Buscar

O que é Observação (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O que é Observação? 
 
Chamada de estudo naturalista ou etnográfico em que o pesquisador freqüenta os locais onde os fenômenos ocorrem naturalmente.(Fiorentini e Lorenzato) 
Técnica de coleta de dados, que não consiste em apenas ver ou ouvir, mas em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar, elemento básico de investigação científica, utilizado na pesquisa de campo como abordagem qualitativa, podendo ser utilizada na pesquisa conjugada a outras técnicas ou de forma exclusiva. 
Auxilia o pesquisador na identificação e a obtenção de provas a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento, sujeita o pesquisador a um contato mais direto com a realidade. 
O grau de participação do observador é muito relevante, bem como a duração das observações, sendo imprescindível planejar o que e como observar. 
Enquanto procedimento científico e para que a pesquisa seja confiável deve servir a um objetivo formulado de pesquisa, sendo sistematicamente planejada e submetida a verificação e controle de validade e precisão. 
 
__Vantagens __ 
 
· Possibilita elementos para delimitação de problemas; 
· Favorece a construção de hipóteses; 
· Aproxima-se das perspectivas dos sujeitos; 
· Útil para descobrir aspectos novos de um problema; 
· Obtenção de dados sem interferir no grupo estudado. 
· Permite a coleta de dados em situações de comunicação impossíveis; 
· Apresenta meio direto e satisfatório para estudar uma ampla variedade de fenômenos; 
· Exige menos do observador do que outras técnicas; 
· Depende menos da introspecção ou da reflexão; 
· Permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou de questionários.
 
__Desvantagens__ 
· Presença do pesquisador pode provocar alterações no comportamento dos observados, destruindo a espontaneidade dos mesmos e produzindo resultados pouco confiáveis, por poder provocar alterações no comportamento do grupo observado; 
· O observado tende a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis no pesquisador, favorecendo a interpretação pessoal - juízo de valor; 
· Uma visão distorcida pode ser ger*ada pelo envolvimento levando a uma representação parcial da realidade; 
· Fatores imprevistos podem interferir na tarefa do pesquisador; 
· A duração dos acontecimentos é variável dificultando a coleta de dados; 
· Vários aspectos da vida cotidiana, particular podem não ser acessíveis ao pesquisador. 
· Se não forem bem organizados os registros podem depender apenas da memória do observador para serem resgatados, vindo a gerar grande interpretação subjetiva ou parcial do fenômeno estudado.
 
De acordo com arquivo disponibilizado no CESUR, as observações possuem várias modalidades de acordo com as circunstâncias: 
Segundo os meios utilizados 
· Observação não estruturada (Assistemática, espontânea, informal, ordinária, simples, livre, ocasional, acidental): consiste em recolher e registrar fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais; 
· Observação estruturada (Sistemática, planejada, controlada): utiliza instrumentos para a coleta de dados ou fenômenos observados. O observador sabe o que procura e o que carece de importância. 
 
Segundo a participação do observador 
· Observação não-participante: o observador não se integra à comunidade observada; 
· Observação participante: O observador se incorpora ao grupo, confunde-se com ele.
 
Segundo o número de observações 
· Observação individual 
· Observação em equipe
 
Segundo o lugar onde se realiza 
· Observação efetuada na vida real (trabalho de campo) 
· Observação efetuada em laboratório
 
Logo, os Tipos de Observação são: 
 
· Observação assistemática 
· Observação participante) 
· Observação em equipe 
· Observação em laboratório 
· Observação individual 
· Observação na vida real 
· Observação não-participante 
· Observação sistemática
 
Segundo Lakatos & Marconi(1992), a observação direta intensiva é um tipo de observação que "[...] utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar". 
 
Observação Participante 
 
Como a observação participante, por sua própria natureza, tende a adotar formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificação, que combina os dois critérios considerados: 
a) Observação simples; 
b) Observação participante; 
c) Observação sistemática. 
 
a) Observação Simples 
O pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observando de maneira espontânea os fatos que aí ocorrem. Neste procedimento o pesquisador é muito mais um espectador que um ator. 
 
Vantagens da observação simples: 
· Possibilita a obtenção de elementos para a definição do problema de pesquisa; 
· Favorece a construção de hipóteses acerca do problema pesquisador; 
· Facilita a obtenção de dados sem produzir querelas ou suspeitas nos membros das comunidades, grupos ou instituições que estão sendo estudadas.
 
Limitações da observação simples 
· É canalizada pelos gostos e afeições do pesquisador. Muitas vezes sua atenção é desviada para o lado pitoresco, exótico ou raro do fenômeno; 
· O registro das observações depende, freqüentemente, da memória do investigador; 
· Dá ampla margem à interpretação subjetiva e parcial do fenômeno estudado. 
 
Quando é indicada a observação simples? 
A observação simples é indicada, principalmente, para estudos qualitativos de caráter exploratório (levantamento). 
 
Itens que devem ser considerados para os pesquisadores em uma observação simples 
· os sujeitos. Quem são os participantes? Quantos são? A que sexo pertencem? Quais são suas idades? Como se vestem? Que adornos utilizam? O que os movimentos de seu corpo expressão? 
· o cenário. Onde as pessoas se situam? Quais são as características desse local? Com que sistema social pode ser identificado? 
· comportamento social. O que realmente ocorre em termos sociais? Como as pessoas se relacionam? De que modo o fazem? Que linguagem utilizam?
 
Interpretação dos dados da observação simples 
Que significado atribuir aos dados coletados por meio da observação simples? 
 
Cuidados necessários do pesquisador 
· ele deve estar dotado de conhecimentos prévios acerca da cultura do grupo que pretende observar.
 
b) Observação participante 
· Consiste na participação real do pesquisador na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada. 
· O observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de membro do grupo. 
· Daí se dizer que por meio da observação participante se pode chegar ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo. 
· Foi introduzida pelos antropólogos no estudo das chamadas “sociedades primitivas”
 
Pode ser de duas formas distintas 
· Natural (quando o observador é parte do grupo que investiga); 
· Artificial (quando o observador se integra ao grupo com o objetivo de realizar a investigação).
 
No caso da observação participante, o pesquisador deve decidir se revelará que está observando o grupo ou não. Nos dois casos o pesquisador terá que ter cuidados e atenção para não tornar sua pesquisa tendenciosa. 
 
Observação participante: vantagens 
· Facilita o rápido acesso a dados sobre situações habituais em que os membros das comunidades se encontram envolvidos; 
· Possibilita o acesso a dados que a comunidade ou grupo considera de domínio privado; 
· Possibilita captar as palavras de esclarecimento que acompanham o comportamento dos observados.
 
Observação participante: desvantagens 
· Restrições. Pode significar uma visão parcial do objeto estudado; 
· Desconfiança do grupo investigado em relação ao pesquisador;
 
c) Observação sistemática 
· É utilizada em pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos ou o teste de hipóteses; 
· Pode ocorrer em situações de campo ou de laboratório; 
· Antes da coleta de dados, o pesquisador elabora um plano específico para a organização e registro das informações. Isto implica em estabelecer,antecipadamente, as categorias necessárias à análise da situação. 
· Para que as categorias sejam estabelecidas adequadamente, é conveniente que o pesquisador realize um estudo exploratório, ou mesmo estudos dirigidos à construção dos instrumentos para registro dos dados.
 
Observação sistemática: registro de Bales (1950) 
Reações positivas: 
· Mostra solidariedade, eleva o status do outro, dá ajuda, prêmio 
· Mostra alívio de tensão, brinca, ri, mostra satisfação 
· Concorda, mostra aceitação passiva, compreende, apóia, submete-se 
 
Área Tarefa (Neutra): 
· Dá sugestão e orientação, supondo autonomia do outro 
· Dá opinião, avalia e analisa 
· Dá orientação, informa, repete e esclarece 
· Pede orientação, informação, repetição 
· Pede opinião, avaliação, análise, expressão de sentimento 
· Pede sugestão, orientação, maneiras possíveis de ação
 
Reações negativas: 
· Discorda, mostra rejeição passiva, formalidade, recusa ajuda 
· Mostra tensão, pede ajuda, afasta-se do campo 
· Mostra antagonismo, reduz o status do outro, defende-se, afirma-se
 
Observação sistemática: limitações 
· O pesquisador está impossibilitado de ocultar a realização da pesquisa; 
· Tem que ter tempo e preparação prévia das categorias a serem analisadas
 
Observação sistemática: vantagens 
· Facilidade na análise do material coletado.
 
Critérios de registro 
· Quanto mais próximo do momento da observação, maior sua acuidade. 
· A forma de registro estará diretamente relacionada com o papel do pesquisador em relação ao grupo observado. 
· Importante deixar bem visível as diferentes informações: as falas, as citações e as observações pessoais. Dica: mudar de parágrafo a cada nova situação. 
· Utilização de vários meio de registro 
· Toda observação deve conter uma parte descritiva e uma parte reflexiva.
 
Como proceder 
· Conhecimento prévio do que observar antes de iniciar o processo de observação, procure examinar o local. 
· Determine que tipo de fenômenos merecerão registros. 
· Crie, com antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de fenômenos. * * * * Procure estipular algumas categorias dignas de observação. 
· Esteja preparado para o registro de fenômenos que surjam durante a observação, que não eram esperados no seu planejamento. 
· Para realizar registros iconográficos (fotografias, filmes, vídeos etc.), caso o objeto de sua observação sejam indivíduos ou grupos de pessoas, prepare-os para tal ação. Eles não devem ser pegos de surpresa. 
· O relatório deve ser feito o mais cedo possível, relatando o que foi observado nos momentos mais significativos.
 Assistemática
Gil (1999), denomina a observação assistemática como simples e atribui como sua característica primordial a condição de pesquisador tornar-se alheio (ser espectador, o que nem sempre é tarefa fácil de cumprir) ao indivíduo ou grupo que se pretende investigar, que observa, mas de forma espontânea. Conforme Marconi e Lakatos (1999, p. 91),admitem que se caracteriza como uma atividade não estruturada e conhecida também pelas seguintes denominações, espontânea, informal, ordinária, simples, livre, ocasional e acidental e consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais mais empregada em estudos exploratórios sem planejamento e controle previamente elaborados
E que depende do observador, da sensibilidade em captar os fenômenos do entorno, de sua “[...] perspicácia, preparo e treino, além deter uma atitude de prontidão [...]” (MARCONI; LAKATOS, 1999, p.91-92), em outras palavras, saber o que vai ser observado, aproveitar a ocasião, mas sem deixar de atentar para a importância do uso das informações (ótica de investigador) e ter o cuidado de manter os registros o mais próximos da realidade observada. Conforme Gil (1999, p. 112), esta modalidade é mais adequada se “[...] dirigida ao conhecimento de fatos ou situações que tenham certo caráter público, ou que pelo menos não se situe estreitamente no âmbito das condutas privadas [...]”, o que possivelmente implicaria em adotar a técnica da observação participante, conforme critérios tratados mais adiante neste texto. Também conhecida como não-estruturada, embora não se descarta uma quase-estrutura, ao se considerar que: “[...] Se ela se pretende científica, se baseia em uma hipótese, mesmo que menos explícita [...] o pesquisador não está sem segundas intenções ainda que queira evitar osa priori. (LAVILLE; DIONNE, 1999, p. 178). Significa que em alguma medida tem-se que ter alguma referência para que possa se constituírem técnica, assim, científica.
Sistemática
Por exigir instrumentos para acessar as informações, naturalmente é estruturada, portanto, denominada de planejada e controlada, conforme Marconi e Lakatos (1999). O controle é sua principal característica, massem resvalar por demasiado rigor. Promove a objetividade no processo de coleta de dados e contribui para evitar a influência do investigador. E pode utilizar recursos no processo de observação que podem ser desde “[...]quadros, anotações, escalas, dispositivos mecânicos [...]” (MARCONI; LAKATOS, 1999, p. 92), e outros conforme o contexto a ser investigado. Para Gil (1999), adotar a observação sistemática implica em“[...] estabelecer, antecipadamente, as categorias necessárias à análise da situação [...]”, o que requer um estudo exploratório sobre o que se pretende conhecer (em profundidade) e carece de ocorrer à aceitação do investigador por parte do grupo investigado quanto ao que se quer obter como resultados da pesquisa. 
Ao se adotar esta técnica ela deve ser “[...] orientada por uma preocupação definida de pesquisa, e que essa busca, seja também, organizada com rigor [...] O pesquisador deve principalmente estar atento a tudo oque diz respeito à sua hipótese e não simplesmente selecionar o que lhe permitiria confirmá-la”. (LAVILLE; DIONNE, 1999, p.182). Ou seja, atentar aos contrapontos para que o caráter científico continue manifesto.
Não-Participante
No emprego desta técnica o pesquisador permanece de fora da realidade estudada (também denominada observação passiva), ou seja, conforme Marina e Lakatos (1999, p. 92), o observador:
[...] presencia o fato mais não participa dele; não se deixa envolver pelas situações; faz mais o papel de espectador [...] [porém]consciente, dirigida, ordenada para um fim determinado. O procedimento tem caráter sistemático.
 No entanto, evitar uma aproximação com o grupo estudado não elimina a condição de envolver-se com o objeto da investigação, haja vista que a escolha do que é/será investigado por si só já implica em tomada de posição pelo investigador.
Participante
Conforme Iturra ([198-?], p. 149), a observação participante“[...] é o envolvimento direto que o investigador de campo tem comum grupo social que estudo dentro dos parâmetros das próprias normas do grupo [...]”. Pressupõe o envolvimento do investigador com a realidade investigada e inclui a participação nas atividades da comunidade investigada, como um de seus membros. De certa forma, ocorre o comprometimento da objetividade, devido à mútua influência, por simpatias, pelo contraponto entre referências de quem observa e dos que são observados (MARCONI; LAKATOS, 1999). O mundo social deriva das experiências vividas pelos que dele participam e desse modo não é objetivo por conta de seus vários significados, nesta direção é que Burgess (1997), afirma o investigador como o principal instrumento da investigação, porque a ele cabe tomar as decisões para que os resulta dos sejam validados cientificamente. 
A observação participante pressupõe o
[...] envolvimento que despe o investigador do seu conhecimento cultural próprio, enquanto veste o do grupo investigado; é o exercício que tenta ultrapassar o etnocentrismo cultural1 espontâneo com que cada ser humano define o seu estar na vida [...](ITURRA, [198-?], p. 149).
Porque é uma técnica qualitativa, implica em possíveis limitações, caso o investigador não estabeleça fronteiras quanto ao encaminhamento do estudo e há de se reconhecer que,de certa forma, que se não integrante da comunidade investigada sempre será um estranho no grupo e que tem objetivos para diante de apresentar encaminhamentos para a realidade investigada, que no mínimo consiste em ampliar a sua trajetória de pesquisador. E, além do mais, sempre estará condicionada ao acolhimento, por parte dos investigados (ITURRA,[198-?].
Gil (1999, p. 113) estabelece duas formas distintas de observação participante: “[...] (a) natural, quando o observador pertence à mesma comunidade ou grupo que investiga; e (b) artificial, quando o observador se integra ao grupo com o objetivo de realizar uma investigação [...]”, neste caso mais sujeitado a maiores restrições (os limites de aceitação de acordo com o que será investigado e as consequências da investigação).
É uma modalidade que exige uma permanência do investigador junto ao investigado e em que os
[...] observadores participantes tipicamente buscam mergulhar na totalidade do fenômeno sob estudo. Podem tentar observar todos os grandes eventos que estão ocorrendo, falar com o maior número de participantes possível, e assim por diante. No entanto, obviamente ninguém consegue observar tudo; alguma seletividade é inevitável. Se tal seletividade for incontrolada, há o risco de reunir um conjunto de observações tendenciosas [...] (BABBIE,2003, p. 156).
Individual ou em Equipe
A observação individual promove a subjetividade, embora não se descarta quem admita o contrário, independente destas alternativas pode acarretar inferências mal sucedidas e distorções nos resultados ([198-?],p. 149), por isso é mais aconselhável que se realize em equipe, que ao submeter o fenômeno a mais de um olhar e, consequentemente, a mais de um ponto de vista, possibilita o confronto dos dados (MARCONI;LAKATOS, 1999). E, neste caso, elimina o risco de incorrer em limites de grau de importância e valores decorrentes de uma visão unilateral.
Na Vida Real ou Laboratório
A observação da vida real (fatos do cotidiano) é quando se obtém registros coletados no ambiente e como estes ocorrem, de forma espontânea, sem prévio planejamento (MARCONI; LAKATOS, 1999),em sua dimensão natural. Já em laboratório é quando a informação pretendida visa “[...] descobrir a ação e a conduta que tiveram lugar em condições cuidadosamente dispostas e controladas. Entretanto, muitos aspectos importantes da vida humana não podem ser observados sob condições idealizadas no laboratório” (MARCONI; LAKATOS, 1999,p. 94), por se apresentar como artificial exige que se estabeleçam condições “[...] o mais próximo do natural, que não sofram influências indevidas pela presença do observador ou por seus aparelhos de medição e registro.” (MARINA; LAKATOS, 1999, p. 94), conforme os instrumentos utilizados possibilitam observações mais refinadas e desde que possíveis de ser validadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Uma vez definido o tipo de observação que se quer adotar, é preciso estabelecer os cuidados metodológicos e éticos a serem seguidos. O observador precisa preparar-se para observar bem, o que requer preparação rigorosa e muita atenção com as pessoas envolvidas. Só se justifica “entrar” nas situações de vida das pessoas, o que implica em compartilhar momentos da vida dela e até mesmo “retirar” algo delas, se estiver convencido dos motivos pelos quais deve fazer isso (se trará mais benefícios do que riscos) e de que está tomando todo o cuidado para preservar as pessoas observadas.
Em tempos de câmeras filmadoras espalhadas por toda parte e de programas de televisão como os reality shows (Big Brother), tanta preocupação parece excessiva, uma vez que milhares de pessoas “observam” o cotidiano de algumas, ultrapassando em muito os limites da privacidade e da intimidade do outro. Mas é exatamente porque se vive em um mundo assim é que se necessita cuidar mais para desenvolver uma observação atenta, cuidadosa e respeitosa com as pessoas observadas.
Para tanto, é importante que o pesquisador entenda que ele deve se preparar bem para desenvolver um olhar atento na observação. Além disso, deve reconhecer que, como observador, ele tem um olhar ativo, e, assim, prestar sempre atenção nas possíveis interferências de seu olhar sobre o que está observando. É sabido que os preconceitos e as opiniões orientam o olhar do observador a ponto de obscurecer ou de supervalorizar ou subestimar determinados aspectos da realidade, o que pode comprometer a observação. A única maneira de lidar com isso, já que é ilusório supor uma postura de neutralidade, é refletir bastante sobre o que está em causa em um processo de observação, não apenas com relação ao observado, mas como ser um observador. Entender isso é fundamental para a adoção dessa técnica.
 Referências 
· FIORENTINI e LORENZATO. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2006. 
· GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1989. 
· LAKATOS, E.; MARCONI, M.. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo:Atlas, 1992.

Continue navegando