com um amplo conjunto de agentes, que podem se beneficiar de ações sociais promovidas por organizações (MACHADO FILHO, 2006).
A tabela a seguir mostra um resumo de algumas oportunidades de ganhos e minimização de riscos de acordo com o stakeholder envolvido, a partir de ações de Responsabilidade Social:
Efeitos de ações de Responsabilidade Social na reputação da empresa Adaptado de: MACHADO FILHO, 2006.
Assim, observamos que a construção de uma reputação, a partir de uma conduta socialmente responsável, tem efeitos positivos com diferentes stakeholders, trazendo benefícios às empresas que adotam esse comportamento.
Como já mencionamos, de acordo com o Relatório Brundtland (1987), o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades da sociedade no presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras em atender a suas próprias necessidades.
No módulo anterior, apresentamos três componentes fundamentais para o desenvolvimento sustentável: proteção ambiental, equidade social e crescimento econômico.
Aqui, também dividiremos a conduta socialmente responsável das empresas em três faces, de acordo com os três componentes do desenvolvimento sustentável. Essas faces trazem diferentes benefícios para a empresa, como veremos a seguir.
A primeira face da conduta socialmente responsável trata da gestão corporativa preocupada com o meio ambiente, na qual é realizado um esforço pelas empresas para reduzir seus impactos ambientais. Esta preocupação deve estar inserida no cotidiano da empresa, seja ao evitar desperdícios, economizar energia e recursos naturais, ou preocupar-se com a poluição gerada.
Do ponto de vista ambiental, legal e até ético, a empresa deve ter consciência e reduzir sua pegada ecológica no planeta.
Contudo, devemos atentar, também, aos benefícios que a integridade ambiental da empresa pode gerar para além da melhoria de sua reputação. Por meio da avaliação contínua de sua conduta diária, a empresa consegue identificar ineficiências e melhorar seus processos. Com uma empresa mais eficiente, pode-se gerar economias, seja gastando menos matéria-prima na produção, seja gerando menos lixo e desperdício.
Logo, uma melhor gestão corporativa do meio ambiente permite que a organização reduza seus custos, de processos, produtos ou custos fixos organizacionais, que, no final, representam um aumento na margem de lucro e na erformance organizacional, garantindo melhor desenvolvimento sustentável corporativo (ZUQUETTO, 2019).
A segunda face da conduta socialmente responsável trata da igualdade social por meio da Responsabilidade Social Corporativa, que leva em consideração todas as partes interessadas (stakeholders) nas atividades da organização.
Partes interessadas - É necessário compreender quem são as partes interessadas, que são representadas por:
· Acionistas – que ganham com o crescimento da empresa
· Funcionários – que recebem salários e benefícios
· Clientes – que compram e usam os produtos e serviços da empresa
· Sociedade – que sofre os impactos positivos e negativos das atividades da empresa
· Governo – que ganha com os impostos gerados pelas atividades diretas e indiretas da organização
· Fornecedores – que são pagos por produtos e serviços oferecidos à empresa
· Outros stakeholders – que podem ser influenciados pelas atividades da organização
A Responsabilidade Social Corporativa demanda que a empresa abrace a expectativa das partes interessadas nos níveis econômico, legal, ético e discricionário, apresentados por Carroll (1979), e envolve três processos (ZUQUETTO, 2019):
· AVALIAÇÃO DO AMBIENTE: Permite que a organização identifique questões sociais, econômicas e ambientais e que responda a elas. Por meio da gestão das partes interessadas, a empresa responde aos indivíduos dentro e fora da organização.
· GESTÃO DAS PARTES INTERESSADAS: Permite que a empresa desenvolva bons relacionamentos, os quais devem contribuir com o bom desempenho das atividades. Empresas que não compreendem as demandas dos stakeholders podem perder a oportunidade de desenvolver bons relacionamentos e prejudicar sua própria imagem por não estarem abertas a dialogar.
· GESTÃO DAS QUESTÕES SOCIAIS: Envolve as decisões de, por exemplo, não empregar crianças, não usar trabalho escravo, não fabricar produtos ilícitos e não se envolver com parceiros sem ética.
A terceira face da conduta socialmente responsável trata da prosperidade econômica por meio da criação de valor. Empresas criam valor com base nos bens e serviços que produzem. Uma organização pode aumentar seu valor por meio de melhorias de eficiência e de qualidade de seus bens e serviços, impactando sua imagem com seus clientes e ampliando seus lucros.
De forma resumida, na gestão corporativa preocupada com o meio ambiente, a empresa está preocupada com sua pegada ambiental e, com isso, melhora sua eficiência, obtendo como resultado menores custos, menos gasto e desperdício, e, consequentemente, maior margem de lucro.
Já na face da equidade social, uma empresa que se preocupa com as demais partes envolvidas age com ética e compromete as partes interessadas, sejam clientes, fornecedores, sejam governo, sociedade e funcionários. Além disso, pode promover a melhoria de seus processos, produtos e serviços, bem como beneficiar sua imagem com clientes e com a comunidade na qual está inserida.
Por fim, quanto à prosperidade econômica que envolve a criação de valor, uma empresa deve criar valor para ela e para os outros. Aquela que busca apenas criar valor para si mesma, e não melhorar, não inovar, não criar valor para o cliente, corre o risco de se tornar irrelevante no mercado. A empresa deve buscar um equilíbrio e criar valor para todas as partes interessadas que podem impactar em suas operações atuais e futuras (ZUQUETTO, 2019)
Neste vídeo, você verá um exemplo de empresa ética em relação à sustentabilidade social.
http://atreus.uoledtech.com.br/estacio/video/200210 
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
3. Qual é a finalidade da Norma ISO 26000 para a Responsabilidade Social nas organizações?
Gerar diretrizes sobre o comportamento social das empresas.
Obrigar empresas a seguirem suas diretrizes, de modo a garantir a Responsabilidade Social Empresarial.
Gerar incentivos e diretrizes à Responsabilidade Social Empresarial, tratando de diversos temas fundamentais para a gestão ética e transparente.
Gerar incentivos à Responsabilidade Social Empresarial, tratando apenas de temas ambientais.
Parte superior do formulário
4. A conduta socialmente responsável é dividida em três faces que estão relacionadas aos componentes fundamentais do desenvolvimento sustentável. São elas:
I. Gestão corporativa preocupada com o meio ambiente;
II. Equidade social;
III. Prosperidade econômica por meio da criação de valor.
Com quais aspectos desses componentes estão associadas à primeira, à segunda e à terceira faces, respectivamente?
I - Redução da poluição,II - Respeito, III - Criação de valor para a empresa.
I - Reflorestamento, II - Ética, III - Criação de valor para todas as partes.
I - Pegada ambiental, II - Ética, III - Criação de valor para os outros
I - Pegada ambiental, II - Ética, III - Criação de valor para todas as partes.
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CONCLUSÃO
Ao longo do conteúdo, abordamos a Responsabilidade Social nas organizações. No primeiro módulo, apresentamos a evolução desse conceito, assim como as diferentes visões que contribuíram para formá-lo. Também estabelecemos a estreita relação entre a Responsabilidade Social Empresarial e a busca pelo desenvolvimento sustentável. No segundo módulo, observamos o papel da Responsabilidade Social Corporativa e como a adoção desta conduta pode beneficiar as próprias empresas. A postura exercida pelas organizações hoje afetará diretamente seu futuro, uma vez que terá impactos em seu funcionamento, seus produtos, seus funcionários e sua imagem com clientes, fornecedores e a comunidade na qual estão inseridas, além de outros stakeholders que possam ser impactados por elas. Assim, empresas que exercem a Responsabilidade Social Corporativa estão contribuindo para a sociedade como um todo, mas também estão trazendo benefícios para elas mesmas. Dessa maneira, agindo junto aos governos e à sociedade civil, as empresas podem trazer resultados concretos na busca pelo desenvolvimento sustentável.
CONQUISTAS
Você atingiu os seguintes objetivos:
 Reconheceu a importância da Responsabilidade Social Corporativa no futuro das organizações.
REFERÊNCIAS
BANCO MUNDIAL. Public sector roles in strengthening Corporate Social Responsibility: a baseline study. Washington, 2002.
BOWEN, H. Social Responsibilities of the businessman. Nova Iorque: Harper, 1953.
BRASIL. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia ISO 26000 – Diretrizes em Responsabilidade Social. Brasília: INMETRO, 2020.
BRASIL. Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Tradução de Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil. ONU no Brasil, 2015.
BRUNDTLAND, G. H. Our Common Future. United Nations, 1987.
CARMO, L. Evolução da Responsabilidade Social Empresarial e a introdução ao caso brasileiro. In: Revista de Administração Geral, v. 1, n. 2, p. 118-137, 2015.
CARROLL, A. B. A three-dimensional conceptual model of corporate social performance. In: Academy of Management Review, v. 4, p. 497-505, 1979.
FREEMAN, R. E. A stakeholder theory of the modern corporation. In: DIENHART, J. W. Business, institutions and ethics. Nova Iorque: Oxford University Press, 2000.
FREEMAN, E. The politics of stakeholder theory: some future directions. In: Business Ethics Quarterly, v. 4, n. 4, p. 409-421, 1994.
FRIEDMAN, M. The Social Responsibility of business is to increase its profits. In: New York Times Magazine, 1970.
JENSEN, M. Value maximization, stakeholder theory and the corporate objective function. Boston: Harvard Business School, 2000.
KREITLON, M. P. A ética nas relações entre empresas e sociedade: fundamentos teóricos da Responsabilidade Social Empresarial. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, XXVIII., 2004, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: EnANPAD, 2004.
MACHADO FILHO, C. P. Responsabilidade Social e governança: o debate e as implicações – Responsabilidade Social, instituições, governança e reputação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
QUILICI, R. O papel das empresas no desenvolvimento sustentável: a gestão da Responsabilidade Social Corporativa por meio de parcerias sociais. 2006. Dissertação (Mestrado em Administração) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2006.
ZUQUETTO, R. Desenvolvimento sustentável corporativo e o futuro das organizações. Ambra Education, 2019.
EXPLORE+
Ao longo deste estudo, vimos a importância da Responsabilidade Social das empresas e como esta vem ganhando relevância ao longo dos anos.
Para além da temática, sugerimos que você pesquise na internet e acesse o site do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social: uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, cuja missão é “mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável”.
Respostas
1- Parabéns! A alternativa "A" está correta. A corrente baseada na visão dos stakeholders defende que as atividades empresariais estão inseridas nas sociedades. Portanto, os gestores têm o dever de respeitar e promover todos os afetados pela empresa, como funcionários, fornecedores, clientes, consumidores, investidores, comunidades, governos etc.
2- Parabéns! A alternativa "B" está correta. Para Friedman (1970), os gestores deveriam atuar somente com o objetivo de aumentar os lucros dos acionistas e cotistas da empresa, não se responsabilizando por outros agentes afetados por ela.
3- Parabéns! A alternativa "C" está correta. A Norma ISO 26000 visa à criação de incentivos para que as empresas tenham como base ações que respeitem a Responsabilidade Social. A criação da norma permite avaliar diretrizes que norteiam esse processo e criam indicadores para que as empresas possam progredir para uma maior responsabilidade.
4- Parabéns! A alternativa "D" está correta. Os três pilares fundamentais da conduta socialmente responsável associada ao desenvolvimento sustentável são: pegada ambiental, ética e criação de valor para todas as partes. Isso significa que a conduta empresarial esperada deve se preocupar com a redução de sua pegada ambiental a partir da diminuição de desperdícios e da implementação de práticas sustentáveis. Além disso, requer um operar ético, de modo a respeitar todas as partes. Por fim, exige a criação de valores para todos, não apenas visando ao interesse próprio da empresa.

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