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Suinocultura estágio

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
MICHELLE KAROLINE KONRATH PICCININI 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM MEDICINA VETERINÁRIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ - RS 
2020 
 
MICHELLE KAROLINE KONRATH PICCININI 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM MEDICINA VETERINÁRIA I 
 
 
 
 
 
 
Relatório do estágio I em Medicina 
Veterinária na área de suinocultura 
apresentado ao Curso de Medicina 
Veterinária da Universidade Regional do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
(UNIJUÍ, RS). 
 
Orientador: Prof. Dr. Med. Vet. Alfredo 
Skrebsky Cezar 
 
Supervisor: Med. Vet. Luiza Veit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IJUÍ, RS 
2020 
 
 
MICHELLE KAROLINE KONRATH PICCININI 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM MEDICINA VETERINÁRIA I 
 
 
 
Relatório do estágio I em Medicina 
Veterinária na área de suinocultura 
apresentado ao Curso de Medicina 
Veterinária da Universidade Regional do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
(UNIJUÍ, RS). 
 
 
 
 
 
_______________________________ 
Alfredo Skrebsky Cezar, doutor (UNIJUÍ) 
(Orientador) 
 
 
 
 
 
_______________________________ 
 Luciane Ribeiro Martins Viana, Mestre (UNIJUÍ) 
(Banca) 
 
 
 
IJUÍ - RS 
2020 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de 
suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no período de 5 de 
Outubro a 24 de outubro de 2020................................................08 
Tabela 1 - Ações em medicina veterinária preventiva realizadas durante o 
Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na 
área de suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no período de 5 
de Outubro a 24 de outubro de 2020...........................................08 
Tabela 2 - Procedimentos de manejo acompanhados durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de 
suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no período de 5 de 
Outubro a 24 de outubro de 2020................................................09 
Tabela 4 - Atividades em reprodução desenvolvidas durante o Estágio 
Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de 
suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no período de 5 de 
Outubro a 24 de outubro de 2020................................................09 
Tabela 5 - Ocorrências clínicas acompanhadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de suinocultura, 
junto a Suinocultura Veit, no período de 5 de Outubro a 24 de 
outubro de 2020...........................................................................09 
 
 LISTA DE QUADRO 
 
Quadro 1 - Protocolo vacinal realizado no rebanho da granja...................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Escore de lesão nos tetos.................................................................12 
Figura 2 – Diagnóstico de cio com auxílio de cachaço na Granja de 
Suinocultura Veit...............................................................................................14 
Figura 3 – Secagem de leitão após parto com o pó secante na Granja de 
Suinocultura Veit...............................................................................................20 
Figura 4 – Leitões fechados no escamoteador para porca se alimentar na 
Granja de Suinocultura Veit...............................................................................22 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................... 9 
3 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE E DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 
DE SUÍNOS ...................................................................................................... 11 
3.1 SETORES DE COBERTURA E GESTAÇÃO ......................................... 11 
3.1.1 Instalações ....................................................................................... 11 
3.1.2 Fluxograma dos animais .................................................................. 12 
3.1.3 Manejo nutricional ............................................................................ 13 
3.1.4 Diagnóstico do cio ............................................................................ 14 
3.1.5 Manejo da cobertura ........................................................................ 15 
3.1.6 Diagnóstico da gestação .................................................................. 15 
3.2 SETOR DA MATERNIDADE .................................................................. 16 
3.2.1 Instalações ....................................................................................... 16 
3.2.2 Fluxograma das matrizes na maternidade ....................................... 17 
3.2.3 Preparo para o parto ........................................................................ 17 
3.2.4 Assistência ao parto ......................................................................... 18 
3.2.5 Manejo dos leitões do parto ao desmame ........................................ 19 
3.2.6 Desmame ......................................................................................... 23 
3.2.7 Limpeza e desinfecção do setor da maternidade ............................. 23 
3.2.8 Manejo dos dejetos .......................................................................... 24 
3.3 MANEJO SANITÁRIO ................................................................................ 24 
3.3.1 Controle de endoparasitas e ectoparasitas ...................................... 26 
4 PRINCIPAIS DOENÇAS DIAGNOSTICADAS NO REBANHO .................... 27 
5 USO DE ANTIMICROBIANOS ..................................................................... 27 
6 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) E 
PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE ZOONOSES ENTRE SUÍNOS E O 
SER-HUMANO ................................................................................................. 28 
7 SUGESTÕES DE MELHORIAS .................................................................... 29 
8 CONCLUSÃO ............................................................................................... 30 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A suinocultura é praticada em todo o mundo. No Brasil, a produção de 
suínos está em constante crescimento, sempre em busca do equilíbrio da 
relação custo e benefício da produção, com o objetivo de oferecer ao 
consumidor o alimento rico em proteínas mais consumido no mundo: a carne 
suína (ORTIGARA, 2000). 
Grandes e pequenos produtores de suínos estão presentes em todo 
território. Todos com o mesmo objetivo de produzir carne suína de qualidade 
obtendo retorno financeiro. A criação de suínos para produção de alimentos, 
quando aliada a conhecimento do setor e atividade suinícola é 
economicamente viável e rentável (LOPES, 2012). 
O estágio em Medicina Veterinária I foi realizado na Granja de 
Suinocultura Veit, localizado em Linha Almeida, interior de Boa Vista do Buricá, 
supervisionada pela médica veterinária Luiza Veit e orientada pelo professor 
Dr. Alfredo Skrebsky Cezar, do dia 05 de outubro até o dia 24 de outubro, 
acompanhando 6 horas por dia. 
A granja utiliza sistema de criação intensivo confinado, trabalhando com 
gestação e maternidade. Os suínos serão destinados para produção de carne. 
A propriedade conta trabalha com 890 matrizes, 90 leitoas e 7 machos, com 
genética DB 90. Os animais ficam alocados em 4 pavilhões, 2 pavilhões são 
maternidades e 2 são destinados para gestação. 
As atividades que foram desenvolvidas durante o estágio são ligadasaos setores de manutenção e de maternidade da granja. No setor da gestação 
foram acompanhados os processos de inseminação artificial, detecção do cio, 
limpeza das baias depois da saída das porcas ou leitoas e preparação para o 
vazio sanitário. No setor da maternidade, foi observado o fluxograma das 
matrizes, manejo do parto, manejo dos leitões do parto ao desmame. 
O objetivo do estágio foi acrescentar ainda mais conhecimentos para a 
formação profissional da acadêmica, podendo vivenciar a prática que o médico 
veterinário tem na área da suinocultura, podendo agir de modo a buscar 
resoluções para os problemas encontrados de acordo com a formação até o 
momento, a partir do acompanhamento de todas as fases de criação.
 
9 
 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
O estágio foi realizado no turno da manhã, totalizando 6 horas diárias, 
no período dos dias 05/10/2020 a 24/10/2020, na granja de Suinocultura Veit, 
localizada no interior do município de Boa Vista do Buricá, sob supervisão da 
médica veterinária Luiza Veit. As atividades desenvolvidas durante o período 
de estágio estão descritas na Tabela 1. 
 
Tabela 3 - Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado 
em Medicina Veterinária na área de suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no período de 5 de 
Outubro a 24 de outubro de 2020 
Resumo das atividades Quantidade Frequência 
Atividades em reprodução suína 40 58,8 % 
Procedimentos de manejo 15 22,0 % 
Ocorrências clínicas 10 14,7 % 
Medicina veterinária preventiva 3 4,4 % 
Total 68 100 
Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 4 - Ações em medicina veterinária preventiva realizadas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no 
período de 5 de Outubro a 24 de outubro de 2020 
Medicina veterinária preventiva Quantidade Frequência 
Aplicação de ferro em leitegada 25 86,2% 
Vacinação com Parvo Shield™ L5E 2 6,9% 
Vacinação com Microvet e Porcilis coli® 
Vacinação com Circoflex e Parvo Shield™ 
1 3,4% 
Aplicação de ivermectina 1% 1 3,4% 
Total 29 100 
Fonte: autoria própria. 
 
 
 
10 
 
Tabela 3 - Procedimentos de manejo acompanhados durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no 
período de 5 de Outubro a 24 de outubro de 2020 
Procedimentos de manejo Quantidade Frequência 
Pesagem 25 47,2% 
Auxílio na alimentação dos suínos 15 28,3% 
Desmame de leitegada 5 9,4% 
Manejo de troca de piquetes 4 7,5% 
Enxerto de leitões 4 7,5% 
Total 53 100 
Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 4 - Atividades em reprodução desenvolvidas durante o Estágio Curricular 
Supervisionado em Medicina Veterinária na área de suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no 
período de 5 de Outubro a 24 de outubro de 2020 
Atividades em reprodução suína Quantidade Frequência 
Auxílio em parto 30 85,7% 
Identificar cio com cachaço 3 8,6% 
Auxílio em cobertura 1 2,8% 
Inseminação artificial 1 2,8% 
Total 35 100 
Fonte: autoria própria. 
 
Tabela 5 - Ocorrências clínicas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em 
Medicina Veterinária na área de suinocultura, junto a Suinocultura Veit, no período de 5 de 
Outubro a 24 de outubro de 2020 
Ocorrências clínicas Quantidade Frequência(%) 
Parto distócico 12 54,6% 
Artrite séptica em leitão 10 45,4% 
Total 22 100 
Fonte: autoria própria. 
 
 
 
11 
 
3 CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE E DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 
DE SUÍNOS 
 
O estágio curricular foi realizado na Granja de Suinocultura Veit, na 
cidade de Boa Vista do Buricá. O estágio foi realizado, dia 05/10/2020 até o dia 
24/10/2020, completando às 90 horas. O responsável pelo estágio na granja 
Veit foi o Agrônomo Blasio Veit, sendo supervisionada pela médica veterinária 
Luiza Veit. A área escolhida foi a de suinocultura, especialmente no setor da 
gestação e da maternidade. 
A Granja Veit possui 4 galpões, sendo que 2 para a gestação e 2 para a 
maternidade. Possui também um galpão destinado para o recebimento de 
ração que será destinada a alimentação das matrizes. Contém 890 matrizes, 
90 leitoas e 7 machos. Possui dois casais de empregados, sendo que mulheres 
atendem a maternidade e os homens acompanham a gestação e outros 
afazeres. 
 
3.1 SETORES DE COBERTURA E GESTAÇÃO 
 
O período de gestação das porcas normalmente é em torno de 114 dias 
(três meses, três semanas, três dias), porém comumente com uma variação de 
112 a 115 dias. Há uma tendência das leitegadas maiores nascerem antes das 
leitegadas menores. O que é explicado pelo estimulo provocado pelo maior 
peso de conteúdo uterino (SILVEIRA et al., 1998). 
As fêmeas destinadas à produção passam praticamente dois terços de 
sua vida em gestação, por isso os cuidados a serem tomados durante esse 
período são fundamentais para garantir uma boa produtividade e um bom 
aproveitamento das fêmeas durante a sua vida reprodutiva (SOBESTIANSKY, 
1985). 
 
3.1.1 Instalações 
 
Na granja o setor de cobertura e gestação, se destina a abrigar os 
animais durante o período necessário para promover a cobertura e desenvolver 
 
12 
 
a gestação das matrizes. Esse setor possui um pavilhão com duas fileiras de 
celas individuais e baias coletivas. Este pavilhão tem piso de concreto com 
uma leve inclinação para facilitar a remoção dos dejetos, o telhado é de telha 
de barro. Os pavilhões da maternidade apresentam celas parideiras para 
facilitar o manejo e apresentam telhas também para melhor conforto térmico. 
 
Segundo Embrapa Suínos e Aves (2006), os prédios da suinocultura 
devem estar com seu maior eixo no sentido Leste-Oeste, ou com um leve 
desvio, para um maior aproveitamento da incidência de ventos predominantes, 
visando o conforto térmico dos animais e a redução da radiação solar. 
 
3.1.2 Fluxograma dos animais 
 
As leitoas são oriundas das unidas da empresa Alimentos Estrela, as 
quais tem por genética DB 90, chegando à granja com 200 a 250 dias de vida. 
Elas são inseminadas e alocadas no pavilhão de gestação, onde ficam até 
Figura 1 – Setor de cobertura e gestação na Granja de Suinocultura Veit. 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
13 
 
atingirem 110 dias de prenhez, e posteriormente são encaminhadas para a 
maternidade. Para isso, são limpas com a ajuda de um jato de água. 
Antes das fêmeas chegarem ao setor da maternidade devem passar por 
um pedilúvio preparado com formol e cal misturados com a água, para 
desinfetar e proteger os cascos das fêmeas. 
 
3.1.3 Manejo nutricional 
 
O objetivo da nutrição adequada neste período é propiciar maior taxa de 
sobrevivência embrionária, um perfeito desenvolvimento das glândulas 
mamárias, desenvolvimento fetal, complementação do crescimento para leitoas 
e escore corporal ideal para as leitoas e porcas (MAFESSONI, 2014). 
A regra nutricional básica para o período de gestação é a de fornecer 
sempre quantidades suficientes para a manutenção, para o desenvolvimento 
corporal e dar suporte para o desenvolvimento embrionário e fetal. Isso 
significa fornecer uma quantidade diária balanceada de ração que evite que as 
fêmeas ganhem muito peso nessa fase e fiquem sobre peso (MORES et al., 
1998). 
Ao chegarem do desmame as porcas recebem ração lactação duas 
vezes ao dia. Após terem sido inseminadas recebem ração gestação simples 2 
vezes ao dia. Nos primeiros 30 dias recebem 2 kg dia, 1 kg por trato. Dos 30 
aos 90 dias de gestação, as porcas permanecem recebendo 2 kg dia, 
diminuindo se necessário caso as matrizes fiquem obesas. Neste período se 
avalia o escore corporal das fêmeas, se estiver com escore 1 e 2 (que é 
medido por escala, sendo escore 1 muito magra e 5 muito gorda, escore 3 
seria o ideal) se aumenta a ração conforme a necessidade. Dos 90 a 110 dias, 
recebem 3 kg por dia sendo 1,5 kg por tratada. Após os 110 dias são 
encaminhados para a maternidade. 
Aração fornecida é a base de farelo de soja e milho na forma de silagem 
de grão úmido. Proporção (80 kg milho silagem, 20 kg farelo soja) ração rica 
em valor energético. 
 
14 
 
 
3.1.4 Diagnóstico do cio 
 
O cio na espécie suína deve ser diagnosticado duas vezes ao dia em um 
intervalo de 10 a 12 horas. Isso significa a realização do diagnóstico do cio pela 
manhã e pela tarde. Este é o período em que a fêmea deixa a monta do 
macho, ou aceita o estimulo da pressão lombar desenvolvido pelo homem na 
presença do macho, o que, usualmente, ocorre em média, a cada 21 dias 
(BERTOLINI, 1997). 
Alguns dos sinais que podem ser observados no cio de porcas seriam as 
orelhas levantadas; urina frequente; perda do apetite; excitação e emissão de 
grunhidos; monta nas companheiras e se deixa montar por elas; procura ao 
cachaço quando ele está por perto; lombo arqueado; cauda levantada e 
balançando para cima e para baixo; descarga vulvar de muco claro (corrimento 
vaginal); fica imóvel na presença do cachaço; ao realizar pressão lombar fica 
imóvel, aceita a monta. (EMBRAPA, 2018) 
Figura 2 – Diagnóstico de cio com auxílio de cachaço na Granja de Suinocultura Veit. 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
15 
 
O diagnóstico do cio é realizado sempre com o auxílio do cachaço, 
passando-o em frente às celas onde estão às matrizes duas vezes ao dia, de 
preferência com intervalo entre 10 à 12h, na granja Veit realizou-se uma pela 
manhã às 8 horas e outra pela tarde às 16 horas. Sendo observado se a vulva 
apresenta muco e se a fêmea fica imóvel na hora que é tocada pelo homem 
(EMBRAPA, 2018). 
Logo após serem diagnosticadas, as fêmeas são inseminadas. Até que 
não é mais detectado o cio, sendo utilizado em média 2 a 3 doses de sêmen 
por matriz. 
 
3.1.5 Manejo da cobertura 
 
 O momento correto da realização da monta ou da inseminação é 
primordial para a observação de um bom resultado de fecundação. Baseados 
na evolução do conhecimento dos processos fisiológicos tem-se procurado 
adaptar os protocolos de manejo da cobertura para alcançar um alto 
desempenho reprodutivo (SILVEIRA et al.,1998). Na granja, depois de 
diagnosticado o cio é realizado a inseminação artificial seguindo os seguintes 
passos: 
- Limpeza da vulva com papel toalha; 
- Lubrificação da pipeta com gel; 
- Introdução da pipeta na vulva; 
- Colocação do sêmen na porção final da pipeta; 
- Aguardas até que a dose de sêmen seja totalmente absorvida; 
- Retirada a pipeta e dado o destino correto; 
 
3.1.6 Diagnóstico da gestação 
 
Para o diagnóstico da gestação as matrizes são observadas 21 dias 
após a inseminação para confirmar a gestação. Diariamente, durante este 
período, é realizado o manejo com o macho em frente às matrizes para 
verificar qualquer sinal de retorno ao cio ou aborto até os 110 dias de prenhes. 
 
16 
 
Durante a gestação, as fêmeas devem ser constantemente observadas, 
especialmente durante o fechamento dos dois primeiros ciclos (21 e 42 dias), 
para detecção de eventuais retornos ao cio, abortos e outras enfermidades. 
 
3.2 SETOR DA MATERNIDADE 
 
O local onde as porcas irão parir deve ser limpo e com o mínimo de 
ruído possível. Atualmente recomenda-se que o prédio da maternidade seja 
separado das demais instalações da granja, devendo ser construído com 
divisões em salas para permitir o manejo em lotes e a realização de vazio 
sanitário após a saída de cada lote (MORES et al., 1998). 
A maternidade é o setor em que se necessitam maiores cuidados contra 
enfermidades, pois é onde os leitões estão mais sensíveis e podem adquirir 
algumas doenças devido a vários fatores, além de perder peso durante 
lactação e aumentar a taxa de refugos (SOUZA et al., 2013). 
No setor da maternidade a matriz chega com 110 a 112 dias de 
gestação para que ocorra uma adaptação nesses últimos dias que antecedem 
o parto. Esse local é dividido em salas, que possuem selas parideiras para que 
se tenha um correto manejo dos lotes de animais e possa realizar as medidas 
de controle sanitário corretas. 
 
3.2.1 Instalações 
 
A maternidade possui dois galpões com 11 salas com 264 celas 
parideiras. O telhado é coberto com telha de barro e os galpões feitos de 
alvenaria. As selas são de ferro medindo espaço das matrizes 0,60 m x 2,20 m, 
espaço dos leitões 0,60 de cada lado x 2,20 metros de comprimento, com piso 
vazado feito de barras de ferro. Cada cela possui um escamoteador com piso 
de concreto aquecido com termostato para controle da temperatura e lâmpadas 
também para aquecimento. Os comedouros são de alvenaria onde o trato é 
feito manualmente e os bebedouros são do tipo chupeta. 
 
 
17 
 
3.2.2 Fluxograma das matrizes na maternidade 
 
Após ser devidamente preparada através da limpeza, desinfecção e 
vazio sanitário, a maternidade está pronta para receber as matrizes, estas são 
levadas até a maternidade, com 110 a 112 dias de gestação onde permanecem 
até o dia do desmame. Para ingressar nas maternidades, é realizada a 
lavagem das porcas com o auxílio de um jato de água e iodo, de preferência 
para trás e de cima para baixo, dando cuidado especial para as regiões ao 
redor da vulva, aparelho mamário e cascos. 
A transferência para a maternidade deve ser feita nas horas mais 
frescas do dia e procurar conduzir as porcas calmamente para se evitar o 
estresse. 
Ali elas têm um período de 3 a 5 dias de adaptação ao novo ambiente 
para diminuir o estresse. Elas permanecem nesse ambiente durante o período 
de lactação. No dia do desmame são levadas de volta para a gestação no 
pavilhão de inseminação onde em 5 dias em média entram em cio novamente 
e podem ser inseminadas. 
 
3.2.3 Preparo para o parto 
 
No pré-parto é necessário que a porca esteja em um ambiente calmo 
sem ruídos, com pouca movimentação de pessoas para que se tenha o mínimo 
de estresse possível. Nesse período podem-se observar algumas alterações na 
matriz, como edema da vulva e de glândulas mamárias nos 3 a 5 dias que 
antecedem ao parto (SOBESTIANSKY, 1985). 
A maternidade deve ser mantida limpa, seca e com o menor nível 
possível de ruídos. Em especial, o piso das celas parideiras deve ser mantido 
sem umidade, pois isso reduzirá as chances de infecções através do cordão 
umbilical (que também deve ser mantido seco), e evitará a perda de calor que 
causará estresse por frio nos leitões (MONTEIRO, 2010). 
As matrizes que estiverem por parir devem receber apenas água à 
vontade, para evitar que haja constipação (EMBRAPA, 1998). 
 
 
18 
 
3.2.4 Assistência ao parto 
 
O parto é sempre um momento crítico no processo de produção, por isso 
porca e leitões merecem atenção especial. O sucesso do parto depende de um 
ambiente apropriado, tranquilo, fresco e assistido, oferecendo bem-estar para 
as porcas e leitões (FERREIRA, 2012). 
Durante o parto, a participação do assistente é fundamental e exige 
dedicação para retirar os envoltórios fetais e desobstruir as vias nasais, secar, 
limpar e desinfetar o umbigo, além de providencias para evitar choque térmico, 
especialmente em dias frios. Também é de suma importância para monitorar o 
tempo entre a parição dos leitões para assim poder intervir caso o parto venha 
a ser distócico (TEIXEIRA, 2013). 
Caso o assistente que estiver acompanhando notar que é parto 
distócico, ou seja, um parto ou nascimento difícil, que necessita de intervenção, 
podendo ser devido à variação de tempo de nascimento entre um leitão e outro 
(geralmente acima de 30 minutos) ou até a completa incapacidade de parir, ele 
deve primeiramente tentar estimular a fêmea a se levantar e realizar 
massagem abdominal para estimular a saída dos leitões, caso ainda não tiver 
sucesso, deve fazer intervenção manual que é a palpação genital (TEIXEIRA, 
2013). Lembrando de tomar todos os cuidados higiênicos para a realização da 
palpação genital (lavar mãos e braços com água e sabão e utilizar luva parapalpação). 
Ao nascer o primeiro leitão é aberta uma ficha de controle do parto, onde 
são anotados os leitões nascidos vivos e mortos. O auxílio ao parto ocorre nas 
seguintes etapas: 
- Limpeza das vias aéreas dos leitões assim que nascem; 
- Corte do cordão umbilical; 
- Secagem dos leitões com pó a base de alumino silicato de sódio que é 
passado por todo o corpo preservando a cabeça; 
- Amarra-se o cordão umbilical com um fio e corta-se a parte restante; 
- Coloca-se o leitão junto da matriz para mamar o colostro; 
Durante o parto é observado o intervalo entre os leitões nascidos, que 
pode ser de 40 minutos a 01 h 30 min dependendo da temperatura do dia. 
 
19 
 
Após exceder esse tempo pode se optar pelo toque vaginal, através do qual 
são retirados os leitões. Se a fêmea não possui contração uterina pode se 
optar por aplicação de ocitocina para auxiliar no parto. O parto fisiológico de 
uma matriz normalmente deve ser de 3h, de acordo com a veterinária Sônia 
Vitagliano, podendo chegar a 6 horas observando o seu termino após a saída 
da porção final da placenta. 
A ocitocina não deve ser aplicada antes do toque vaginal e do 
nascimento do primeiro leitão, pois pode estar ocorrendo estreitamento da via 
fetal, torção de útero ou presença de feto muito grande (SOBESTIANSKY et 
al., 2001). 
 
3.2.5 Manejo dos leitões do parto ao desmame 
 
Logo após o nascimento os leitões são colocados junto a matriz para 
mamar o colostro, que é rico em proteínas, minerais, lipídios principalmente 
anticorpos que vão ajudar na imunidade dos leitões nas primeiras semanas de 
vida. 
Os anticorpos desenvolvidos pela porca para própria proteção dos 
leitões, não são transferidos através da placenta, o leitão recebe passivamente 
os anticorpos da mãe através do leite colostro. 
No primeiro dia de vida os leitões são submetidos a uma série de 
atividades que provocam um estresse muito grande. 
As técnicas de manejo adotadas são as seguintes: 
- Contagem do número de leitões vivos; 
- Realização do corte da cauda (caudectomia) com um alicate braçadeira 
Rabycort que além de cortar a cauda também cauteriza o local evitando 
hemorragias e infecções; 
- Corte do umbigo; Na granja utilizava-se o pó secante após o nascimento, o 
mesmo apresenta benefícios em relação a cura do umbigo, já que promove 
uma desidratação que retira uma alta quantidade de água, o qual seria um 
ótimo meio para proliferação de bactérias, assim o uso do pó secante adianta a 
cicatrização e impede que infecções se instalem no cordão umbilical (VIEIRA et 
al, 2006). 
 
20 
 
- Feito um corte na orelha, sinalizando o leitão; 
 
Se alguma matriz parir uma leitegada grande, pode-se fazer 
uniformização, uniformização é uma técnica usada, principalmente, em granjas 
que possuem sincronização de partos. A técnica consiste em transferir leitões 
de uma porca para outra mãe de leite, visando uniformizá-los, ou seja, leitões 
que nasceram pequenos serão criados com leitões pequenos, leitões médios 
serão criados com médios, e grandes com leitões grandes. A mãe de leite 
deverá possuir ao menos 12 tetos, e escore corporal 3 (FERREIRA, 2012). 
Segundo Ferreira (2012) a composição dessas leitegadas uniformes 
pode ser feita em relação ao peso e também à quantidade de leitões que cada 
porca deve criar. O desempenho dessa técnica se mostra eficiente quando 
realizado em dias subsequentes ao nascimento. Ainda mais efetivo se feito nas 
primeiras 24 horas após o parto. 
A redistribuição de leitões diminui a competição entre animais de uma 
mesma leitegada; melhora o desempenho dos leitões ao desmame; diminui a 
Figura 3 – Secagem de leitão após parto com o pó secante na Granja de Suinocultura Veit. 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
21 
 
mortalidade da leitegada na fase de aleitamento e aumenta a uniformidade dos 
leitões no desmame (FERREIRA, 2012). 
É comum que a transferência de leitões não seja aceita pela matriz 
receptora, podendo rejeitá-lo ou até matá-lo (BIERHALS, 2010). O método 
utilizado para que não haja rejeição por parte da matriz, é reunir todos os 
leitões da porca com o leitão a ser adotado em um local fechado por 10 a 25 
minutos e pulverizar uma solução fraca de creolina sobre eles e um pouco no 
focinho da porca, essa técnica irá dificultar a identificação do leitão pelo cheiro. 
Nessa fase, alguns cuidados são tomados em relação a temperatura da 
maternidade, pois os leitões possuem seu mecanismo de termo regulação 
pouco desenvolvido, e não conseguem manter a temperatura corporal. Para 
isso deve-se ter cuidado com o manejo das cortinas, pois a temperatura da 
sala deve se manter entre 22 e 27 0C além de fazer uso do escamoteador 
(BERTOLINI, 1997) 
Outra técnica adotada é o encerramento dos leitões dentro do 
escamoteador nos três primeiros dias de vida durante a alimentação da porca, 
para evitar que após se alimentar a matriz venha a deitar em cima de algum 
leitão, diminuindo assim o risco de morte dos leitões por esmagamento. Após a 
porca se deitar, são soltos os leitões para que possam mamar com 
tranquilidade (SILVA, 2020). 
No terceiro dia de vida, é administrado nos leitões uma dose de Baicox 
(que tem como principio ativo o Toltrazuril), administrando 1 ml via oral que 
serve para a prevenção da diarreia por coccidiose e faz-se a suplementação 
com ferro dextrano com suplementação de 100 mg subcutânea em duas 
aplicações ou 200 mg em uma dose aos 3 dias de idade. Garantindo assim a 
suplementação de ferro para evitar a anemia (MOURA, 2008). Os leitões ficam 
em média 21 a 22 dias na maternidade e após isso são desmamados. 
 
22 
 
 
Figura 4 – Leitões fechados no escamoteador para porca se alimentar na Granja de 
Suinocultura Veit. 
Fonte: arquivo pessoal. 
 
23 
 
3.2.6 Desmame 
 
Um dia antes do desmame, é realizada uma nova classificação dos 
leitões. Onde se retiram os leitões de maior peso para o desmame deixando os 
de menor peso para que eles permaneçam por mais uma semana para 
atingirem o tamanho ideal para o desmame. 
O desmame é o ato que oferece maior estresse aos leitões, pois ocorre 
a retirada da mãe e ainda, a perda do leite materno. Ele é retirado em média 
aos 21 a 22 dias de lactação, onde a fêmea é levada de volta para a gestação, 
onde será inseminada ou descartada. 
No desmame se adotadas as seguintes técnicas de manejo: 
- Retirada das matrizes; 
- Pesagem dos leitões desmamados; 
- Classificação dos leitões; 
- Encaminhamento ao carregamento; 
 
3.2.7 Limpeza e desinfecção do setor da maternidade 
 
 Quando são retirados os animais as salas são limpas e desinfetadas 
para abrigar um novo lote, ficando se não livre de patógenos, com uma carga 
residual muito baixa destes. O período de vazio sanitário recomendado é de 3 
a 7 dias, para que ocorra a queda da pressão de patógenos viáveis. Para isso, 
é realizado o seguinte procedimento: 
- Inicialmente uma lavagem com água para umedecer os resíduos presentes na 
sala com água; 
- Espera-se secar a sala e, posteriormente, faz-se uma aplicação com 
desinfetante e deixa-se secar; 
- Faz-se a aplicação de desinfetante uma vez por dia durante 3 dias, após esse 
período a sala está pronta para abrigar um novo lote; 
 
 
 
 
24 
 
3.2.8 Manejo dos dejetos 
 
Os dejetos produzidos na granja podem ser divididos em dois tipos 
básicos. Aqueles dejetos líquidos, compostos pelas defecações animais, restos 
de alimentos e água proveniente da limpeza das baias de cada setor da granja, 
e os dejetos compostos por carcaças de animais mortos, membranas 
placentárias, fetos abortivos e outros tecidos animais. 
Os dejetos líquidos produzidos pelos suínos na granja vão para as 
canaletas e então encaminhados para dois biodigestores e depois para uma 
esterqueira onde fica um devido tempo de tratamento. Os dejetos são liberados 
aos agricultores que utilizam como adubo orgânico nas lavouras e também 
parafertirrigação da propriedade. 
Quando não tratados adequadamente, os dejetos suínos podem 
provocar ou agravar alguns problemas ambientais, tais como: contaminação do 
lençol freático, acumulação de elementos tóxicos, salinização, 
impermeabilização, desequilíbrio dos nutrientes no solo e contaminação das 
culturas por meio da transmissão de patógenos e parasitas (Seganfredo, 2000). 
Os dejetos compostos por carcaças de animais mortos, membranas 
placentárias, fetos abortivos e outros tecidos animais são encaminhados para 
uma composteira para que não ocorra proliferação de moscas, ratos e outros 
vetores capazes de transmitir alguma enfermidade que possa causar 
problemas na saúde pública. 
A composteira funciona da seguinte maneira. Os animais mortos são 
levados até o local onde existe a composteira, onde são esquartejados e 
colocados no composto. Após isso, é espalhado maravalha por cima e 
colocado uma pequena quantidade de água para aumentar a putrefação das 
carcaças. Quando encher uma das tulhas, esta deve permanecer fechada por 
no mínimo 6 meses, e depois pode ser aproveitado como adubo orgânico. 
 
3.3 MANEJO SANITÁRIO 
 
A assistência veterinária da propriedade fica a cargo da médica 
veterinária Luiza Veit, a qual está presente todos os dias no setor de 
 
25 
 
suinocultura fazendo inspeção. As vacinas utilizadas na propriedade e o 
protocolo vacinal realizado no rebanho encontram-se no Quadro 1. 
 Quadro 1 - Protocolo vacinal e antibióticorealizado no rebanho da granja 
Nome comercial 
do antibiótico ou 
vacina 
Motivo Protocolo vacinal ou de 
antibioticoterapia profilática 
DRAXXIN 
Antimicrobiano que 
age no tratamento de 
diversas doenças 
resp. de suínos 
1 dose na chegada 
MICROVET 
Reduz o índice de 
mortalidade e 
condenação ao abate 
Uma dose 7 dias após de 
chegada e após mais uma 
dose 21 dias depois da 
chegada 
CIRCOFLEX + 
Parvo Shield™ L5E 
Dose Reprodutiva 
Uma dose aos 35 dias da 
chegada, repetindo quando 
completar 50 dias da chegada 
MICROVET + 
PORCILIS® COLI 
Reduz o índice de 
mortalidade e 
condenação ao 
abate, e 
endoparasitas 
Aplicar dose quando tiver 90 
dias de gestação 
MILLENIUM 
Preventivo para 
gangrena gasosa e 
tétano 
Dose aos 85-95 dias de 
gestação 
Parvo Shield™ L5E 
Parvovirose, 
Leptospirose, 
Erisipelose suína 
Dose 14 dias antes da 
cobertura 
Fonte: autoria própria (2020). 
 
O medicamento Draxxin® é uma solução injetável de uso intramuscular 
em suínos. Contém tulatromicina, um antibiótico utilizado para tratamento da 
doença respiratória suína associada com Actinobacillus pleuropneumoniae, 
Pasteurella multocida, Haemophilus parasuis, Bordetella bronchiseptica e 
Mycoplasma hyopneumoniae sensíveis à tulatromicina e tratamento 
metafilático (prevenção) da doença respiratória em suínos submetidos a alto 
risco de contrair a doença, de acordo com a bula do medicamento. 
A Microvet é uma vacina que é desenvolvida especialmente para o 
rebanho de cada propriedade, a partir de agentes isolados de casos clínicos da 
propriedade. É utilizada para garantir uma resposta imunológica rápida e de 
longa duração, e reduzir o índice de mortalidade e condenação ao abate, além 
da melhoria da saúde dos animais. 
 
26 
 
Circoflex é uma vacina recomendada para suínos saudáveis e 
susceptíveis com 3 semanas ou mais de idade como um auxílio na prevenção 
e controle de doenças associadas ao circovírus suíno, incluindo a síndrome da 
refugagem multisistêmica pós desmame causada por infecções por Circovírus 
Suíno Tipo 2, como um auxílio na redução da viremia e eliminação nasal de 
circovírus suíno. Deve ser administrado 1 ml injetável. 
Parvo Shield™ L5E é indicado para uso em suínos saudáveis 
como auxiliar na prevenção e controle das enferminades causadas por 
Parvovirus Porcino, Erysipelothrix rhusiopathiae, Leptospira canicola, L. 
grippotyphosa, L. hardjo, L. icterohaemorrhagiae, L. Pomona. Aplicar 5 
mL do produto por via subcutânea ou intramuscular em leitoas e porcas, 
4 a 6 semanas antes da cobertura e repetir a dose após 3 a 4 semanas, 
revacinar com dose única 4 a 6 semanas antes de cada cobertura 
subsequente. 
PORCILIS® COLI é recomendado para uso como auxílio na prevenção 
da colibacilose causada por Escherichia coli (K88, K99, F41 e 987P), da 
enterotoxemia causada por Clostridium perfringens Tipo C e por diarréias 
causadas pelo rotavírus suíno em leitões pela aplicação em porcas prenhes 
saudáveis em fase de amamentação, de acordo com a bula. Deve-se aplicado 
intramuscular na tábua do pescoço ou subcutâneo 2 ml para marrãs e porcas. 
MILLENIUM é uma vacina utilizada para prevenir Gangrena Gasosa e 
Tétano, sendo aplicado subcutâneo 2 ml. 
 
3.3.1 Controle de endoparasitas e ectoparasitas e das enterites 
 
Na propriedade realiza-se controle de endoparasitas e ectoparasitas 
com tratamento de choque através da ração, a cada 4 meses, utilizando o 
antibiótico norfloxacina, que atua eliminando problemas entéricos e 
respiratórios em suínos, além de geniturinário em matrizes de suínos; e 
Silverm, que seria um antiparasitário (fembemdazol 4%) utilizado para 
tratamento das verminoses gastrointestinais e pulmonares dos suínos 
causadas por nematódeos. Faz-se também o uso de Ivermectina OF® injetável 
que é um endectocida que combate os nematódeos gastrintestinais e 
 
27 
 
pulmonares, e também bernicida, sarnicida e piolhicida, de acordo com as 
bulas dos medicamentos citados. 
4 PRINCIPAIS DOENÇAS DIAGNOSTICADAS NO REBANHO 
 
As doenças que acometeram o rebanho de suínos durante o 
acompanhamento foram artrite séptica em leitões e parto distócico de matriz. A 
artrite séptica atinge tantos membros torácicos como pélvicos, e surge quando 
as articulações são invadidas por bactérias via corrente sanguínea, sendo as 
principais portas de entradas a polpa dentária dos incisivos (ocorre no desgaste 
dos dentes), erosões de pele, castração não estéril e má cura do umbigo. Em 
ambos os fatores a falta de higiene é um fator importante (MORES et al, 
1998).9 
O parto distócico se caracteriza pela dificuldade ou impedimento que o 
feto encontra para ser expulso do útero, tanto pela porca quanto pelo próprio 
feto (STAINKI, 2001). De acordo com Jackson et al. (2006), o parto distocico 
ocorre em 0,5 a 1 % de todos os partos e pode ser maior em porcas recém 
desmamadas ou quando as matrizes são muito velhas. 
5 USO DE ANTIMICROBIANOS 
 
Na propriedade não ocorre o uso indiscriminado de antibióticos, todos os 
intervalos são respeitados e rigorosamente seguidos, sempre sendo marcados 
nas fichas para controle eficiente, já que, segundo Morés (2014), o mau uso de 
antimicrobianos pode acarretar em resistência bacteriana, que influenciará não 
somente o indivíduo tratado, mas todo o ecossistema em que ele está inserido. 
O desenvolvimento da resistência é um fenômeno biológico natural a partir do 
uso de antimicrobianos, com isso pode-se ter a formação de superbactérias, 
causando diretamente um aumento da mortalidade, morbidade e custos com a 
saúde na população mundial. 
 
 
28 
 
6 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) E 
PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE ZOONOSES ENTRE SUÍNOS E O 
SER-HUMANO 
 
As zoonoses são um grande risco para a saúde pública, sendo essencial 
tomar as devidas precauções para evitar qualquer tipo de contaminação. Os 
EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) são essenciais à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (SAMWAYS; 
MICHALOSKI, 2016). 
As principais zoonoses que os suínos podem transmitir ao homem pelo 
contato direto com os suínos (doenças ocupacionais) são brucelose, leptospiro
se, erisipela suína e Streptococcus suis (Cardoso, 2009). 
Os EPI´s são os equipamentos de proteção individual que deve ser 
utilizado por cada trabalhador, podendo ser uma ferramenta ou vestimenta. Os 
EPI’s minimos necessários são macacão ouuniforme (calça e camisa), 
calçados de segurança (botina), bota de borracha, luvas de borracha para 
evitar contato com material biológico, luvas de raspa de couro em função da 
utilização de ferramentas manuais de acordo com a Revista Espacios 
(SAMWAYS; MICHALOSKI, 2016). 
O uso de protetor auricular é recomendado durante a alimentação e 
vacinação, principalmente nas instalações para suínos na fase de terminação. 
A NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual, determina as 
responsabilidades do empregador e do trabalhador quanto aos EPI’s, e é de 
responsabilidade do empregador adquirir e fornecer equipamentos adequados 
ao risco de cada atividade, que contenham Certificado de Aprovação (CA) 
expedido pelo MTE, além de fexigir seu uso; orientar e treinar o trabalhador 
sobre o uso adequado guarda e conservação; fazer a substituição de 
equipamentos danificados, e registrar seu fornecimento (Sampaio et al., 2005). 
Aos empregados cabe responsabilizarse pela guarda e conservação dos 
EPI’s, utilizandoos apenas para os fins a se destinam e devem comunicar ao 
empregador qualquer alteração que os tornem impróprios para uso como 
ocorrência de danos, saturação ou validade (SAMWAYS; MICHALOSKI, 2016). 
 
 
29 
 
7 SUGESTÕES DE MELHORIAS 
 
A propriedade possui um sistema/instalações que não necessita muitas 
melhorias. 
Sugeriria utilizar uma balança de precisão ou até mesmo copo medidor 
para saber a quantia exata de ração fornecida às porcas. 
A realização do controle de roedores, baratas e moscas é essencial para 
evitar a proliferação de insetos que possam causar danos à saúde também. 
De acordo com a literatura vista durante relatório, daria também como 
sugestão realizar o banho das matrizes que vão para maternidade com sabão, 
escova e jato. 
 Na área reprodutiva um ultrassom seria de grande valor para controle 
gestacional. 
 Os EPI’s são de suma importância para prevenção de zoonoses, 
portanto, indicaria a utilização de luvas para evitar o contato com o material 
biológico. 
 
30 
 
8 CONCLUSÃO 
 
O estágio realizado em suinocultura foi de grande importância para meu 
conhecimento e crescimento na área, e formação acadêmica, a realização do 
mesmo possibilitou ver e colocar em prática diversos aprendizados vistos na 
graduação. Através dele foi possível me posicionar como médica veterinária 
diante de várias situações e assim poder sugerir melhoras. 
A propriedade acompanhada, Suinocultura Veit, possui baixas perdas 
gestacionais e nascimentos natimortos, e esporádicos casos de diarreia de 
leitões. 
A suinocultura é uma atividade que está em expansão, onde ocorrem 
grandes investimentos na área de genética e nutrição que visam maior 
rendimento em menor tempo, com a comercialização de produtos com melhor 
qualidade. 
A constante evolução na genética e nutrição na área de suinocultura 
proporciona maiores oportunidades para os profissionais da área, levando em 
consideração sua intensificação, que por sua vez leva ao surgimento de novos 
problemas e novas doenças, sendo assim é de extrema importância a 
presença de um médico veterinário eficiente nesse ramo. 
A área de suinocultura vem crescendo cada dia mais na nossa região, 
tendo a necessidade de mais profissionais qualificados nessa área, pois com 
os melhoramentos que vem ocorrendo na genética e na nutrição há um 
aumento na produção, mas também no número de doenças e de enfermidades 
ocorridas com os leitões e as porcas na produção. 
 
 
31 
 
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1998. 
 
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