Buscar

RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA COMO FATOR COMPETITIVO NO GRUPO MORENA ROSA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LUANA LINS ALVES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA COMO FATOR COMPETITIVO NO GRUPO 
MORENA ROSA 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário 
de Maringá, como requisito parcial à obtenção do 
título de bacharelado em Administração. 
Orientador: Prof. Reginaldo Simpricio dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2011 
 
 
 
 
 2 
LUANA LINS ALVES DE SOUZA 
 
 
RESPONSABILIDADE SOCIAL INTERNA COMO FATOR COMPETITIVO NO GRUPO 
MORENA ROSA 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para 
a obtenção do título de graduado em administração, sob orientação do Prof. Reginaldo 
Simpricio dos Santos. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
Orientador: _________________________________________
_____ 
Prof. Reginaldo Simpricio dos 
Santos 
CESUMAR 
Membro: _____________________ 
Titulação, nome completo 
Instituição de origem 
Membro _____________________ 
Titulação, nome completo 
Instituição de origem 
 
 
 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A minha avó, Aparecida Zamberlan, que 
sempre esteve ao meu lado. Te amo. A 
minha família e amigos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 A Deus pelo ar que eu respiro, por ter me dado a graça de chegar até aqui, 
sempre me amando e me compreendendo, por ter me colocado em uma família que me 
ama e me apóia em tudo. 
 A Deus por Ele ter me dado a oportunidade de fazer uma faculdade abençoada, 
onde tive aulas com mestres sábios e por conviver com colegas de turma maravilhosos 
que serão pessoas que estarão sempre comigo, pois levo um pouco deles em mim e, 
certamente, fica um pouco de mim neles. 
 A Deus que é o único ontem, hoje e sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando você atravessar águas profundas, 
eu estarei ao seu lado, e você não se 
afogará. Quando passar pelo meio do fogo, 
as chamas não o queimarão. Pois eu sou o 
Eterno, o seu Deus, o Santo Deus de Israel, 
o seu Salvador.” 
 
(Bíblia Sagrada, Isaias, Cap.43: 2, 3) 
 
 6 
RESUMO 
 
O objetivo do trabalho foi descrever o que é responsabilidade social e ação 
social, por meio de pesquisas em livros e revistas onde esse tema é discutido. Autores 
diferentes têm várias opiniões sobre o tema, mas conclui-se que responsabilidade 
social ocorre quando uma empresa, além de pagar seus impostos, quando obtém lucro, 
investe parte dele em projetos para proteger o meio ambiente e ajudar, de forma 
sustentável, os mais necessitados, como, por exemplo, na área da saúde, com auxilio 
médico, na educação, oferecendo cursos ou promovendo uma educação de qualidade. 
E ação social é algo mais passageiro, mas que também tem uma grande 
importância e faz parte da responsabilidade social de uma organização com atitudes 
como fazer doação de computadores, ou promover um dia de gincana com a 
comunidade local ou com os próprios funcionários. 
Procurou-se mostrar como uma organização do noroeste do Paraná localizada 
em Cianorte chamada Grupo Morena Rosa utiliza a responsabilidade social como fator 
competitivo e, para isso, foi realizada uma entrevista informal com a responsável pelo 
departamento de Recursos Humanos do Grupo, o que propiciou a obtenção de todas as 
informações necessárias para a realização desta pesquisa. 
Verificou-se que a empresa vale-se da responsabilidade social como fator 
competitivo, pois o público alvo tem ficado cada vez mais exigente para a compra de 
mercadorias e tem procurado investigar como aquele produto chega às suas mãos e 
esta empresa observa que a maior parte dos clientes tem uma preferência por 
organizações sustentáveis. 
Ela realiza projeto em diferentes áreas como esporte e lazer, educação, saúde, 
assistência social, artes, proteção ao meio ambiente e, dessa forma, consegue mais 
confiabilidade de seus funcionários, porque se sentem mais seguros por trabalharem 
em uma empresa que se preocupa com eles e também com a sociedade. Além disso, 
fator importante é que a empresa torna-se reconhecida no meio empresarial por ser 
ética e comprometida com os funcionários e com a sociedade. 
Palavras-chave: Responsabilidade Social. Sustentabilidade. Empresa. 
 
 
 7 
ABSTRACT 
 
The objective was to describe what is social responsibility and social action 
through research in books and magazines where this topic is discussed. Different 
authors have different opinions on the topic, but it appears that social responsibility is 
when a company, and pay your taxes when you get profit of it invests in projects to 
protect and help the environment in a sustainable way, the most needy, for example, in 
health, with medical aid, education, courses offering or promoting quality education. 
 And social action is something more passengers, but also has great significance 
and is part of the social responsibility of an organization with such attitudes make a 
donation of computers, or promote a day of contest with the local community or the 
employees themselves. 
 It is shown how an organization located in northwestern Paraná Cianorte call 
Rosa Morena Group uses CSR as a competitive factor, and for this, we conducted an 
informal interview with the head of the department's Human Resources Group, which 
offered the obtaining all information necessary for this research. 
It was found that the company relies on social responsibility as a competitive 
factor, since the target audience has become increasingly demanding to buy goods and 
has sought to investigate how that product gets to your hands and the company notes 
that most customer has a preference for sustainable organizations. 
 She performs in different project areas such as sport and leisure, education, 
health, welfare, arts, environmental protection and thus get more reliability from their 
staff because they feel safer because they work in a company that cares them and with 
society. Moreover, an important factor is that the company becomes known for being in 
business ethics and committed employees and society. 
 
 
Keywords: Social Responsibility. Sustainability. Company. 
 
 
 
 
 8 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 - Pirâmide de Carroll.............................................................................24 
 Figura 2 - Três campos da responsabilidade social.............................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ATI – Programa da Terceira Idade 
CNI – Confederação Nacional da Indústria 
ONGs – Organizações Não Governamental 
RSC – Responsabilidade Social Corporativa 
RSE - Responsabilidade Social Empresarial 
PAS – Programa de Assistência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................. 12 
1.1 PROBLEMÁTICA............................................................................. 14 
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................... 14 
1.3 OBJETIVOS..................................................................................... 16 
1.3.1 Objetivo Geral................................................................................ 16 
1.3.2 Objetivo Específico....................................................................... 16 
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO.............................................................. 17 
2.1 INÍCIO DAS DISCUSSÕES SOBRE RESPONSABILIDADE 
SOCIAL............................................................................................ 
17 
2.2 QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL E AÇÃO SOCIAL............. 19 
2.2.1 Responsabilidade Social.............................................................. 19 
2.2.2 Ação Social....................................................................................22 
2.3 PIRÂMIDE DE CARROLL............................................................... 25 
2.4. RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA....................................... 28 
2.5 QUANTO AO AMBIENTE ORGANIZACIONAL............................... 32 
2.5.1 Interno............................................................................................. 32 
2.5.2 Externo............................................................................................ 35 
2.5.3 Terceiro setor................................................................................. 37 
2.6 SUSTENTABILIDADE...................................................................... 39 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................ 42 
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO...................................................... 42 
3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA....................................................... 42 
3.3 PLANOS DE ANALISE DOS DADOS.............................................. 43 
4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.............................................. 44 
4.1 INSTITUTO MORENA ROSA.......................................................... 45 
4.2 PROJETOS DO INSTITUTO MORENA ROSA............................... 46 
4.2.1 Educação........................................................................................ 46 
4.2.1.1 Projeto Escola Construindo Saber............................................... 46 
4.2.1.2 Treinamentos, palestras e cursos................................................ 46 
4.2.2 Saúde Integral................................................................................ 47 
4.2.2.1 Programa de Assistência (PAS)................................................... 47 
4.2.2.2 Unidade Móvel de Atendimento.................................................... 47 
4.2.2.3 Acompanhamento Nutricional...................................................... 47 
4.2.2.4 Bem Estar Psicológico.................................................................. 48 
4.2.2.5 Serviço Social................................................................................. 48 
4.2.2.6 Academia da terceira idade (ATI)................................................. 48 
4.2.2.7 Refeitório Dona Filomena.............................................................. 48 
4.2.2.8 Ações e Palestras informativas.................................................... 49 
4.2.3 Cultura, esporte e lazer................................................................. 49 
4.2.3.1 Projeto TOCA (Toca Orquestra Criança Amiga)......................... 49 
4.2.3.2 Coral Morena Rosa........................................................................ 49 
4.2.3.3 Morena Rosa Musical.................................................................... 49 
4.2.3.4 Show de talentos............................................................................ 50 
4.2.3.5 Campeonatos e torneios............................................................... 50 
 
 11 
4.2.3.6 Conservação do Patrimônio Histórico......................................... 50 
4.2.3.7 Datas comemorativas.................................................................... 50 
4.2.3.8 Atletas do futuro............................................................................ 51 
4.2.4 Meio Ambiente................................................................................ 51 
4.2.4.1 Plantando Vidas............................................................................. 51 
4.2.4.2 De olho no Óleo.............................................................................. 51 
5 DIAGNÓSTICO DA EMPRESA....................................................... 52 
5.1 TRÊS PROJETOS DE MAIOR IMPORTÂNCIA COMPETITIVA..... 52 
5.1.1 Projeto Escola Construindo.......................................................... 52 
5.1.2 Programa de assistência à saúde................................................ 52 
5.1.3 Treinamentos, cursos e palestras educativas............................ 53 
5.2 DIFERENÇA COMPETITIVA, ANTES E DEPOIS DOS 
PROJETOS SEREM IMPLANTADOS............................................. 
53 
5.3 INFLUÊNCIAS DESSES PROJETOS DE MANEIRA 
COMPETITIVA................................................................................. 
53 
5.4 OPINIÃO DOS FUNCIONÁRIOS NA ELABORAÇÃO DE NOVOS 
PROJETOS...................................................................................... 
54 
5.5 SURGIMENTO DO IDEAL DE INVESTIMENTO EM 
RESPONSBILIDADE SOCIAL......................................................... 
54 
5.6 PESQUISAS DE MUDANÇA DE VIDA REALIZADAS EM 
FUNCIONÁRIOS QUE PARTICIPAM DOS PROJETOS................. 
55 
5.7 FORMULAÇÃO DOS PROJETOS DO GRUPO MORENA ROSA.. 55 
5.8 EXISTÊNCIA DE PROJETOS A SEREM 
IMPLANTADOS.............. 
56 
5.9 APOIO AOS FUNCIONÁRIOS A CONCLUÍREM SEUS 
ESTUDOS........................................................................................ 
56 
5.10 PARCERIAS COM INSTITUIÇÕES DE ENSINO............................ 56 
5.11 CLASSIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS QUE REALIZARAM 
CURSOS, TREINAMENTOS OU SÃO APOIADOS PARA A 
CONCLUSÃO DOS ESTUDOS....................................................... 
57 
5.12 PROJETOS NÃO DISPONIBIZADOS NO SITE DA 
EMPRESA...... 
57 
5.13 ANÁLISE.......................................................................................... 57 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 60 
6.1 CONCLUSÃO.................................................................................. 60 
6.2 RECOMENDAÇÕES....................................................................... 61 
6.2.1 Projeto Escola Construindo Saber 61 
6.2.2 Apoio a cursos, treinamentos e conclusão dos estudos.......... 62 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................... 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Nos dias atuais as empresas não podem mais se preocupar apenas em produzir 
mais pelo menor custo, produzir e entregar no menor tempo possível, produzir com 
qualidade, focar a satisfação do cliente, aumentar a flexibilidade da empresa, elas 
precisam também investigar seus processos, saber se eles não estão danificando o 
meio ambiente, verificar se seus funcionários estão recebendo salário justo por seu 
trabalho, se ela tem colaborado com a comunidade como agente de transformação e 
melhoria da qualidade de vida das pessoas. Para isso, nada melhor do que realizarem 
ações que se configurem no que hoje é chamado de Responsabilidade Social. 
A idéia de um mundo melhor para todas as gerações sem prejudicar o 
meio ambiente é um objetivo social desejado, o que faz com que ela 
seja popular no mundo. (BARBIERI E CAJAZEIRA, 2009, p.66). 
 
Com tantos problemas sociais, como crianças fora da escola, idosos 
abandonados, adolescentes sem perspectiva de futuro promissor, entre outros nada 
mais justo do que as empresas participarem junto ao governo e demais segmentos da 
sociedade buscando solucionar problemas, mesmo que pareçam muito simples. Muita 
coisa há para ser feita. 
O fato de essas questões chamarem a atenção de empresas e órgãos não- 
governamentais é algo muito importante, porque, de certa forma, eles estão chamando 
para si a responsabilidade de um envolvimento mais próximo com a sociedade, o que 
certamente se reverterá em importantes benefícios não só para seus colaboradores, 
mas para todos. 
As empresas privadas têm um grande peso na economia do local onde estão 
estabelecidas, porque, além de empregarem muitas pessoas, gerando renda e, 
consequentemente, maior consumo, necessariamente geram maior desenvolvimento 
porque são pagadoras de impostos, o que beneficia as receitas públicos que podem 
ser investidas em forma de educação, saúde, saneamento básico entre outras. 
Muitas vezes, esses recursos gerados por impostos não são suficientes para 
suprir toda a necessidade e carência que uma sociedade local, aí, então, há 
 
 13 
necessidadede que haja maior participação de todos especialmente de modo 
voluntário. 
Responsabilidade Social Corporativa (RSC) ou Cidadania Corporativa e 
Responsabilidade Social Empresarial (RSE) começa dentro da empresa, com seus 
funcionários, respeitando seus direitos e fazendo cumprir seus deveres, pagando um 
salário justo pelo seu trabalho, promovendo crescimento profissional e pessoal, 
oferecendo benefícios para eles e suas famílias. 
 O próximo passo é começar a ajudar comunidades carentes, por exemplo, 
propiciando atividades às crianças para que não fiquem ociosas e aprendam mais, 
incentivando idosos a cuidar de sua saúde como forma de evitar doenças para que 
vivam melhor, apoiando jovens, principalmente por meio da oferta de cursos 
profissionalizantes. 
 
A expressão cidadania empresarial é muito utilizada para demonstrar o 
envolvimento da empresa em programas sociais de participação 
comunitária, por meio do incentivo ao trabalho voluntário, do 
compartilhamento de sua capacidade gerencial, de parcerias com 
associações ou fundações e do investimento em projetos sociais nas 
áreas de saúde, educação e meio ambiente (TENÓRIO, 2006 p. 29-30,). 
 
 
Responsabilidade Social Corporativa (RSC) ou Cidadania Corporativa e 
Responsabilidade Social Empresarial (RSE), também abrange a área ambiental. 
Empresas que poluem o meio ambiente precisam verificar se seus projetos de 
reestruturação ambiental estão de acordo com que a lei exige e, se possível, fazerem 
um pouco a mais do que a legislação determina. 
A realização de ações como campanhas de reciclagem de alguns tipos de 
materiais e reuniões para conscientização de como respeitar e conservar o local onde 
se vive podem melhorar muito a qualidade de vida das pessoas. Assumindo esse tipo 
de postura, além de estarem realizando importante trabalho de conscientização, ainda 
estarão ganhando créditos junto sociedade, 
No meio de tantas mudanças sociais, corporativas, existe no interior do Paraná, 
na cidade de Cianorte, vem se destacando pela iniciativa de criar e manter programas 
sociais para favorecimento de seus funcionários, de seus familiares e de toda a 
 14 
comunidade, com grande sucesso. Trata-se de uma empresa conhecida 
internacionalmente no ramo de confecções pela qualidade e diversificação de suas 
marcas, denominada Grupo Morena Rosa, que existe há 17 anos e é fruto do sonho de 
três casais, que com muita dedicação e perseverança cresceram num mercado tão 
exigente e competitivo. 
Hoje o Grupo Moreno Rosa, é proprietário das marcas, Morena Rosa, Zinco, 
Maria Valentina e Joy. 
 
 
1.1 PROBLEMÁTICA 
 
 
Empresas de todo o mundo estão se conscientizando da importância de criarem 
projetos sociais internos, para que os funcionários sintam-se motivados e colaborem 
cada vez mais para o crescimento da organização. Investimentos nesse sentido são 
importantes para empresas que querem ter a característica de empresas socialmente 
responsáveis,e, para que isso aconteça, precisam apoiar seus colaboradores para que 
tenham maior crescimento pessoal e profissional. Muitos são os temas pertinentes a 
essa questão, inclusive sobre qual o diferencial competitivo que uma empresa pode 
conquistar com resposta à realização desses projetos. 
O tema deste trabalho está baseado no questionamento: O que os projetos 
sociais internos influenciam na competitividade da empresa? 
 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
 
 O tema responsabilidade social tem sido de grande valia para muitas empresas, 
pois as ajuda a construir uma sociedade mais justa e mais humana, tanto para seus 
colaboradores, como para as pessoas beneficiadas por seus projetos e, também a ser 
bem vista por investidores, fornecedores, clientes. Tanto sua marca como seus 
 15 
produtos conquistam maior credibilidade e são mais valorizados quando ela esta 
envolvida em projetos sociais. 
Este trabalho visa a abordar o que é responsabilidade social e dar o exemplo de 
como uma grande empresa como o grupo Morena Rosa vem colaborando com a 
sociedade. 
 Muitas são as preocupações das empresas em relação a sua gestão e, às vezes 
preferem, por uma questão de ajustes financeiros, ao invés de ter toda a máquina 
produtiva em suas mãos, terceirizar alguns pontos estratégicos, mas isso também é 
preocupante, pois o consumidor e a sociedade vão analisar se essas empresas têm a 
mesma responsabilidade que o dono da marca que a contratou (OLIVEIRA, 2008). 
Este tema tem chamado a atenção de estudantes, professores, pesquisadores 
de várias áreas, empresários, enfim, de pessoas que estão envolvidas com empresas, 
porque com o passar do tempo, as pessoas não adquirem apenas os produtos, mas 
também estão se preocupando em como esses produtos tem chegado às suas mãos. 
Muitas perguntas têm sido feitas a empresários sobre o que têm feito quanto à 
responsabilidade social, já que na relação empregado x empregador se incluem todas 
as pessoas envolvidas no processo produtivo que passam pela questão do pagamento 
de obrigações entre outros. 
Para que sejam respondidos esses questionamentos, antes de mais nada é 
necessário saber o que é responsabilidade social e o que é ação social e depois de 
juntar-se a teoria à prática da empresa escolhida, saber se ela tem ou não exercido a 
responsabilidade social de maneira eficiente. 
Este trabalho pretende também servir de apoio para projetos futuros na área de 
responsabilidade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
1.3 OBJETIVOS 
 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
 
Identificar como o Grupo Morena Rosa utiliza a responsabilidade social interna 
como fator competitivo. 
 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
 
 - Descrever o que é responsabilidade social e ação social por meio de 
referenciais bibliográficos; 
 - Verificar os projetos de responsabilidade social do Grupo Morena Rosa. 
 - Apontar as ações sociais do Grupo Morena Rosa; 
 - Conhecer a influência de projetos de responsabilidade social sobre a 
competitividade do grupo Morena Rosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 INÍCIO DAS DISCUSSÕES SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
No século XVI a responsabilidade social estava ligada ao poder das empresas nos 
EUA, sendo que quando um dono de uma empresa morria, seus herdeiros ficavam 
obrigados a assumir suas responsabilidades na organização. Já no século XVIII, as 
autoridades do governo instituíram que a responsabilidade de qualquer ônus deixado 
por empresários seria de responsabilidade dos acionistas e toda empresa antes de ser 
aberta teria que ter a comprovação que seria útil aos benefícios sociais, prestando 
serviços nas áreas de infra-estrutura, transporte construção (REIS E MEDEIROS, 
2007). 
Existe a teoria polêmica de Milton Friedmam que foi um brilhante economista, 
também pai do liberalismo econômico e autor de importantes teorias neoclássicas, 
ganhador do prêmio Nobel que dizia que responsabilidade social era dar lucro para os 
acionistas. Essa afirmativa rendeu-lhe muitas críticas e, desde então, a discussão sobre 
responsabilidade social tem ganhado força dentro do mundo acadêmico e de 
organizações do mundo inteiro. Segundo ele, a RSC desvirtuava as empresas porque 
eram os donos e os acionistas que deviam decidir o que fazer com o dinheiro da 
empresa e não os gestores que, segundo ele, queriam fazer caridade com o dinheiro 
dos outros. Sua contribuição acabou sendo de certa forma positiva, pois muitos foram 
os esforços acadêmicos e ativistas para provar que suas teorias estavam erradas 
(OLIVEIRA, 2008). 
Surgiu nos anos cinqüenta e sessenta, após a revolução industrial e com o 
aperfeiçoamento dos princípios tradicionais da organização, uma nova visão das 
organizações: as pessoas já não deveriam ser tratadas como robôs como sugere a 
visão clássica, mas ser reconhecidas. Essa visão é a escola de Relações Humanas, 
que não deixa totalmente de lado avisão clássica, mas mudou alguns conceitos 
(TACHIZAWA, 2005). 
 18 
A partir de 1988, no Brasil, com a emergência do estado civil, surge a discussão da 
responsabilidade social dentro das organizações. Ela gira em torno da dimensão ética, 
integrando as dimensões econômicas e legais. Com isso, vêm também as discussões 
sobre stackeholders, que são funcionários, fornecedores, clientes, enfim todos aqueles 
que influenciam ou são influenciados pela empresa e dos stockeholders que são os 
acionistas e sócios da empresa. De quem deve ser a preferência na hora de escolher 
os projetos de responsabilidade social, ou mesmo se deve ser feito ou não, qual 
interesse deve ser levado em consideração? (MACHADO E FILHO, 2006). 
 
Os primeiros estudos teóricos sobre a responsabilidade social 
empresarial, desenvolvidos a partir dos pressupostos conceituais da 
sociedade pós-industrial, surgem em 1950. Entretanto, é a partir da 
década de 1970 que os trabalhos desenvolvidos a respeito do tema 
ganham destaque (TENÓRIO, 2008, p.23). 
 
Até o século XIX, as empresas privadas funcionavam com forte pressão do estado e 
lutavam para expandir seus direitos e limitar suas obrigações. Existia uma rivalidade 
entre governo e empresas privadas. A guerra civil norte-americana (1861 – 1865) 
contribuiu para mudanças na legislação das empresas. Conforme as empresas 
lucravam e se fortaleciam, conseguiam fazer pressão sobre o governo e conquistavam 
maiores benefícios. Em 1919, nos EUA, com o julgamento do caso Dodge versus Ford, 
Ford comunicou aos outros acionistas que os lucros iriam ser reinvestidos na empresa 
para diminuição dos preços dos carros e expansão da empresa, causou muito 
discussão, Ford perdeu na justiça, mas ganhou “pontos” na questão responsabilidade 
sociais (REIS E MEDEIROS, 2007). 
Os avanços tecnológicos desde a revolução industrial têm sido imensos, quanto 
mais se produz, mais as pessoas compram, isso é bom para a competitividade no 
mundo dos negócios, mas quanto mais se produz, mais resíduos ficam na natureza de 
forma maléfica para o homem (FILHO, 2010). . 
Com o crescimento da economia, as atividades das empresas também crescem e 
com isso aumenta o impacto que elas produzem na natureza, por isso elas devem 
minimizar esses impactos, para ter uma melhor visibilidade.(WISSMANN, 2007). 
Existe um comentário sobre as três grandes representantes da escola clássica: 
Taylor, com a análise no trabalho, Fayol que estabeleceu reflexões sobre administração 
 19 
e controle e Weber, que fez análise sobre os princípios que fundamentam organizações 
e contexto social. Esses pensadores falam somente sobre eficiência de pessoas no 
trabalho, como tornar o trabalho mais eficaz sem desperdício de tempo e outras 
questões que acabam tratando pessoas como verdadeiros robôs (TACHIZAWA, 2005). 
A visão clássica diz que o lucro da empresa é do acionista e deve ser gasto da 
maneira que ele achar melhor e que os gestores não devem gastar esse lucro com 
responsabilidade social. Ele diz que esse gasto com responsabilidade social não condiz 
com o objetivo da empresa que é de gerar lucro para os donos e acionistas. A visão 
institucional diz que é necessário integrar os elementos mercado, organizações, 
indivíduos e suas relações: psicológica, ética, legal e econômica, integrando tudo isso 
para que a organização possa realmente cumprir seu papel na sociedade (MACHADO 
E FILHO, 2006). . 
 
 
2.2 O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL E AÇÃO SOCIAL 
 
 
2.2.1 Responsabilidade Social 
 
 
Não existe uma definição certa do que é responsabilidade social, mas acredita-se 
que as empresas socialmente responsáveis não rejeitam suas comunidades, seus 
funcionários, nem o meio ambiente e incorporam também dimensões legais e valores 
éticos. Às vezes essas atitudes são confundidos com ações sociais ou filantrópicas 
porque fazem parte da responsabilidade social (MACHADO E FILHO, 2006). 
A responsabilidade social é descrita de formas diferentes por autores de várias 
épocas e áreas diversas como ciências sociais, economia, administração e marketing. 
Portanto, social refere-se à sociedade, na visão filosófica diz sobre estruturas e 
condições. Na filosofia responsabilidade social é a escolha de fazer ou agir de alguma 
forma com consequências para os que estão ao redor e esse ato deve ser assumido 
por quem o fez (REIS E MEDEIROS, 2007). 
 20 
Responsabilidade social se reflete na gestão do negócio, nos projetos e nas 
ações que são desenvolvidas pela empresa, faz parte do comprometimento de todos 
para um mundo melhor, fazendo com que a empresa faça parte dessa mudança (NETO 
E BRENNAND, 2004). 
Já na década de 90, a responsabilidade social ganha uma nova versão e a empresa 
precisa ter uma visão além de seus muros, enxerga a sociedade, a comunidade, suas 
dificuldades e tenta ajudar de alguma forma, isso inclui gestão ambiental e 
preocupações com os consumidores. Desta forma, teriam mais lucro, pois ajudariam a 
melhorar a imagem da empresa perante a sociedade e a aumentar seus lucros (REIS E 
MEDEIROS, 2007). 
Para uma empresa ser socialmente responsável tem que ter melhoria na condição 
de vida dos trabalhadores e em todas as suas áreas de abrangência, como, por 
exemplo, educação, ambiente de trabalho, meio ambiente, recursos naturais, além 
disso, deve ter um bom relacionamento com os clientes internos e externos, 
fornecedores, comunidade, entre outros (WISSMANN, 2007). 
Muitas vezes é difícil definir um conceito para responsabilidade social, sem 
confundir com ações sociais. Responsabilidade social, não é só beneficiar comunidades 
carentes, é também ter responsabilidade pagamento de impostos, com leis trabalhistas 
e ambientais entre outras. Apenas para citar um exemplo, caso a empresa seja 
poluente tem que implantar projetos (muitas vezes exigidos por lei) para não agredir a 
natureza. Mas uma empresa socialmente responsável vai além disso, ela valoriza seus 
funcionários, fornecedores e clientes, trabalhando de modo transparente, fazendo suas 
negociações de modo leal e justo de forma que todos saiam ganhando, ela beneficia a 
comunidade onde atua, gerando emprego, renda e uma vida mais justa para os que 
estão em sua volta. A empresa com RSC se preocupa com várias áreas, como 
expectativas econômicas, filantropia, legislação e ética (OLIVEIRA, 2008). 
Neste cenário, pode-se dizer que a responsabilidade social era praticada pelas 
empresas não porque gostavam do próximo, mas porque tinham que ceder à pressão 
da opinião pública e desse modo, satisfaziam seus interesses econômicos, pois se 
tornavam mais visíveis na sociedade. Na década de 70 foram dados outros conceitos 
para responsabilidade social, enquanto para alguns ela era caridade, bondade com as 
 21 
pessoas que estão à sua volta, para outros ela significa ética, obrigação legal, 
responsabilidade (REIS E MEDEIROS, 2007). 
A responsabilidade Social Corporativa é o resultado do comprometimento com a 
idéia de organização como conjunto de pessoas que interagem com a sociedade. 
 Isso contempla o impacto de três esferas que compõem a dimensão empresarial, 
econômica, social e ambiental, tendo como resultado final o desenvolvimento 
sustentável (FILHO, 2010). 
Existem dois tipos de responsabilidade social, a direta que é o pagamento de 
impostos e obrigações e a indireta, que é quando a empresa se propõe a direcionar 
recursos para entidades, pessoas físicas ou jurídicas a fim de melhorar sua condição de 
sobrevivência e mudar o rumo da sua vida para melhor (WISSMANN, 2007). 
No ponto de vista moral, baseados na análise deontológica, na qual acionistas e 
donos ficassem em segundo plano e o que realmente valesse fosse a sociedade. No 
ponto de vista ético isso seria correto, porém onde ficaria a responsabilidade do 
governo em beneficio do bem estar social? Seria um problema se a sociedade 
começasse a olhar as empresas como supridoras delae deixasse de cobrar o governo 
por suas obrigações, as empresas por sua vez poderiam se beneficiar das ações 
sociais em relação à esfera pública, o que geraria outro problema (OLIVEIRA, 2008). 
Há quatro grupos de modelos de responsabilidade social. O primeiro é o 
produtivismo, que é a idéia defendida por Milton Friedman por volta de 1970, que afirma 
que a responsabilidade social da empresa é gerar lucro para seus acionistas e que 
independente de qual for outra destinação (para os lucros) da empresa, está errada. A 
segunda visão é que vê a responsabilidade social empresarial como ato de filantropia, 
nesta situação o alvo é fazer o bem e o interesse maior geralmente é de promover os 
acionistas ou os donos da empresa (OLIVEIRA, 2008). 
Com essas definições pode-se afirmar que a responsabilidade social é um tema 
que está em construção e que conforme passa o tempo vão se agregando novas 
definições e novos títulos como responsabilidade social corporativa ou empresarial. A 
responsabilidade social refere-se à questão em que as pessoas não devem estar 
alheias aos outros, mas deve sim dar atenção e proporcionar ajuda quando necessário 
(REIS E MEDEIROS, 2007). 
 22 
O terceiro modelo é o idealismo ético. Esse modelo diz que o que se deve 
beneficiar são os stakeholders (São as partes interessadas no funcionamento da 
empresa, seja porque afetam ou porque são afetadas pela organização, ou têm 
interesse em saber como se comportam. São eles: financiadores, governo, 
consumidores, acionistas, ONGs, empregados, comunidades, fornecedores e a mídia) 
mesmo que, às vezes, isso possa prejudicar a empresa. 
E a quarta visão, chamada progressista da responsabilidade social empresarial, 
diz que os interesses dos stakeholders são importantes, mas também busca benefícios 
para a empresa em médio e longo prazo, ganhando credibilidade, evitando conflitos e 
ajudando em uma imagem positiva da empresa (OLIVEIRA, 2008). 
Outra definição para responsabilidade social é que a empresa tem um compromisso 
com a melhor qualidade de vida dos seus funcionários, suas famílias e a comunidade 
onde está instalada. 
Ainda outra definição de responsabilidade social, diz que ela é uma obrigação da 
empresa, principalmente no que diz respeito à ética, que são os valores e princípios 
morais que toda organização deve ter para poder enfrentar a opinião pública, não 
adianta a empresa pagar impostos e funcionários, se não estiver prestando atenção às 
questões ambientais e/ou no modo que tratam os funcionários clientes e fornecedores, 
por exemplo, (REIS E MEDEIROS, 2007). 
 Existem duas motivações que levam as empresas a investir em responsabilidade 
social: A instrumental, que significa aumentar o valor e a lucratividade da empresa 
através da responsabilidade social e a moral que considera certo beneficiar a empresa 
independente dos benefícios que podem ser feitos para ela. (OLIVEIRA, 2008). 
 
 
2.2.2 Ação Social 
 
 
A ação social não é individual, pois envolve o dever cívico com outras empresas, 
cidadãos, governos, entidades, entre outros. Trata-se de modificar a realidade ruim, 
transformando-a uma realidade boa, por meio de projetos contínuos que transformam a 
 23 
vida das pessoas. Portanto, responsabilidade social é uma ação transformadora, é a 
soma dos esforços de todos para a melhoria continua da sociedade (NETO e FROES, 
2004). 
[...] ação social é uma atividade voluntária realizada pela organização 
em áreas tais como assistência social, alimentação, saúde, educação, 
esporte, cultura, meio ambiente e desenvolvimento comunitário. Abrange 
desde pequenas doações a pessoas ou instituições até ações 
estruturadas com uso planejado e monitorado de recursos (ZARPELON, 
2006, p. 20). 
 
Ao passo que a empresa vai respeitando os funcionários, consumidores, 
fornecedores, respeitando o meio ambiente e mudando a cultura internada empresa, 
ela vai aumentando seu nível de congruência até se tornar uma inovadora social e estar 
completamente dentro da responsabilidade social corporativa (NETO e BRENNAND, 
2004). 
O ato filantrópico é muito bonito, mas se esgota no momento em que é feito a 
doação, podendo gerar expectativas naqueles que receberam esse ato de bondade que 
pode não acontecer mais (TENÓRIO, 2006). Ela se desenvolve através de ação 
individual do empresário, geralmente movida por uma compaixão e, muitas vezes, não 
repetidas por ele. A responsabilidade social vai mais além do que uma simples ajuda a 
uma instituição filantrópica, é o comprometimento de uma empresa bem sucedida na 
sociedade em que atua, é um ato de gratidão com a população que contribui para com 
ela (NETO e FROES, 2004). 
Ela pode ser do tipo privado, onde são os cidadãos que fazem parte de projetos 
e ações, agindo como voluntários. As pessoas que trabalham em projetos voluntários 
são mais felizes e isso as ajuda para um melhor equilíbrio emocional, uma boa 
qualidade de vida e muitos outros benefícios, eles têm a chamada remuneração 
psicossocial, que não é encontrada na remuneração financeira, nem em um bom 
desempenho profissional (ZARPELON, 2006). 
Ação Social faz parte da responsabilidade social, é uma ação em benefício de 
uma comunidade carente, ou de um lugar como uma creche ou a um lar de idosos, 
levando auxilio para a saúde das pessoas, cestas básicas, ou até mesmo atenção e 
carinho por parte de funcionários e organizadores dessas ações. Muitas organizações 
fazem muitas ações sociais e se denominam como empresas socialmente 
 24 
responsáveis, isso de fato pode não ser real, pois se ela descumprir algumas leis, tiver 
problemas trabalhistas, não pagar seus impostos, poluir o meio ambiente, não tiver 
ética nas negociações, ou desrespeitar tantas outras obrigações, passa a não ser 
socialmente responsável (TENÓRIO, 2006). 
É baixo o nível de congruência com a responsabilidade social quando a empresa 
faz uma ação social e tem total desinteresse nos funcionários, meio ambiente e seus 
negócios. Pagando salários baixos, os negócios da empresa são feitos de forma que a 
única beneficiada é ela e não respeita a natureza, nem as leis ambientais (NETO e 
BRENNAND, 2004). 
Além de cumprir suas responsabilidades sociais direta e indireta, a empresa 
também deve fazer várias ações que se caracterizam como responsabilidade social, 
como, por exemplo, dar boas condições para os funcionários, entre elas checar a 
ergonomia e postura, fazer com que trabalhem em um ambiente bem climatizado, pagar 
salários justos, contratar deficientes físicos, não contratar menores que não tenham 
condições de trabalhar, ajudar na educação de carentes doando equipamentos, por 
exemplo, ajudar na cultura incentivando a criação de equipes de teatro, grupos 
folclóricos que sejam capazes de mostrar a colonização da região na qual a empresa 
esta inserida, na saúde, ajudando a divulgar campanhas de combate das mais diversas 
doenças, no saneamento, no esporte e lazer, ajudando as creches, entidades sem fins 
lucrativos, entre outros (WISSMANN, 2007). 
Algumas empresas se sentem responsáveis pela sociedade e se comprometem 
a levar melhorias a ela. Fazem alianças com entidades filantrópicas e outros tipos de 
organizações para aprimoramento de seus ideais de melhoria da realidade dos mais 
necessitados (ZARPELON, 2006). 
A filantropia é um ato gerado pela bondade das empresas em ajudar uma 
instituição filantrópica, é um auxílio àqueles que estão à margem da sociedade 
precisando de que sejam supridas suas necessidades básicas para a sua sobrevivência 
(NETO, 2004). Ela é realizada pelas empresas por meio de doações de recursos 
financeiros ou materiais e tem um caráter temporário. É a preocupação com bem-estar 
do próximo, materializada em atitudes, em assistencialismo (TENÓRIO, 2006). 
 25 
Quando uma empresa começa a ter atitudes de preservação do meio ambiente, 
a tratar com dignidade seus funcionários, a conduzir negócios com justiça, elapassa a 
ter uma maior visibilidade na sociedade. Se ela tiver projetos de responsabilidade social 
e esses forem bem sucedidos, melhor ainda, então ela passa a ser uma empresa bem 
vista pela sociedade, seus produtos passam a ter uma melhor visibilidade pelos 
consumidores e consequentemente passa a vender mais (NETO e BRENNAND, 2004). 
 
 
2.3 PIRÂMIDE DE CARROLL 
 
 
Carrol (2006, p. 25) propõe uma pirâmide que vai da base ao ápice. Na base 
está a responsabilidade econômica, a empresa tem que ter lucro para beneficiar outras 
pessoas porque nenhuma empresa consegue ser socialmente responsável e ficar no 
prejuízo. Responsabilidade legal é o cumprimento de leis, tanto trabalhistas como as 
outras. Nenhuma empresa socialmente responsável pode agredir seus funcionários de 
maneira alguma, mas eles, em contrapartida, devem ser responsáveis por suas atitudes 
e corresponder às exigências de seu cargos. As empresas devem ainda ser corretas no 
pagamento de impostos, porque sonegar impostos é um ato de total irresponsabilidade 
social e pode resultar em punições severas (OLIVEIRA, 2008). 
Figura 1: Pirâmide de Carroll 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2011), adaptado de pirâmide de Carroll, Machado Filho, p. 
25, 2006. 
 26 
Machado e Filho (2006) afirmam que existem quatro campos dentro da pirâmide de 
Carroll: Responsabilidade econômica, que envolve tarefas que serão rentáveis e 
produtivas para a empresa e está ligada ao mundo dos negócios e, nessa faixa, as 
pessoas precisam estar atualizadas com o que acontece no mundo. Responsabilidade 
Legal, que corresponde à empresa atingir as expectativas no campo legal, pagar os 
direitos dos funcionários em dia, os impostos entre outros. Responsabilidade Ética que 
é ter um comportamento responsável dentro da cultura em que está inserida, 
respeitando a sociedade (MACHADO E FILHO, 2008). 
 
O trabalho desenvolvido por Carroll [...] E propõe a pirâmide de 
responsabilidade social empresarial. Em seu modelo, Carroll vai além da 
responsabilidade pública, sugerindo um conjunto de dimensões e 
relações interdependentes entre as companhias e a sociedade. Em sua 
visão, a responsabilidade social empresarial é composta pelas 
dimensões econômica, legal, ética e filantrópica (TENÓRIO, 2008, p. 
23). 
 
Mas existem críticas em relação à pirâmide de Carroll. Para alguns críticos existia 
uma hierarquia entre os diferentes níveis que geravam muita confusão ao afirmarem 
que uma responsabilidade era mais importante que outra. Outro problema é que ela 
não identifica ligação entre as responsabilidades e não representa bem os pontos de 
conflito entre uma e outra (Barbieri e Reis, 2008). Por isso, foram desenvolvidos três 
campos em forma de círculos para uma melhor visibilidade, contemplando três 
domínios são eles: econômico, legal e ético (BARBIERI E CAJAZEIRA, 2009). 
A Responsabilidade Ética envolve práticas que exemplarem o modo como fazer 
negócios sem que ninguém saia prejudicado, o respeitar à ética e à moral da 
sociedade, não visando só ao seu bem, mas ao bem de todos os envolvidos, trabalhar 
com transparência em relação aos seus funcionários, valorizá-los, respeitá-los, pagar 
salário justo e digno, mas também exigir que ele trabalhe de acordo com as normas e 
ética da empresa. 
Apresentar essas normas para ele é muito importante, para que ele saiba que 
esta trabalhando em uma empresa eticamente responsável e que visa lucro sim, mas 
que respeita clientes, fornecedores e acionistas (OLIVEIRA, 2008). 
 27 
Responsabilidade discricionária (filantropia) é quando a empresa está envolvida com 
a sociedade em que está inserida, comprometendo-se com a melhoria do ambiente 
social. Pode ser considerada uma extensão da responsabilidade ética. Essa 
responsabilidade dá a certeza de que a empresa não vai apenas fazer uma ação 
filantrópica e se beneficiar com isso, mas que vai ser um agente de transformação na 
sociedade, não deixando de levar em consideração questões relacionadas ao meio 
ambiente (MACHADO E FILHO, 2008). 
Ela orienta que se deve valorizar seu fornecedor fazendo negociações justas, 
estabelecendo prazos cabíveis para que ele possa cumprir o prazo de entrega, 
realizando os pagamentos em dia para que ele tenha toda a matéria prima necessária 
pra fornecer um produto de qualidade. Deve ser estabelecida uma relação de 
honestidade com os clientes, colocando um preço justo no produto, oferecendo uma 
mercadoria de qualidade, para que ele possa se tornar fiel à empresa e não comprar 
aquele produto uma vez só e se decepcionar e, ainda, tecer comentários prejudiciais à 
moral e credibilidade da empresa prejudicando a marca (OLIVEIRA, 2008). 
Assim, os campos deixam de ser específicos, pois, muitas vezes, não dá para 
distinguir questões éticas e filantrópicas. Muitas empresas praticam filantropia por 
questões econômicas, mas não se pode esquecer que as empresas são uma unidade, 
não funcionam separadamente e sim como um elo, com muitos setores que precisam 
funcionar juntos para não ocorrer um colapso em sua estratégia e prejudicar seu 
funcionamento (BARBIERI E CAJAZEIRA, 2009). 
Responsabilidade discricionária é a participação voluntária da empresa em 
projetos sociais como tirar crianças da ociosidade da rua e colocá-las em uma atividade 
em que o tempo pode ser preenchido de uma forma saudável, levar mantimentos de 
forma contínua e/ou auxílio saúde para idosos carentes, entre outras, sempre ajudando 
a resolver problemas da comunidade onde está alocada (OLIVEIRA, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 28 
Figura 2 – Três campos da responsabilidade social 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2011), adaptado de No modelo dos três domínios da RSE, de 
Barbieri e Cajazeira, p.57, 2009. 
 
2.4. RESPONSABILIDADE SOCIAL E ÉTICA 
 
 
Ética e Responsabilidade social, andam juntas nas empresas e quando os 
gestores percebem isso passam à aplicação, na empresa, de algumas estratégias como 
investimentos em projetos sociais, elaboração, adoção e divulgação de princípios e 
compromissos éticos, maior respeito aos funcionários, parceiros, comunidade, 
investidores e acionistas, transparência na gestão, respeito às leis e ao meio ambiente. 
Adotando esse tipo de atitudes poderão sentir vantagens na competitividade em relação 
às empresas que não têm esses diferenciais. As empresas socialmente responsáveis 
têm por obrigação de incluir a ética em seus negócios porque a responsabilidade social 
sem ética é falsa e ética sem responsabilidade social é falha (NETO e BRENNAND, 
2004). 
Uma empresa para ser considerada com responsabilidade social tem que agir de 
forma ética na sociedade, nos seus negócios, mas também tem que se preocupar, por 
exemplo, em não poluir o ambiente. Para o Instituto Ethos, alguns princípios básicos 
para uma empresa atuar com ética são a adoção de valores e trabalho com 
transparência, valorização dos colaboradores, envolvimento de parceiros e 
 29 
fornecedores, proteção aos clientes e consumidores, promoção da comunidade e 
comprometimento com o bem comum (FILHO, 2010). 
Em um artigo, o mesmo autor cita vários casos de pessoas que sofreram 
agressão verbal ou moral dentro das empresas que trabalhavam por causa de sua cor, 
opção sexual, idade entre outros. Essas formas de preconceito que não deveriam existir 
dentro de um ambiente organizacional que prima pela responsabilidade social, antes, 
elas devem ajudar a comunidade em que vivem, respeitar seus clientes internos e 
externos, fornecedores, credores, pois se não fizer isso, sua credibilidade diminui 
perante essas pessoas, tornando-a mal vista pela sociedade (STURION, 2002). 
Segundo Barbieri e Cajazeira (2009) existem três padrões éticos e para Oliveira 
(2008) existem três escolas sobre a visão ética empresarial: 
Padrão convencional são normas e padrões considerados aceitos por todos os 
envolvidos dentro da organização, mas como alguns padrões e éticas são diferentesdependendo da região ou país que se localiza a empresa, é necessário fazer-se um 
padrão de normas a ser seguido em cada lugar onde ela estiver instalada. 
Para o Padrão consequencialista as ações são decididas pelas suas 
consequências, quanto maior lucro e menor esforço, melhor para a empresa. Não se 
pode deixar de colocar na “balança” também o bem social suas ações podem gerar. 
Já no Padrão deontológico, as ações devem ser motivadas pelas obrigações e 
deveres (BARBIERI E CAJAZEIRA, 2009). Neste devem ser consideradas as normas 
universais que devem ser sempre seguidas, independente de suas consequências. 
Deontológica, que seriam as normas universais que devem ser sempre seguidas, 
independente de suas conseqüências. Teleológica o que importa é a conseqüência das 
atitudes. O Utilitarismo se encontra neste pensamento, onde o que é correto é o que 
leva a mais utilidade. Relativismo ético, na qual a ética respeita a cultura, crença, 
contexto do povo. Por exemplo, em algumas culturas matar uma das crianças quando 
nascidas gêmeas é o correto, nesta escola isso seria ético neste contexto, nesta cultura 
(OLIVEIRA, 2008). 
Para obter a sustentabilidade, a empresa precisa ser capaz de atender às 
necessidades do momento presente, mas, ao mesmo tempo, preservar a natureza para 
as gerações futuras. As empresas precisam estar cientes de sua importância 
 30 
econômica para o mundo, mas não podei deixar de unir economia, responsabilidade 
social e ambiental utilizando o que há no mundo de forma responsável, com a 
consciência que esses recursos são finitos (FILHO, 2010). 
O resultado da contribuição prestada por uma empresa por meio de programas 
que incluem as pessoas na sociedade, ou dão oportunidade de aprenderem uma nova 
atividade ou profissão, retorna para a própria sociedade e, consequentemente, para a 
empresa pessoas que são aceitas e incluídas nos meios sociais seja saindo da 
criminalidade e/ou da ociosidade geram renda para elas mesmas e para sua família e, 
por conseqüência, ocorre à geração de emprego, melhoria da renda e aumento do 
dinheiro circulante no mercado. Tudo é um ciclo, se a empresa colaborar com um 
projeto hoje, amanhã, sem dúvida, estará recebendo o retorno (STURION, 2002). 
Duas teorias incorporam a ética e são conflituosas entre si, são elas 
consequencialista, na qual os fins justificam os meios, portanto não importa o que se 
faça e a não-consequencialista que considera que os fins não justificam os meios, que 
a ética trata de juízos e valores, muito além de pagar impostos e seus funcionários em 
dia, ou seja, vai além das exigências feitas por lei (MACHADO E FILHO, 2006). 
Michael Porter foi um dos primeiros a pesquisar sobre a busca da vantagem 
competitiva para que as empresas tivessem sucesso. No começo o foco era resultados 
e lucro e a marca da empresa era conhecida apenas pela qualidade dos produtos e o 
apelo era que se comprassem aquele produto, teriam status. Com o tempo isso não 
deixou de existir, mas mudou, o que a empresa busca é ser mais ética, com pessoas 
éticas trabalhando e gerindo as organizações e o foco passou a ser os clientes que 
exigem com bons produtos, bons serviços e preço baixo (NETO E BRENNAND, 2004). 
Outra questão importante dentro das empresas é o domínio ético, que diz 
respeito às responsabilidades que a empresa tem em relação às expectativas da 
sociedade, clientes, fornecedores, enfim a todos que estão a sua volta (BARBIERI E 
CAJAZEIRA, 2009). 
Uma ferramenta utilizada para avaliar a ação da empresa nas questões 
motivação, contexto e valor da empresa é a matriz da virtude. A matriz da virtude tem 
quatro lados, dois inferiores e dois superiores. Os inferiores estão relacionados à 
fundação cívica e engloba escolha e cumprimento. O lado cumprimento diz respeito às 
 31 
leis e regulamentos, se estão sendo cumpridos ou não. O lado escolha indica costumes 
e normas de uma sociedade, por exemplo, uma empresa ocidental em um país 
mulçumano respeita os funcionários e os deixa orar cinco vezes por dia (OLIVEIRA, 
2008). 
Empresas também devem investir em seus funcionários dando treinamento e 
permitindo que eles se especializem em suas profissões e no que fazem para se 
sentirem valorizados e dar bons resultados. Isso favorece um alto retorno financeiro, 
mas para que os resultados sejam significativos, os funcionários têm que trabalhar 
satisfeitos e com a certeza que serão recompensados pelos seus esforços (STURION, 
2002). 
Muitos estudos estão sendo feitos sobre a comprovação, de que fazer 
responsabilidade social dentro da empresa traz lucro e benefícios, mas o que se sabe é 
que tudo depende muito do contexto. É importante para a empresa obter um excelente 
padrão ético, respeitando funcionários, comunidade, meio ambiente, para que ela seja 
conhecida como uma boa empresa, pois, do contrário, ela pode correr o risco de sair do 
mercado, por uma má reputação (MACHADO E FILHO, 2006). 
Dentro da visão consequencialista existem duas categorias, egoísmo e 
utilitarismo. Egoísmo considera uma atitude moralmente correta se essa atingir os 
interesses do gestor em longo prazo. Já utilitarismo diz que, em uma ação, todos são 
atingidos: gestores, funcionários, proprietários, clientes, por isso, ela deve ser tratada 
de uma forma onde ninguém saia prejudicado, os direitos e as responsabilidades 
individuais são ignorados e se dá maior importância para o coletivo (MACHADO E 
FILHO, 2006). 
Voltando à matriz da virtude de Oliveira (2008), vale a pena lembrar que as 
superiores falam sobre fronteiras que são ações sociais que podem ou não ser 
lucrativas para a empresa a longo prazo. 
No lado estratégico esta estratégia visa lucro para os donos e acionistas e pode 
levar a reações positivas de governos, clientes e empregados. No lado estrutural está 
relacionada a fazer o bem, independente de suas consequências, são motivações 
morais e intrínsecas. Às vezes ela pode ser prejudicial ao dono da empresa, mas 
 32 
muitas vezes se faz uma ação por moral e ética que se transforma em estratégica 
gerando lucro e visibilidade para a empresa. 
 
 
2.5 QUANTO AO AMBIENTE ORGANIZACIONAL. 
 
 
2.5.1 Interno 
 
 
Organizações éticas que têm responsabilidade social treinam seus funcionários, 
oferecem meios para que eles possam se expressar e mostrar suas opiniões, trabalham 
para que eles se envolvam em projetos de voluntariado, se preocupam com o bem-
estar, saúde, ergonomia, higiene, segurança entre outros, e também adotam políticas 
de contratação, remuneração, avaliação, além de outros incentivos (NETO E 
BRENNAND, 2004). Há uma constante preocupação com os funcionários, cuidando 
para que sejam tratados com respeito, pagando salários dignos para que possam 
cuidar de suas famílias, da saúde e levarem uma vida saudável, dentro e fora da 
organização (ZARPELON, 2006). 
Muitos são os estudos que tratam das mudanças das organizações, 
principalmente as que ocorrem nas áreas políticas e econômicas em todo o mundo. 
Estudiosos da área afirmam que novos profissionais, empresários, trabalhadores, 
executivos entre outros, precisam ter integração entre suas equipes e serem capazes 
de trabalhar sem o conceito de controle, hierarquia e comando e que quanto às 
organizações é necessário ter uma visão inovadora para trabalhar com a nova 
realidade (TACHIZAWA, 2005). 
O bem mais precioso da empresa é o capital humano, pois é com as pessoas 
que se consegue levantar um patrimônio empresarial. Pessoas qualificadas, treinadas e 
valorizadas como profissionais e como pessoas rendem mais para as empresas. Para 
isso os recursos humanos devem estar atentos as dificuldades, reclamações e 
carências de seus colaboradores para que eles possam ter maior eficiência e eficácia 
no trabalho (QUEIROZ, 2005). 
 33 
Projetos sociais internos constituem-se em importante ferramenta para os 
colaboradores se sentirem motivados e valorizados e issopode ser feito por meio do 
oferecimento de cursos e treinamentos para produzir e aumentar o conhecimento dos 
funcionários, possibilitando o crescimento profissional deles. Desse modo, ele se sentirá 
mais valorizado e crescerá dentro da empresa (ZARPELON, 2006). 
Profissionais bem capacitados, antes de fechar contrato com a empresa, 
verificam se é bom o ambiente, se a organização, oferece desafios a esses 
profissionais, plano de carreira e se os valores éticos e comportamento social resultam 
na instalação de um bom ambiente de trabalho. 
Diante do enfraquecimento do poder sindical e em conseqüência do grande 
número de pessoas que estão à procura de emprego, as empresas têm que negociar 
contratos e regimes de trabalho mais flexíveis. Isso é ocasionado pelo estreitamento da 
margem de lucro, competição e volatilidade entre os mercados (TACHIZAWA, 2005). 
Empresas de sucesso têm como regra treinar seus funcionários de todos os 
setores. Mas é necessário observar o treinamento que está sendo dado, o colaborador 
enviado para treinamento, o cargo em que cada pessoa é colocada, se tem perfil para 
aquela vaga. O treinamento por si só é vago, ele precisa ter fundamento e depois de 
ser realizado ser avaliado pela empresa, para saber se realmente teve mudança efetiva 
na qualidade de serviço das pessoas e se vai ser útil para a empresa (ZACHARIAS, 
2010). 
Existem ferramentas para isso, a primeira é a disponibilidade, vontade e 
sensibilidade daqueles que cuidam do capital humano, da formação das pessoas, a 
outra é adquirir softwares ou programas por internet que possam ser colocados para os 
funcionários em forma de teste, para que eles possam responder e assim expor seus 
problemas em relação à organização, também quanto ao ambiente de trabalho, 
dúvidas, elogios e tudo que esta em torno dele que o aflige (QUEIROZ, 2005). 
 
Um novo modelo de gestão de pessoas está surgindo, baseado em um 
núcleo central composto de pessoal estratégico e de pessoal 
complementar constituído de mão-de-obra não especializada. Esse novo 
modelo gera reflexos no processo de gestão ambiental e de 
responsabilidade social, demandando novas necessidades em termos 
de: higiene e segurança no trabalho, treinamento de desenvolvimento de 
 34 
pessoal, planejamento de carreira, estratégia de cargos e salários e 
clima organizacional e qualidade de vida (TACHIZAWA, 2005 p.63). 
 
 
Todos os empregados devem ser vistos como pessoas capazes de resolver 
pequenos e grandes problemas. O RH não deve fazer apenas funções voltadas à 
remuneração, férias entre outros, mas também com investimentos no seu bem mais 
valioso o capital humano. Com a concorrência das empresas e os avanços 
tecnológicos, fica cada vez mais evidente que o que faz a diferença é a pessoa que 
trabalha nela (QUEIROZ, 2006). 
Existem também tendências a novos tipos de empregos, executivos e pessoas 
especializadas, que são pessoas do “alto escalão”, têm bons salários, plano de carreira 
entre outros benefícios estarão diminuindo, E dois subgrupos, um deles com menos 
oportunidade de crescimento, com salário médio e período de trabalho integral, no qual 
a rotatividade se torna grande pelo fato de o trabalho ser repetitivo e maçante 
(TACHIZAWA, 2005). 
 
Sustentabilidade social trata da consolidação de processos que 
promovem a equidade na distribuição dos bens e da renda para 
melhorar substancialmente os direitos e condições de amplas massas 
da população e reduzir as distâncias entre os padrões de vida das 
pessoas. (BARBIERI E CAJAZEIRA, 2009, p.67) 
 
 
O outro grupo seria de pessoas que não têm segurança nenhuma no trabalho, 
com contratos temporários, tempo parcial, subcontratados entre outros. Ele cita também 
que diante de um mercado econômico com tantas mudanças, as exigências em relação 
à escolaridade das pessoas e experiências anteriores está sendo cobrado até de vagas 
para estagiários (TACHIZAWA, 2005). 
É importante que o RH consiga definir estratégias de mudanças segundo os 
rumos da globalização, definir perfis para cada área com responsabilidade, clareza e 
autoridade. O colaborador precisa entender não só do setor de RH, mas também dos 
negócios da empresa, para contratar pessoas preparadas para desempenhar com 
eficiência as funções a que foram designadas (QUEIROZ, 2006). 
Responsabilidade social interna também pode ser chamada de direta ou 
operacional. O ambiente interno é influenciado e influência as atividades que se 
 35 
relacionam diretamente com atividades das empresas. Existem os dirigentes e os 
empregados, que de formas diferentes fazem a empresa “funcionar”. Os empregados 
prestam serviços em troca de um salário e os dirigentes procuram gerir a empresa, da 
melhor forma possível, tomando o cuidado de não errar nas suas decisões para o 
cumprimento de metas. Não deixa de levar em conta também os investidores e 
acionistas que estão mais preocupados com os lucros, dividendos e retorno dos seus 
investimentos (KAKOTLI E ARAGÃO, 2005). 
Por meio de pesquisas, pode-se melhorar o ambiente em que se trabalha, mudar 
a cultura organizacional para que os objetivos da empresa sejam concretizados. Pode-
se também saber quantas pessoas têm vícios e fazer campanhas dentro das 
organizações, ajudando seus colaboradores a se libertarem deles, tornando-se pessoas 
mais felizes. Para a mudança de cultura é imprescindível o uso de técnicas para se 
descobrir em que ponto se deve melhorar (QUEIROZ, 2005). 
 
 
2.5.2 Externo 
 
 
São as atitudes que a empresa têm em relação à sociedade, atos filantrópicos, 
projetos assistencialistas para a melhoria e evolução da sociedade (ZARPELON, 2006). 
A empresa Alcoa, que pelo nono ano consecutivo integra o índice Dow Jones de 
sustentabilidade primava por essa conquista, mesmo antes que essa palavra existisse, 
ou seja, antes mesmo que ela fosse exigida. Quando perguntada sobre quais são seus 
projetos, ela sita que em Juruti no estado do Pará, onde tem uma obra acontecendo, 
eles têm programas que integram a empresa com o poder público, a comunidade e 
mais algumas instituições que garantem a sustentabilidade da obra no local onde está 
instalada (GUTIERRES, 2010). 
É importante a organização ter consciência, não só de responsabilidade social, 
mas também das questões ambientais que envolvem as organizações. Dados da 
confederação Nacional da Indústria (CNI), revelam que 68% dos consumidores 
 36 
brasileiros comprariam produtos mais caros se esses não comprometessem o meio 
ambiente nas suas atividades (TACHIZAWA, 2005). 
Vale citar que a empresa Alcoa tem em todas as suas obras esse perfil de 
sustentabilidade, gerando benefícios aos clientes, funcionários, acionistas, 
fornecedores e as comunidades onde ela atua. Com essas atitudes a Alcoa garante 
benefícios em longo prazo, não só a ela, mas também aos parceiros que colaboram 
com ela. Em 2009 inaugurou dois projetos, a mina de Bauxita de Juruti no estado do 
Pará e a expansão da refinaria de Alumínio de São Luiz, no estado do Maranhão e 
continuou com suas parcerias, construindo duas usinas hidrelétricas que fornecerão 
70% das necessidades de energia elétrica do Brasil (GUTIERRES, 2010). 
 Segundo pesquisas realizadas por institutos renomados no Brasil, boa parte dos 
entrevistados prefere os produtos ou serviços de empresas que estejam envolvidas em 
atividades de RS, ambiental, em países bem desenvolvidos, essa porcentagem 
aumenta ainda mais em países desenvolvidos (NETO E BRENNAND, 2004). 
Fornecedores são aqueles que fornecem matéria-prima ou qualquer produto 
necessário para o andamento das funções empresariais, inclusive dinheiro. 
Concorrentes são aqueles que competem para conseguir os mesmos clientes, para 
abrir um diferencial para os consumidores, inclusive abrindo canais de comunicação 
com eles, para que esses possam expressar suas opiniões (KAKOTLI E ARAGÃO, 
2005). 
A empresa Alcoa busca também não prejudica tantoo meio ambiente, buscando 
desenvolver suas atividades de forma inteligente e proativa. Sobre resíduos, efluentes e 
emissões a Alcoa tem a seguinte posição: Assinou uma carta, onde se compromete 
voluntariamente com esforços na redução dos impactos, mas mudanças climáticas 
(GUTIERRES, 2010). 
Uma tendência de mercado interessante neste tema, é que muitas empresas, ao 
invés de fazerem todas as funções que antes faziam, têm a necessidade de contratar, 
outras para que isso seja feio. Isso leva à necessidade de novas empresas no mercado, 
mas não faz com que a empresa deixe de ter que se preocupar com as questões de 
responsabilidade social e ambiental, pois se as empresas contratadas, também não 
estiverem adequadas à responsabilidade social e ambiental, pode prejudicar sua 
 37 
imagem no mercado e ser mal vista por seus clientes e consumidores (TACHIZAWA, 
2005). 
No ambiente externo encontram-se consumidores, concorrentes, fornecedores, 
governos, enfim, tudo que atinge a empresa, mas não está dentro dela e isso é 
chamado de mercado (KAKOTLI E ARAGÃO, 2005). 
A empresa Alcoa, também participou e participa de projetos e debates 
envolvendo as mudanças climáticas e vem trabalhando em seus projetos, tentando 
reduzir ao máximo os efeitos negativos ambientais, além de tratar com muita atenção 
as questões socioeconômicas e ambientais das comunidades com que trabalha. Foram 
desenvolvidas doze metas sobre questões ambientais e sociais, elaboradas a partir do 
âmbito mundial, a estratégia global de 2010, onde se contempla a redução do consumo 
de água e de energia, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e a diminuição das 
emissões de gases (GUTIERRES, 2010). 
 
Recentemente, a Nike pressionou seus fornecedores a obedecerem os 
padrões pelo esforço em monitoramento e inspeção [...] São inspeções 
pré-produção nas fábricas para ver se eles estão de acordo com os 
padrões Nike para um local de trabalho limpo e saudável, relações 
respeitosas entre trabalhadores e gerência, salários dignos e condições 
de trabalho, além da idade mínima para trabalhar (OLIVEIRA, 2008, p. 
89). 
 
 
Essas mudanças no comportamento das empresas são causadas pelas 
alterações de valores da cultura empresarial e pelas mudanças de pensamento. Antes 
o crescimento econômico era o mais importante, hoje a ideologia de sustentabilidade 
está se incorporando nas organizações (TACHIZAWA, 2005). 
 
 
2.5.3 Terceiro setor 
 
 
O terceiro setor não se contrapõe ao governo nem ao mercado e é muito 
lucrativo porque gera emprego e movimenta recursos. A economia social, como ele cita, 
gera visibilidade na empresa e, conseqüentemente, mais venda e mais lucro. Essas 
 38 
organizações que na verdade são do segundo setor têm características peculiares 
como trabalho voluntário, desenvolvimento sustentável e parcerias com ONGs, 
entidades entre outras (NETO e BRENNAND, 2004). 
O terceiro setor são empresas sem fins lucrativos que contam com empresas do 
primeiro setor (governo) e segundo setor (empresas privadas) para desenvolverem 
trabalhos que envolvam as áreas política, econômica, social e cultural no meio em que 
se localizam. Às vezes empresas privadas além de assumirem o papel de empresas do 
terceiro setor em países subdesenvolvidos, por causa do desinteresse do governo, 
também apoiam entidades existentes. Tanto em países subdesenvolvidos como em 
países desenvolvidos, associações, fundações e ONGs ajudam a sociedade a se 
desenvolver. Mas o governo também tem sua responsabilidade em fiscalizar leis, 
executá-las, criar e implantar projetos para o bem geral da sociedade (ZARPELON, 
2006). 
Terceiro setor são ONGs e organizações sem fins lucrativos que servem para 
ajudar os mais necessitados. Primeiro setor seria o estado, segundo setor, são as 
empresas privadas. (GOMES e MORETTI, 2007) 
Associações são organizações cuja finalidade é defender os interesses se seus 
membros, associações de moradores, por exemplo (OLAK e NASCIMENTO, 2008). 
Para Szazi (2003), associação é a criação de uma pessoa jurídica que vem de 
união de pessoas e suas idéias sem fins lucrativos e sociedade civil tem finalidade de 
lucro e é formada por pessoas que regulamentam profissões como a de advogado, por 
exemplo. O código civil não faz diferença entre sociedade civil e associação. 
 
Fundações privadas são uma categoria de conotação essencialmente 
legal. A criação de uma fundação se dá, segundo o código civil 
brasileiro, pelo instituidor, que, através de uma escritura ou testamento, 
destina bens livres, especificando o fim a ser alcançado (OLAK e 
NASCIMENTO, 2008). 
 
Associação é a constituída sem fins lucrativos quando ligada ao terceiro setor, 
porém pode ter atividades econômicas, sendo o lucro aplicado na própria instituição. Já 
as fundações empresariais são chamadas também de “cidadania empresarial” ou 
“filantropia empresarial”. São chamadas assim, pois são ligadas a alguma empresa e 
consideradas do terceiro setor (ALBUQUERQUE, 2006). 
 39 
Instituto não é de espécie jurídica, pode ser governamental e não governamental, 
com ou sem fins lucrativos e pode ser fundação ou associação. Quando usado em 
forma de instituto geralmente está ligado a educação e pesquisa ou produção científica 
(SZAZI, 2003). 
 
 
2.6 SUSTENTABILIDADE 
 
 
 Macieira, em uma reportagem, fala sobre como conquistar os clientes e fazer 
com que voltem sempre a sua empresa e uma das questões é responsabilidade social. 
Consumidores estão cada vez mais exigentes com as empresas, não compram de 
empresas que, por exemplo, exploram a mão de obra infantil ou têm parte com 
corrupção. Em uma organização responsável percebe-se que seus clientes tendem a 
levar outros clientes, prestam menos atenção na concorrência, enfim, voltam sempre. 
(MARCIEIRA, 2002) 
 Um bom exemplo de uma empresa sustentável é a BASF, que está há cinco 
anos entre as 150 melhores empresas para se trabalhar. Isso acontece porque busca 
uma gestão de recursos humanos baseada no desenvolvimento das pessoas e no 
diálogo. O capital humano tem que se auto-desenvolver e essa organização faz de tudo 
para isso. O colaborador é preparado para crescer e se desenvolver profissional e 
pessoalmente (GUTIERRES, 2011). 
 Cidadania é a prerrogativa do cidadão de ter direitos e estes são regulamentados 
por leis que regem o comportamento das pessoas, uma conquista que vem sendo 
melhorada a cada dia e que remonta aos tempos bíblicos. As pessoas em sua maioria 
investem no social por motivos humanitários, mas, geralmente, o presidente de grupos 
de instituições, fundações e empresas, convence as empresas ou a maioria delas a 
investir em responsabilidade social, por causa dos benefícios fiscais que são muitos 
tanto os aprovados, quanto aos que estão em faze de aprovação (GOMES E MORETTI, 
2007). 
 40 
As empresas têm buscado, por causa das pressões da sociedade e diante da 
escassez de recursos naturais, investimentos em um crescimento sustentável de 
maneira que todos saiam ganhando, por meio de maneiras menos agressivas de se 
utilizar o solo, da promoção da inclusão social, trazendo pessoas à realidade do mundo 
econômico, transformar as cidades em lugares habitáveis, envidando esforços para a 
produção de energias limpas e alternativas, realizando mais investimentos na 
educação, para a obtenção de um melhor crescimento sustentável ambiental, 
econômico e social. (FILHO, 2010) 
 Sustentabilidade é primordial para a BASF, e esse tema esta incutido em seus 
valores e princípios. Atualmente foi organizado um comitê para o Brasil, para se 
discutirem ações. Responsabilidade social corporativa, sucesso econômico e proteção 
ambiental fazem parte do diferencial da empresa, o mundo está mudando e a exigência 
dos consumidores também e isso faz com que com o passar do tempo a cultura de 
sustentabilidade vá se incorporando às organizações. (GUTIERRES, 2011). 
 A Kapeh cosméticos, é um exemplode empresa sustentável brasileira, que com 
muita garra e determinação conseguiu, através de uma idéia inovadora, se transformar 
em uma reconhecida empreendedora mundial. Suas fazendas de café têm uma 
produção estratégica, contando com uso sustentável dos recursos, para obtenção do 
melhor produto e ter competitividade, além de se preocupar com a proteção ao meio 
ambiente, não prejudicando espécies em extinção, plantando árvores e respeitando 
todo o meio ambiente que está em volta do processo produtivo. Além disso, dedica 
grande respeito ao ser humano, cuidando das famílias dos trabalhadores, garantindo 
seus direitos trabalhistas e dando-lhes boas condições de trabalho (KAPEH 
COSMÉTICOS, on line, 2011). 
 
A sustentabilidade ecológica refere-se ás ações para aumentar a 
capacidade de carga do planeta e evitar danos ao meio ambiente 
causados pelos processos de desenvolvimento, por exemplo, 
substituindo o consumo de recursos não-renováveis, reduzindo as 
emissões de poluentes, preservando a biodiversidade, entre outras. 
(BARBIERI E CAJAZEIRA, 2009, p.67) 
 
 Empresa como negócio é caracterizada como uma instituição sem preocupação 
com o social, o importante é o lucro. Empresa como organização social começa a ser 
 41 
identificada no momento que ela começa a entender que não está sozinha, ou seja, que 
existem stakeholders e que ela precisa conviver harmoniosamente com todos. Empresa 
cidadã é aquela que incorpora a idéia de constituir instituto ou fundação como meio de 
apoiar a comunidade e que o lucro é um ganho por sua eficácia. Esta modalidade de 
empresa, além dela ser cidadã se preocupa com os resultados que está tendo em 
relação à sociedade (IOSCHPE, et al, 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO 
 
 
O propósito do projeto irá descrever o que é responsabilidade social, o que é 
ação social, relacionar com este tema, ética, sustentabilidade e responsabilidade social 
interna que é o que uma empresa do ramo de confecção em Cianorte no Paraná, esta 
fazendo na questão de responsabilidade social, descrever seus projetos e ações sociais 
internos. Para isso estará sendo feita a busca constante e exaustiva em bibliografias, 
que possam dar base para a explanação do tema, assim como sites de pesquisa e 
periódicos. 
 
 
3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA 
 
 
Segundo Gil (2006) a pesquisa que irá ser realizada se enquadra na pesquisa de 
campo, pois estará se escolhendo um setor específico da empresa no caso, recursos 
humanos para se fazer uma entrevista informal com o responsável dessa área e extrair 
dele as respostas para os questionamentos feito, descritiva, pois estarão descrevendo 
como essa empresa realiza atividades de cunho de responsabilidade social interna, ou 
seja, voltada para seus colaboradores e como isso é usado como fator competitivo para 
a empresa, tanto em treinamento como em qualidade de vida e qualitativa, pois a 
material colhido para análise será as respostas adquiridas desta entrevista, onde a 
técnica de análise será através de conteúdo que será respondido nesta entrevista. 
As perguntas serão abertas onde o entrevistado terá a possibilidade de estar 
respondendo as questões, caso acha necessidade, poderá estar consultando outras 
áreas do grupo Morena Rosa, para estar respondendo a alguma questão que achar 
mais complexa, isso é uma entrevista de profundidade, segundo Roesch, Becker e 
 43 
Mello (2009), se enquadra também na pesquisa qualitativa, onde a analise de dados 
será feito através das respostas adquiridas. 
 
 
3.3 PLANOS DE ANALISE DOS DADOS 
 
 
 As respostas adquiridas serão analisadas uma a uma e assim será feito uma 
analise para saber se a algo a ser mudado, melhorado e também será elogiado quando 
a verificação feita for satisfatória e existir uma excelência na atividade exercida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
4. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
Morena Rosa é uma empresa de confecção localizada no noroeste do Paraná, 
na cidade de Cianorte, emprega 1,7 mil funcionários diretos e produz 200 mil peças 
mensalmente, com quatro marcas: Morena Rosa, Maria Valentina, Zinco e Joy. 
 Foi fundada em 1993 e nesses 17 anos vem crescendo como empresa com bons 
resultados financeiros e também como empresa cidadã, pagadora de impostos e 
remunerando com responsabilidade seus colaboradores, com os quais mantém um bom 
contato, além de valorizar seus fornecedores e clientes. Mostra-se também preocupada 
com questões ambientais e já foi ganhadora de prêmio como uma das melhores 
empresas para se trabalhar no Brasil. É hoje uma potência brasileira e motivo de 
orgulho para os paranaenses. 
Empresa com valores e conceitos, tem como Negócio: Moda com elegância, 
jovialidade, brasilidade e ousadia através de produtos diferenciados. 
 
 
MISSÃO 
 
 
 Tem como missão garantir sucesso aos nossos clientes, oferecendo produtos e 
serviços com qualidade e conforto a um preço competitivo, obtendo lucratividade 
através de colaboradores motivados e qualificados. 
 
 
VISÃO 
 
 
Ser o melhor e mais rentável grupo de moda do Brasil, atuando com postura 
ética e responsabilidade social. 
 
 45 
VALORES 
 
 
Ambiente de respeito ao indivíduo e ao profissional, valorização dos recursos 
humanos, responsabilidade social, compromisso com o desenvolvimento comunitário, 
elevados padrões de ética, competência e seriedade e satisfação dos funcionários, 
fornecedores e clientes (GRUPO MORENA ROSA, on line, 2010.) 
 
 
4.1 INSTITUTO MORENA ROSA 
 
 
 O Instituto Morena Rosa é uma idéia do grupo Morena Rosa para dar 
sustentabilidade às suas ações. Foi fundada em 2006 em forma de associação sem fins 
lucrativos em Cianorte (PR). Esse Instituto recebeu o ”título de Utilidade Pública 
Municipal e a qualificação federal de Organização da Sociedade Civil de Interesse 
Público (OSCIP). 
 
 
MISSÃO 
 
 
Atuar na comunidade de maneira responsável, criando um ambiente propício 
para o desenvolvimento humano. 
 
 
NOSSA VISÃO 
 
 
Ser referência de ética e orgulho na comunidade, promovendo a transformação 
da sociedade como um todo. 
 46 
VALORES 
 
 
 Ética, humildade, excelência, respeito e responsabilidade no empreendedorismo 
(INSTITUTO MORENA ROSA, on line, 2011). 
 
 
4.2 PROJETOS DO INSTITUTO MORENA ROSA 
 
 
 O instituto Morena Rosa, que faz parte do Grupo Morena Rosa, tem vários 
programas de responsabilidade social que abrangem saúde integral, educação, cultura, 
esporte e lazer e, por fim, meio ambiente. 
 
 
4.2.1 Educação 
 
 
4.2.1.1 Projeto Escola Construindo Saber 
 
 
 É uma escola que atende crianças de um ano e seis meses a seis anos, em 
período integral, onde além de fornecerem um ensino de conformidade com orientações 
do MEC, oferece lanche, esporte, cultura, enfim, tudo o que é necessário para o bom 
desenvolvimento dessas crianças. Filhos de funcionários e comunidade carente fazem 
parte do quadro de alunos. São oferecidas 75 vagas. 
 
4.2.1.2 Treinamentos, palestras e cursos 
 
 Para funcionários e familiares o Instituto Morena Rosa, juntamente com o setor 
de recursos humanos do grupo Morena Rosa oferecem cursos das mais diversas áreas, 
possibilitando assim um crescimento profissional e pessoal a todos os participantes. 
 47 
4.2.2 Saúde Integral 
 
 
4.2.2.1 Programa de Assistência (PAS) 
 
 
 O PAS é um programa de saúde que oferece às pessoas associadas direito a 
uma boa orientação, consultas e exames nas várias áreas da medicina, proporcionando 
assim uma melhor qualidade de vida. 
 
 
4.2.2.2 Unidade Móvel de Atendimento 
 
 
 É um ônibus adaptado onde acontecem consultas

Outros materiais