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Conceito de Humanidade em Animais e Animalidades

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Tereza Stein

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
Introdução a Antropologia
Segundo semestre de 2020
Aluna: Tereza Cristina Stein Batista
Matrícula: 201772149A
2- No artigo Animais e Animalidades, do escritor Tim Ingold, é trabalhado o conceito de
humanidade como uma ciência acreditando que estuda-la não é somente se aprofundar nas
características de uma única espécie mas sim de estudar as ações das pessoas em seus
diversos lugares, acreditando, que a melhor maneira de se aprofundar nos conceitos de
humanidade seria através de uma análise de suas origens, uma vez que, fomos criados pelo
conceito e tradição ocidental, conceitos estes, de "Humano" e "animal" que ao longo dos anos
se assemelham para a criação do conceito de homem.
Tim Ingold separa seu artigo em três partes, para se ter uma compreensão melhor do
conceito de humanidade, seriam elas: Uma questão de ter ou não ter cauda, Ser humano e
condição humana de ser e por último A questão da singularidade humana, na intenção
entender o homem como um animal para depois introduzir um significado alternativo do ser
humano e trabalhar uma associação entre essas noções de humanidade.
● 1° Parte: Uma questão de ter ou não ter cauda:
Nesta parte é trabalhada a história de um tenente da Marinha Sueca, Nicolas Köping, que
afirmava que ao seu aproximar de uma ilha viu que seus habitantes possuíam caudas imensas
como de gatos e estes habitantes haviam devorado cinco de seus homens. Tempos depois o
relatório de Köping foi retomado em um dos tratados de Lineu, e os homens que tinham
caudas foram classificados como uma espécie de macaco, despertando assim o interesse de
um excêntrico juiz escocês conhecido como Lord Monboddo, que pesquisou sobre a
veracidade da história de Köping, que se confirmaram e ele chegou a conclusão de que os
habitantes da ilha realmente tinham caudas. Entretanto com o conhecimento que temos
atualmente do passado, fica fácil reconhecer a fantasia na história de Köping e que
Monboddo foi um tolo por acreditar em tais histórias, porém Monboddo criou um argumento
que ia contra todas as crenças convencionais.
Estou ciente, porém, de que todos aqueles que acreditam que os homens são e sempre foram os
mesmos em todas as épocas e em todas as nações do mundo, e da maneira como os vemos na Europa,
considerarão esse relatório inacreditável; de minha parte, estou convencido de que ainda não
descobrimos toda a multiplicidade da natureza, nem ao menos em nossa própria espécie; e, no meu
entender, a coisa mais inacreditável que se poderia dizer, ainda que não houvesse fatos para refutá-la, é
que todos os homens, nas mãos diversas partes da Terra, são iguais em tamanhos, formato, aparência e
cor.
(INGOLD,Tim. Humanidade e Animalidade - pag 2.)
Monboddo não desconsiderou a existência de pessoas com caudas, pois para ele se
algumas populações possuem pele branca e outras negras, por que não poderia existir umas
que não tivessem rabo e outras não? Pois para ele o gênero humano era mutável. Com o
passar dos anos a Biologia moderna, que sofreu uma transformação com as descobertas de
Darwin, que de certa forma apoia as idéias de Manboddo, na opinião de uma forma única na
humanidade, de que as pessoas não possuem o mesmo tamanho, formato, aparência ou cor
em todos os lugares do mundo e que na perspectiva de evolução da vida dos seres humanos
representam apenas um pedaço insignificante da vida.
● 2° parte: Ser humano e condição humana do ser
Tim Ingold, traz um significado para o ser Humano como sendo diferente de um animal,
mostrando a sua existência humana como sua diversidade de cultura, dessa forma o ser
Humano não aparece como um animal elevando assim, a existência humana. Buffon, um
naturalista Francês, o ser humano é separado dos mais primitivos macacos por uns grande
abismo, se assemelhando somente na aparência, assim como pensava monboddo, que pensava
também, que a qualidade humana se desenvolvia no ser através do tempo e se completou com
o surgimento da Razão e do intelecto, que é o que sustenta a faculdade lingüística do homem.
Embora a animalidade demonstra uma versão mais primitiva do ser, onde a força bruta se
sobressai no lugar da intelectualidade, e não se caracterizam no conceito de contrato social de
Rousseau. Determinada animalidade ainda é tema de debates e possui uma forte presença na
cultura ocidental, recebendo uma grande herança do pensamento dualista que acaba
influenciando na percepção de humanidade, deixando o questionamento a respeito da
natureza humana, se ela reside na animalidade ou na humanidade, e para responder este
questionamento o autor retorna a Buffon, que acredita que o aspecto da natureza humana
resident na humanidade, de acordou com os dogmas cristãos, que futuramente é refutado por
Darwin na teoria da evolução humana.
● 3° parte: A questão da singularidade humana.
Tim Ingold conclui seu pensamento com uma comparação entre as duas noções de
humanidade vistas anteriormente, pontuando que a espécie humana é tão distinta como
qualquer outra e ao mesmo tempo se assemelha geneticamente a outras espécies, como por
exemplo, aos chimpanzés que possuem quase 100% da genética humana e que só não se
assemelha pois ambas estão em uma constante evolução.
Na visão científica, cada cientista possui um adjetivo para classificar o ser humano,
pontuando que somente essa determinada palavra é a única para se entender a essência
humana, porém o ser humano é um misto de adjetivos, sendo o único capaz de raciocinar
sobre os seus atos não agindo somente por extinto como os outros os demais animais, ele
consegue refletir sobre o curso da sua vida de forma atemporal, o que de certa forma deixa o
homem no centro do universo (antropocentrismo), o que preocupa muitos cientistas, já que
ocorreram varias tentativas de separar os seres humanos das demais espécies do reino animal,
baseando-se na ideia de que as diferenças entre os animais são mais entre graus do que entre
espécies.

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