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Ginecologia e Obstetrícia Morgana Fernandes Avaliação mamária Anatomia da mama ➢ Fase proliferativa: lóbulos pouco desenvolvidos – ação do estrogênio. ➢ Fase secretora: lóbulos em desenvolvimentos – estrogênio e progesterona. ➢ Apoptose: impede a proliferação excessiva. Exame físico: 1. Inspeção • Estática: Paciente com o tórax desnudo sentada de frente para o observador. Observar alterações na coloração de pele, cicatrizes, simetria, retrações e abaulamentos. • Dinâmica: É solicitado que a paciente realize manobras para realçar possíveis retrações e abaulamentos, como elevar lentamente as mãos sobre a cabeça, baixando em seguida e pressionar com as mãos as asas do osso ilíaco bilateralmente, para contrair a musculatura peitoral. 2. Palpação das mamas: Deve ser realizada com a paciente em decúbito dorsal, os braços estendidos para trás da cabeça. Com a face palmar da mão, percorrer os quadrantes mamários no sentido horário da porção mais externa a mais interna, até chegar à porção central da mama. 3. Expressão dos mamilos: A expressão papilar deverá ser realizada rotineiramente se houver história de secreção espontânea ou presença de nódulos, devendo ser registrado a cor, consistência, quantidade e local exato. 4. Palpação das cadeias ganglionares: Cervicais, supra e infraclaviculares, intra- mamária e axilar. Para se palpar a cadeia axilar, o braço homolateral do examinador apoia o braço da paciente e com a mão contralateral o examinador palpa a cadeia axilar, nos diferentes níveis, bem como as fossas infra e supraclaviculares. Cadeia axilar esquerda: mão esquerda da paciente fica apoiada no braço esquerdo do examinador e este examina com a mão direito. Ginecologia e Obstetrícia Morgana Fernandes • Nódulos palpáveis: Característica Benigno Maligno Consistência Fibroelástica Endurecida Limites Regulares Irregulares Mobilidade Móvel Pouca ou fixo • Recomendações para o rastreamento de CA de mama em pacientes de baixo risco (MS): Mamografia em pacientes superiores a 50 aos 69 anos a cada dois anos. • Recomendações para o rastreamento de CA de mama em pacientes de baixo risco (SBM, FREBASGO E CBR). Mulheres a partir de 40 anos realizar mamografia anualmente. • Pacientes com parentes de 1° grau com câncer de mama em idade inferior a 50 anos, histórico familiar de câncer de mama bilateral ou antecedente familiar de câncer de mama masculino são classificadas como alto risco, por isso é recomendado o seguinte rastreio: ‘ 1. Início com 30 anos; 2. avalia-se mutação do BRCA; 3. Rastreio com RM se houver mutação no BRCA. MAMORGRAFIA • Incidência médio-lateral • Incidência craniocaudal BI-RADS: Classificação dos achados radiológicos: USG, mamografia e RM. • 0: inconclusivo, necessita de conduta adiciona; • 1: achados normais; • 2: Achados normais, rotina de 1 a 2 anos; • 3: provavelmente benigno, controle semestral; • 4: suspeito, deve-se realizar biopsia: 4 A: risco de malignidade < 15% 4 B: < 30% 4 C > 75% • 5: 95% de malignidade. Deve realizar biopsia; Nódulo espiculado e calcificações pleomóficas são muito suspeitos. • 6: já diagnosticado como lesão maligna. Indicação de biopsia para nódulos provavelmente benignos: 1. BI-RADS 3 que recomenda biopsia; 2. > 35 anos de idade; 3. Alto risco familiar para CA de mama; 4. Impossibilidade de acompanhamento semestral; 5. Planejamento de gestação; 6. Desejo de terapia hormonal, 7. Cancerofobia; 8. Pré-operatório de cirurgia estética da mama. Métodos para análise do nódulo: 1. PAAF. 2. Core biopsy. 3. Mamotomia. 4. Biopsia incisional. 5. Biopsia excisional. Ginecologia e Obstetrícia Morgana Fernandes Patologias benignas: AFBM: alterações fibrocísticas benignas das mamas: • Dor mamaria; • Nodularidade; • Exame clínico e de imagem; • Conduta é orientação. Mastalgia benigna: • Cíclica e bilateral; • Influência hormonal; • Dor difusa. Fluxo papilar: ➢ Funcional: é bilateral. ➢ Leitoso: hiper-prolactmenia. Gestação, hipotireoidismo e pode ser relacionado a alguns medicamentos que aumentam prolactina (psicotrópicos, hormônios, anti-hipertensivos e antieméticos). ➢ Colorido: verde, amarelo, marrom. Benigno; Funcional; Causada por ectasia ductal. Comum pós menopausa e em tabagistas. ➢ Orgânico: unilateral e espontâneo. ➢ Suspeita de malignidade: “água de rocha”, espontâneos, unilateral, uniductal, hemorrágico e cristalino, associados a nódulos, pacientes idosas e sexo masculina. Mastite puerperal: ➢ Causada principalmente pelo S. aureus. ➢ Não lactacional. ➢ Sinais flogísticos. ➢ Tratamento: antibioticoterapia: cefalosporina (cefalexina 500mg 6/6h por 7 dias) ou amoxicilina + clavulanato. Drenagem cirúrgica + compressa de gelo. ➢ Paciente não deve suspender a amamentação. Mastite não puerperal ➢ Abcesso subareolar crônico recidivante. ➢ Associado ao tabagismo, diabetes e obesidade. ➢ Tratamento: clindamicina e orientações sobre mudanças de estilo de vida. Eczema papilar: ➢ Descamação pruriginosa. ➢ Bilateral. ➢ Não destrói a papila. ➢ Tratamento: corticoide tópico. Nódulos mamários ➢ Caracterização: tamanho, bordas, móvel, mobilidade, localização. ➢ Sinais associados: edema, retração, hiperemia e linfonodos. ➢ Exames radiológico, citológico e histológico. ➢ Maioria é benigno. 1. Fibroadenoma: o Lesão solida mais comum. o Hormônio dependente. o Crescimento limitado: 2-3 cm. o Reduzem no período pós menstrual. 2. Tumor phyllodes: o Maioria é benigna. o Muito Raro. o Crescimeto rápido. o Lesão sólido. o Tamanhos grandes. o Cirurgia. 3. Cisto simples o Achado frequente. o Lesão oval circunscrita. o 50-90% das mulheres. Patologias malignas: Doença de Paget. Ginecologia e Obstetrícia Morgana Fernandes ➢ Descamação pruriginosa. ➢ Unilateral. ➢ Pode destruir a papila. ➢ Diagnóstico: raspado citológico, biopsia e exame de imagem. ➢ Tratamento: cirúrgico. Câncer de mama ➢ Segundo tipo de câncer mais incidente no mundo ➢ Mais frequente entre as mulheres ➢ O que leva mais óbito entre as mulheres no brasil ➢ Maior incidência na população feminina; ➢ Mulher branca ➢ Idade maior que 40 anos ➢ Dor é rara. ➢ Alta densidade mamaria é fator de risco, assim como idade superior a 50 anos e parentes de primeiro grau com CA de mama. ➢ Fatores de risco: mulher, branca, idade superior a 40 anos, histórico familiar, obesidade, nuliparidade, menacme longo, etilismo, mutação de BRCA, TRH combinada e carcinoma ductal em situ (CDIS). Diagnóstico: o Histologia. Estadiamento: o Tamanho do tumor; o Status linfonodal: o Metástase a distância. Tratamento: o Estágios iniciais: tumores menores que singnificativos sem presença de linfonodos comprometidos (N0, M0) → cirurgia. o Localmente avançados: maiores que 5cm ou invasão de tecidos (pele em casca de laranja) ou comprometimento de linfonodos, sem a presença de metástase a distância (M0) → quimioterapia NEO + cirurgia. o Metastático: osso, pulmão e fígado → inicialmente tratar sistematicamente. Tipos de cirurgia: ➢ Mastectomia Simples: apenas a mama. Radical: tem esvaziamento axilar. ➢ Conservadora: retira um quadrante/setor da mama. Associada a radioterapia. Avaliação de linfonodos axilares: 1. Pesquisa de linfonodos sentinela (primeiro linfonodo da drenagem). 2. Esvaziamento axilar: axila clinicamente comprometida, linfonodo sentinela positivo e carcinoma inflamatório. Quimioterapia: ➢ Alto risco de recorrência 1. Maior ou igual a 4 linfonodos positivos. 2. Tumor maior que 5 cm. 3. Invasãovascular peritumoral. 4. Redução da expressão de receptores hormonais. 5. Proliferação celular. 6. Grau histológico 3. Quimioterapia neoadjuvante: 1. Antes da cirurgia. 2. Doença localmente avançada. Tratamento sistêmico: 1. Quimioterapia. 2. Hormonioterapia: Ginecologia e Obstetrícia Morgana Fernandes Tamoxifeno Receptores hormonais positivos para estrogênio e/ou progesterona. Mulheres pré-menopausa e sem supressão ovariana. ANTI-HER2: Trastuzumab: anticorpo monoclonal que atua sobre os receptores HER2. Terapia alvo dirigida. 3. Usado em casos metastáticos.
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