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Tuberculose: Características e Transmissão

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1 PATOLOGIA-LAIANE 
Acalasia 
INTRODUÇÃO 
A tuberculose (TB) é uma doença in-
fecto-contagiosa, crônica, granuloma-
tosa e necrosante causada pelo bacilo 
álcool-ácido-resistente (BAAR). Myco-
bacterium tuberculosis ou por qualquer 
patógeno do complexo: Mycobacterium 
bovis, Mycobacterium africanum, Myco-
bacterium canetti, Mycobacterium pinni-
pedi, Mycobaxterium microti e Mycobac-
terium caprae. No entanto, o patógeno 
principal é o M. tucerbulosis, também 
chamado de Bacilo de Koch (BK). A 
forma mais comum da doença é a 
forma pulmonar, acometimentos ex-
tra-pulmonares também são frequen-
tes e dignos de atenção da saúde pú-
blica - formas pleural, ganglionar, miliar, 
osteomuscular, etc. 
CARACTERÍSTICA DO MYCOBACTERIUM 
TUBERCULOSIS 
O Mycobacterium tuberculosis é um mi-
crorganismo em forma de bacilar tam-
bém conhecido como bacilo de Koch em 
homenagem ao Dr. Robert Koch, que o 
descobriu em 1882. 
 
 
 
 
O M. tuberculosis é fino e ligeiramente 
curvo. É um bacilo álcool- -ácido-resis-
tente (BAAR) 
Ele é um agente que é referencial-
mente aeróbico, de multiplicação lenta, 
com capacidade de permanecer em es-
tado latente. É sensível ao calor e a luz 
ultravioleta. 
Eles são capazes de se multiplicar ex-
tracelularmente e de resistir à fagoci-
tose por macrófagos. Produz necrose 
caseosa em tecidos infectados. 
RESERVATÓRIO 
O principal reservatório da tuberculose 
é o ser humano. Outros possíveis re-
servatórios são gado bovino, primatas, 
aves e outros mamíferos. 
 
 
 
 
 
 
As secreções pulmonares como catarro 
e esputo dos indivíduos infectados com 
problema pulmonar são a fonte de in-
fecção mais importante, pois eliminam 
as partículas de wells cheia de bacilos. 
Leite do gado enfermo também pode 
transmitir mais essa forma é pouco 
comum. 
MODO DE TRASMISSÃO 
A tuberculose é uma doença de trans-
missão aérea, ou seja, que ocorre a par-
tir da inalação de aerossóis. Ao falar, 
 
 
2 PATOLOGIA-LAIANE 
espirrar e, principalmente, ao tossir, as 
pessoas com tuberculose ativa lançam 
no ar partículas em forma de aerossóis 
que contêm bacilos, sendo denominadas 
de, bacilíferas. 
As formas bacilíferas são, em geral, a 
tuberculose pulmonar e a laríngea. Cal-
cula-se que, durante um ano, numa co-
munidade, um indivíduo que tenha baci-
loscopia positiva pode infectar, em mé-
dia, de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se 
depositam em roupas, lençóis, copos e 
outros objetos dificilmente se disper-
sam em aerossóis e, por isso, não de-
sempenham papel importante na 
transmissão da doença. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Cerca de 4 a 12 semanas, desde o mo-
mento da infecção até o aparecimento 
das lesões da infecção primária. No en-
tanto, pode levar anos para que essa 
infecção primária evolua para uma 
forma ativa de tuberculose pulmonar 
ou extrapulmonar. 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE 
A transmissão da tuberculose é plena 
enquanto o indivíduo estiver eliminando 
bacilos.Com o início do esquema tera-
pêutico adequado, a transmissão tende 
a diminuir gradativamente e, em geral, 
após 15 dias de tratamento chega a ní-
veis insignificantes. No entanto, o ideal é 
que as medidas de controle de infecção 
pelo M. tuberculosissejam implantadas 
até haja a negativação da baciloscopia. 
Crianças com tuberculose pulmonar ge-
ralmente são negativas à baciloscopia. 
HISTÓRIA NATURAL DA TUBERCULOSE 
A infecção primário é quando a enfer-
midade não se desenvolve, aparece só 
uma sensibilidade a tuberculina entre 4 
a 8 semanas, e também vai depender 
do sistema imunológico e se ele tiver 
comprometido, a doença vai se desen-
volver. 
As infecções primárias geralmente são 
inativas e não deixa nenhuma alteração 
residual exceto alg7mas calcificações 
dos gânglios linfáticos ou traquio-bron-
quiais. 
Mas essa infecção primaria pode evoluir 
e virar uma tuberculose pulmonar ou 
uma disseminação linfohematógena dos 
bacilos com uma invasão miliar. E O QUE 
É ESSA INVASÃO MILIAR? É uma bac-
téria que está se disseminando de 
forma hemática, em teoria é mais se-
vera que a pulmonar, pois está dissemi-
nando por todo o corpo. Da para ver mi-
cronódulo disperso. 
A maioria das infecções por turbeculo-
sis passa da forma latente e começa a 
ter sintomatologia/ forma ativa e quase 
sempre nos pulmões. 
DIFERENÇA DE INFECÇÃO E DOENÇA 
POR TUBERCULOSE 
A infecção por tuberculose, denominada 
primo-infecção ou fase latente, signi-
fica que há a bactéria no organismo, to-
davia, a infeção não foi ativada, está em 
estado de latência sem manifestar si-
nais e sintomas, e nesse estágio não há 
infecção entre as pessoas. 
Já quando a pessoa está doente por 
tuberculose, está na forma ativa, apre-
sentando sinais e sintomas. E a trans-
missão para outras pessoas. 
A imunodepressão causada por HIV 
pode ser um fator de risco para evoluir 
da fase latente para a fase ativa. 
 
 
3 PATOLOGIA-LAIANE 
Quando tem uma doença por tubercu-
lose (forma ativa), a radiografia do tó-
rax é anormal, diferente de se a pessoa 
estiver na fase de latência. Além de 
apresentar cultivos positivos no frotis 
de esputo, o que não acontece na fase 
inativa. 
Risco de desenvolver para doença 
Em geral, 10% dos infectados desenvol-
verão TB em algum momento da vida, 
50% destes nos primeiros 2 anos após a 
infecção e 50% no restante dos anos de 
vida. 
Este risco é diferente de acordo com a 
idade, portanto, crianças menores de 1 
ano de idade têm um risco de 40% de 
desenvolver formas intratorácicas de 
TB e 20% de desenvolver disseminação 
linfo-hematológica grave (meningite e 
miliar). 
DIAGNÓSTICO 
• Exame microscópico direto - bacilos-
copia direta: a pesquisa do BAAR 
(bacilo álcool-ácido-resistente), pelo 
método de Ziehl-Nielsen , é a técnica 
mais empregada em nosso meio. 
Executada corretamente, diagnostica 
de 60% a 80% dos casos de TC pul-
monar em adultos - em crianças, a 
sensibilidade é diminuída pela dificul-
dade em realizá-lo. 
 • A baciloscopia está indicada em: 
 • Sintomático respiratório; 
 • Caso de suspeita clínica ou radiológica 
de TB pulmonar; 
 • Acompanhamento e controle de cura 
em casos confirmados; 
• Teste rápido molecular para tuber-
culose: indicado para o diagnóstico de 
tuberculose pulmonar e laPulmonar 
Extra-pulmonar Primária Pleural 
Empiema pleural Gastrointestinal 
Óssea Pós-primária Ganglionar peri-
férica Miliar Pericárdica Apresenta-
ção clinica laríngea em adolescentes e 
adultos. Esse teste identifica o DNA 
dos bacilos do complexo M. tubercu-
losis pela técnica de PCR em tempo 
real e sua sensibilidade é de 90% em 
adultos, sendo inclusive superior à 
baciloscopia. Também detecta resis-
tência à rifampicina, um dos antibió-
ticos usados no tratamento, com 
sensibilidade de 95%. 
• Cultura para micobactéria, identifica-
ção e teste de sensibilidade: a cultura 
tem alta especificidade e sensibili-
dade no diagnóstico. A identificação 
da espécie é feita por métodos bio-
químicos e fenotípicos ou por meio 
de técnicas moleculares. Já os tes-
tes de sensibilidade identificam pos-
sível resistência a algum dos antibió-
ticos utilizados no tratamento. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Estima-se que mais de 1,5 bilhão de 
infectados (1/3 da população mun-
dial) 
• Todos os anos, cerca de 10 milhões 
de novos casos e 2 milhões de mor-
tes (principalmente em países po-
bres) 
• Incidentes muito variáveis de acordo 
com os países e continentes 
• Pode afetar qualquer pessoa, mas 
está principalmente associada à 
AIDS, imunossupressão e ao fenô-
meno da imigração 
• As doenças imunológicas do HIV / 
AIDS facilitam as formas de reati-
vação da TB e a rápida progressão 
da infecção para a doença 
• Em países com alta coinfecção HIV-
Mycobacterium tuberculosis, 
 
4 PATOLOGIA-LAIANE 
geralmente é uma doença definidora 
de AIDS. 
 
IMUNOPATOLOGIA 
• A resposta imune é dominada pela 
imunidade celular 
• Os linfócitos Th1 migram em direção 
ao foco e liberam IFN-g e TNF-a 
• Eles são os principais componentes 
dos granulomas 
• Responsável pela hipersensibilidaderetardada 
• A ativação de macrófagos por IFN-g 
desencadeia a acidificação e aumento 
dos radicais de oxigênio e nitrogênio 
dentro do fagossomo 
• Bacilos que sobrevivem em um es-
tado dormente. 
• O granuloma é caracterizado por te-
cido necrótico caseoso formado por 
malha de fibrina rica em ácido hialu-
rônico e colágeno com BRA latente 
• 90% dos casos de pequena população 
bacilar de granuloma destruída 
• 5% pode causar uma doença primária 
• 5% podem desenvolver doença pós-
primária (reativação) 
• A imunossupressão é considerada 
como aumentando o risco de reati-
vação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dois tipos de lesões: cavitadas e mili-
ares. 
• A lesão cavitada é formada pelo au-
mento da necrose caseosa granulo-
matosa em localização anatômica 
• Lesões miliares estão associadas a 
imunossupressão acentuada (disse-
minação generalizada por todo o 
corpo) 
• 50% das formas miliares têm PPD 
negativo 
• Lesões miliares são uma grande 
concentração de pequenos granulo-
mas em diferentes tecidos do corpo, 
semelhantes à semente de milheto 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICA 
A apresentação clínica da tuberculose 
depende do estágio no curso natural da 
doença (doença primária, pós-primária 
ou miliar), localização e imunidade do 
hospedeiro. Os sintomas clássicos de 
febre vespertina, tosse, sudorese no-
turna e emagrecimento podem ocorrer 
em quaisquer das apresentações. 
• Muitas manifestações inespecíficas e 
altamente variáveis 
• Manifestações de natureza geral e 
relacionadas ao órgão ou sistema 
afetado 
• Perda de peso, astenia, anorexia, fe-
bre da tarde e suores noturnos. 
• 10 a 20% dos casos assintomáticos 
• laboratório também são inespecífi-
cos: leucocitose e leucopenia, anemia 
• Sexo masculino tem idade predomi-
nantemente variável 
• Associado à infecção por HIV, trata-
mentos biológicos anti-TNF, alcoo-
lismo, 
• dependência de drogas, silicose, dia-
betes, insuficiência renal e neoplasias 
 
5 PATOLOGIA-LAIANE 
• 85% -90% de envolvimento pulmo-
nar, exceto para PVS 
• Em seguida, pleural, ganglionar, oste-
oarticular, geniturinário, miliar, sis-
tema nervoso central, peritônio 
• Em PVS formas extrapulmonares 
65% dos casos, apenas 35% pulmo-
nar 
TUBERCULOSE PULMONAR 
A tuberculose 
pulmonar pri-
mária ocorre 
logo em seguida 
ao contato com 
o bacilo, sendo 
portanto mais 
comum em crianças. Febre baixa, sudo-
rese noturna e inapetência são sinto-
mas muito frequentes nessa forma. Já 
a TB pulmonar pós-primária são mais 
comuns em adolescentes e jovens adul-
tos. A tosse seca ou produtiva é a prin-
cipal característica. Além disso, se a 
tosse é produtiva, a expectoração pode 
se apresentar como mucoide ou puru-
lenta, com ou sem sangue. Pode haver 
febre vespertina, que geralmente não 
ultrapassa os 38,5ºC e não é acompa-
nhada de calafrios. Além disso, fácies 
de emagrecimento ou doença crônica 
podem estar presentes no exame físico 
e, à ausculta respiratória, podemos 
perceber diminuição do murmúrio vesi-
cular, sopro anfórico ou mesmo um 
exame físico normal. 
A tuberculose miliar, por sua vez, se 
refere a um padrão específico de aco-
metimento pulmonar, podendo ocorrer 
nas formas primária e secundária, 
sendo mais comum em pacientes TU-
BERCULOSE 9 imunossuprimidos. A 
apresentação clínica pode ser aguda ou 
subadguda, e sintomas como febre, 
astenia, emagrecimento, sudorese nor-
turna e tosse ocorrem em até 80% dos 
casos. Ao exame físico, pode aparecer 
hepatomegalia (30%), acometimento do 
SNC (30%) e alterações cutâneas erite-
mato-pápulo-máculo-vesiculosas, mas 
este último sintoma é menos comum. 
Nesses casos, radiografias do tórax 
mostram opacidades bilaterais múlti-
plas e pequenas, denominadas “infiltra-
dos miliares”. 
 
 
 
 
 
TUBERCULOSE PLEURAL 
Forma mais comum de tuberculose ex-
tra-pulmonar em indivíduos sem coin-
fecção pelo HIV. Cursa frequente-
mente com dor torácica pleurítica. As-
tenia, perda ponderal e anorexia ocor-
rem em cerca de 70% dos doentes; fe-
bre com tosse seca acontecem em 
60%. Em pacientes com mais tempo de 
evolução da doença e com derrame 
pleural mais volumoso, a dispneia pode 
estar presente. 
Em relação ao exame físico, observam-
se macicez à percussão e ruídos respi-
ratórios diminuídos. Radiografias de tó-
rax frequentemente mostram der-
rame pleural unilateral. 
Essa forma ocorre por extensão direta 
de um foco caseoso subpleural que li-
bera secreção para o espaço pleural, ou 
mesmo por via hematogênica. Nesses 
pacientes, o líquido pleural tem caracte-
rísticas de exsudato, com predomínio de 
linfócitos e, na maior parte das vezes, 
 
6 PATOLOGIA-LAIANE 
pesquisa para BAAR e cultura estarão 
negativas. Níveis elevados de ADA (ade-
nosina deaminase) no líquido pleural são 
frequentes e tem sido usado como cri-
tério de diagnóstico da TB pleural. Já a 
cultura para TB do escarro é positiva 
em 50% dos pacientes. 
TUBERCULOSE GANGLIONAR 
PERIFÉRICA 
É a forma mais frequente de tubercu-
lose extra pulmonar em indivíduos coin-
fectados com HIV. 
O paciente apresenta com aumento su-
bagudo dos linfonodos, de forma indolor 
e assimétrica, das cadeias cervicais an-
terior e posterior, bem como supracla-
vicular.( quase sempre laterocervicais) 
Em coinfectados com HIV, há maior 
tendência a acometimento de linfonodos 
bilateralmente. Ao exame físico, os lin-
fonodos estão endurecidos ou amoleci-
dos, aderentes entre si e ao plano pro-
fundo, podendo flutuar ou fistulizar es-
pontaneamente, inflamando a pele sub-
jacente. 
 
 
. 
 
 
 
 
 
TUBERCULOSE MILIAR 
• Manifestação mais séria de TB 
• Às vezes, só é diagnosticado na au-
tópsia 
• Ocorre em qualquer idade, embora 
seja mais comum em jovens e paci-
entes HIV positivos 
• Consequência da erosão do foco tu-
bercular de um vaso 
• sangue e disseminação 
• Quadro clínico variável, sintomas fre-
quentes de febre 
• Outros sintomas são dispneia, tosse 
e problemas de saúde geral. 
• O estudo histológico e microbiológico 
de biópsias (pulmão, fígado, medula 
óssea 
• osso) pode constituir a chave de di-
agnóstico 
• PPD é geralmente negativo em mais 
da metade dos casos 
• O prognóstico é favorável se o tra-
tamento adequado for estabelecido 
Existem outras formas de tuberculose 
em outras localizacoe como osteoarti-
cular, genitourinaria, intestinal, perito-
neal, pericárdicas, suprarrenais, cutâ-
neas, etc.

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