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SUINOCULTURA E AVICULTURA AULA 3 Profª Simone Fernanda Nedel Pertile 2 CONVERSA INICIAL Em conteúdos anteriores, vimos os principais sistemas de produção e equipamentos utilizados na suinocultura, os manejos realizados desde o nascimento até o abate dos animais, além do cenário econômico e o melhoramento genético de suínos. Nesta etapa, serão abordados o manejo reprodutivo dos suínos, as medidas de higiene e profilaxia, as principais doenças que afetam os suínos e o manejo dos dejetos. Assim, sua missão aqui é aprender como é feito o manejo reprodutivo dos suínos, quais são as principais medidas de higiene e profilaxia e quais são as principais estratégias para os tratamentos dos dejetos dos suínos. Dessa forma, serão abordados aspectos teóricos e práticos sobre esses temas. TEMA 1 – MANEJO REPRODUTIVO DOS REPRODUTORES 1.1 Manejo dos reprodutores Os machos e fêmeas utilizados na reprodução devem ter origem em granjas multiplicadoras certificadas (granja de reprodutores de suídeos certificada – GRSC), sendo que esse certificado é emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A granja certificada deve ser registrada no Mapa, ter práticas de biossegurança e assistência técnica de um médico veterinário, os animais devem passar por exames periódicos, deve ter reposição de animais por meio da própria granja ou de granjas certificadas, além do certificado ser renovado periodicamente, garantindo, assim, a qualidade dos animais oriundos dessas granjas (Gurnet, 2014). Os machos que serão destinados à reprodução devem ter uma alimentação diferenciada a partir dos 50 kg de peso vivo, para que esses tenham uma formação adequada que auxilie em um melhor desempenho reprodutivo. Um dos maiores problemas dos machos é o excesso de peso, que pode comprometer a realização na monta natural (Caramori Junior, 2007). Nas Tabelas 1 e 2 são apresentados os níveis de nutrientes necessários para cachaços em crescimento e na fase adulta. 3 Tabela 1 – Níveis de nutrientes necessários para cachaços em crescimento Nutriente Peso vivo (kg) 25 a 55 55 a 90 90 a 120 Proteína (%) 18 16 16 Lisina (%) 0,90 0,75 0,75 Cálcio (%) 0,85 0,75 0,75 Fosforo total (%) 0,66 0,60 0,60 Quantidade fornecida à vontade à vontade 2,5 kg/dia Fonte: Bonett; Monticelli, 2014. Tabela 2 – Níveis de nutrientes necessários para cachaços adultos Nutriente Peso vivo (kg) 150-200 200-350 Proteína (%) 15 14 Lisina (%) 0,70 0,55 Cálcio (%) 0,80 0,75 Metionina + Cistina (%) 0,47 0,40 Fosforo total (%) 0,70 0,60 Quantidade fornecida 2,25 - 2,4 2,63 – 3,09 Fonte: Caramori Junior, 2007. A puberdade é caracterizada pelo surgimento de espermatozoides nos testículos e epidídimos e ocorre entre 120 e 150 dias de idade. A frequência de utilização do macho é um ponto crítico, sendo que machos mais jovens, com idade entre sete e dez meses, devem ser utilizados com menor frequência que machos com mais de dez meses (machos adultos), devido à menor qualidade do ejaculado (Wentz et al, 2008). Os machos devem ser treinados para a monta a partir dos sete a oito meses de idade. Quando for utilizada a monta natura, a proporção de fêmeas para macho pode ser de 25:1. Outro manejo importante dos machos é a realização de um exame clínico-andrológico, pelo qual é avaliada a saúde do animal e os aspectos reprodutivos (libido, capacidade de monta e qualidade espermática), além do aparelho reprodutivo em si (Wentz et al, 2008). Os reprodutores devem ser alojados em baias individuais, que devem estar localizadas no mesmo galpão das fêmeas que serão utilizadas para a reprodução, para facilitar o estímulo das fêmeas e dos machos e o diagnóstico de cio. Caso seja utilizada a monta natura, essa pode ser realizada na baia dos 4 reprodutores. As baias dos reprodutores devem ter um tamanho de 5 a 10 m²/animal, dependendo do tipo de piso, e devem estar em um local arejado (Wentz et al., 2008). O período reprodutivo dos machos tem duração entre 15 e 24 meses, com uma taxa de reposição anual variando entre 25 e 50%. Entre as causas de descarte dos machos estão os problemas de aprumos, a baixa taxa de concepção, leitegadas pequenas ou com deficiências, a baixa libido, entre outras, sendo que um dos motivos pode ser o melhoramento genético dos animais (Wentz et al, 2008). 1.2 Coleta de sêmen A coleta de sêmen é muito importante para que seja obtida uma dose de sêmen de qualidade. A maior parte do sêmen suíno é utilizada na forma líquida, apenas resfriada a temperaturas em torno de 17 ºC. Apesar de avanços obtidos na criopreservação do sêmen suíno, esse processo ainda é muito trabalhoso e pouco rentável, com baixo número de doses obtidas por ejaculado. Assim, o recomendado é que o sêmen seja coletado no local onde as fêmeas serão inseminadas (Marchetti; Mellagi, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). Para coleta de sêmen, inicialmente os animais são levados para uma sala de higienização, onde é feita a limpeza da região abdominal do animal, com lavagem do prepúcio com água corrente e secagem com papel toalha. Em seguida, o animal é levado para a sala de coleta, em que o tamanho recomendado é de 7 a 9 m², devendo ser equipada com locais com barras verticais para a proteção do coletador, além de ter um piso de fácil limpeza e um tapete antiderrapante para evitar que o macho escorregue. A sala de coleta não deve ter objetos que causem distração no reprodutor, sendo recomendado que o manequim de coleta seja o único equipamento da sala, devendo estar fixo no chão, ter altura regulável e braços laterais que serão usados como apoio para os membros anteriores dos cachaços, ser de fácil limpeza e não conter pontas que possam causar machucados neste (Bennemann, 2014; Marchetti; Mellagi, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). A Figura 1 é uma foto de um local bastante simples para coleta de sêmen. Os equipamentos utilizados para a coleta de sêmen são um copo de vidro ou plástico para o ejaculado; um suporte térmico para o recipiente de coleta; uma gaze hidrófila para reter a parte gelatinosa do sêmen; e luvas descartáveis. O 5 copo de coleta deve estar a uma temperatura entre 32 e 35 ºC e com a gaze dupla cobrindo a abertura (Figura 2) (Bennemann, 2014; Marchetti; Mellagi, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). O ejaculado apresenta quatro fases, sendo elas: 1) Fase das uretrais: é a primeira parte do ejaculado (10 a 15 ml), sendo proveniente das glândulas uretrais, tem coloração translúcida e sua função é limpar a uretra para a passagem das outras fases. Assim, essa parte do ejaculado é descartada; 2) Fase rica: de aspecto leitoso é a fase que contêm a maior quantidade de espermatozoides (70%); 3) Fase pobre: de aspecto soroso, essa fase contém o restante dos espermatozoides ejaculados e a secreção das vesículas seminais; 4) Fase gelatinosa: essa fase é eliminada lentamente ao longo dos dois terços finais da ejaculação e é composta por secreções das glândulas bulbouretrais (Marchetti; Mellagi, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). Figura 1 – Coleta do sêmen Crédito: venusvi/Shutterstock. 6 Figura 2 – Recipiente de coleta de sêmen com gaze para reter a fase gelatinosa Crédito: Thuwanan Krueabudda/Shutterstock. A seleção dos reprodutores é bastante semelhante à dos reprodutores que farão a monta natural e, assim, esses devem estar aptos para a reprodução, ou seja, ter libido, capacidade de monta, boa qualidade espermática e ausência de defeitos no aparelho reprodutor; sendo livres de doenças. Os animais também devem passar por um treinamento para a coleta, que é iniciado quando os suínos têm em torno de seis e oito meses de idade, para que o macho tenha contato com o manequim diariamente, durante 10 a 15 minutos. Caso o macho tenha origem em um outro rebanho, o treinamento podeser realizado no período da quarentena (Bennemann; Marchetti; Mellagi, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). Após coletado o sêmen, é realizada a avaliação da sua qualidade com base nas variáveis macroscópicas, como volume, cor, odor e aspecto, e microscópicas, como motilidade, vigor, aglutinações, concentração e morfologia espermática. A concentração e o volume permitem a estimativa no número de espermatozoides do ejaculado, assim como o cálculo das doses que serão obtidas por meio deste. A diluição deve ser realizada 5 minutos após a coleta, sendo que o diluente deve ser preparado com antecedência e aquecido a 32 ºC. 7 Após a diluição, as doses passam por um processo gradual de diminuição da temperatura, permanecendo em temperatura ambiente por 90 minutos. Após isso, são armazenadas em temperatura entre 15 e 18 ºC por um período de até 72 horas. O sêmen suíno geralmente apresenta um volume entre 120 e 500 ml por ejaculado, com cor entre branco e amarelo, odor característico, sendo esperada motilidade espermática maior que 70% e percentual de aglutinações menor que 30% (Bennemann; Marchetti; Mellagi, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). Assim, o número de doses inseminantes pode ser calculado com base no volume ejaculado (ml); na concentração (número de espermatozoides por ml); e no número de espermatozoides que a dose a ser utilizada deve conter (dose recomendada), conforme a equação: 𝑁𝑁ú𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑑𝑑𝑚𝑚 𝑑𝑑𝑚𝑚𝑑𝑑𝑚𝑚𝑑𝑑 = 𝑣𝑣𝑚𝑚𝑣𝑣𝑣𝑣𝑚𝑚𝑚𝑚 × 𝑐𝑐𝑚𝑚𝑐𝑐𝑐𝑐𝑚𝑚𝑐𝑐𝑐𝑐𝑚𝑚𝑐𝑐çã𝑚𝑚 𝑑𝑑𝑚𝑚𝑑𝑑𝑚𝑚 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑐𝑐𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑐𝑐𝑑𝑑𝑐𝑐𝑑𝑑𝑐𝑐 TEMA 2 – MANEJO REPRODUTIVO DAS MATRIZES 2.1 Manejo das matrizes O manejo das matrizes inicia com a escolha das fêmeas que serão utilizadas na reprodução. A substituição das fêmeas ocorre por diversas causas, como a morte das matrizes; problemas de aprumos; problemas reprodutivos, como ausência de cio, dificuldades de parto e falhas na concepção; problemas após o parto, como baixa habilidade materna, número baixo de leitões nascidos; por idade ou quando há uma valorização na venda das fêmeas de descarte. Recomenda-se que a taxa de reposição anual seja em torno de 30 a 40%, ou seja, aproximadamente um terço das fêmeas em reprodução serão primíparas (marrãs). A proporção de primíparas e multíparas é importante, devido ao tamanho da leitegada das fêmeas primíparas ser geralmente menor que das multíparas e, por isso, é preconizado que a proporção deve ser de um terço de primíparas (Pooda, 2014; ABCS, 2011; Silveira et al., 2008). As fêmeas de reposição podem ter origem na própria granja ou serem de outros plantéis e devem ser escolhidas de acordo com a genética e com o nível sanitário. As leitoas de reposição podem ser alojadas em baias coletivas com piso ripado ou compacto e com disponibilidade de bebedouros e comedouros. 8 Caso as leitoas tenham origem em outras granjas, devem passar por quarentena por período mínimo de 28 dias, podem ser feitas medicações para a estabilização destas e a vacinação contra parvovirose, leptospirose e erisipela. A transferência das fêmeas para as baias de reposição ocorre quando elas atingem de 110 a 120 dias de idade (Pooda, 2014; ABCS, 2011; Silveira et al., 2008). A puberdade é caracterizada pelo aparecimento do primeiro cio fértil, que geralmente ocorre quando as fêmeas atingem 30% do peso adulto (de 90 a 110 kg, com peso adulto de 300 a 360 kg). Assim, a puberdade da fêmea suína é influenciada pelo peso, idade, genética, nutrição e época do ano, além do estímulo pela presença do macho (Pinheiro, 2014; ABCS, 2011; Silveira et al., 2008). Em relação a estímulos para a entrada na puberdade, as fêmeas são expostas ao macho por volta dos 140 a 150 dias de idade. Para isso, o macho deve ser inserido na baia da fêmea duas vezes por dia e deve permanecer entre 10 e 15 minutos. O efeito do macho no aparecimento do cio pode ocorrer até 30 dias após o início do estímulo, sendo esperado que 95% das fêmeas apresentem o cio nesse período (Pinheiro, 2014; ABCS, 2011; Silveira et al., 2008). As marrãs receberão uma nutrição diferenciada, rica em energia, minerais, vitaminas e fibras, sendo que o objetivo é que atinjam 130 a 150 kg de peso vivo em torno dos 210 a 240 dias e que sejam inseminadas preferencialmente no terceiro cio, pelas fêmeas estarem em uma melhor condição corporal. É esperado que, com manejo alimentar correto, a marrã seja coberta no peso ideal, tenha um bom escore corporal no parto, tenha um bom desempenho durante a gestação e lactação e bom retorno à ciclicidade, levando a um bom desempenho também no parto seguinte (ABCS, 2011; Silveira et al., 2008; Caramori Junior, 2007). Outro manejo alimentar é o flushing, realizado de 14 a 21 dias antes da cobertura, principalmente para as marrãs. Nesse manejo a ração fornecida para a fêmeas tem um alto nível de energia, sendo fornecida à vontade e com um aumento no número de vezes de fornecimento. 9 Como resultado dessa técnica, espera-se um aumento no número de óvulos, maior sobrevivência dos folículos, além de ocorrerem melhorias no ambiente uterino, resultando em um maior número de leitões por parto (Fontes et al., 2014; ABCS, 2011; Caramori Junior, 2007). 2.2 Detecção do cio e inseminação O ciclo estral em suínos dura 21 dias, variando entre 18 e 24 dias. As quatro fases do ciclo estral, de acordo com Costa et al. (2014) e Silveira et al. (2008), são: 1) Pró-estro: dura cerca de dois e três dias, sendo marcada pelo início da fase folicular. Os sinais dessa fase são: as fêmeas saltam sobre as outras, mas não toleram ser montadas pelo cachaço, apesar de estarem alertas para a presença do macho. Nessa fase também começa a secreção vaginal e entumecimento vulvar; 2) Estro: dura de 40 a 60 horas, sendo mais curto em marrãs, em torno de 47 horas. A ovulação ocorre, geralmente, no terço final do estro. Nessa fase ocorre o entumecimento da vulva, com secreções vaginais, além do reflexo de imobilização ao homem e ao cachaço, e orelhas eretas; 3) Metaestro: dura de três a seis dias. Nessa fase ocorre uma organização dos corpos lúteos recém-formados e, a partir do quarto dia, ocorre um aumento na produção de progesterona; 4) Diestro: dura de nove a 13 dias. Nessa fase há um rápido desenvolvimento dos corpos lúteos e, consequentemente, há uma elevação na concentração sérica de progesterona. O método mais utilizado na detecção do cio, quando as fêmeas estão alojadas em gaiolas individuais, é passar o macho no corredor dessas gaiolas, sendo que esse manejo deve ser feito duas vezes por dia, permitindo que o macho faço contato focinho a focinho com a fêmea. Entre os sinais do estro estão o reflexo de tolerância ao homem e o reflexo de tolerância ao cachaço (Costa et al. 2014; ABCS, 2011; Silveira et al., 2008). No reflexo de tolerância ao homem, um funcionário da granja deverá fazer uma pressão na região lombar da fêmea, o que geralmente é feito passando o macho pelo corredor das fêmeas e, assim, se a fêmea permanecer parada em posição para ser montada, considera-se que a fêmea está no estro. 10 O reflexo de tolerância ao macho pode ser feito levando as fêmeas até a baia do macho; se elas ficarem em posição de monta, também é considerado que a fêmea está no cio (Costa et al. 2014; ABCS, 2011; Silveira et al., 2008). Na Tabela 3 são apresentados alguns protocolos de inseminação em suínos de acordo com a condição da fêmea e com o momento em que foi detectado o cio. Tabela 3 – Protocolos de inseminação em suínos Fonte: Dallanora, 2014. *IDC: intervalo desmame-cio. Os protocolos de inseminação são escolhidos considerando o tempo de viabilidade dos gametas, que é de 16 a 24 horas para os espermatozoides no útero da fêmea, enquanto a viabilidade dos óvulos é de 4 a 8 horas. Além disso, pode ser feita uma inseminaçãono período de 0 a 24 horas antes da ovulação. Protocolo de IA em relação à hora zero Categoria* Diagnóstico de cio Hora 0 12 h após 24 h após 36 h após 48 h após 60 h após Leitoas Menor duração de cio, maior percentual de fêmeas ovulando durante as primeiras 24 horas de cio 1ª IA 2ª IA 3ª IA 4ª IA Fêmeas IDC 0 Fêmeas que são desmamadas e imediatamente diagnosticadas em cio, sendo que o início do cio não é conhecido 1ª IA 2ª IA 3ª IA 4ª IA Fêmeas IDC 8 ou mais dias Fêmeas que podem ser consideradas de risco, pois IDC longo pode ser devido à perda de peso, demora no retorno da ciclicidade etc. 1ª IA 2ª IA 3ª IA 4ª IA Fêmeas com problemas reprodutivos Cobertura após retorno ao cio ou abortos 1ª IA 2ª IA 3ª IA 4ª IA Fêmeas IDC de 1 a 7 dias Consideradas a população padrão e com maior potencial de desempenho reprodutivo 1ª IA 2ª IA 3ª IA 4ª IA 11 Geralmente, a dose de sêmen suíno tem de 3 a 5 bilhões de espermatozoides, em um volume entre 80 e 100 ml e, assim, a inseminação artificial permite a utilização da otimização dos machos em proporções de até um macho para 100 fêmeas (Dallanora, 2014). A inseminação artificial em suínos é um processo bastante simples e prático. Para isso, são utilizados cateteres ou pipetas, preferencialmente descartáveis. A inseminação geralmente é realizada nas gaiolas individuais e inicia-se com a limpeza da vulva com papel toalha; seguido do corte da ponta do adaptador do frasco de sêmen, retirada da pipeta da embalagem plástica e umedecimento da pipeta. Após isso, a vulva da fêmea deve ser segurada, e a pipeta introduzida na direção dorso-cranial, para evitar que a pipeta seja direcionada para a bexiga. Após isso, são feitos movimentos de rotação para a esquerda, até que a pipeta seja fixada na cérvix da fêmea, seguindo pelo acoplamento do frasco de sêmen na pipeta e por uma leve pressão no frasco de sêmen por quatro minutos. O processo de infusão da dose também pode ser realizado pela técnica de autofecundação, em que o frasco é acoplado a uma estrutura e o próprio organismo na fêmea faz a sucção da dose, conforme pode ser visto da Figura 3. (Dallanora, 2014; Wentz; Bortolozzo, 2008). Figura 3 – Inseminação em suínos Crédito: Thuwanan Krueabudda/Shutterstock. 12 TEMA 3 – MANEJO DAS MATRIZES GESTANTES Após a inseminação, as fêmeas devem permanecer no mesmo local onde foi realizada a inseminação, o qual deve ser um local calmo, pois é recomendado que não sofram estresse até os 35 dias de gestação. Após duas a três semanas da cobertura, deve ser verificado se as fêmeas voltaram a apresentar o cio, para que seja feita uma nova cobertura ou o seu descarte. O diagnóstico de gestação por ultrassom pode ser realizado entre 30 e 40 dias de gestação, sendo que a gestação pode ser avaliada visualmente a partir dos 90 dias (ABCS, 2011; Amaral et al., 2006). A alimentação das fêmeas em gestação pode ser fornecida duas vezes ao dia, de acordo com a fase da gestação. A quantidade de ração fornecida a esses animais pode ser de 2 kg/dia até os 85 dias de gestação e de 3 kg/dia até a transferência para a maternidade. A ração deve ser adequada para as diferentes fases da gestação, com a finalidade de atender às exigências nutricionais da fêmea e dos fetos (ABCS, 2011; Caramori Júnior, 2007; Amaral et al., 2006). Na Tabela 4 é apresentada uma sugestão de quantidade e tipo de ração de acordo com a fase de gestação e se as fêmeas são primíparas ou multíparas. Paralelo à nutrição, é importante fazer o ajuste do escore de condição corporal, que deve ser de 4 no momento do parto, pois as fêmeas perderão peso com o parto e a lactação, sendo desejável que as fêmeas estejam com escore 3 na fase de desmame e de cobertura, considerando que 3 é escore intermediário. O escore de condição corporal muito alto pode ser verificado quando as fêmeas têm mais de 23 mm de espessura de toucinho no início da gestação, com gordura depositada na papada e costelas de forma facilmente visível (ABCS, 2011; Amaral et al., 2006). Tabela 4 – Quantidade e tipo de ração recomendada para cada fase da gestação Gestação Dias após a inseminação Ração Kg/dia/fêmea 1ª 0-30 Gestação 2,0 30-85 Gestação 2,2 85-110 Lactação 3,0 110-114 Lactação 2,0 2ª ou mais 0-30 Gestação 1,8 - 2,0 13 30-90 Gestação 2,0 – 2,2 90-110 Lactação 3,0 110-114 Lactação 2,0 Fonte: Caramori Júnior, 2007. Os principais problemas na fase de gestação são locomotores e do trato urinário. Os problemas de aparelho locomotor estão relacionados à nutrição e à qualidade do piso da baia de gestação. Os problemas urinários são causados pela baixa ingestão de água, baixa frequência de micção e alta contaminação ambiental. Na gestação, as matrizes tendem a se locomover pouco e acabam ingerindo pouca água, levando à ocorrência dos dois problemas. Para evitar esses problemas, recomenda-se que as fêmeas sejam estimuladas a levantar e tomar água pelo menos quatro vezes por dia, assim, elas vão se movimentar, aumentar o consumo de água e a frequência da micção, diminuindo a incidência dos dois problemas (ABCS, 2011; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). TEMA 4 – HIGIENE E PROFILAXIA NAS GRANJAS DE SUÍNOS 4.1 Biosseguridade Biosseguridade pode ser definida como o conjunto de normas e procedimentos utilizados para evitar a entrada de patógenos na granja, assim como a disseminação dentro da granja. As principais medidas de biosseguridade em granjas de suínos são o isolamento da granja; os cuidados na introdução de animais na granja; o controle de roedores e insetos; o destino dos animais mortos; a limpeza e a desinfecção; o controle dos alimentos e água fornecidos aos animais; e a vacinação (Sesti, 2008; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). O isolamento da granja está relacionado principalmente com a distância de outras granjas, a fim de evitar a contaminação entre granjas. Para isso, é importante escolher um local que esteja distante a 1 km no mínimo de outras granjas de suínos, de abatedouros e das estradas onde trafegam caminhões de transporte de suínos, sendo essas distâncias fundamentais para evitar doenças que possam ser transmitidas pelo ar. Além disso, é recomendado que seja feito o plantio de árvores que possam criar uma barreira vegetal (Sesti, 2008; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). Outra recomendação é que a granja seja cercada pelo menos por uma tela, de forma que impeça a entrada de animais e de pessoas não autorizadas, 14 devendo ter um único local de entrada na granja para um melhor controle da entrada de veículos e pessoas. Veículos de visitantes e de técnicos devem permanecer estacionados longe das instalações em área própria e somente deve ser permitida a entrada de pessoas que não tenham visitado outra criação de suínos por um período mínimo de 48 horas. Além disso, também é importante ter rodolúvio para a desinfecção dos veículos, pedilúvio para a desinfecção das botas, além de ser feita a desinfecção de qualquer produto suspeito de contaminação antes de introduzi-lo no sistema (Sesti, 2008; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). O controle da qualidade da água e da ração fornecida aos animais é fundamental, pois diversas doenças são disseminadas dessa forma. A água fornecida aos animais deve ser limpa, fresca, livre de patógenos e em quantidade adequada para cada fase, sendo que para garantir a qualidade da água deve ser feita a análise desta anualmente. A ração deve ser balanceada para atender às exigências nutricionais de cada fase e deve seguir as normas de Boas Práticas de Fabricação de ração, com armazenamento adequado em local limpo e higienizado, evitando a contaminação das rações, o excesso de umidade e o acesso de roedores e insetos (Sesti, 2008; Amaral et al., 2006; Fáveroet al., 2003). A limpeza e a desinfecção são definidas como um conjunto de procedimentos que visam diminuir a quantidade de microrganismos patogênicos no ambiente de criação. Os procedimentos de limpeza e desinfecção devem ser realizados nas instalações de todas as fases de criação (Rohr, 2014; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). Os procedimentos de limpeza e desinfecção, de acordo com Rohr (2014), Amaral et al. (2006) e Fávero et al. (2003) podem ser os seguintes: 1. Limpeza seca, com pá e vassoura, imediatamente após a retirada dos animais; 2. Desmontar e lavar todos os equipamentos da sala; 3. Iniciar a limpeza úmida no máximo três horas após a saída dos animais, em que, inicialmente, deve-se jogar água com detergente nas instalações para facilitar a remoção de toda a matéria orgânica aderida nas paredes e pisos, seguida pela limpeza úmida com lava jato de alta pressão; 4. Após a instalação secar, deve-se aplicar o desinfetante no dia seguinte ao da lavagem. Pode ser feita uma segunda desinfecção, por 15 pulverização ou nebulização, cerca de duas horas antes do alojamento do próximo lote de animais, ou com a vassoura de fogo, principalmente utilizada na maternidade para o controle da coccidiose; 5. Fazer o vazio sanitário de no mínimo cinco dias, deixando nesse período a sala fechada; 6. Montar os equipamentos e alojar os animais na sala limpa e desinfetada. Dessa forma, considerando o manejo de lotes todos dentro, todos fora, são necessários no mínimo sete dias de intervalo entre lotes, sendo cinco dias de vazio sanitário, um de lavagem e um de desinfecção. Na Tabela 5 são apresentados alguns princípios ativos de desinfetantes e a ação destes. Tabela 5 – Propriedades de alguns desinfetantes Desinfetante Ação biológica Glutaraldeído Viricida, esporicida, fungicida Fenol Bactericida Compostos de cloro Viricida, esporicida, fungicida, bactericida Formaldeído Bactericida Ácidos Esporicida, bactericida e atua sobre alguns vírus Compostos de amônia quaternária Esporicida, fungicida, bactericida e atua sobre alguns vírus Cresol Fungicida e atua sobre alguns vírus Peróxido de hidrogênio Bactericida e atua sobre alguns vírus Compostos de iodo Viricida, esporicida, fungicida, bactericida Fonte: Rohr, 2014. O destino dos animais mortos deve ser feito adequadamente para evitar a disseminação de doenças e para evitar que atraiam roedores e insetos. Alguns métodos capazes de inativar microrganismos patogênicos, respeitando a legislação ambiental vigente, são a compostagem, a fossa anaeróbia e a incineração, sendo a incineração um método caro, mas recomendado quando a morte do animal ocorre em decorrência de algumas doenças (Sesti, 2008; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). O controle de insetos e roedores deve ser feito inicialmente pela limpeza e organização do ambiente, eliminando resíduos, não deixando que ocorra o acúmulo de lixo e com o cuidado adequado no armazenamento das rações. Para os roedores, pode ser feita a desratização a cada seis meses, enquanto os 16 insetos podem ser controlados de forma química ou biológica, e o correto manejo dos dejetos é recomendado para evitar o excesso destes. Além da limpeza dentro das instalações, é muito importante a limpeza ao redor das instalações, com correto destino para lixo e resíduos, sendo que a granja deve ter controle de pragas e roedores (Sesti, 2008; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). Quando for feita a introdução dos animais, deve ser realizada a quarentena, que deve ser preferencialmente em uma instalação própria para isso, localizada a uma distância de no mínimo 500 m do sistema de produção e separada por barreira vegetal. Nesse período, os animais passarão por exames laboratoriais, pelo tratamento contra ecto e endo parasitas e vacinações. O período da quarentena é importante em casos em que o animal seja portador de algum microrganismo patogênico ou desenvolva os sintomas durante a quarenta, evitando que a doença seja inserida no rebanho. O quarentenário deve ser um local de fácil limpeza e desinfecção, que permita o vazio sanitário entre os lotes, e deve ter funcionários exclusivos (Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). Outra medida de biosseguridade é a vacinação, sendo uma das medidas mais importantes e devendo seguir a legislação em vigor, por meio de vacinas registradas e aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), seguindo o cronograma sugerido para cada região (Santos et al., 2014; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). 4.2 Principais doenças na suinocultura Algumas doenças de importância na suinocultura do Brasil e do mundo são a Peste Suína Clássica, para a qual o Brasil apresenta áreas de zona livre; a peste suína africana, que foi registrada no Brasil na década de 1980, mas foi erradicada por abate sanitário e, após isso, não houve mais registros; a síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRS), causada por um vírus – em vários estudos epidemiológicos realizados no Brasil desde 1995, não foram identificados o vírus ou a doença –; triquinelose, encefalomielite pelo vírus Nipah, diarreia epidêmica dos suínos e gastrenterite transmissível ainda não foram diagnosticadas no Brasil; febre aftosa, para a qual grande parte do país é considerada zona livre por meio da vacinação e alguns locais são considerados como zona livre sem vacinação, como os Estados da região sul; tuberculose e brucelose, as quais apresentam baixa prevalência nos rebanhos de suínos do 17 Brasil; toxoplasmose, causada pelo patógeno Toxoplasma gondii, que pode causar falhas reprodutivas como abortos, repetições de estro, natimortalidade e natimorbidade nos suínos, além da segurança alimentar em humanos. Por fim, a Colibacilose é uma das mais importantes enfermidades na suinocultura brasileira, levando ao atraso no crescimento, ao aumento da conversão alimentar e à redução no ganho de peso dos animais, que, com o uso de medicamentos, causa prejuízo econômico para as granjas (Mapa, 2021; Zanella et al., 2016; Amaral et al., 2006; Fávero et al., 2003). De acordo com a instrução normativa n. 50 (Brasil, 2013), as doenças de suínos erradicadas ou nunca registradas no Brasil para as quais é obrigatória a notificação ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) são a encefalomielite por vírus Nipah, a doença vesicular suína, a gastroenterite transmissível, a peste suína africana e a síndrome reprodutiva e respiratória suína (PRRS). De acordo com essa normativa, a doença suína que requer notificação imediata de qualquer caso suspeito é a peste suína clássica; e as doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado são a circovirose, a erisipela suína, a influenza dos suínos, a parvovirose suína, a pneumonia enzoótica e a rinite atrófica, entre outras doenças que afetam várias espécies, como a leptospirose e a toxoplasmose (Brasil, 2013). Algumas das principais doenças dos suínos são descritas a seguir. A doença de Aujeszky, também chamada de pseudoraiva, é causada pelo herpesvírus suíno Tipo I. É uma doença de importância econômica em suínos, mas casos clínicos foram relatados em outros animais, como ovinos, bovinos, caprinos, felinos e caninos. Os sintomas da doença incluem falta de apetite, febre alta (acima de 40 ºC), andar cambaleante, manchas vermelhas na pele, problemas reprodutivos como abortos, fetos mumificados, morte de recém- nascidos e repetição de cio, além de sintomas respiratórios. A transmissão ocorre pelo contato entre animais sadios e doentes, pelas secreções contaminadas e aerossóis, ou de forma indireta, por água, alimento, ou equipamentos contaminados. Para controle da doença, a vacinação é permitida e controlada pelo Mapa (Zanella et al., 2016a; Mapa, 2020; Avante et al., 2009). A parvovirose é causada pelo parvovírus suíno, oqual pertence à família Parvivirinae. Os sinais clínicos não ocorrem nos machos, mas nas fêmeas podem provocar diversos problemas reprodutivos. Para o controle, além da 18 aquisição de animais de granjas de reprodutores certificadas, é importante o uso das vacinas, sendo indicado para todos os machos e fêmeas do plantel, e as medidas de biosseguridade, como a limpeza e a desinfecção, pela retirada do material orgânico do ambiente e o uso de hipoclorito de sódio ou formalina a 3% (Ruiz et al., 2017; Gava et al., 2009). A peste suína clássica é causada por um vírus no gênero Pestivirus, pertencente à família Flaviviridade. A transmissão ocorre pelo contato direto entre animais doentes e saudáveis, por via oro-nasal, por meio das secreções, sangue, sêmen e excreções, podendo ocorrer a transmissão transplacentária. O vírus instala-se inicialmente nas tonsilas e, depois de replicado, acessa os linfonodos regionais. O controle é feito por medidas de biosseguridade para evitar a entrada do vírus nas propriedades. Essa doença é de notificação imediata de qualquer caso suspeito ao serviço veterinário oficial (Mapa, 2021; Cerqueira 2019; Brasil, 2004; Barcellos et al, 1992). A colibacilose é causada por cepas patogênicas de Escherichia coli. O efeito patogênico dessa bactéria ocorre no intestino delgado, levando ao sintoma de diarreia com ou sem sangue, com consistência de líquida a pastosa, que ocorre principalmente nos períodos neonatal e pós-desmame, além da doença do edema. A transmissão pode ocorrer pelo contato de fezes contaminadas e por vetores, como moscas e roedores. O controle da doença é feito pela melhoria das condições ambientais, como manter o ambiente seco e aquecido para os leitões, além da limpeza e desinfecção dos ambientes (Zanella et al., 2016b; Caron et al., 2014; Barcellos et al., 2008). A rinite atrófica é uma doença multifatorial que tem como principais agentes primários Bordetella bronchiseptica e a Pasteurella multocida dos tipos D e A. Essas bactérias aderem-se na mucosa nasal e causam diversos sintomas respiratórios que iniciam na fase de leitões lactentes, como espirros, corrimento nasal, além de placas escuras nos ângulos internos dos olhos. Posteriormente, devido à perda parcial dos ossos das conchas nasais, pode ocorrer o desvio do focinho para um dos lados ou encurtamento e formação de pregas e até sangramento. Apesar da mortalidade ser baixa, ocorre o atraso no desenvolvimento dos leitões. Para o controle, após a identificação de animais contaminados, a única forma de erradicação é a eliminação total do rebanho. Assim, são recomendadas medidas de higiene e desinfecção das instalações e a vacinação (Ribeiro et al., 2012; Avante et al., 2008). 19 A pneumonia enzoótica é causada pela bactéria Mycoplasma hyopneumoniae. Os sinais clínicos característicos da doença são os respiratórios, mas a progressão da doença e a gravidade dependem de interações multifatoriais, incluindo problema de higiene, manejo, nutrição e controle de microrganismos que podem causar infecções secundárias. A transmissão ocorre devido ao microrganismo estar presente no trato respiratório, por secreções e aerossóis, além da transmissão indireta via equipamentos contaminados. O controle pode ser feito pela vacinação dos animais (Borges et al., 2021; Barcellos et al., 2008). 4.4 Vacinação A vacinação é uma a medida de biosseguridade pela qual o organismo do animal é desafiado para produzir uma resposta imune contra um microrganismo patogênico. Dessa forma, o sistema imune do animal ficará preparado para reagir mais rapidamente no caso de houver a contaminação contra o mesmo microrganismo patogênico. Em relação à via de administração, a maioria das vacinas é aplicada nos suínos por injeção subcutânea ou intramuscular, sendo os principais locais de aplicação o músculo do pescoço ou da perna, sendo preferido o músculo do pescoço devido ao valor comercial do pernil. Um programa de vacinação de suínos deve incluir as doenças erisipela, parvovirose, leptospirose, colibacilose/clostridioses, circovírus tipo 2, rinite atrófica, pneumonia enzoótica e complexo de doenças respiratórias dos suínos (Santos et al., 2014; Barcellos et al., 2008; Fávero et al., 2003). Algumas sugestões de cronograma de vacinação estão descritas nas Tabelas 6 e 7. Tabela 6 – Sugestão de cronograma de vacinação para leitoas, matrizes e cachaços para erisipela, leptospirose e clostridioses Categoria Doença Aplicação Leitoas e machos jovens Erisipela e leptospirose 1ª dose: 17º dias de idade 2ª dose: 21 a 28 dias após Matrizes adultas Erisipela e leptospirose Dose única: 10 a 12 dias após o parto Machos adultos Erisipela e leptospirose Dose única: semestralmente 20 Leitoas Clostridioses 1ª dose: 70 dias de gestação 2ª dose: 20 dias após Matrizes adultas Clostridioses Dose única: 90 dias de gestação Fonte: Santos et al., 2014. Tabela 7 – Sugestão de cronograma de vacinação para leitoas, matrizes e cachaços para Parvovirose, Colibacilose, Rinite atrófica e pneumonia enzoótica Categoria Período Doenças Parvovirose Colibaciolose Rinite atrófica Pneumonia enzoótica Leitoas Quarentena ou chegada na granja 1ª dose Após 20 - 30 dias 2ª dose 60 - 70 dias de gestação 1ª dose 1ª dose 1ª dose 90 dias de gestação 2ª dose 2ª dose 2ª dose Matrizes adultas 90 – 100 dias de gestação Uma dose Uma dose Uma dose 10-15 dias após o parto Uma dose Cachaços Quarentena ou chegada na granja Uma dose Uma dose Semestralmente Uma dose Anualmente Uma dose Fonte: Fávero et al., 2003. TEMA 5 – MANEJO DOS DEJETOS A produção de dejetos dos suínos é de em média 6,7 kg por dia a cada 100 kg de peso vivo. A coleta dos dejetos é feita por meio das canaletas de coleta das instalações, as quais coletam as fezes, a urina, a água desperdiçada nos bebedouros, entre outros materiais (Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002; Oliveira, 1993). Na Tabela 8 são apresentados dados de produção de dejetos de suínos por categoria. 21 Tabela 8 – Dejetos produzidos por categoria de suínos Categoria Esterco Esterco+urina Dejetos líquidos 25 – 100 kg 2,30 4,90 7,00 Fêmeas em gestação 3,60 11,00 16,00 Fêmeas em lactação 6,40 18,00 27,00 Machos 3,00 6,00 9,00 Leitão desmamado 0,35 0,95 1,40 Fonte: Oliveira, 1993. Para representar o conteúdo de matéria orgânica, podem ser utilizados como parâmetros a demanda química de oxigênio (DQO em mg/l) e a demanda bioquímica de oxigênio (DBO em mg/l), as quais são medidas de quanto de oxigênio será necessário para oxidar quimicamente a matéria orgânica e inorgânica oxidável (DQO) sem a intervenção de microrganismos, ou biologicamente (DBO), que é a principal medida de poluição de efluentes e é a quantidade de oxigênio necessária para que as bactérias depuradoras possam digerir a matéria orgânica. Na literatura são encontrados valores de DBO como 4536 mg/L nos dejetos de fêmeas gestantes, 8299 mg/L nos dejetos de maternidade e creche e 2721 mg/l na terminação e valores mais altos como 38.448 mg/L de DQO, enquanto nos dejetos humanos o DBO varia em torno de 200 mg/L, demonstrando o potencial poluidor dos dejetos de suínos (Souza et al., 2014; Diesel et al., 2002; Oliveira, 1993). Entre os processos de tratamento dos dejetos estão os métodos físicos, químicos e biológicos, sendo que o recomendado é utilizar métodos físicos e bioquímicos em sequência. No processo físico ocorre a separação das fases líquida e sólida dos dejetos, por isso ocorre a diminuição do volume de dejetos na fase sólida. Entre os métodos físicos de separação dos dejetos estão a decantação, a centrifugação, a peneiramento, a filtração e a desidratação. A decantação é o processo físico de separação dos dejetos mais simples e o menos eficiente, podendoser obtida uma fase sólida equivalente a 10 e 15% dos dejetos, e, após o processo, os dejetos devem passar por outros tratamentos, como as lagoas, esterqueiras ou o biodigestor, por um período mínimo entre 30 e 40 dias. As peneiras podem ser estáticas, nas quais há retenção de 3 a 10% dos sólidos, ou vibratórias, com retenção de 40% dos resíduos sólidos. Em relação 22 à centrifugação, a eficiência é de 1 a 2% de sólidos totais na fase líquida e 20 a 25% de sólidos totais na fase sólida, com 75 a 80% de eficiência. A desidratação pode ser feita por ar aquecido, ar forçado ou vento, sendo considerado um processo mais caro (Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002; Oliveira, 1993). O tratamento bioquímico é feito por meio dos microrganismos presentes no próprio dejeto, e pode ser aeróbico ou anaeróbico, e assim o dejeto sofre degradação biológica, resultando em um material estável e sem microrganismos patogênicos. Os métodos de tratamento de dejetos anaeróbicos incluem a estrequeira, bioesterqueira, lagoas e biodigestor (Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002; Oliveira, 1993). 5.1 Lagoas As lagoas de decantação utilizadas no tratamento dos dejetos são de vários tipos, de acordo com a função, e geralmente são utilizadas em série. Para melhoria do processo de tratamento de dejetos pelas lagoas, é interessante a separação das fases líquida e sólida pelos métodos físicos, para reduzir a quantidade de material que será tratado nas lagoas. As lagoas podem ser anaeróbicas, com profundidade em torno de 3 m e tendo como finalidade reduzir a quantidade de microrganismos patogênicos e de matéria orgânica; facultativas, as quais são mais rasas, com profundidade em torno de 1 m e nas quais ocorre a redução da quantidade de nitrogênio, de matéria orgânica e de microrganismos patogênicos; e a lagoa de aguapé, a qual também é rasa (1 m de profundidade) e serve para a remoção final dos poluentes. O tempo de retenção sugerido para cada lagoa é de 35 dias na primeira lagoa anaeróbia; 30 dias na segunda lagoa anaeróbia; 20 dias na lagoa facultativa e 15 dias na lagoa de aguapé. É importante ressaltar que, assim como os outros métodos de tratamento de dejetos, as lagoas devem ser impermeabilizadas para evitar a contaminação do solo e de recursos hídricos (Cardoso et al., 2015; Diesel et al., 2002; Perdomo et al., 1999). 5.2 Esterqueiras e bioesterqueiras As esterqueiras são estruturas em que são depositados os dejetos líquidos suínos durante um determinado período, que, geralmente, varia entre quatro e seis meses. Nesse período, os dejetos são depositados na esterqueira 23 diariamente, e o processo de fermentação da matéria orgânica é anaeróbico. O reservatório deve ser impermeável e seguro. As bioesterqueiras são uma adaptação da esterqueira e têm por finalidade melhorar a eficiência do tratamento do dejeto, pois, nesse método, o tempo de retenção é maior. Assim, a bioesterqueira apresenta dois compartimentos, sendo uma câmara de retenção e um depósito. A construção é feita com materiais semelhantes ao da esterqueira, e a parede divisória não deve ter altura inferior a 2/3 do nível dos dejetos na câmara e profundidade de 2,5 m no mínimo. Na câmara de fermentação, o dejeto fica retido nesse compartimento por 45 dias e, após isso, é direcionado para o depósito, no qual permanece por 120 dias no mínimo. Depois, pode ser utilizado como fertilizante. Como desvantagem, a construção da bioesterqueira custa 20% a mais que a esterqueira (Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002). 5.3 Biodigestor Os biodigestores são sistemas fechados nos quais ocorre a fermentação anaeróbia da matéria orgânica, produzindo o fertilizante agrícola e permitindo a coleta do biogás, o qual é produzido durante o processo de fermentação. O biogás é composto principalmente de metano, o qual é considerado 21 vezes mais poluente para a atmosfera que o gás carbônico. Entre as vantagens do uso do biodigestor estão o fornecimento de combustível no meio rural pelo uso do biogás e de biofertilizante, a valorização dos dejetos para uso agronômico, a redução do poder poluente e dos microrganismos patogênicos e o menor tempo de retenção quando comparado com outros sistemas anaeróbios de digestão da matéria orgânica. As desvantagens do uso do biodigestor são o tempo de retenção longo e a necessidade de homogeneização dos dejetos (Cardoso et al., 2015; Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002). 24 Figura 4 – Biodigestor Crédito: Marco Paulo Bahia Diniz/Shutterstock. 5.4 Sistema em cama sobreposta e compostagem No sistema em cama sobreposta, os suínos são criados em instalações nas quais o piso é coberto com um material que pode ser composto por maravalha, casca de arroz ou palha. Dessa forma, os dejetos dos suínos são misturados com esse material da cama e sofrem um processo de fermentação in situ, ou seja, de forma aeróbica. Assim, o composto formado pode ser utilizado como fertilizante agrícola ou pode passar pelo processo de compostagem (Cardoso et al., 2015; Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002). A compostagem é um processo aeróbico de fermentação dos dejetos que consiste na mistura dos dejetos com camadas formadas por maravalha, serragem ou palha, em um local adequado, como estruturas simples de alvenaria. A mistura permanece na unidade de compostagem por 90 a 120 e atinge temperaturas entre 45 e 50 ºC. Entre as vantagens está o uso do fertilizante agrícola, que melhora as características do solo. As desvantagens estão relacionadas com o monitoramento constante para a obtenção de um 25 fertilizante de qualidade (Mapa, 2016; Cardoso et al., 2015; Amaral et al., 2006; Diesel et al., 2002). FINALIZANDO O correto manejo dos reprodutores e matrizes é fundamental para que sejam obtidos bons índices de produção. Assim, a alimentação desses animais deve ser realizada para que tenham escores de condição corporal compatíveis com a atividade reprodutiva. Nos suínos, a inseminação artificial é feita utilizando sêmen fresco, devido aos baixos índices obtidos com o sêmen congelado e, por isso, recomenda-se que a coleta e a inseminação sejam feitas na mesma granja. As medidas de biosseguridade são muito importantes para evitar a entrada de patógenos nas granjas e incluem o isolamento da granja, o distanciamento de outras granjas, o controle da entrada de pessoas e veículos e até mesmo o controle de vetores de doenças, como roedores e insetos. A aquisição de animais deve ser feita de granjas certificadas, nas quais há um rigoroso controle das principais doenças na suinocultura, devendo ser feita a quarentena dos animais, independentemente da origem destes. Outras medidas de biosseguridade para o controle da disseminação de patógenos dentro da granja são o destino correto para os resíduos, a limpeza e a desinfecção das instalações e a vacinação. O cronograma de vacinação da granja de suínos deve incluir principalmente as doenças erisipela, parvovirose, leptospirose, colibacilose, clostridioses, circovírus tipo 2, rinite atrófica, pneumonia enzoótica e complexo de doenças respiratórias dos suínos. O tratamento dos dejetos pode ser feito por processos físicos e bioquímicos, sendo que o mais recomendado é a utilização de vários métodos em associação. Dessa forma, finalizamos os principais conceitos e as práticas mais utilizadas na suinocultura. Posteriormente, abordaremos os principais pontos relacionados com a produção de poedeiras e de frangos de corte. 26 REFERÊNCIAS ABCS – Associação Brasileira de criadores de suínos. Manual brasileiro de boas práticas na produção de suínos. Concórdia: ABCS, 2011. AMARAL, A. L. et al. 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