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Apostila-Mix-in-the-Box-com-Paulo-Anhaia-Versao-Beta

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Esta apostila é um acompanhamento para aqueles que participaram do meu 
Workshop Mix In the Box (MIB) com Paulo Anhaia. Se você ainda não participou, 
mande um e-mail para mixinthebox@pauloanhaia.com.br e garanta a sua vaga. 
Resolvi fazer essa apostila sem versão impressa, porque quero que ela seja 
dinâmica. Conforme eu for percebendo deficiências, ou quiser incorporar 
novidades, lançarei uma nova versão online, que você poderá baixar gratuitamente. 
Entre na minha página no Facebook para ficar por dentro das atualizações: 
www.facebook.com/pauloanhaiaprodutor 
mixinthebox@pauloanhaia.com.br
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É impossível ensinar 
poucas páginas, então aqui vai uma breve introdução a essa 
arte, com algumas dicas e opiniões de um cara apaixonado por 
música e áudio, e que passou os últimos 18 anos estudando o 
assunto e fazendo isso profissionalmente.
 
 
 
O trabalho Workshop Mix in the Box
Licença Creative Commons
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É impossível ensinar tudo a respeito de mixagem em 
poucas páginas, então aqui vai uma breve introdução a essa 
arte, com algumas dicas e opiniões de um cara apaixonado por 
, e que passou os últimos 18 anos estudando o 
fazendo isso profissionalmente. 
 
Versão Beta 
Workshop Mix in the Box de Paulo Anhaia foi licenciado com uma 
Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados
Não Adaptada. 
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tudo a respeito de mixagem em 
poucas páginas, então aqui vai uma breve introdução a essa 
arte, com algumas dicas e opiniões de um cara apaixonado por 
, e que passou os últimos 18 anos estudando o 
Divirta-se! 
foi licenciado com uma 
SemDerivados 3.0 
 
http://pauloanhaia.com.br/
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt
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CONTEÚDO 
Conteúdo .........................................................................4 
Introdução .......................................................................7 
O Triângulo da qualidade x prazo x preço ...................12 
A Música .......................................................................13 
Sessão 01 - Captação ......................................................15 
Treinando os ouvidos ....................................................16 
Pra que consertar se não está quebrado? ....................19 
A Importância de gravar alto .........................................20 
A Bateria .......................................................................21 
O Baixo Guia .................................................................27 
O Piano .........................................................................28 
A voz .............................................................................30 
A Phoenix ......................................................................33 
O Violão ........................................................................34 
As Guitarras ..................................................................36 
O Baixo .........................................................................40 
A Pandeirola ..................................................................42 
Sessão 02 - Equipamento, Dicas e Pós-Produção ..........43 
Compre um bom Computador.......................................44 
Os Softwares .................................................................46 
Monitoração ..................................................................49 
Organizando a sessão ..................................................51 
Acerte os Planos em Volume baixo ..............................53 
Volumes e efeitos. Só isso ............................................55 
Sempre Cheque as Fases! ...........................................57 
Cópia de Monitor 01 ......................................................60 
Drum Loop ....................................................................61 
Criando os Canais de Ambiente ...................................62 
Criando os Canais de Trigger .......................................63 
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Adição de Samples de Bateria ......................................68 
Sessão 03 - Processamento ............................................71 
Distorcendo! ..................................................................72 
O Teste da Inversão de Fase........................................75 
Vantagens dos plugins sobre os hardwares .................76 
O Caminho do Som .......................................................78 
Preamp ..........................................................................79 
HPF ...............................................................................80 
Gate ..............................................................................80 
Compressor ...................................................................83 
Equalizador ...................................................................84 
Simulador de Fita Analógica .........................................85 
Cuidado com o Botão "Noise" .......................................86 
Mas não para por aí! .....................................................87 
Fabriquinhas de milagres ..............................................88 
Effects Chains ...............................................................90 
Entendendo a Equalização ...........................................91 
Entendendo a Compressão ..........................................97 
Sessão 04 - Mixagem .......................................................99Comece sua Mix em Mono .........................................100 
Mixagem em LCR .......................................................102 
Cópia de Monitor 02 ....................................................103 
Plugins no Master Fader .............................................104 
Cuidado com o “Pumping” ..........................................107 
Cópia de Monitor 03 ....................................................109 
Eq e Comp Relativo ....................................................110 
Pré-ênfase e De-ênfase ..............................................111 
Equalização Aditiva e Equalização Subtrativa ............112 
Evite o Botão de Solo..................................................114 
Cópia de Monitor 04 ....................................................115 
Efeitos .........................................................................116 
Usando os Auxiliares ..................................................119 
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Mixando em 3D (ou 4D) ..............................................120 
Automação ..................................................................123 
Usando Referências ....................................................125 
Recall ..........................................................................128 
Cópias Finais ..............................................................130 
That’s All, Folks!!! ........................................................133 
Muito obrigado! ...........................................................134 
Depoimentos ...............................................................136 
Alguns trabalhos de Paulo Anhaia ..............................142 
Ficha Técnica ..............................................................147 
Contato ........................................................................148 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Quando eu comecei a trabalhar em estúdio, há quase 20 
anos, as coisas eram bem diferentes de hoje. 
Pra começar, era muito raro encontrar um computador 
dentro de um estúdio. A gravação era feita em fita analógica ou 
fita digital e todo estúdio tinha que ter uma mesa de som. A 
mesa era usada para pré-amplificar os microfones, equalizar, 
enviar para a máquina de gravação, fazer as "mandadas de 
fone" e, posteriormente, para mixar a música. 
Entendam bem, a gente gravava em fita e mixava em 
mesa não porque era melhor, mas porque não tínhamos outra 
opção mesmo. 
Hoje é muito comum encontrar um estúdio sem uma mesa 
ou sem uma máquina de gravação, mas não conheço um 
estúdio sequer que não tenha um computador. 
O computador chegou e tomou conta do processo de 
produzir música. 
Studio 43 - 1994 
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Muitos dos meus colegas de profissão, gente que 
começou a trabalhar mais ou menos na mesma época que eu, 
e outros que começaram bem antes, tem saudade desses 
tempos. 
Muita gente que começou a trabalhar recentemente e não 
teve acesso a esse tipo de equipamento, acha que é isso que 
está faltando para ter um resultado realmente profissional 
Bom, como essa apostila está sendo escrita por mim, 
darei a minha opinião sobre o assunto. 
Eu não acredito em equipamento. Eu acho que quem faz 
música de qualidade são as pessoas e não o equipamento. 
“Responsabilizar o equipamento pela qualidade 
de um trabalho musical é o mesmo que 
responsabilizar o martelo e o pincel pela beleza de 
uma casa. Se o seu som é bom ou ruim, em ambos 
os casos, você é o responsável”. 
Paulo Anhaia 
Hoje prefiro trabalhar com computadores do que com 
mesa e fita. Eu acho que os computadores são mais práticos, 
tem mais flexibilidade, você tem mais controle do resultado e, 
inclusive, gosto mais da sonoridade que consigo dentro do 
computador do que a que eu consigo com equipamento 
analógico (Oh não, ele não disse isso!) 
Outra coisa é que, hoje, a diferença de qualidade entre um 
equipamento top de linha e um equipamento simples é muito 
pequena. 
Já coloquei um microfone de U$ 100,00 lado a lado com 
um microfone de U$ 3.600,00 e vi que eles me davam 
basicamente o mesmo resultado. Eu cheguei a fazer emendas 
numa tomada de voz alternando entre um e outro; depois, 
ouvindo o canal solado ou mixado com a música, era 
impossível diferenciar os dois. 
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Mas a questão aqui não é defender o equipamento de 
baixo custo ou nem mesmo a mix dentro do computador. Meu 
propósito é mostrar como tirar o máximo do equipamento que 
você tem. Não adianta nada ter um equipamento top de linha e 
não saber aproveitá-lo. 
No meu Workshop O Dia a Dia do Estúdio (que já está 
sua nona edição, e já teve mais de 200 participantes) eu gravo, 
edito e mixo uma música num período de dois dias. Eu faço a 
mix nos dois sistemas, primeiro na mesa analógica, usando 
tudo de melhor que o estúdio me proporcionar e depois faço a 
mix dentro do computador. 
O que sempre deixa a galera perplexa é o quanto o 
resultado é parecido nos dois sistemas. Mas sempre alguém 
levanta a questão: 
"Ah, mas ficou parecido porque você gravou 
tudo com equipamento top, não é mesmo?”. 
Não! Ficou parecido porque meus ouvidos sempre 
procuraram o mesmo som em ambos os sistemas... 
Foi então que resolvi criar esse Workshop de Mix In the 
Box . Mix In the Box é como é chamada a mixagem totalmente 
feita dentro do computador e é como a maioria das pessoas 
mixa em home studios . 
"O Dia a dia do estúdio" - Midas Studio, 2011 
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Conversando um pouco com a galera de home studio , 
descobri que a maioria grava tudo sem nenhum tipo de 
processamento, simplesmente liga o microfone na placa de 
som e grava, trabalhando posteriormente a equalização, 
compressão etc. Isso me pareceu estranho, pois desde que 
comecei em estúdio, sempre fiz algum tipo de ajuste durante a 
captação. 
Por exemplo: se vou gravar uma voz, sempre uso um Hi 
Pass Filter (HPF ou low cut ), eliminando o grave abaixo 
de 100Hz, afinal a voz não chega nessa frequência, e isso só 
vai pegar a trepidação do chão quando um caminhão passar na 
rua ou algum esbarrão do vocalista no microfone. 
Eu sei que não vou querer issona mix, então por que não 
eliminar na hora em que estou captando? 
Eliminando esse tipo de problema, sei que durante todo o 
processo vou ouvir o som mais pronto e mais limpo. Isso se 
aplica também a outros tipos de processamento, como 
compressão etc. 
Um dos motivos de processar durante a captação, 
naquela época, era porque tínhamos pouco equipamento. Por 
exemplo, era comum chegar num estúdio e ter apenas uma 
compressor estéreo, então a gente comprimia tudo na tomada, 
já que sabia que não teria como comprimir os canais durante a 
mixagem. 
Essa falta de equipamento, acabava gerando um 
resultado melhor, já que gravávamos um som mais próximo do 
ideal, um som já pronto pra mixagem. mas não é assim que a 
maioria das pessoas pensa hoje em dia... 
Então tá bom, já que a galera não processa o áudio 
durante a captação, eu também não vou processar nesse 
Workshop. Só ligarei os microfones na placa, acertarei o nível e 
gravarei. Farei todo o processo posteriormente. 
Foi então que resolvi complicar ainda mais a minha vida... 
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Já que vou gravar sem processamento, por que não 
gravar com um equipamento bem simples? Porque não usar o 
tipo de equipamento que uma pessoa que está começando 
nessa profissão usaria? 
Se eu conseguir tirar um som de qualidade desse tipo de 
equipamento, eu mostrarei que o resultado final depende 
somente de quem está fazendo o trabalho, e não do 
equipamento. Mostrarei que o que faz a diferença é o elemento 
humano. Boa, gostei! 
Mas que fique claro aqui que, equipamento de boa 
qualidade ajuda , sem dúvida. Nas mãos de uma pessoa 
com conhecimento, o equipamento faz uma diferença sensível. 
Mas se eu entrar na cabine do melhor avião do mundo, 
não conseguirei fazê-lo se mover, muito menos voar... 
Bora voltar pra escolinha de aviação, depois a gente se 
preocupa em escolher em que avião quer voar! hehehe 
 
 
 
 
 
 
 
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O TRIÂNGULO DA QUALIDADE X 
PRAZO X PREÇO 
 
 
Já ouviu falar disso? Não? É simples: você nunca pode ter 
os três ao mesmo tempo. 
• Se você tiver qualidade e for feito em pouco 
tempo, será caro. 
• Se for feito em pouco tempo e for barato, não terá 
qualidade. 
• Se tiver qualidade e for barato, levará bastante 
tempo. 
Nesse Workshop estamos trabalhando com a terceira 
opção, queremos qualidade por preço baixo, isso com certeza 
só vai desacelerar o processo. 
O que proponho aqui será mais demorado do que 
costuma ser, mas vai melhorar muito a qualidade do resultado 
final. 
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A MÚSICA 
Em 1993, no século passado :-), meu irmão, Carlinhos 
Anhaia , e eu montamos uma banda chamada The Big 
Spender (sim, eu sou o segundo da direita para a esquerda, 
hehehe). 
Compusemos várias músicas para essa banda e quando 
estava planejando esse Workshop, pensei em usar uma 
dessas músicas. 
Escolhi What you've got , por ter vários elementos 
interessantes: bateria, baixo, piano acústico, violão, slide gtr, 
um belo solo de guitarra, uma melodia bonita e alguns coros. 
Gravar essa música com equipamentos de baixo custo seria 
um bom desafio. 
Quando comentei no Facebook que iria gravar essa 
música, o Ney Gomes , antigo baterista da banda, se propôs 
a gravá-la. Daí pra pensar em gravar com a galera da banda 
original foi um pulinho! 
THE BIG SPENDER - Carlinhos Anhaia, Paulo Anhaia, Ney Gomes e Claudio Nogueira, 1993 
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Falei com meu irmão, que aceitou gravar as guitarras, e 
depois com o Claudio Nogueira , baixista. Excelente! Já 
tinha três ótimos músicos para o projeto! Eu fiquei encarregado 
de cantar a voz principal e o coro, tocar os violões, piano e 
pandeirola. 
Eu tenho uma demo que gravamos em cassete de quatro 
canais, da época da banda. Resolvi usar essa demo como guia 
das gravações. 
Peguei meu gravador de 4 canais em cassete, Tascam 
464 MkIII (sim, eu ainda tenho um desses!) e transcrevi a fita 
para o computador. 
Com o Pro Tools achei o andamento e criei um canal de 
click para guiar os músicos durante o processo. 
 A minha fita tinha uma mix do instrumental em dois 
canais, um canal de voz e um canal de backings. 
Não encontrei a fita original com o instrumental separado, 
então usei um Hi Pass Filter e um Low Pass Filter para deixar 
só a região de médios, sumir com os graves do bumbo e o 
agudo dos pratos, isso seria o suficiente para podermos gravar 
a bateria. 
Gravador de 4 canais em cassete 
Tascam 464 Mk III 
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SESSÃO 01 - CAPTAÇÃO 
Estúdio Mosh, Sala D, Mesa SSL Axiom MT Digital, 2013 
Ao contrário do que muitos pensam, é impossível fazer 
uma boa mix a partir de uma gravação ruim. 
O processo de mixagem começa juntamente com a 
gravação. Um amplificador mal microfonado, ou uma guitarra 
mal tocada vão, sem dúvida nenhuma, prejudicar a sua mix. 
Nos próximos capítulos vou descrever em detalhes todo o 
processo de captação, que foi feito só com equipamentos de 
baixo custo, mas com ótimos resultados. 
 
 
 
 
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TREINANDO OS OUVIDOS 
É preciso treinar bem os ouvidos. 
Seus ouvidos são o seu equipamento mais valioso. Afinal 
qualquer equipamento que você usar, passará pelo critério dos 
seus ouvidos. 
Quem ouve torto, entorta pra parecer certo, aí o 
que estava certo, fica torto!!! 
Paulo Anhaia 
Mas como treinar o ouvido para gravar e mixar? 
 Ouvindo muita música, de toda a forma possível: ir a 
shows, ouvir discos, ouvir multitracks (tem muitos disponíveis 
online) e sempre comparar com o trabalho que você está 
fazendo. 
Um ouvinte comum, que gosta de música, mas que não 
trabalha com isso, ouve música despretensiosamente, 
enquanto quem trabalha com música e áudio é bem mais 
analítico. 
Um ouvido bem treinado consegue "separar" os 
instrumentos dentro de uma mix, identificar o que o baixo está 
tocando,por exemplo. Um ouvido treinado às vezes consegue 
diferenciar distintos artistas só pelo timbre de guitarra. 
Treine seus ouvidos enquanto grava. 
Vejo muita gente gravando sem critério, simplesmente 
colocando o microfone na frente do instrumento e esperando 
que o equipamento (ou o processamento através de plugins) 
faça mágica. 
 
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Quando entrei para trabalhar no Midas , já trabalhava no 
Estúdio 43 (primeiro estúdio onde trabalhei como engenheiro 
de som fixo) 12h por dia, 7 dias por semana durante três anos, 
sem assistente. 
Antes de entrar no Estúdio 43, e de produzir meu primeiro 
CD, eu já tinha pilotado ao menos uns cem shows ao vivo, já 
tinha tocado ao menos em 500 shows, já tinha gravado muito 
com o meu Porta Studio de 4 canais , e produzido duas 
demos em 16 e 24 canais. 
O fato de, no início, ter muitas limitações em termos de 
equipamento me ajudou muito, porque eu não podia contar 
com muitos ajustes posteriores. No Porta Studio, eu tinha só 
um controle de grave e agudo por canal (com frequência e Q 
fixo!), e eu tinha só uma máquina de reverb, um Quadraverb , 
que era parte do equipamento de guitarra do meu irmão. 
Pra ter uma ideia, uma vez eu gravei uma música em casa 
e não gostei do som da minha voz. Eu só tinha um SM58 
Leson e o gravador. Gravei a minha voz mais de dez vezes, 
cantando mais suave, cantando mais forte, mais perto do mic, 
mais longe do mic... 
Depois comecei a alternar os cômodos da casa, gravei no 
banheiro, gravei na sala, no quarto e sempre repetindo as 
posições de microfone diferentes. Imagina o que isso significou 
pra mim em termos de treinamento do ouvido? 
Quando entrei para trabalhar num estúdio já tinha ideia do 
que era um som captado de perto, de longe, numa sala viva, 
numa sala abafada. 
As pessoas fazem um curso de áudio de um mês e saem 
achando que sabem onde estão pisando... Saem até falando 
mal da qualidade de determinados equipamentos... Gente, o 
buraco é mais embaixo! 
 
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Vai gravar um violão? Pegue os microfones que tiver e 
grave um trechinho com cada um deles. Teve um que soou 
melhor, não é mesmo? Agora experimente posições diferentes 
com esse mic que soou melhor. Pode ser mais perto da boca 
do violão, mais perto do braço, mais distante do violão, mais 
perto da cabeça do músico... Grave um trechinho com cada 
possibilidade que pensar e escolha a que mais te agradar 
antes de começar a gravar. 
Sempre trabalhe a fonte com muito cuidado. Vai gravar 
uma guitarra? Faça o músico tocar o melhor possível (isso é o 
mais importante), escolha a melhor guitarra que puder usar, 
coloque cordas novas, afine-a várias vezes durante o processo, 
escolha o melhor amplificador que puder usar, escolha o 
melhor microfone... 
Ouça! Faça o músico tocar mais forte, ou mais leve, mais 
solto, ou mais seco, mova o microfone, altere os controles do 
amplificador, grave o melhor som possível, não deixe decisões 
para depois, grave como se fosse o som que vai ficar na mix 
final. 
Mas sempre pense no que soa melhor dentro da 
mix . Um som de guitarra lindo, mas que não soa bem junto 
com o resto da banda, não é o som de guitarra ideal. 
Fazendo isso, além de ter um resultado melhor, estará 
treinando seus ouvidos, e conhecendo possibilidades de som 
diferentes dos mesmos instrumentos. 
 
 
 
 
 
 
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PRA QUE CONSERTAR SE NÃO 
ESTÁ QUEBRADO? 
O que mais vejo é gente mexendo onde não precisa. 
Acho que é a mesma coisa do carinha que está 
começando a aprender a tocar guitarra e descobre a 
dissonância. Quando ele descobre que um acorde pode ter 
sétima, nona, décima primeira etc. Ele começa a colocar essas 
dissonâncias em todas as situações, mesmo quando vai tocar 
uma música dos Ramones. 
Em certas situações, dissonâncias são "amigas", soam 
bem, se encaixam na música. Mas em outras, usar só a tônica 
e a quinta te dá um resultado muito melhor, mais condizente 
com a música e até mais elegante. 
Sinto que o mesmo acontece em áudio. Às vezes, se a 
captação for boa, é só ajustar o volume do instrumento em 
relação ao restante da música e pronto! Nada de compressão, 
equalização, simulação disso e daquilo, só o som de um 
instrumento bem gravado já resolve o caso. 
É muito fácil estragar um bom som se você não souber 
mexer corretamente nas ferramentas e se você não souber o 
que está procurando. 
Comece sempre pelo óbvio. Só altere se necessário. 
 
 
 
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A IMPORTÂNCIA DE GRAVAR ALTO 
Na época da gravação analógica era muito importante 
gravar o sinal o mais alto possível, porque o chiado de fundo 
das fitas analógicas era muito alto, então basicamente o som 
tinha que competir com o chiado. 
Com o surgimento da gravação digital, o chiado de fundo 
passou a não ser um problema, hoje podemos gravar um sinal 
baixo sem ter chiado de fundo. 
Mas calma aí! Gravar o mais alto possível ainda é 
importante. 
Você já ouviu falar de gravação em 16 bits, 24 bits, 32 bits 
etc. A sessão de gravação da música desse Workshop está em 
44.1 KHz e em 24 bits. O que significa isso? 
Significa que temos 44.100 samples (amostras de som) 
por segundo, pra cada um desses samples temos 24 bits de 
informação, o que dá 16.777.216 números (vixe!). 
Mas esses números todos só acontecem - de fato - 
quando o áudio chega ao volume máximo de gravação (no 
caso da gravação digital, o pico é em 0Db). 
Abaixo disso sempre a definição é menor, ou seja, se 
gravar mais baixo, mesmo que aumente o volume depois, será 
o mesmo que aumentar o tamanho de uma foto que estava em 
baixa resolução, o som vai ficar "pixelado" e não terá a melhor 
resolução possível. 
Agora, uma coisa é gravar alto e outra é deixar clipar. Eu 
gravo tudo o mais alto possível, mas tento não deixar chegar 
ao zero. Se o batera fez uma performance ótima e houveram 
uns dois ou três clips (picos que passaram do zero) eu consigo 
conviver com isso, mas evito que isso aconteça, o máximo 
possível. 
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A BATERIA 
 
A bateria é o instrumento mais complicado de gravar, por 
vários motivos: 
• São vários instrumentos em um; 
• É o instrumento que preenche mais frequências, do 
subgravedo bumbo, ao super agudo dos pratos; 
• É o alicerce para se construir a música; 
• É o instrumento que precisa de mais microfones 
simultâneos; 
• O som de uma peça vaza na outra… e assim vai! 
Primeiro eu precisava de uma bateria de baixo custo. 
Falei com a Mylene , que toca com meu filho, e ela me 
emprestou uma RMV bem simples, que a mãe dela comprou 
pra ela começar a aprender a tocar. 
A bateria já vem com um kit de pratos Octagon . Boa! O 
Ney arranjou mais uns pratos da Orion e Stagg . Já tínhamos 
nosso kit de bateria! 
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Eu comprei um set de peles da Evans , modelo G1 para 
os tons e caixa, e uma Remo Pinstripe para o bumbo, mas 
quando pegamos a bateria, o Ney deu uma checada nas peles 
(que são as que vem originalmente na bateria) e achou que 
daria para gravar com elas… Pra mim muito melhor, afinal, a 
ideia era baixo custo, não é mesmo? Usamos todas as peles 
originais. 
Uma coisa muito importante é a afinação da bateria. Cada 
um tem uma forma de gravar e afinar, então vou falar sobre o 
que eu faço e o que funciona pra mim, ok? 
Eu não abafo absolutamente nada nas peles da bateria. 
Nada. Nada de gelzinho nos tons, nada de "arinho" de pele na 
caixa, nada de muffle ou travesseiro no bumbo… Nada! 
A teoria é simples (e funciona na prática), nunca na minha 
vida inteira em estúdio eu tive problemas durante uma 
mixagem com excesso de ressonância das peles. 
Eu sempre queria mais ressonância do que o que estava 
gravado. Por exemplo: eu queria que os tons fizessem 
"tuuuuuummmm" e eles faziam "tuc" (termos técnicos 
extremamente avançados! hehehe). 
Mas o motivo disso era bem óbvio. Se eu abafei os tons 
quando gravei, matei a ressonância deles, por isso eles faziam 
esse som seco. Comecei a não abafar mais os tons. 
Depois resolvi não abafar a caixa e logo eu não abafava 
mais o bumbo também. O que descobri é que a bateria passou 
a soar muito maior do que soava, a ressonância melhorou 
muito e o som passou a me agradar mais. 
Há anos prefiro gravar com peles de filme simples, as 
Pinstripe da Remo, por exemplo, tem dois filmes e acabam 
tendo um som com menos ressonância, por isso prefiro as 
Ambassador , peles porosas de filme simples. 
 
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Mas com a gravação dessa música do Workshop descobri 
que quanto mais fina a pele, mais ressonância ainda! Fiquei 
impressionado com o som de bumbo e tons que conseguimos 
com as peles originais, que eram de filme simples e bem finas. 
O único problema dessas peles é a durabilidade. 
Quando terminamos de gravar a música, as peles 
estavam bem judiadinhas, hehehe, mas num próximo CD que 
eu for produzir vou experimentar isso, usar peles bem finas. 
Gostei! 
Para gravar a bateria eu precisava usar uma interface com 
pelo menos oito entradas de microfone, para poder microfonar 
as peças em separado. Peguei emprestado com meus amigos 
da Banda Resgate uma Presonus Firestudio e um 
laptop Dell , esse é o equipamento que eles usam para soltar 
umas bases pré-gravadas em shows. Gostei do som da 
interface! 
 
 
 
 
 
Aí então peguei emprestado (isso é que é baixo custo! 
hahaha) com meu amigo Evandro Mello , baterista que tocou 
comigo por dez anos na banda MonsteR , um kit de 
microfones da Samson , chamado Kit7 , ele é bem barato, 
mas tem uma boa qualidade. 
 
 
 
 
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O Evandro comprou 
esse kit para usar nos shows 
da banda, mas curtimos 
tanto o som dele que 
chegamos a gravar um CD e 
um DVD com ele. 
 
O único microfone que levei a 
mais foi um G.P.A. GM570, que eu 
comprei para gravar as guitarras da 
trilha do Workshop, ele é um 
"genérico", bem baratinho, do SM57 
da Shure . O SM57 é um mic que virou 
padrão para gravar caixa de bateria e 
microfonar amplificador de guitarra. 
Fomos pra casa do Ney e usamos um quarto que estava 
vazio, quarto comum, sem tratamento acústico nenhum. Levei 
uns cabos de microfone, dois fones de ouvido Superlux (que 
também são baratos), 4 pedestais de microfone e um 
adaptador para ligar os dois fones numa saída só. A 
monitoração toda foi feita por fones. 
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Microfonei a bateria da seguinte forma: 
 
Cheguei a pensar em microfonar o chimbau ao invés de 
microfonar a esteira (lembre-se que eu tinha apenas oito 
canais), mas fiz um teste e achei que seria mais importante ter 
o mic na esteira, já que o chimbau estava vindo com um bom 
som pelos overs. 
O mic do bumbo foi posicionado na abertura da pele 
frontal, com apenas uns três centímetros para dentro do 
bumbo. Os mics de caixa e tons foram posicionados com a 
cápsula apontando para o centro da pele. Os mics de over 
foram montados numa configuração X-Y, acima do kit de 
bateria, voltados para baixo. 
Liguei os mics na placa de som, acertei o nível de entrada 
e gravei. Só isso, nada de prés, compressores externos, e até 
mesmo, nada de plugins processando o som. Gravei o som da 
bateria como os mics captaram, só isso. 
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A bateria foi gravada com o Pro Tools, porque estou mais 
acostumado com ele e me sinto mais a vontade, mas poderia 
ter gravado com qualquer outro software similar e obter o 
mesmo resultado. Isso de que o software muda a qualidade de 
som é um mito totalmente infundado. 
 
 
 
 
 
 
Passamos a tarde gravando e, depois que ouvi o 
resultado, fiquei surpreso - porque ficou bem melhor do que eu 
esperava -, fiquei até meio triste, pensei que fosse ficar pior e 
dar mais trabalho na hora da mix. hehehe 
Depois, dentro do Pro Tools , usei o Elastic Audio e 
editei o tempo da bateria, colocando todas as batidas 
perfeitamente no metrônomo. 
O processo é simples, mas repetitivo e cansativo. 
Eu monto um grupo com todos os canais da bateria e vou 
movendo em conjunto cada batida para o seu tempo. Algumas 
pessoas dizem que esse processo (Elastic Audio) denigre a 
qualidade do áudio. 
Eu sentia um problema de fase de um microfone em 
relação ao outro quando usava o algoritmo Rhytmic , depois 
que passei a usar o algoritmo Polyphonic , não ouço 
alteração na qualidade de som. 
 
Ney Gomes gravando a bateria. Como esse cara toca bonito! :-) 
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Vários outros softwares tem ferramentas que te permitem 
fazer esse tipo de edição. Novamente usei o Pro Tools por uma 
questão de hábito. Nesse processo não substituí nenhuma 
batida, nem fiz nenhum outro tipo de processamento de som, 
só mexi no tempo mesmo. 
Eu não sou um grande fã de edições milimétricas em 
gravações musicais, mas como queremos um resultado 
profissional com equipamento barato, achei que fazer esse tipo 
de edição me ajudaria no resultado final. 
Você que participou do workshop, receberá também os 
arquivos originais da gravação, sem edição, pra se divertir 
quantizando bateria. hehehe 
O BAIXO GUIA 
Para gravar o piano eu não poderia usar a base da nossa 
demo como guia, pois já tinha um piano nela. Resolvi gravar 
um baixo guia. Usei um Shelter Precision , que tenho há 
alguns anos, ligado diretamente na placa de som, uma Fast 
Track Pro . 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O PIANO 
Com a bateria já gravada, comecei a procurar por um 
piano de parede para fazer a gravação. Pensei em muitas 
possibilidades, quando lembrei que minha amiga Luciana 
Andrade tem um piano de parede. 
Liguei pra ela, que adorou a ideia de ouvir seu piano numa 
gravação. Como eu não sabia em que condições de afinação 
estava o piano, contratei o Seu Elias , que afina o piano de 
vários estúdios, salas de concerto etc. Ele foi até lá e deixou o 
piano afinadinho. 
O piano é um August Förster , piano austríaco, 
segundo a Luciana, fabricado entre 1937 e 1947. Segundo o 
Seu Elias, eles estava com as cordas originais… Caramba! 
Mas ele disse que isso não afeta na afinação do piano, só torna 
o som menos brilhante, devido à ação do tempo nas cordas. 
Piano pronto para a gravação, com o cobertor rosa :-) 
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Quando cheguei, comecei a fazer uns testes de 
microfonação… Tentei algumas possibilidades diferentes, 
inclusive tirando o tampo frontal do piano, mas como o 
apartamento da Luciana fica numa rua movimentada, eu teria 
problemas com barulho de carros etc. 
Então abri a parte de cima do piano e posicionei dois mics 
Samson C02 (os mesmos que usei para os overs da bateria) 
voltados para baixo, com um espaçamento de uns 50 cm entre 
eles e peguei emprestado com a Luciana um pesado e lindo 
cobertor cor de rosa com uma estampa da Minnie … E não é 
que funcionou? A gravação do piano ficou super limpa! Sem 
nada dos carros passando na rua. 
 
 
 
 
 
 
 
Dessa vez levei uma interface Fast Track Pro e um laptop 
Samsung que comprei no Ponto Frio por R$ 1500,00. 
Levei o mesmo fone Superlux, dois pedestais e dois cabos 
de mic. Novamente usei o Pro Tools para gravar, sem nenhum 
processamento. 
Chegando em casa, editei o tempo do piano, mas dessa 
vez sem o Elastic Audio. Não gosto do som do Elastic em 
instrumentos de harmonia, ele sempre causa algum efeito 
colateral, então o que fiz foi cortar, arrastar para o lugar que eu 
queria e fazer fades. 
Detalhe dos Mics e da Minnie 
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A VOZ 
Tive um dia livre e resolvi gravar as vozes da música. Usei 
um microfone Samson CL7 , esse não faz parte do kit, é um 
microfone condensador de diafragma largo, com um custo bem 
em conta também. Liguei ele direto na entrada da Fast Track 
Pro usando o Phantom Power dela, e gravei para o Pro Tools. 
Novamente monitorei com os fones Superlux. Não tenho 
uma sala com o tratamento adequado para fazer uma gravação 
de voz, mas sei que se gravasse usando a reverberação 
natural da sala, eu poderia ter problemas. 
Quando o microfone capta um som, ele capta também as 
reflexões desse som no ambiente. Uma voz, por exemplo, 
chega diretamente ao microfone, mas ela pode também 
ressoar numa parede e gerar um som atrasado, que também 
atinge o microfone. 
Cantando com o cobertor roxo 
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Essa diferença de tempo entre o som da voz original e da 
reflexão no ambiente pode causar um cancelamento de fase de 
algumas frequências, prejudicando o som. 
Foi aí que resolvi armar uma “tenda” com três pedestais 
de microfone e um lindo cobertor roxo (descobri nesse 
momento que os cobertores seriam fundamentais para o 
resultado desse trabalho, hehehe), coloquei o microfone dentro 
da tenda e assim evitei a reflexão no ambiente. 
Como não usei um pop filter , cantei com uma certa 
distância do microfone, um palmo mais ou menos, assim evitei 
o som do ar dos "P" e "B" explodindo na capsula do mic. O som 
da voz ficou ótimo! 
 
 
 
 
 
 
 
O segredo de uma boa gravação de voz é um cantor bem 
dirigido. Como eu era o cantor e também o diretor vocal, cantei 
o melhor que pude, prestando muita atenção na interpretação e 
afinação. Fiz um bom trabalho, ficou bonito! 
Depois de cantar a voz principal, fiz um canal com umas 
tercinhas de backing vocal e mais doze canais de coro, 
usando três canais para cada abertura de voz. Como cantei 
muito suave no coro, depois de uns dias, senti falta de umas 
vozes mais fortes. Resolvi fazer mais um canal de cada 
abertura, totalizando dezesseis canais de coro. 
Esqueleto da tenda, montado com pedestais de microfone 
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Depois abri a voz principal e o backing no Melodyne e 
acertei alguns detalhes da afinação. Cheguei a pensar em não 
fazer isso, manter a voz original, que estava bem afinada, mas 
depois de uns dias mudei de ideia e afinei a voz. 
Os coros eu mantive com a afinação original mesmo 
porque, se eu afinasse, iria perder as pequenas diferenças de 
afinação, que é justamente o que dá aquela "cara de coral". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A PHOENIX 
Num dos posts que fiz no Facebook divulgando este 
Workshop, o Michael Chen , amigo do meu irmão e dono da 
fábrica de instrumentos musicais Phoenix , comentou que eu 
deveria usar seus instrumentos para a gravação. Boa!!! 
Eu tenho aqui em casa um violão Phoenix, violão simples, 
mas que soa bem. Resolvi dar uma chegada na fábrica e testar 
os equipamentos. 
Falei pra ele que eu queria instrumentos que custassem 
em média R$ 500,00 em loja. Acabei escolhendo e pegando 
emprestado um violão, um baixo Precison, uma Les Paul e 
uma Strato Phoenix para gravar esse Workshop. 
Fiquei surpreso com a qualidade dos instrumentos, apesar 
do custo em conta, eles são muito bem construídos. Agora 
tinha em mãos instrumentos baratos e de boa qualidade. Cool! 
Na fábrica da Phoenix, com a Les Paul 
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O VIOLÃO 
Gravei o violão aqui em casa e, a não ser que eu quisesse 
morrer sufocado, não poderia usar um cobertor em cima dele 
para evitar as reflexões do ambiente. hehehe 
Usei um violão J White by Phoenix , modelo AH-
TBSB , muito bonito, com o tampo em madeira tigrada e um 
shape pra apoiar o braço direito, como nas guitarras strato. 
Gravei com as cordas que vem originalmente nele, que são 
fabricadas pela própria Phoenix. 
Usei dois microfones para gravar o violão, um Samson 
C02 (o mesmo do kit7) posicionado diretamente para o braço 
do violão, mais ou menos na décima segunda casa. Esse mic 
estava há mais ou menos um palmo de distância do braço. 
Usei também um Samsom CL7 (o mesmo da voz) 
posicionado perto do meu ouvido direito, voltado para baixo. O 
som ficou muito bom! 
Gravando o violão com os dois Mics Samson 
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Esse tipo de microfonação eu aprendi há uns dez anos 
com um produtor de Nashville chamado Eric Silver . O Eric 
veio aqui em São Paulo participar da gravação do Cd do Viny 
(aquele do mexe a cadeira, hehehe) e quando foi tocar o violão 
usou essa microfonação. 
Fiquei besta quando ouvi o resultado! Era o som de violão 
que eu sempre procurei e nunca tinha encontrado. 
Gravo os dois microfones e jogo eles juntos para o canal 
esquerdo. Depois gravo um outro take e jogo os dois mics para 
o canal direito. Assim tenho um som de violão largo, mas não 
concorro com a voz, porque eles estão abertos em estéreo e 
eu tenho o centro do pan livre para a voz. 
Outro segredo da gravação do violão, é usar uma palheta 
bem fina, assim tenho o som mais equilibrado. Com uma 
palheta grossa, o som ganha muito médio, com a palheta fina 
consigo os graves e agudos que eu gosto. 
Usei novamente a Fast Track Pro, o Phantom Power dela, 
o laptop Samsung, dois pedestais e cabos. 
Editei o tempo dos violões da mesma forma que fiz com o 
piano. 
 
 
 
 
 
 
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AS GUITARRAS
As guitarras vieram com cordas .009. Como nessa música 
os instrumentos são afinados meio tom abaixo, as cordas 
ficaram muito molengas, então troquei as cordas originais por 
cordas D’Addario 
originais, mas enfim, as 
estavam dentro do meu esquema que baixo custo. 
 Seria preciso um amplificador de baixo custo. Entrei na 
Playtech e perguntei qual o amplificador que a molecada que 
estava começando a tocar comprava mais. O vendedor me 
mostrou um Meteoro
preço. 
Expliquei para o vendedor o esquema do Workshop e ele 
pegou uma guitarra 
hehehe, perfeito! 
 
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AS GUITARRAS 
As guitarras vieram com cordas .009. Como nessa música 
os instrumentos são afinados meio tom abaixo, as cordas 
ficaram muito molengas, então troquei as cordas originais por 
 que eu tinha. Uma pena, queria usar as 
originais, mas enfim, as D’Addario não são caras, ainda 
estavam dentro do meu esquema que baixo custo. 
Seria preciso um amplificador de baixo custo. Entrei na 
e perguntei qual o amplificador que a molecada que 
estava começando a tocar comprava mais. O vendedor me 
Meteoro e um Moug , ambos na mesma faixa de 
Expliquei para o vendedor o esquema do Workshop e ele 
pegou uma guitarra Eagle para que eu testasse os amps, 
Carlinhos na gravação das Guitarras 
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As guitarras vieram com cordas .009. Como nessa música 
os instrumentos são afinados meio tom abaixo, as cordas 
ficaram muito molengas, então troquei as cordas originais por 
que eu tinha. Uma pena, queria usar as 
não são caras, ainda 
estavam dentro do meu esquema que baixo custo. 
Seria preciso um amplificador de baixo custo. Entrei na 
e perguntei qual o amplificador que a molecada que 
estava começando a tocar comprava mais. O vendedor me 
, ambos na mesma faixa de 
Expliquei para o vendedor o esquema do Workshop e ele 
para que eu testasse os amps, 
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Gostei do Moug! Achei o som dele mais claro do que o do 
Meteoro e acabei comprando um Moug de 15 Watts por R$ 
220,00 para usar no Workshop. Ele também tinha um botão de 
drive que me seria útil na gravação. 
 
 
 
 
Mesmo quando gravo com amps caros, costumo usar um 
Tube Screamer da Ibanez em alguns momentos - solos, 
bases mais pesadas etc. - Um monte de bandas de metal usa o 
Tube Screamer antes dos amps, é um padrão, mas se eu 
comprasse um TS, eu fugiria da margem de preço que queria 
para o Workshop. 
Lembrei que a Behringer copia tudo o que existe de 
equipamento na face da terra, hehehe, e depois de pesquisar 
um pouco, saí atrás de um Behringer Vintage Tube 
Overdrive , que é um genérico do Tube Screamer TS-808 . 
Achei e o comprei por R$140,00. 
 
 
 
 
 
 
Moug microfonado com o G.P.A. 
Behringer TO800, Vintage Tube Overdrive 
 
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 Paragravar as guitarras, fui na casa do meu irmão, 
Carlinhos Anhaia , que gravaria as guitarras nesse projeto. 
Levei o equipamento e montamos tudo na sala da casa. 
Para os drives e para o solo usamos a Les Paul Phoenix , 
sempre com o captador agudo, o que fica perto da ponte. 
Para uma parte meio crunch e para a Slide Guitar, usamos 
a Strato , mas aí subimos um pouco a ação das cordas para o 
slide não ficar batendo nos trastes, usamos só captador grave, 
o que fica perto do braço. 
Tivemos um pouco de trabalho com a afinação das 
guitarras, mesmo puxando bem as cordas quando troquei 
(sempre faço isso, para evitar que elas voltem), elas 
demoraram a segurar a afinação, mas depois de um tempo 
tocando a afinação assentou e ficou tudo bem. 
Gravei com o drive do amp ligado, com o ganho entre o 2 
e o 3. Percebi que se deixasse o amp muito alto, o som ficava 
estridente demais, então o volume de saída ficou no 2. Usei o 
Tube Overdrive da Behringer ligado, com os controles de 
drive e tonalidade em 10h mais ou menos e o ganho em 12h. 
Para a guitarra crunch , desliguei o pedal e o drive do 
amplificador. 
 Usei um microfone 
G.P.A. GM 570, o mesmo 
que usei para gravar a caixa 
da bateria. Comecei com ele 
posicionado exatamente no 
meio do falante e fui 
movendo lentamente até o 
som me agradar. 
Acabei escolhendo uma posição quase na borda do 
falante, mas em um ângulo de 90 graus em relação à caixa, 
dessa forma o agudo ficou menos estridente e ganhei mais 
corpo. 
Mic G.P.A. 
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Por incrível que pareça, a equalização que funcionou 
melhor com essa combinação de amplificador e microfone, foi o 
grave e o agudo no 0 e o médio no 10… Vai entender?! O 
importante é ouvir e mexer até o som te agradar. Foi o que 
fiz… 
 Claro que novamente usei um cobertor! Hahaha. Ele me 
ajudou em três coisas, evitar as reflexões no ambiente, evitar 
vazamento do cachorro do vizinho e carros passando na rua, e 
diminuir o volume da guitarra dentro da sala. 
Como nós monitoramos só por fone de ouvido e 
estávamos na mesma sala que o amp, isso de diminuir o 
volume foi importante. 
Também editei o tempo das guitarras da mesma forma 
que fiz com o piano, e afinei o Slide no Melodyne pra deixá-
lo mais preciso. 
 
 
Bagunça na sala da casa do Carlinhos, detalhe do cobertor em cima do Amplificador 
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O BAIXO 
 
Resolvemos gravar o baixo na minha casa, então o 
Claudio Nogueira passou uma noite por aqui e gravamos. 
O baixo é um instrumento relativamente simples de 
gravar. Um bom som de linha dele, ligado direto na placa de 
som , e um bom baixista, já são o suficiente para ter um bom 
resultado. 
Usamos um baixo Precision da marca Phoenix com as 
cordas originais. Ele soou bem, mas rolava um barulho quando 
o Claudio tirava a mão das cordas, problema de aterramento.... 
 
 
Claudio e o Precision Phoenix 
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 Peguei um fio, desencapei as duas pontas, fiz um “anel” 
com uma delas e coloquei em volta do plug do cabo, e a outra 
ponta o Claudio enfiou embaixo da blusa, encostando na 
barriga. Adeus chiado! Hehehe. 
Não pense que esse é um problema só de instrumentos 
de baixo custo, já vi isso acontecer com instrumentos 
caríssimos, o importante é gravar sem chiado. Ligamos o baixo 
na entrada da Fast Track Pro e monitoramos, novamente, com 
o fone Superlux 
 
 
 
 
 
 
O segredo na gravação do baixo é a pegada. Aliás, 
pegada é o segredo na gravação de qualquer instrumento, mas 
eu sinto que no baixo é mais evidente quando a pegada é ruim. 
O baixista tem que ter uma constância de dinâmica, se ele 
tocar muito forte, o som distorce e fica feio, se ele tocar muito 
fraco, perde definição. 
Também editei o tempo do baixo da mesma forma que fiz 
com o piano. 
 
 
Baixo com o aterramento improvisado 
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A PANDEIROLA 
 Não poderia faltar uma pandeirola, né? Hehehe. Usei 
uma Latin Percussion , que comprei pra gravar num cd do 
Oficina G3 há uns 15 anos. Paguei R$13,00 na época. :-) 
Usei o Samsom C02 (o mesmo dos overs de bateria) 
posicionado há uns 30 cm da pandeirola. 
Pronto! Já temos a música completinha gravada. 
Podemos começar a mixar. Cool!!! 
 
Gravando a pandeirola 
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SESSÃO 02 - EQUIPAMENTO, 
DICAS E PÓS-PRODUÇÃO 
 
Nessa parte da apostila, falarei sobre o equipamento e os 
softwares que iremos usar. 
Também darei dicas valiosas a respeito de mixagem e 
explicarei algumas coisas que fiz para ter um resultado ainda 
melhor. 
 
 
Studio Mosh, Sala VIP, Mesa Neve V2, 2013 
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COMPRE UM BOM COMPUTADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma das perguntas que mais ouço é: 
"Será que esse plugin vai rodar no meu micro? 
É que ele é meio velhinho, sabe? Esses plugins são 
pesados, não são?" 
Gente... Então você quer fazer isso profissionalmente e 
não quer investir nem no seu micro? 
Quando comecei a gravar, era caríssimo pra montar um 
estúdio. Qualquer máquina de gravação de 16 canais e uma 
mesinha de 24 canais te faziam investir alguns milhares de 
dólares, sem exagero. 
Não existia uma mesa meia boca por menos de mil 
dólares e ainda tínhamos que comprar compressores, 
máquinas de efeito, Dats para copiar a mix (não existia bounce, 
render, mixdown, a gente copiava pra fita). 
 
Quando se fala em computador, Old is not Cool 
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Só a compra da
Estamos na época fácil do áudio. Com qualquer 
computador meia-boca dá 
mas o seu computador é a alma do seu estúdio
equipamento).De que adianta investi
se, na hora de mixar
Então eu insisto, compre o melhor micro que você puder, 
pode ser Mac, pode ser PC, isso não vai influenciar na 
qualidade do áudio. 
Esse Workshop será mixado com um notebook comprad
no Ponto Frio por 
RAM e um HD de 320Gb
Sabe aquele P
de 10Gb que você usa? Guarde
Doom II e invista num micro bom agora! :
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Só a compra das fitas, já te fazia investir uma boa grana.
Estamos na época fácil do áudio. Com qualquer 
boca dá pra fazer um disco de qualidade, 
seu computador é a alma do seu estúdio (em termos de 
De que adianta investir uma grana num preamp classe A
na hora de mixar, o seu micro não aguenta o tranco?
Então eu insisto, compre o melhor micro que você puder, 
pode ser Mac, pode ser PC, isso não vai influenciar na 
 
Esse Workshop será mixado com um notebook comprad
por R$1500,00, mas é um I3, com 
HD de 320Gb . Já dá pra brincar legal. 
Pentium III com 256mb de RAM
que você usa? Guarde-o para quando quiser jogar 
e invista num micro bom agora! :-) 
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s fitas, já te fazia investir uma boa grana. 
Estamos na época fácil do áudio. Com qualquer 
pra fazer um disco de qualidade, 
(em termos de 
num preamp classe A 
o seu micro não aguenta o tranco? 
Então eu insisto, compre o melhor micro que você puder, 
pode ser Mac, pode ser PC, isso não vai influenciar na 
Esse Workshop será mixado com um notebook comprado 
, com 3Gb de 
. Já dá pra brincar legal. 
256mb de RAM e HD 
o para quando quiser jogar 
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OS SOFTWARES 
Para fazer esse Workshop eu precisava de alguns 
softwares e precisava que eles fossem compatíveis com muitos 
sistemas. Se você trabalha com Windows , com Mac OS, ou 
com Linux , com certeza terá como rodar todos os softwares 
que escolhi e abrir essa mixagem na sua casa com tudo como 
foi feito durante o Workshop. 
Escolhi para ser a nossa DAW (significa Digital Audio 
Workstation, que é o programa principal onde vamos trabalhar) 
o Reaper , que tem uma série de vantagens, primeiro que você 
pode baixá-lo do site e usá-lo sem nenhum tipo de restrição, 
mesmo sem pagar. 
 
Tela principal do Reaper 
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Se optar por comprá-lo, ele custa apenas sessenta 
dólares e o instalador dele pesa apenas 6Mb. Não se assuste 
com o tamanho e com o preço, ele é uma ferramenta muito 
poderosa e muito completa. 
Você pode fazer o download no seguinte link: 
www.reaper.fm/download.php 
Pra fazer a mix eu preciso de alguns plugins (plugins 
são programas que rodam dentro da DAW, te oferecendo mais 
opções de processamento e efeitos) que o Reaper não tem. 
Aí escolhi o Pack 9 da Waves . A Waves é talvez o 
fabricante mais antigo de plugins e uma companhia que tem 
produtos de altíssima qualidade. 
O Pack 9 tem vários plugins interessantes (mais de 250 
plugins), a Waves entrou em contato com grandes produtores 
musicais e fizeram emulações de equipamentos raríssimos que 
esses produtores usam no dia a dia. 
 Nós usaremos muito nesse Workshop os plugins 
assinados pro Chris Lord Alge , Eddie Kramer , Jack 
Joseph Puig e alguns outros. Se não conhece o trabalho 
desses caras, abra o Google e pesquise! 
Com certeza você já ouviu muitos dos trabalhos que eles 
fizeram. 
 
 
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Será necessário também um bom plugin de medição. O 
que esse plugin fará é "dar olhos aos nossos ouvidos". Escolhi 
IXL Multimeter do Roger Nichols (outro produtor 
excelente!). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse plugin tem várias ferramentas de medição de áudio, 
poderemos ver que frequências estão sobrando (ou faltando), 
poderemos ver o volume de pico e de média, poderemos 
checar se está tudo correto com a fase... Enfim, ele vai nos 
ajudar muito no processo de mixagem. 
 
 
 
 
Roger Nichols Digital - IXL Multimeter 
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MONITORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se fazer uma boa mix é necessário um bom par de 
monitores. Isso todo mundo sabe, não é verdade? Ok, mas o 
que determina se um par de monitores é bom? Fidelidade? 
Resposta Flat (frequências equilibradas)? Potência? 
Infelizmente, nada disso garante que a sua mix vai ficar boa. 
O que recomendo é simples, guarde uma grana, vá até 
uma loja, ouça vários monitores diferentes e compre aquele 
que mais te agradar, porque é necessário se habituar ao som 
do monitor. 
Por exemplo: um cara que mixa com as NS10 da 
Yamaha , acha que o som das 1031A da Genelec é 
"mentiroso", que essas caixas “colorem” o som. Já o cara que 
mixa com as Genelec, acha que o som da Yamaha é ruim, 
porque não tem reprodução clara de graves e agudos. 
Já vi gente tendo resultados excelentes com ambas as 
caixas, portanto não há certo ou errado nesse caso, mas sim o 
que funciona pra você e o que não funciona pra você. Então, 
repito, compre o monitor cujo som mais te agradar. 
Beringer, Truth B2021A 
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Se depois de um tempo ele não estiver respondendo ao 
que você procura, tá na hora de trocar, mas daí você já sabe 
melhor o que procurar. 
Os monitores que vamos usar nesse Workshop são os 
Behringer Truth B2031A , que são uns "genéricos" dos 
Genelec . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORGANIZANDO A SESSÃO 
Fazendo os Markers, Renomeando, Colorindo e 
Reduzindo 
Para mim, o primeiro passo para fazer uma mixagem é 
organizar os arquivos. 
Ter cada sessão da música com um marker com o nome 
(verso 1, refrão etc), cada canal com o nome correto do 
instrumento, usar cores para grupo de instrumentos... facilita a 
visualização, agiliza o processo e o torna mais prazeroso. 
Fazer a redução de alguns canais facilita a visualização e 
o processamento do áudio. Por exemplo: eu gravei 16 canais 
de coro, se eu quiser comprimir esses canais, vou precisar de 
16 plugins abertos, ou então fazer um grupo, endereçar todos 
esses canais pra ele e na saída desse grupo colocar um 
compressor. 
Não há nada errado em trabalhar assim, mas eu sou da 
época em que se gravava em 24 canais e jamais teria 16 
canais de coro abertos numa condição de mixagem. Se você 
fizer esse processo de redução em algum dos seus trabalhos, 
acredito que entenderá as vantagens e verá o quanto fazia 
manobras desnecessárias durante uma mix. 
Então o que faço é acertar o volume entre as vozes do 
coro, acertar o pan dessas vozes e copiar para um canal 
estéreo. Aí ao invés de ter 16 canais de coro, eu tenho apenas 
um canal estéreo de coro. A ideia é tornar a coisa prática e 
intuitiva. 
Eu reduzo também, por exemplo, os violões (que gravei 
com dois microfones e executei duas vezes, tendo assim 
quatro canais de violões). Eu já acerto o volume entre os 
microfones e os passo para um canal estéreo. 
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Existe gente que inclusive é adepta da mentalidade 
dos 24 canais , vou explicar de que se trata. 
Com o surgimento das DAWs, o número de canais que 
podemos gravar e mixar se tornou praticamente ilimitado, mas 
o que era pra ser uma benção, facilmente se tornou uma 
maldição. 
É bem comum eu pegar um trabalho, gravado por outra 
pessoa pra mixar, e ter 80 canais abertos. Mas daí você vai 
analisar os canais, e vê que muitos deles poderiam ser 
evitados, ou reduzidos, durante o processo de gravação. 
Quando gravávamos em fita, sempre tínhamos um limite 
de tracks, e isso nos ajudava muito, sem sabermos disso. 
Por exemplo, se gravássemos uma guitarra com 3 
microfones, já equilibrávamos, fazíamos uma soma desses 
mics e eles eram gravados em um só canal. Se na música 
houvessem 2 guitarras de base e duas guitarras de solo, nós 
tinhamos 4 canais. 
Hoje, com a possibilidade de canais infinitos, essas 
mesmas quatro guitarras, iriam ocupar 12 canais (4 guitarras 
com 3 mics cada uma). 
Sabe o que acaba acontecendo? Você termina a sua mix 
e o seu bumbo fica baixo, por exemplo, porque você perdeu 
tempo demais equilibrando 3 mics (que poderiam ter sido 
equilibrados durante a gravação) e se esqueceu do essencial. 
O que a mentalidade dos 24 canais propõe, é que 
trabalhemos nossa mix com no máximo 24 canais (tá, pode 
passar um pouco de vez em quando, mas deu pra entender, 
né?) reduza, ou não use (3 mics pra cada guitarra? pra que?) 
parte dos canais. 
Mix tem tudo a ver com foco, faça manobras que te 
ajudem a manter esse foco, e terá melhores mixes. 
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ACERTE OS PLANOS EM VOLUME BAIXO 
Ok, você já timbrou seu bumbo, ouvindo alto nas caixas e 
sentindo a pressão. É divertido, né? Eu também acho. Eu faço 
isso praticamente com todos os instrumentos. 
É impossível saber se o grave está "batendo" de verdade 
com falantes muito pequenos e em volume baixo, mas na hora 
de acertar o volume entre uma coisa e outra, acho essencial 
estar com o volume bem baixo. 
A teoria é simples: Se num volume bem baixo já parecer 
que o som está uma porrada, imagine na hora que eu levantar 
o volume??? 
Outra coisa importante é que ouvindo baixinho a gente 
saca de verdade se os detalhes estão aparecendo. 
É muito comum mixar em volume alto e deixar algum 
instrumento num plano baixinho, sabe, aquele que é “só pra 
ficar de fundinho mesmo”, e depois, ouvindo fora da sala de 
mix, esse instrumento simplesmente sumir... 
Quem não se lembra de Marty McFly e seu falante gigante? 
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Alternar níveis de volume durante a mixagem, e fazer 
pequenas alterações enquanto isso, pode melhorar muito a sua 
mix. 
Pode não ser tão divertido, mas insisto, cheque os planos 
em volume bem baixo. Baixo mesmo, 
teclado do micro te incomodar quando você faz alguma 
operação. 
Você vai perceber como o seu resultado vai melhorar 
muito! 
 
 
 
 
Primeiros monitores do Sudio Mosh, com falantes de 24 polegadas,
apelidados carinhosamente de Godzilla. Te cuida
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Alternar níveis de volume durante a mixagem, e fazer 
pequenas alterações enquanto isso, pode melhorar muito a sua 
Pode não ser tão divertido, mas insisto, cheque os planos 
em volume bem baixo. Baixo mesmo, a ponto do som do 
teclado do micro te incomodar quando você faz alguma 
Você vai perceber como o seu resultado vai melhorar 
Primeiros monitores do Sudio Mosh, com falantes de 24 polegadas, 
apelidados carinhosamente de Godzilla. Te cuida, McFly! 
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Alternar níveis de volume durante a mixagem, e fazer 
pequenas alterações enquanto isso, pode melhorar muito a sua 
Pode não ser tão divertido, mas insisto, cheque os planos 
a ponto do som do 
teclado do micro te incomodar quando você faz alguma 
Você vai perceber como o seu resultado vai melhorar 
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VOLUMES E EFEITOS. SÓ ISSO 
Você sabe o que é mixagem? É acertar volumes e 
acrescentar efeitos . Simples assim. 
Você acerta o volume entre os canais, não é mesmo? 
legal, isso já te dá um bom equilíbrio de frequências. Por 
exemplo, se quer mais grave, aumente o bumbo e o baixo, 
quer mais agudo, aumente o chimbau e o chocalho... Comece 
sempre por aí, pelo óbvio, depois mexa em qualquer outra 
coisa. 
Você pode estar pensando, "Mas existem coisas na mix 
que vão além de volume e efeitos, como compressão e 
equalização". Isso é um fato, mas compressão e 
equalização também

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