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Transporte de oxigênio e gás carbônico no sangue e tecidos

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Transporte de O2 e CO2 
Transporte de oxigênio e Dióxido de 
carbono no sangue e nos líquidos 
teciduais 
Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos 
para o sangue pulmonar, ele é transportado para os 
capilares dos tecidos periféricos, quase totalmente 
em combinação com a hemoglobina. A presença de 
hemoglobina nas hemácias permite que o sangue 
transporte 30 a 100 vezes mais oxigênio do que seria 
transportado na forma de oxigênio dissolvido na 
água do sangue. 
Nas células dos tecidos corporais, o oxigênio 
participa da cadeia respiratória, formando grande 
quantidade de dióxido de carbono. Esse dióxido de 
carbono penetra nos capilares dos tecidos e é 
transportado de volta aos pulmões. O dióxido de 
carbono, assim como o oxigênio, também se 
combina com substâncias químicas no sangue, que 
aumentam o transporte do dióxido de carbono por 15 
a 20 vezes. 
Transporte de Oxigênio dos Pulmões para os 
Tecidos Corporais 
O oxigênio se difunde dos alvéolos para o 
sangue dos capilares pulmonares porque a pressão 
parcial do oxigênio (Po.2) nos alvéolos é maior do 
que a Po2 no sangue capilar pulmonar. Nos outros 
tecidos do corpo, a Po.2 maior no sangue capilar do 
que nos tecidos faz com que o oxigênio se difunda 
para as células adjacentes. 
Quando o oxigênio é metabolizado pelas 
células formando dióxido de carbono, a pressão 
intracelular do dióxido de carbono (Pco2) aumenta 
para valor elevado, o que faz com que o dióxido de 
carbono se difunda para os capilares teciduais. 
Depois que o sangue flui para os pulmões, o dióxido 
de carbono se difunde para fora do sangue até os 
alvéolos porque a Pco2, no sangue capilar pulmonar, 
é maior do que nos alvéolos. 
Difusão do Oxigênio dos Alvéolos para o Sangue 
Capilar Pulmonar 
A Po2 nos alvéolos é de 104 mmHg, já no 
sangue é de 40 mmHg, essa diferença de pressão 
provoca a difusão do oxigênio para os capilares 
pulmonares, fazendo com que o sangue neles 
atingirem a faixa de 104 mmHg. 
Captação de Oxigênio pelo Sangue Pulmonar 
durante o Exercício 
Durante o exercício o corpo pode precisar de 
20 vezes mais oxigênio, além disso por conta do 
débito cardíaco aumentado o tempo que o sangue 
permanece nos capilares pulmonares é menor, mas 
isso é compensado pelo grande fator de segurança de 
difusão do oxigênio. 
Esse fator de segurança é dado pela 
capacidade de difusão do oxigênio que praticamente 
triplica durante o exercício sendo isso resultado do 
aumento da área dos capilares pulmonares. Outro 
fator é que o sangue normalmente permanece nos 
capilares pulmonares cerca de três vezes mais tempo 
que o necessário para causar a oxigenação total. 
Portanto, durante o exercício, mesmo com tempo de 
exposição menor nos capilares, o sangue, ainda 
assim, fica totalmente oxigenado, ou quase isto. 
Transporte de oxigênio no sangue arterial 
98% do sangue que entra no átrio esquerdo é 
proveniente dos pulmões, ou seja, são altamente 
oxigenados, os outros 2% são provenientes da aorta, 
pela circulação brônquica que supre os tecidos 
profundos do pulmão e não é exposto ao ar 
pulmonar, sendo assim não são oxigenados (Po2 = 
40 mmHg). O que deixa o sangue que sai do coração 
em direção aos tecidos periféricos com a Po2 de 95 
mmHg. 
 
 
 
Transporte de O2 e CO2 
Difusão de Oxigênio dos Capilares para o 
Líquido Tecidual 
A Po2 nos capilares que leva o sangue arterial 
é de 95 mmHg como já dito já nos tecidos ela é de 
40 mmHg, isso leva a rápida difusão do O2 para os 
tecidos causando a queda da Po2 no sangue arterial 
para 40 mmHg também. 
Já a Po2 das células podeTroca variar de 1 
mmHg até 40 mmHg, mas em média fica em 23 
mmHg, sendo que o necessário para as funções vitais 
da célula é somente de 1 a 3 mmHg, ou seja as células 
tem um alto fator de segurança para desenvolver suas 
funções vitais, sendo que o maior limitante para isso 
vai ser as moléculas de ADP. 
Difusão de Dióxido de Carbono das Células 
Teciduais Periféricas para os Capilares e dos 
Capilares Pulmonares para os Alvéolos 
Quando o oxigênio é usado pelas células, 
virtualmente, todo ele se torna dióxido de carbono, o 
que aumenta a Pco2 intracelular. Devido a essa Pco.2 
elevada das células teciduais, o dióxido de carbono 
se difunde das células para os capilares teciduais e é, 
então, transportado pelo sangue para os pulmões. 
Nos pulmões, ele se difunde dos capilares 
pulmonares para os alvéolos, onde é expirado. 
O dióxido de carbono consegue se difundir 
cerca de 20 vezes mais rápido que o oxigênio. 
Portanto, as diferenças de pressão necessárias para 
causar a difusão do dióxido de carbono são, em cada 
instância, bem menores que as diferenças de pressão 
necessárias para causar a difusão de oxigênio. As 
pressões do C02 são aproximadamente as seguintes: 
1. Pco2 intracelular, 46 mmHg; Pco2 intersticial, 45 
mmHg. Assim, existe diferencial de pressão de 
apenas 1 mmHg. 
2. Pco2 do sangue arterial que entra nos tecidos, 40 
mmHg; Pco2 do sangue venoso que deixa os tecidos, 
45 mmHg. O sangue dos capilares teciduais entra 
quase em equilíbrio com a Pco2 de 45 mmHg. 
3. Pco2 do sangue que entra nos capilares 
pulmonares, pelo terminal arterial, 45 mmHg; Pco2 
do ar alveolar, 40 mmHg. Assim, a diferença de 
pressão de apenas 5 mmHg faz com que todo o 
necessário dióxido de carbono se difunda para fora 
dos capilares pulmonares, para os alvéolos. 
Ademais, a Pco2 do sangue capilar pulmonar 
diminui, quase se igualando à Pco2 alveolar de 40 
mmHg antes de ter percorrido mais de cerca de um 
terço do percurso pelos capilares. Esse é o mesmo 
efeito observado antes, em relação à difusão de 
oxigênio, exceto pelo fato de ocorrer na direção 
oposta. 
O Papel da Hemoglobina no Transporte de 
Oxigênio 
Normalmente, cerca de 97% do oxigênio 
transportado dos pulmões para os tecidos são 
transportados em combinação química com a 
hemoglobina nas hemácias. Os 3% restantes são 
transportados em estado dissolvido na água do 
plasma e células sanguíneas. Assim, sob condições 
normais, o oxigênio é transportado para os tecidos 
quase inteiramente pela hemoglobina. 
Curva de Dissociação Oxigênio-Hemoglobina 
A curva de dissociação oxigênio-
hemoglobina, que demonstra aumento progressivo 
da porcentagem de hemoglobina ligada ao oxigênio, 
à medida que a Po2 do sangue aumenta, o que é 
denominado percentual de saturação de 
hemoglobina. Na medida em que o sangue que deixa 
os pulmões e entra nas artérias sistêmicas tem em 
geral a Po.; em torno de 95 mmHg, é possível ver, a 
partir da curva de dissociação, que a saturação usual 
de oxigênio do sangue arterial sistêmico é em média 
de 97%. Por outro lado, no sangue venoso normal 
que retorna dos tecidos periféricos, a Po2 é cerca de 
40 mmHg e a saturação de hemoglobina é em média 
de 75%. 
Quantidade Máxima de Oxigênio que Pode 
Combinar-se com a Hemoglobina do Sangue. 
 O sangue da pessoa normal contém cerca de 
15 gramas de hemoglobina em cada 100 mililitros de 
sangue, e cada grama de hemoglobina pode se ligar 
ao máximo de 1,34 mililitro de oxigênio (1,39 
mililitro quando a hemoglobina é quimica- mente 
pura, mas impurezas como a metemoglobina 
reduzem esse valor). Portanto, 15 vezes 1,34 é igual 
a 20,1, o que significa que, em média, os 15 gramas 
Transporte de O2 e CO2 
de hemoglobina em 100 mililitros de sangue 
conseguem se combinar com o total quase exato de 
20 mililitros de oxigênio, se a hemoglobina estiver 
100% saturada. Isso, normalmente, é expresso como 
20 volumes percentuais. 
Quantidade de Oxigênio Liberada da 
Hemoglobina Quando o Sangue Arterial 
Sistêmico Flui pelos Tecidos. 
A quantidade total de oxigênio ligado à 
hemoglobina no sangue arterial sistêmico normal, 
que é 97% saturado, é cerca de 19,4 mililitros por 
100 mililitros de sangue. Ao passar pelos capilares 
teciduais, essa quantidade é reduzida, em média, para 
14,4 mililitros (Po2 de 40mmHg, hemoglobina 75% 
saturada).Assim, sob condições normais, cerca de 5 
mililitros de oxigênio são transportados dos pulmões 
para os tecidos a cada 100 mililitros de fluxo 
sanguíneo. 
Transporte de Oxigênio durante o Exercício 
Intenso. 
 Durante exercício intenso, as células 
musculares utilizam oxigênio com intensidade 
acelerada, o que, em casos extremos, pode fazer com 
que a Po2 do líquido intersticial muscular caia do 
valor normal de 40 mmHg para valor tão baixo 
quanto 15 mmHg. Nesse ponto de baixa pressão, 
apenas 4,4 mililitros de oxigênio permanecem 
ligados à hemoglobina, em cada 100 mililitros de 
sangue. 
Normalmente é utilizado 25% do oxigênio 
ligado a hemoglobina, durante o exercício físico 
pode chegar a 75%-85% e com exercício físico de 
alta intensidade com baixo fluxo sanguíneo tem 
áreas que chegam em 100%. 
Efeito Bohr 
Aumento da quantidade de Co2 e H+ no 
sangue o que intensifica a liberação de O2 do sangue 
para os tecidos. 
Quando o Co2 vai do tecido para o sangue 
ocorre o aumento parcial do oxigênio no sangue, 
com esse ocorre o aumento da concentração de 
H2Co3 e isso desloca a curva do tampão para a 
direita e para baixo, ou seja, causando uma acidose. 
Transporte de Dióxido de Carbono no Sangue 
Para começar o processo de transporte de 
dióxido de carbono, ele se difunde, pelas células dos 
tecidos, na forma de dióxido de carbono molecular 
dissolvido. Ao entrar nos capilares dos tecidos, o 
dióxido de carbono inicia série de reações químicas 
e físicas quase instantâneas. 
 
Portanto, apenas cerca de 0,3 mililitro de 
dióxido de carbono é transportado na forma 
dissolvida por cada 100 mililitros de fluxo 
sanguíneo, correspondendo a 7% de todo o dióxido 
de carbono normalmente transportado. 
Já o transporte do Co2 pela forma do íon 
bicarbonato se da com a entrada dele na hemácia para 
conjugação formando o ácido carbônico por meio da 
ação da anidrase carbônica, esse ácido vai se 
desassociar liberando um H+ formando o íon 
bicarbonato. 
Transporte de Dióxido de Carbono em 
Combinação com Hemoglobina e Proteínas 
Plasmáticas — Carbaminoemoglobina. 
 Além de reagir com a água, o dióxido de 
carbono reage diretamente com radicais amina da 
molécula de hemoglobina, formando o composto 
carbaminoemoglobina (CO.,Hgb). Essa combinação 
de dióxido de carbono e hemoglobina é reação 
reversível que ocorre com elo fraco, de modo que o 
dióxido de carbono é facilmente liberado para os 
alvéolos, onde a Pco2 é menor do que nos capilares 
pulmonares. 
Quando o Oxigênio se Liga à Hemoglobina, o 
Dióxido de Carbono É Liberado (o Efeito 
Haldane) Aumentando o Transporte de CO2. 
Transporte de O2 e CO2 
Antes, neste capítulo, apontamos que o 
aumento do dióxido de carbono sanguíneo desloca o 
oxigênio da emoglobina (o efeito Bohr), o que é fator 
importante para aumentar o transporte de oxigênio. 
O inverso também é verdadeiro: a ligação do 
oxigênio com a hemoglobina tende a deslocar 
dióxido de carbono do sangue. Na verdade, esse 
efeito, denominado efeito Haldane, é 
quantitativamente bem mais importante, na 
promoção do transporte de dióxido de carbono do 
que o efeito Bohr na promoção do transporte de 
oxigênio.

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