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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE FRANCISCO MORATO – TJ/SP ELISVÂNIA SILVA DE TAL, brasileira, casada, operadora de telemarketing, nascida em 16/09/1977, portadora da cédula de identidade RG nº 12.345.678-0 SSP/SP, devidamente inscrita no CPF/MF sob o nº 111.222.333-44, residente e domiciliada na Rua Girassol, n° 13, Jardim Santo Antônio, Francisco Morato, SP, CEP: 01234-123, por seu advogado que este subscreve, conforme procuração anexa, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 226, parágrafo 6, da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, alterado pela Emenda Constitucional 66/2010, propor a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C.C PARTILHA DE BENS, GUARDA, ALIMENTOS E VISITAS Em face de ARGEMIRO DE TAL, brasileiro, casado, vendedor, nascido em 20/03/1975, portador da cédula de identidade RG nº 12.345.678-1 SSP, devidamente inscrito no CPF/MF sob o nº 111.222.333-55, residente e domiciliado na Rua Gil Cesar Baptista Marques, n° 1000, Jardim Santo Antônio, Francisco Morato, SP, CEP: 01234-123, pelos motivos e fundamentos que passa a expor e requerer. DAS PUBLICAÇÕES, CITAÇÕES E INTIMAÇÕES Requer, inicialmente, que todas as publicações e intimações oriundas do processo em tela sejam direcionadas ao patrono Dr. Bianca Fernandes , devidamente inscrita na OAB/SP sob o nº XXXXXX endereço eletrônico @XXXXXXXXXX com escritório profissional na Rua XXXXXXXX , nº XX, centro, Franco da Rocha , SP, CEP: 07901-000 sob pena de nulidade. PRELIMINARMENTE – DO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA Pugna o Requerente pela concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos da Lei n.º 1060/50 e artigo 1º, §§ 2º e 3º da Lei n.º 5.478/68, por ser hipossuficiente na pura acepção jurídica do termo e não possuir condições de arcar com custas processuais, sem prejuízo do seu próprio sustento ou de sua família, juntando declaração de hipossuficiência. DOS FATOS 1. A requerente contraiu matrimônio com o requerido em 13 de agosto de 2000, sendo lavrado o assento de matrimônio sob o Regime de Comunhão Parcial de Bens no Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais, Interdições e Tutelas da Comarca de Francisco Morato, matricula 123345 01 11 2000 2 00000 111 0000041 01, conforme se depreende da inclusa cópia da certidão de casamento. 2. Da referida união, em 13/08/2000 nasceu o filho João Silva de Tal, hoje com 5 (cinco) anos de idade, e que a Requerente exerce sua guarda de fato, devendo ser mantida a guarda provisória ATRAVÉS DE LIMINAR para, por fim, decretada a guarda definitiva expedindo-se o competente termo 3. No mais, em virtude da notória incompatibilidade de gênios, não restando alternativa e, em comum acordo, desistiram da vida em comum, estando separados de fato desde 05 de setembro de 2015. DO PEDIDO LIMINAR – TUTELA DE URGÊNCIA A Requerente exerce a guarda de fato da menor, portanto, tem a Autora o direito de zelar pelo bem estar da infante, totalmente agasalhada pelo artigo 33 da Lei nº 8.069/90, senão vejamos: Art. 33. A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.[...]” Vale lembrar que o artigo 1.583 do Código Civil e seus incisos ao se referir a guarda unilateral diz que: Art. 1.583 – C.C- A guarda será unilateral ou compartilhada. § 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; II – saúde e segurança; III – educação. A Requerente comprova que tem condições de exercer a guarda legal E QUE JÁ O FAZ conforme depreendem da DECLARAÇÃO DE GUARDA e da DECLARAÇÃO DE MATRICULA E FREQUENCIA EM ESCOLA MUNICIPAL anexos. Assim, requer digne-se Vossa Excelência conceder a TUTELA DE URGENCIA para regularizar a guarda provisória da menor em favor da Requerida, expedindo-se o competente termo. DOS DIREITOS I - DOS BENS Na constância da união, as partes adquiriram os seguintes bens: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art1583 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624348/artigo-1583-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 a) imóvel apartamento quitado registrado no 18º Oficial de Registro de imóveis de Francisco Morato – SP, sob matricula nº 111.222, localizada na Rua Gil Cesar Baptista Marques, n° 1000, Jardim Santo Antônio, Francisco Morato, SP, CEP: 01234-123, avaliado em R$ 520.000,00 (quinhentos e vinte mil reais); b) veículo automotor Honda City LX 1.5, automático, ano 2015/2015, Placa AAA-0000, Renavam 0010111235, com valor de tabela em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); Atente-se para o fato de que o imóvel discriminado no item “a” e o mencionado veículo do item “b” encontram-se sob a posse do Requerido. Ademais, requer digne-se Vossa Excelência determinar se proceda a avaliação imobiliária do imóvel, para que seja realizada a venda com a partilha de 50% para cada um. Vale salientar que também se proceda à venda do veículo, determinando a partilha de 50% para cada um. Importante frisar que por diversas vezes a Requerente intentou uma composição amigável de maneira à por fim ao conflito sem que houvesse a necessidade da venda dos bens adquiridos pelo casal, contudo o Requerido se mostrou contrário ao divórcio e se mantem na posse do imóvel e do veículo. II - DA ALTERAÇÃO DO NOME Após a decretação do divórcio, a Requerente deverá voltar a utilizar o nome de solteira, qual seja ELISVÂNIA SILVA, conforme lhe assegura o artigo 25, parágrafo único da lei 6515/77, razão pela qual pugna seja expedido o competente mandado de averbação ao Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais, Interdições e Tutelas da Comarca de Francisco Morato – SP. III - DOS ALIMENTOS Conforme aduzido, a Requerente permaneceu com a guarda das menores e desde então vem custeando todos os gastos com moradia, alimentação, vestuário, educação e saúde. A Lei 5.478/68 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando está o artigo 1.696 do diploma Civil diz que: “Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.” Assim, a requerente encontra amparo legal no artigo 1.695 do Código Civil que diz: “Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu sustento.” Ademais, o dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazer as necessidades vitais do(a) autor(a), vez que este(a) não pode provê-las por si. Isto posto, requer a Vossa Excelência, a procedência da presente demanda, arbitrando alimentos provisórios equivalente a 30% dos rendimentos líquidos OU em caso de desemprego o equivalente a1 (um) salário mínimo vigente. Ao final requer a condenação do Requerido aos alimentos definitivos, além de custas processuais e honorários advocatícios. Por fim, os alimentos devem ser pagos mediante depósito em conta poupança pertencente ao menor, qual seja: Banco Caixa Econômica Federal Ag. 0001; Conta Poupança - 013 00000000-1IV - DA GUARDA PROVISÓRIA E DEFINITIVA A Requerente exerce a guarda de fato do menor, portanto, tem o direito de zelar pelo bem estar do infante, totalmente agasalhada pelo artigo 33 da Lei nº 8.069/90, senão vejamos: Art. 33. A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Por todos os motivos expostos acima e por demonstrar que tem condições de exercer a guarda de fato do menor, para, por fim, seja decretada a guarda definitiva, expedindo-se termos de guarda de João Silva de Tal à genitora ELISVÂNIA SILVA DE TAL, o que desde já se requer. V - DAS VISITAS A Requerente não se opõe as visitas do genitor desde que não interfira negativamente na vida do menor e não lhe traga prejuízo emocional. Assim, pugna que as visitas do Requerido ao filho menor ocorram quinzenalmente na modalidade assistida, e sem pernoite, devendo ser retirado na casa da Requerente as 09:00h devolvendo-o as 18:00h do mesmo dia. DOS PEDIDOS Isto posto, requer a Vossa Excelência, digne-se deferir o pedido de gratuidade de justiça feito pelas partes, bem como: i) Os benefícios da assistência judiciária gratuita à Requerente, conforme lei 1.060/50 por não suportar custas processuais, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família; ii) A concessão da tutela de urgência determinando que a guarda provisória do menor seja conferida à Requerente, expedindo-se o competente termo de guarda; iii) A citação do requerido no endereço apontado no preâmbulo da presente, com os benefícios do artigo 212 e parágrafos do Código de Processo Civil de 2015 a fim de que, apresente defesa no prazo legal, sob pena de revelia, sem prejuízo da expedição dos ofícios de praxe; iv) Requer que este MM. Juízo determine se proceda a avaliação do bem imóvel acima elencado (item “a”), para posterior determinação de venda e partilha na fração de 50% para cada um; v) Subsidiariamente, pugna pela venda do veículo para partilha na fração de 50% para cada um. vi) Decretar a procedência da presente ação determinando o divórcio do casal com a alteração do nome da Requerente para ELISVÂNIA SILVA, expedindo-se mandado de averbação ao Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais, Interdições e Tutelas da Comarca de Francisco Morato – SP; vii) Seja deferida a guarda provisória e ao final definitiva do menor João Silva de Tal à genitora ELISVÂNIA SILVA DE TAL, expedindo-se termos de guarda. viii) O deferimento de visitas na forma quinzenal, sem a pernoite, podendo retirar o menor as 09:00h devolvendo-o as 18:00h no mesmo dia; ix) Condenação do requerido ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios em 20% do valor da causa. Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, em especial pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, mediante intimação do r. juízo e depoimento pessoal do requerido, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da confissão. Dá a causa o valor de R$ X XXXX (XXXXXX) Termos em que, Pede Deferimento. Franco da Rocha , 23 de outubro de 2020. Franco da Rocha Advogado OAB/SP
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