Prévia do material em texto
COLÉGIO ESTADUAL BARRO VERMELHO Aulas Remotas Não Presenciais – Aula nº 05 Meet nº :04 Data: 14/04/2021 Professora: Cristina Disciplina: Física Nome do aluno: Ellen Turma: 203 Depois de participar do nosso encontro virtual, responda as questões abaixo: 1- A Corrida Espacial foi um dos acontecimentos mais espetaculares da Humanidade, no entanto, o objetivo não era apenas explorar o universo. Explique. A corrida espacial foi uma oportunidade de URSS e EUA mostrarem seu poderio tecnológico ao mesmo tempo em que testavam possíveis usos para a construção de novas armas. Desenvolver mísseis intercontinentais e construir um escudo que protegesse cada nação dos mísseis do país inimigo era um dos objetivos deles. 2- Qual é a importância das pesquisas relacionadas com as viagens espaciais? Além do uso dos satélites, sondas e outras estruturas que orbitam a Terra, nos beneficiamos muito de estudos realizados a bordo de naves e da Estação Espacial Internacional (ISS). A análise do comportamento de animais e plantas a bordo da ISS, um ambiente completamente diferente da Terra e com ausência de gravidade pode ajudar os biólogos a entender melhor suas estruturas e fisiologias de uma maneira única. A medicina se beneficiou com o desenvolvimento do processamento digital de imagem feito para que os cientistas pudessem observar com mais detalhes a superfície da Lua na época da corrida espacial, nos anos 1960. Essa mesma tecnologia passou a ser usada por médicos para visualizar melhor órgãos de pacientes e acabou se tornando os sistemas de ressonância magnética e de tomografia computadorizada. Um outro caso também teve resultados muito importantes. Em busca de desenvolver cristais de proteína no espaço, foi descoberto que esse material podia gerar componentes atômicos da albumina, uma proteína humana essencial. O que veio disso foi a produção de um remédio contra o câncer e a criação de produtos cosméticos para a pele para serem comercializados normalmente. 3- Qual é a importância da tecnologia espacial no nosso cotidiano? Talvez esse seja o benefício mais óbvio das missões espaciais: a ativação de satélites que possuem uma infinidade de funções, desde fazer nossos GPSs funcionarem até nos fornecer sinal de televisão, além de internet, telefone e muitas outras coisas. Além disso, estudos climáticos que utilizam imagens extremamente detalhadas feitas com satélites são usados para entendermos melhor o meio ambiente e o impacto causado pelas mudanças climáticas. Alterações na vegetação, nos desertos e nas calotas polares podem ajudar os cientistas a entender melhor o que pode ser feito para que a natureza sofra menos com os abusos do ser humano. 4- Quais tecnologias e itens de nosso cotidiano tiveram origem nos programas espaciais? Diversos outros materiais existem graças à exploração espacial. Muita da tecnologia pensada para levar pessoas e equipamentos em segurança para fora e de volta para nossa atmosfera acaba sendo aplicada em outros dispositivos na Terra. Um exemplo é o paraquedas que ajudou a pousar as sondas Viking 1 e 2 no solo marciano em segurança. Esse mesmo material é usado aqui em pneus automotivos criados pela Goodyear, sendo muito mais duráveis e resistentes que os comuns. Comida enriquecida para bebês, também, é um fruto das pesquisas da NASA para nutrir bem seus astronautas no espaço. Quem desenvolveu o produto foi um laboratório chamado Marietta pensando em como criar uma fonte de alimentação que fosse rica em nutrientes e fácil de ser embalada, transportada e ingerida pelos homens no espaço. A NASA reprovou o projeto e o laboratório forneceu a tecnologia para a fabricação de comida enriquecida para bebês. O sensor chamado CMOS, que você conhece melhor como a câmera de seu smartphone, também é obra da NASA. Ele foi desenvolvido pelo Jet Propulsion Lab da agência espacial em busca de câmeras minúsculas para serem levadas em viagens espaciais. Acabou indo parar nos bolsos de quase todas as pessoas que carregam um celular por aí para que registrem as mais belas imagens de refeições gourmet e de gatos de todos os tipos. No fim das contas, as missões de exploração do espaço têm uma importância muito maior do que parece. Todo o estudo de desenvolvimento de materiais e métodos acaba gerando tecnologias bastante úteis para o homem e tornando possível a criação de produtos como painéis de energia solar, membros artificiais, termômetros de infravermelho, detectores de fumaça e até palmilhas de sapatos, além, é claro, do que já foi citado nesse texto. 5- Conforme notícias atuais, o que sabes sobre a exploração de marte? Fevereiro foi um mês movimentado para Marte. Os árabes e os chineses chegaram à órbita marciana com menos de 24 horas de diferença, e espera-se que na próxima quinta-feira (18), uma terceira missão — a Mars 2020, da Nasa, a agência espacial norte-americana — pouse um rover na superfície do planeta vermelho. As três missões foram lançadas com poucos dias de diferença em meados de julho do ano passado, período marcado pela aproximação das órbitas da Terra e Marte. O evento astronômico ocorre a cada 26 meses e encurta a distância entre os dois planetas, favorecendo, assim, a exploração espacial. Para o professor Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório de Astronomia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da mesma forma como a disputa entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética deflagrou uma "corrida à Lua", nos anos 1960, Marte está sendo agora objeto de uma nova corrida espacial. "A primeira atitude que o homem tomou quando chegou à Lua foi espetar no satélite natural da Terra uma bandeira de seu país. Isso comprova que o interesse era realmente dizer: 'eu fui o primeiro'. Tenho lá minhas dúvidas se não estão querendo fazer a mesma coisa com Marte", afirma. "Por outro lado, é fato que existe aquela curiosidade nata do ser humano de conhecer mais o universo, de saber o que tem lá, de explorar a composição química da atmosfera e do solo marciano, a possibilidade de ter havido vida no planeta, entre tantas outras questões", completa. Já o astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, acredita que além do interesse científico, a exploração do planeta vermelho passa ainda pela questão expansionista, uma vez que diversos países, entre eles os Emirados Árabes, já manifestaram a pretensão de colonizar Marte em um futuro não tão distante. "Os Emirados Árabes têm a meta de colonizar Marte e construir uma cidade marciana com 600 mil habitantes até 2117. O bilionário Elon Musk pretende fazer o algo semelhante até 2050, o que eu, particularmente, acho uma perspectiva irrealista. Apesar disso, talvez ele seja a pessoa mais adiantada nesse sentido, pois foi o primeiro a ter essa ideia", diz. "O interesse por trás da colonização é sobretudo econômico, uma vez que os foguetes que estão sendo construídos com essa finalidade atualmente terão capacidade para transportar cargas muito maiores para o espaço. Além disso, no caso dos Emirados Árabes, o feito colocaria o país em outro patamar em termos de visibilidade internacional", completa. Dificuldades: Apesar de a ideia ser bastante empolgante, os astrônomos garantem que a colonização de Marte está longe de se tornar realidade. Além do fato de que será preciso construir foguetes muito mais robustos do que os que já existem atualmente, há uma série de estudos que ainda precisam ser realizados para minimizar os impactos da vida no planeta vermelho à saúde humana. "Os foguetes provavelmente teriam capacidade para ir até lá, mas não teriam como voltar devido à escassez de combustível", afirma Langhi. "É justamente por esse motivo que as agências espaciais estão estudando a possibilidade de enviar seres humanos para Marte em uma viagem só de ida." Além disso, diferentemente da Terra, Marte não conta com um campo magnético, que serve de filtro contra a radiação solar e diversos outros fatores nocivos."Até o momento, sabe-se que essa radiação atravessa a blindagem do foguete, atinge o ser humano, e a longo prazo, pode causar câncer", diz Barbosa. "Passar muito tempo fora da gravidade da Terra pode provocar ainda uma série de outros danos, como calcificação, atrofia e problemas de pressão."