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Aula 01 - Prof. Sérgio Mendes Administração p/ ICMS/RJ - 2016 (Com Videoaulas) Professores: Marco Tulio Bicalho Gomes, Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 93 AULA 1: Receita Pública APRESENTAÇÃO DO TEMA SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1 1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE INGRESSO .................................. 7 2. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS) ........... 10 3. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS) ...... 24 4. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO ............ 27 5. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS ........................................................ 28 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - FCC ................................ 31 MEMENTO I ........................................................................................... 67 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ...................................... 72 GABARITO ............................................................................................. 93 Olá amigos! Como é bom estar aqui! Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma pessoa para atingir uma meta. Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido — faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados. Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto da Simplus, com adaptações). Eu, Sérgio Mendes, estarei com você nas aulas 1 a 4. São temas mais atinentes ao Orçamento Público. Os tópicos de tais aulas são tão importantes que aparecem de forma idêntica duas vezes no nosso edital: em Administração 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 93 e em Finanças Públicas. Assim, se você já adquiriu o curso de Finanças Públicas verá que muita coisa será idêntica nesta parte que ministro. O motivo de eu replicar isso em ambos os cursos é que nem todo mundo adquire os dois cursos, logo, quem adquirisse apenas este curso de Administração teria partes faltando do edital caso eu optasse por não replicar as aulas. Em resumo: quem adquirir apenas o curso de Administração terá todos os tópicos de Administração; quem adquirir apenas o curso de Finanças Públicas terá acesso completo a todos os tópicos de Finanças; quem comprar os dois cursos terá acesso ao conteúdo completo de ambas as matérias, mas com 4 aulas replicadas. Apesar disso é altamente recomendável adquirir os dois cursos, porque apenas 4 aulas serão iguais! Teremos ainda mais de 10 aulas diferentes! Questões FCC e de outras bancas para a fixação do conteúdo A utilização apenas de questões FCC não é muito produtiva no estudo da Administração Financeira e Orçamentária. Como a FCC trabalha com 5 alternativas, fica difícil usá-la para a fixação dos conteúdos. Além disso, as alternativas muitas vezes versam sobre diferentes temas, o que impossibilita de colocá-las no meio de texto. Proponho o seguinte. No corpo do texto, utilizaremos as questões do CESPE para a fixação do conteúdo. No fim de cada aula, colocarei dezenas de questões FCC. Todas elas também serão comentadas. Assim, quando você terminar a aula e for resolver as questões, estará bem preparado. Você não será prejudicado em nada, pois em vez de ter apenas questões da FCC, utilizaremos também outras para fixação, o que nos possibilita ter um grande número de questões em todas as aulas. E se você preferir vá direto para as questões FCC. Entretanto, aconselho a ler as questões de todas as bancas. Você estará “afiado” para a prova! E o que é a Administração Orçamentária? O estudo de Administração Financeira e Orçamentária (AFO)/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito Financeiro. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 93 O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos). No estudo dos ramos do Direito, o Direito Financeiro pertence ao Direito Público, sendo um ramo cientificamente autônomo em relação aos demais ramos. A própria Constituição Federal, consoante o inciso I do art. 24, assegura tal autonomia: “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II – orçamento; (...).” O estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com um enfoque administrativo. Dessa forma, pode-se definir a Administração Financeira e Orçamentária como a disciplina que estuda a atividade financeira do estado e sua aplicação na Administração Pública, bem como os atos que potencialmente poderão afetar o patrimônio do Estado. O estudo de AFO visa assegurar a execução das funções do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização, a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fases. Por ter sido Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento e no Senado Federal ter atuado no acompanhamento dos trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, tentarei aliar a teoria a exemplos práticos, para facilitar a compreensão do conteúdo. Mas saiba que de alguma forma todos nós já temos uma noção intuitiva do que seja orçamento, chave de nossa matéria. Por exemplo, sua renda familiar mensal (receita) deve ser igual ou superior aos seus gastos no mesmo período (despesas). Caso isso não ocorra, você terá que financiar seus gastos de outra forma, normalmente por meio de empréstimos (operações de crédito), vendendo algum bem (alienação de bens) ou utilizando suas possíveis economias (reservas). A diferença é que o Orçamento Público segue diversas regras, consubstanciadas na legislação que rege nossa matéria. Ao contrário da administração de uma família, o gestor público não é o dono do que ele administra, que pertence ao povo. Logo, apesar de existir uma parcela de discricionariedade, ele fica limitado a seguir princípios e regras gerais para elaborar instrumentos de planejamento e orçamento, realizar receitas e executar despesas públicas, gerar endividamento, pagar pessoal, realizar transferências etc. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof.Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 93 Alguns conceitos de Orçamento público: Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do País, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei. Consoante Giacomoni, de acordo com o modelo de integração entre planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas. De acordo com Abrúcio e Loureiro, “o orçamento é um instrumento fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas. Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões orçamentárias os problemas centrais de uma ordem democrática como representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988 trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou o Poder Legislativo”. Este é um dos volumes do Projeto de Lei Orçamentária Anual, fotografado no momento em que foi recebido no Congresso Nacional. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 93 Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula a Receita Pública. A palavra receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. A receita pública pode ser definida em sentido amplo (lato) e em sentido restrito (stricto). Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributárias, operações de crédito, operações de crédito por antecipação de receita, cauções etc. Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio público sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita de contribuições, receitas industriais etc. No processo orçamentário, é notável a relevância da receita pública, cuja previsão dimensiona a capacidade governamental em fixar a despesa pública e, no momento da sua arrecadação, torna-se instrumento condicionante da execução orçamentária da despesa. A receita está envolvida em situações singulares na Administração Pública, como a sua distribuição e destinação entre as esferas governamentais e o estabelecimento de limites legais impostos pela lei de responsabilidade fiscal. Dessa forma, assume fundamental importância ao permitir estudos e análises acerca da carga tributária suportada pelos diversos segmentos da sociedade. O conhecimento dos conceitos e da classificação da receita possibilita a cidadania no processo de fiscalização da arrecadação, bem como o efetivo controle social sobre as contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores públicos, o conhecimento das receitas públicas, principalmente em face da LRF, contribui para a transparência das contas públicas e para o fornecimento de informações de melhor qualidade aos diversos usuários. As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental importância para a transparência das operações constantes de um orçamento. Toda a informação orçamentária é organizada e veiculada segundo um tipo de classificação. Ademais, é por meio das várias classificações, ainda, que se implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da ação 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 93 pública, orçamento e gestão das organizações do setor público, ilustrando, desse modo, o direcionamento político da ação governamental. Nesta aula abordaremos as classificações da Receita Pública. Na seguinte, trataremos das classificações da Despesa Pública. Em ambos falaremos bastante do que está previsto no atual Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, no atual Manual Técnico de Orçamento - MTO e nas Portarias que regem as classificações. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 93 1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE INGRESSO Quanto à forma de ingresso, as receitas podem ser: Orçamentárias: são entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patrimônio do Poder Público. Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento. Receita orçamentária A receita pública pode ser considerada orçamentária mesmo se não estiver incluída na lei orçamentária anual. São chamadas também de ingressos orçamentários. Extraorçamentárias: tais receitas não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias – ARO, consignações diversas, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. operações de crédito ≠ operações de crédito por ARO As operações de crédito são receitas orçamentárias e as operações de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. Observação: uma receita extraorçamentária pode se tornar orçamentária. Por exemplo, pode ser exigido de um licitante um depósito em caução para a participação em uma licitação. O depósito em caução é uma receita extraorçamentária do órgão, sujeita à devolução. Se o licitante der um lance vencedor e não honrá-lo no prazo previsto, perderá a caução em favor do Erário, que a incorporará como receita orçamentária. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 93 Vários autores utilizam o termo “natureza” nessa classificação. Atente para não confundir com a classificação por natureza da receita. Entendo que o termo “forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. Segundo o MTO, a classificação da receita orçamentária, a exemplo do que ocorre nadespesa, é de utilização obrigatória por todos os entes da Federação, sendo facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas necessidades. Sobre o assunto, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios: 1. natureza de receita; 2. indicador de resultado primário; 3. fonte/destinação de recursos; e 4. esfera orçamentária1. 1) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2015) Os ingressos extraorçamentários, que integram o fluxo financeiro das receitas públicas, não têm impacto no patrimônio líquido nem são objeto de programação orçamentária. As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. Resposta: Certa 2) (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU - 2015) Os ingressos extraorçamentários, tais como os oriundos de depósitos em caução, têm caráter temporário e representam passivos exigíveis do Estado, sendo sua restituição independente de autorização legislativa. As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São chamadas de ingressos extraorçamentários. São exemplos os depósitos em caução. Resposta: Certa 1 A classificação por esfera é uma classificação tanto da receita como da despesa. Será estudada em uma das aulas sobre classificação da despesa pública. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 93 3) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) Entre as receitas incluídas na lei orçamentária anual estão as operações de crédito por antecipação de receita. As operações de crédito por antecipação de receita são receitas extraorçamentárias. Resposta: Errada 4) (CESPE – Agente Administrativo – Polícia Federal – 2014) Recursos provenientes de caução não devem ser considerados receita orçamentária, pois representam apenas movimentação de fundos. Cauções são receitas extraorçamentárias, pois não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente. Resposta: Certa 5) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) As emissões de papel-moeda estão entre as receitas compreendidas na lei de orçamento. As emissões de papel-moeda estão entre as receitas extraorçamentárias. Resposta: Errada 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 93 2. CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS) As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. É a menor célula de informação no contexto orçamentário para as receitas públicas, devendo, portanto, conter todas as informações necessárias para as devidas vinculações. Em face da necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em níveis, que formam o código identificador da natureza de receita: 1.º Nível: Categoria Econômica 2.º Nível: Origem 3.º Nível: Espécie 4.º Nível: Rubrica 5.º Nível: Alínea 6.º Nível: Subalínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 1.º nível - Categoria econômica da receita X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea Este nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). É codificado e subdividido da seguinte forma: 1. Receitas correntes. 2. Receitas de capital. 7. Receitas correntes intraorçamentárias. 8. Receitas de capital intraorçamentárias. Vamos a elas: Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositivo do Estado – tributária e de contribuições; da exploração de 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 93 seu patrimônio – patrimonial; da exploração de atividades econômicas – agropecuária, industrial e de serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes – transferências correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores – outras receitas correntes. Receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente. Em geral, as receitas de capital são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saída do patrimônio em troca de recursos financeiros). Na Lei 4320/1964: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. Segundo a Lei 4.320/1964, o superávit do orçamento corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita orçamentária. Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela já foi considerada no orçamento corrente. Por exemplo, ao final de 2014, em determinado ente, a diferença entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhões, e as despesas correntes realizadas, de R$ 8 bilhões, é considerada superávit do orçamento corrente e receita de capital. O superávit do orçamento corrente é receita de capital, porém não é receita orçamentária. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 93 Receitas intraorçamentárias: são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São chamadas também de ingressos intraorçamentários. Têm a finalidadede discriminar as receitas referentes às operações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social. O elemento motivador da criação dessas receitas foi a inclusão, na Portaria Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”. Receitas Intraorçamentárias As receitas intraorçamentárias são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social de uma mesma esfera de governo. Não inclui o Orçamento de Investimento das Estatais. As novas naturezas de receitas intraorçamentárias são constituídas substituindo-se o primeiro nível (categoria econômica “1” ou “2”) pelos dígitos “7”, se receita corrente intraorçamentária, e “8”, se receita de capital intraorçamentária, mantendo-se o restante da codificação. As classificações incluídas não constituem novas categorias econômicas de receita, mas sim meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. 6) (CESPE – Administrador – FUB - 2015) De acordo com a categoria econômica, o superávit do orçamento corrente é considerado fonte de receita corrente do Estado. São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 93 destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente (art. 11, § 2º, da Lei 4320/1964). Resposta: Errada 7) (CESPE – Analista – Orçamento, Gestão Financeira e Controle – TCDF – 2014) O resultado decorrente do balanceamento entre receitas e despesas correntes é reconhecido como item de receita orçamentária. O superávit do Orçamento Corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém não constituirá item de receita orçamentária (art. 11, §3º, da Lei 4.320/1964). Resposta: Errada 8) (CESPE – Analista Administrativo – Ciências Contábeis – ANTAQ – 2014) As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas na modalidade aplicação. O elemento motivador da criação das receitas intraorçamentárias foi a inclusão da modalidade de aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”. Resposta: Certa 9) (CESPE – Agente Administrativo – Polícia Federal – 2014) A classificação da receita quanto à natureza visa identificar a origem do recurso que ingressa nos cofres públicos segundo o fato gerador, servindo para análise do impacto dos investimentos governamentais na economia. As naturezas de receitas orçamentárias procuram refletir o fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres públicos. O primeiro nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. É utilizado para mensurar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). Resposta: Certa 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 93 2.º nível - Origem X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea É a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio público. Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital. Os códigos da origem para as receitas correntes e de capital são: ORIGENS DAS RECEITAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 1. Receita Tributária 2. Receita de Contribuições 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuária 5. Receita Industrial 6. Receita de Serviços 7. Transferências Correntes 9. Outras Receitas Correntes 1. Operações de Crédito 2. Alienação de Bens 3. Amortização de Empréstimos 4. Transferências de Capital 5. Outras Receitas de Capital 2.1 Origens das receitas correntes 2.1.1 Receitas tributárias 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 93 Para que o Estado possa custear suas atividades, são necessários recursos financeiros. Uma de suas fontes é o tributo, o qual é definido pelo art. 3º do Código Tributário Nacional – CTN: “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Apresento também o conceito da Lei 4320/1964, pois pode aparecer em prova cobrando a literalidade do dispositivo: Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades (art. 9º da Lei 4320/1964). Independentemente do nome ou da destinação, o que vai caracterizar o tributo é o seu fato gerador, o qual é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Assim, são irrelevantes sua denominação e a destinação legal do produto de sua arrecadação. O art. 5º do CTN define que as espécies de tributos são impostos, taxas e contribuições de melhorias: Imposto: conforme o art. 16, “imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à Administração Tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestadoao contribuinte ou posto à sua disposição”. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Contribuição de melhoria: segundo o art. 81, “a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 93 Nas classificações orçamentárias, os impostos, taxas e contribuições de melhorias são receitas tributárias. As demais contribuições são receitas de contribuições. Contribuição de melhoria 2.1.2 Receitas de contribuições As receitas de contribuições correspondem ao ingresso proveniente de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e para o custeio de serviço de iluminação pública, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Exemplos: contribuição para o salário-educação, contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias), contribuição para o fundo de saúde das Forças Armadas etc. Apesar da controvérsia doutrinária sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte forma: Contribuições sociais (1210.00.00): destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdência social, a saúde e a assistência social. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (1220.00.00): a CIDE é classificada no orçamento público como uma espécie de contribuição que atinge um determinado setor da economia, com finalidade qualificada em sede constitucional, instituída mediante um motivo específico. Essa intervenção se dá pela fiscalização e por atividades de fomento, como, por exemplo, desenvolvimento de pesquisas para crescimento do setor e oferecimento de linhas de crédito para expansão da produção. Um exemplo de CIDE é o Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, voltado à suplementação tarifária de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego. Contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Pública (1230.00.00): sob a ótica da classificação orçamentária, também é espécie da origem Contribuições, que integra a categoria econômica Receitas Correntes. Foi instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A à CF/1988, e possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição é dos Municípios e do Distrito Federal. As Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas se caracterizam por atender a determinadas categorias profissionais ou econômicas, vinculando sua arrecadação às entidades que as instituíram. Não transitam pelo orçamento da União. Essas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de interesse de grupos profissionais, como, por exemplo, Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 93 Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, Conselho Regional de Medicina – CRM, entre outros. 2.1.3 Demais origens Receita patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos, como o que acontece quando se arrenda os terrenos da União, em que o Poder Público concede à outra parte o gozo temporário de um terreno mediante retribuição. Tal retribuição se torna receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, foros e laudêmios, taxas de ocupação de imóveis, juros de títulos de renda, dividendos, participações, bônus de assinatura de contrato de concessão, remuneração de depósitos bancários, remuneração de depósitos especiais e remuneração de saldos de recursos não desembolsados. Receita agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificação as receitas advindas da exploração da agricultura (cultivo do solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos. Receita industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de extração mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Receita de serviços: é o ingresso proveniente da prestação de serviços de transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes à atividade da entidade e outros serviços. Transferência corrente: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. Outras receitas correntes: são os ingressos correntes provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: recebimento de dívida ativa, multas em geral, restituições etc. Das “demais origens”, a mais cobrada em provas é a receita patrimonial! 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 93 Mas afinal, o que é laudêmio? Para responder a pergunta tema desta página é necessário fazermos um breve esclarecimento sobre o instituto da enfiteuse, também conhecido pelo nome de aforamento, pois o laudêmio advém desse instituto que é o mais amplo dos direitos reais sobre coisa alheia. Para que todos possam entender a enfiteuse, quando dizemos "todos" incluímos os que não são operadores do direito, citemos um simples contrato de locação de imóvel como exemplo para uma analogia. No contrato de locação de imóvel temos o "locador", proprietário, e o "locatário", pessoa que alugou o imóvel para fins residenciais ou comerciais, obrigando-se a pagar um aluguel àquele. No contrato de enfiteuse temos o "senhorio direto", proprietário, e o "enfiteuta" (ou "foreiro"), este pessoa que adquiriu o domínio útil do imóvel e se obrigou a pagar uma pensão anual (foro) àquele. Fazendo uma analogia entre os dois contratos, no de locação o prazo é determinado, no de enfiteuse é perpétuo, no de locação o locatário não pode alienar (vender) os direitos que exerce sobre a propriedade, já no de enfiteuse o enfiteuta pode alienar o domínio útil do imóvel. À vista da analogia acima feita entre os dois contratos, observamos que o enfiteuta pode alienar os seus direitos porque adquire uma parte do domínio do imóvel chamada de útil, que significa, de forma simplória, o direito de usufruir o imóvel do modo mais completo. O senhorio direto conserva uma outra parte para si do imóvel denominada domínio direto. Pois bem, unindo-se o domínio direto com o útil temos o domínio pleno, que é exatamente o tipo de domínio que permanece com o locador no contrato de locação. A partir deste ponto, deixemosde lado o contrato de locação. Pois bem, para o enfiteuta alienar o seu domínio útil deverá primeiramente consultar o senhorio direto, pois este tem preferência na compra. Uma vez que o senhorio declina no seu direito de preferência e deixa de consolidar o domínio pleno do imóvel em suas mãos, surge a obrigação do enfiteuta de pagar o LAUDÊMIO. O mesmo é devido somente nas transações onerosas, portanto, nas transações não onerosas inexiste a obrigação do pagamento de laudêmio. Os foreiros ou ocupantes de imóvel da União com renda familiar inferior ou igual a cinco salários mínimos, podem requerer a isenção do pagamento. O laudêmio não é tributo, portanto, não é imposto. Trata-se de uma contraprestação pecuniária em que se obrigou o particular (foreiro) quando firmou o contrato de enfiteuse com o proprietário (senhorio direto) do imóvel. A obrigação não nasce diretamente da lei como no caso do tributo, tem origem numa relação contratual. O mesmo diga-se do ocupante de terra que foi autorizado a ocupar. Fonte: ENTENDA O QUE É LAUDÊMIO. Desenvolvido por Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues. Esclarecimentos sobre a cobrança de laudêmio. Disponível em: http://www.laudemio.com.br. Acesso em: 09/11/2012. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 93 2.2 Origens das receitas de capital Operações de crédito: são os ingressos provenientes da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para efeitos de classificação orçamentária, os empréstimos compulsórios também são classificados como operações de crédito. Alienação de bens: é o ingresso proveniente da alienação de bens móveis ou imóveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizações, venda de um prédio público etc. Amortização de empréstimos: é o ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo poder público. Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. Outras receitas de capital: são os ingressos de capital provenientes de outras origens não classificáveis nas anteriores. Exemplos: integralização de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e remuneração das disponibilidades do tesouro. Transferência corrente ≠ Transferência de capital. O que interessa para diferenciar as transferências é a aplicação da receita e não a sua procedência. Se for aplicada em despesas de capital, será transferência de capital; se for aplicada em despesas correntes, será transferência corrente. 10) (CESPE – Auditor – FUB - 2015) Sob a ótica econômica, as receitas estão divididas em receitas correntes e de capital, abrangendo estas últimas as operações de crédito, a alienação de bens, a amortização de empréstimos, as transferências de capital e outras receitas de capital. O 1º nível da classificação por natureza obedece ao critério econômico. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. São receitas de capital: operações de crédito, alienação de bens; amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 93 Resposta: Certa 11) (CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – TCU - 2015) O ingresso proveniente de outros entes da Federação, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, deve ser classificado como outras receitas correntes. O ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes, é classificado como transferência corrente. Caso o objetivo seja a aplicação em despesas de capital, será transferência de capital. Resposta: Errada 12) (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU - 2015) O registro do ingresso financeiro resultante da venda à vista de um imóvel de propriedade da União deve ser tratado contabilmente como receita corrente, enquanto o ingresso financeiro decorrente do aluguel a terceiros de imóvel de propriedade da União deve ser tratado como receita de capital. O registro do ingresso financeiro resultante da venda à vista de um imóvel de propriedade da União deve ser tratado como receita de capital de alienação de bens, enquanto o ingresso financeiro decorrente do aluguel a terceiros de imóvel de propriedade da União deve ser tratado como receita corrente patrimonial. Resposta: Errada 13) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) As concessões e permissões e as compensações financeiras são registradas como receitas de contribuição. As concessões e permissões e as compensações financeiras são registradas como receitas patrimoniais. Resposta: Errada 3.º nível - Espécie X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 93 É o nível de classificação vinculado à origem, composto por títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais receitas. Por exemplo, dentro da origem receita tributária (receita proveniente de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. 4.º nível – Rubrica X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. 5.º nível – Alínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea Funciona como uma qualificação da rubrica. A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. 6.º nível – Subalínea X Y Z W TT KK Categoria Econômica Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea Constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea. Detalhamento de código Para atender às necessidades internas, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão detalhar as classificações orçamentárias a partir do 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 93 nível ainda não detalhado, sendo que, se o detalhamento ocorrer no nível de alínea (quinto e sexto dígitos) ou subalínea (sétimoe oitavo dígitos), deverá ser a partir do 51. A administração dos níveis já detalhados cabe à União. Poderá haver um sétimo nível (nono e décimo dígitos), denominado de detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente. Exemplo de uma estrutura completa da natureza da receita: 1112.04.10 Fonte MCASP 14) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – MDIC – 2014) Os códigos correspondentes às rubricas devem ser utilizados quando se fizer necessário discriminar os tipos de receita agrupados em determinada espécie. A rubrica é o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. Resposta: Certa 15) (CESPE – Analista – Serviços Técnicos e Administrativos– TCDF – 2014) A codificação econômica da receita pública é dividida em sete níveis, seis de utilização obrigatória e um de utilização facultativa. Em face da necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em níveis, que formam o código identificador da natureza de receita. São seis obrigatórios. Poderá haver um sétimo nível, denominado de detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente. Resposta: Certa 1 – Categoria Econômica: Receitas Correntes 1 – Origem: Receitas Tributárias 1 – Espécie: Impostos 2 – Rubrica: Impostos sobre o Patrimônio e a Renda 04 – Alínea: Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza 10 – Subalínea: Pessoas Físicas Detalhamento de código: não há. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 93 16) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014) Caso se pretenda identificar, dentro de cada espécie de receita, uma qualificação mais específica ou agregar determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si, deve-se utilizar o nível de codificação da receita denominado rubrica. A rubrica é o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. Resposta: Certa 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 93 3. CLASSIFICAÇÃO POR FONTES (OU POR DESTINAÇÃO DE RECURSOS) É uma classificação tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificação por natureza da receita busca a melhor identificação da origem do recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados. As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como são financiadas as despesas orçamentárias. É a individualização dos recursos de modo a evidenciar sua aplicação segundo a determinação legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificação da receita e da despesa. Por meio da classificação por fontes, possibilita-se o atendimento dos seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único, da LRF); A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). A classificação por fontes de recursos consiste em um código de três dígitos, sendo que o primeiro indica o grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificação das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos identifica se o recurso é ou não originário do Tesouro Nacional e se pertence ao exercício corrente ou a exercícios anteriores. 1.º DÍGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 1 – Recursos do Tesouro – Exercício Corrente 2 – Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente 3 – Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores 6 – Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores 9 – Recursos Condicionados Definições: Recursos do Tesouro: são aqueles geridos de forma centralizada pelo Poder Executivo, que detém a responsabilidade e o controle sobre as disponibilidades financeiras. Essa gestão centralizada se dá, normalmente, por meio do Órgão Central de Programação Financeira, a 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 93 STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberações aos órgãos e entidades, de acordo com a programação financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratégicos do Governo. Recursos de outras fontes: são aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade está sob a responsabilidade desses órgãos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autorização do Órgão Central de Programação Financeira para dispor desses valores. De forma geral, esses recursos têm origem no esforço próprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestação de serviços ou exploração econômica do patrimônio próprio. Exercício corrente e exercícios anteriores: corresponde à segregação entre recursos arrecadados no exercício corrente daqueles arrecadados em exercícios anteriores, informação importante, uma vez que os recursos vinculados deverão ser aplicados no objeto para o qual foram reservados, ainda que em exercício subsequente ao ingresso (art. 8º da LRF). Ressalta-se que os códigos 3 e 6 deverão ser utilizados para registro do superávit financeiro do exercício anterior, que servirá de base para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificações das destinações de recursos. Recursos condicionados: são aqueles incluídos na previsão da receita orçamentária, mas que dependem da aprovação de alterações na legislação para a integralização dos recursos. Quando confirmadas tais proposições, os recursos são remanejados para as destinações adequadas e definitivas. Os dígitos seguintes são bastante variados. O estudante deve saber que a fonte de recursos é composta por 3 dígitos e quais são os grupos do 1.° dígito. Exemplos de fontes: Fonte 100: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos Ordinários (00); Fonte 152: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Resultado do Banco Central (52); Fonte 150: Recursos do Tesouro – Exercício Corrente (1); Recursos Próprios Não Financeiros (50); Fonte 250: Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente (2); Recursos Próprios Não Financeiros (50); Fonte 300: Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores (3); e Recursos Ordinários (00). O MCASP traz algumas observações importantes: Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de destinação/fonte de recursos exerce um duplo papel na execução orçamentária. Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. SérgioMendes www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 93 despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados. Assim, o mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária. A destinação de recursos é o processo no qual os recursos públicos são correlacionados a uma aplicação, desde a previsão da receita até a efetiva utilização dos recursos. A destinação pode ser classificada em destinação vinculada e destinação ordinária. A destinação vinculada é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. Já a destinação ordinária é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. O argumento utilizado na criação de vinculações para as receitas é o de garantir a despesa correspondente, seja para funções essenciais, seja para entes, órgãos, entidades e fundos. Deve ser pautado em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos. Outro tipo de vinculação é aquela derivada de convênios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos são obtidos com finalidade específica. Na execução orçamentária, a codificação da destinação da receita indica a vinculação, evidenciando, a partir do ingresso, as destinações dos valores. Quando da realização da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligação entre a receita e a despesa. Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificação por natureza de receita e destinação de recursos, sendo possível determinar a disponibilidade para alocação discricionária pelo gestor público, e aquela reservada para finalidades específicas, conforme vinculações estabelecidas. Portanto, o controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboração do orçamento até a sua execução, incluindo o ingresso, o comprometimento e a saída dos recursos orçamentários. 17) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2014) A classificação da receita por fonte de recurso atende à necessidade de vinculação de receitas e despesas estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por meio da classificação por fontes, possibilita-se o atendimento dos seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 93 _ Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único, da LRF); _ A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). Resposta: Certa 4. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO A receita é classificada, ainda, como primária (P), quando seu valor é incluído na apuração do resultado primário e não primária ou financeira (F), quando não é incluída nesse cálculo. As receitas financeiras surgiram com a adoção, pelo Brasil, da metodologia de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional – FMI. Desse modo, passou-se a denominar como receitas financeiras aquelas receitas que não são consideradas na apuração do resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de privatizações, entre outras. Outro bom exemplo são as receitas oriundas de operações de crédito. As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais e de serviços, são classificadas como primárias. 18) (CESPE –Analista Técnico-Administrativo - CADE – 2014) A classificação da receita por identificador de resultado divide as receitas públicas entre aquelas relacionadas com o resultado fiscal e as relacionadas com o resultado operacional. A classificação da receita por identificador de resultado divide as receitas públicas entre primárias e financeiras. Resposta: Errada 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 93 5. CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS Segundo a doutrina, ou seja, consoante os estudiosos do direito financeiro, a receita pública pode ainda ser classificada nos seguintes aspectos: coercitividade ou procedência, poder de tributar, afetação patrimonial e regularidade: Coercitividade ou Procedência: Originárias: denominadas também de receitas de economia privada ou de direito privado. Correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores. Derivadas: denominadas também de receitas de economia pública ou de direito público. Correspondem àquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento jurídico se caracterizam pela exigência do Estado para que o particular entregue de forma compulsória uma determinada quantia na forma de tributos, de contribuições ou de multas. Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que compete a cada ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. Afetação patrimonial: Efetivas: contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no passivo. São efetivas todas as receitas correntes, com exceção do recebimento de dívida ativa, que representa fato permutativo e, assim, é não efetiva. Não efetivas ou por mutação patrimonial: nada acrescentam ao patrimônio público, pois se referem às entradas ou alterações compensatórias nos elementos que o compõem. São não efetivas todas as receitas de capital, com exceção do recebimento de transferências de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva. Regularidade ou periodicidade: Ordinárias: compostas por ingressos permanentes e estáveis, com arrecadação regular em cada exercício financeiro. Assim, são perenes e possuem característica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, ICMS, IPVA, IPTU etc. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 93 Extraordinárias: não integram sempre o orçamento. São ingressos de caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as provenientes de guerras, doações, indenizações em favor do Estado etc. 19) (CESPE – Técnico Federal de Controle Externo – TCU - 2015) A operação de crédito, que é um exemplo de receita orçamentária não efetiva, constitui fato contábil permutativo, não afetando a situação patrimonial líquida do Estado quando do reconhecimento contábil do crédito. As operações de crédito são uma das origens das receitas de capital, as quais, via de regra, são receitas orçamentárias não efetivas, pois constituem fatos contábeis permutativos, não afetando a situação patrimonial líquida do Estado quando do reconhecimentocontábil do crédito. Resposta: Certa 20) (CESPE – Contador - MTE – 2014) Para fins contábeis, a receita orçamentária efetiva aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Quanto à afetação patrimonial, as receitas efetivas contribuem para o aumento do patrimônio líquido, sem correspondência no passivo. Resposta: Certa 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 93 Distinção entre Taxas e Tarifas (Preços Públicos) Súmula 545 do Supremo Tribunal Federal: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que a instituiu. O preço público ou tarifa é uma receita originária empresarial, pois é proveniente da intervenção do Estado na atividade econômica. Por meio de empresas associadas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos federais, estaduais e municipais, as tarifas são cobradas para permitir o melhoramento e a expansão dos serviços, a justa remuneração do capital e assegurar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. É uma contraprestação de serviços de natureza comercial ou industrial, cujo pagamento deve ocorrer somente se existir a utilização do serviço. Por essa ótica, o pagamento é considerado voluntário e facultativo. O preço público geralmente visa ao lucro. São competências do Poder Executivo a fixação e a alteração de tarifas, as quais podem ser efetivadas a qualquer data com cobrança no mesmo exercício financeiro. No entanto, tal ato está vinculado às leis e regulamentos que disciplinam o serviço. Ainda, a isenção de tarifa só pode ser estabelecida em lei da entidade estatal que realiza ou delega o serviço. De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”. A taxa é uma receita pública derivada, pois se integra em definitivo ao patrimônio do Estado após ser retirada de forma coercitiva do patrimônio dos particulares. A taxa visa ao ressarcimento e está submetida tanto ao princípio tributário da anterioridade quanto ao da legalidade, previstos na Constituição Federal. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 93 MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - FCC (FCC – Analista do Tesouro Estadual – SEFAZ/PI – 2015) Instruções: Para responder às quatro questões seguintes, considere a classificação e o respectivo valor das receitas orçamentárias recebidas por determinado ente da federação no exercício de 2014: Valores Recebidos/Valor em R$ Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................. 370,00 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA.. 700,00 Alienação de Bens Imóveis .................................. 120,00 Retenção de Consignações na Folha de Pagamento Referente a Contribuições a Entidade de Classe.... 100,00 Taxas pela Prestação de Serviços ....................................... 200,00 Remuneração de Depósitos Bancários ................................ 250,00 Cota-Parte do Imposto Sobre Produtos Industrializados – Estados Exportadores de Produtos Industrializados ...... 150,00 Contribuição de Melhoria ........................................... 300,00 Concessões e Permissões do Direito de Exploração de Serviços Públicos de Transporte ............ 450,00 Caução Decorrente da Contratação de Empresa para Construção de um Hospital Público Estadual .......... 80,00 Retenção de Consignações na Folha de Pagamento Referente a Contribuição Previdenciária ............ 70,00 Multas e Juros de Mora do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores − IPVA ............. 130,00 Amortização de Empréstimos Concedidos ................. 180,00 21) As receitas tributárias somam, em reais: (A) 830,00 (B) 1.200,00 (C) 1.350,00 (D) 1.330,00 (E) 1.000,00 RECEITAS CORRENTES Receita Tributárias: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores-IPVA... 700,00 Taxas pela Prestação de Serviços ....................................... 200,00 Contribuição de Melhoria ................................................... 300,00 Total = 1.200,00 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 93 Resposta: Letra B 22) As receitas de transferências correntes totalizam, em reais: (A) 370,00 (B) 590,00 (C) 520,00 (D) 440,00 (E) 600,00 RECEITAS CORRENTES Transferências Correntes: Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................. 370,00 Cota-Parte do IPI – Estados Exportadores de Produtos Industrializados .150,00 Total = 520,00 Resposta: Letra C 23) O montante das receitas orçamentárias correntes é de, em reais: (A) 2.550,00 (B) 3.100,00 (C) 2.300,00 (D) 2.850,00 (E) 2.950,00 RECEITAS CORRENTES Receita Tributárias: 1.200,00 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores-IPVA... 700,00 Taxas pela Prestação de Serviços ....................................... 200,00 Contribuição de Melhoria ................................................... 300,00 Receita Patrimoniais: 700,00 Remuneração de Depósitos Bancários ................................ 250,00 Concessões e Permissões do Direito de Exploração de Serviços Públicos de Transporte ............ 450,00 Transferências Correntes: 520,00 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados.................. 370,00 Cota-Parte do IPI – Estados Exportadores de Produtos Industrializados .150,00 Outras Receitas Correntes: 130,00 Multas e Juros de Mora do IPVA .......................................... 130,00 Total = 2.550,00 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 93 Resposta: Letra A 24) A soma das receitas patrimoniais é de, em reais: (A) 880,00 (B) 820,00 (C) 780,00 (D) 700,00 (E) 450,00 RECEITAS CORRENTES Receita Patrimoniais: Remuneração de Depósitos Bancários ................................ 250,00 Concessões e Permissões do Direito de Exploração de Serviços Públicos de Transporte ............ 450,00 Total = 700,00 Resposta: Letra D 25) (FCC – ACE/TI - TCE/AM – 2008) A categoria econômica Receitas Correntes contém, entre outras, uma receita pública orçamentária denominada (A) alienação de bens. (B) receita patrimonial. (C) amortização de empréstimos. (D) operação de crédito. (E) transferência de capital. A receita patrimonial pertence a categoria econômica das receitas correntes. Alienação de bens, amortização de empréstimos, operações de crédito e transferência de capital são receitas de capital. Resposta: Letra B 26) (FCC – Analista Judiciário – Apoio Especializado – TRF 5° Região – 2008) O recebimento pela União de recursos financeiros provenientes da distribuição de dividendos por empresas por ela controladas compõe a fonte de receita denominada (A) Receita Patrimonial. (B) Operações de Crédito. (C) Transferências Correntes. (D) Receita de Serviços. (E) Outras Receitas Correntes. Recursos de dividendos são receitas patrimoniais. 37903993372 Administraçãop/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 93 Resposta: Letra A 27) (FCC – Técnico Judiciário – Contabilidade -TRF/2 - 2012) É uma receita orçamentária de capital, segundo a Lei nº 4.320/1964, a receita (A) patrimonial. (B) da dívida ativa. (C) de multa e juros sobre tributos em atraso. (D) decorrente da amortização de empréstimos concedidos a outras entidades. (E) de contribuições de intervenção do domínio econômico. A Amortização de Empréstimos, que corresponde ao ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos, é receita de capital. As demais alternativas são receitas correntes. Resposta: Letra D 28) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) É classificada como receita de capital aquela proveniente de (A) juros de empréstimos efetuados pelo ente público à empresa estatal dependente. (B) venda de produtos agropecuários oriundos de propriedades rurais do ente público. (C) alienação de bens móveis de propriedade do ente público. (D) foros e laudêmios cobrados pelo Poder Público. (E) locação de bens imóveis de propriedade do ente público. a) Errada. Juros de empréstimos são receitas correntes de serviços. b) Errada. Venda de produtos agropecuários são receitas correntes agropecuárias. c) Correta. Alienações de bens são receitas de capital. d) Errada. Foros e laudêmios são receitas correntes patrimoniais. e) Errada. Receitas de locações são receitas correntes patrimoniais. Resposta: Letra C 29) (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEAD/PI - 2013) De acordo com a Lei nº 4.320/64: I. Tributo e a receita derivada, instituídos pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da Constituição Federal e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades. II. As receitas classificam-se nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes, Receitas de Transferência, Inversões Financeiras e Receitas de Investimentos. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 93 III. São Receitas Correntes as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos e os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado. Está correto o que se afirma APENAS em (A) III. (B) I e III. (C) I. (D) II e III. (E) II. I) Correto. Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades (art. 9º da Lei 4320/1964). II) Errada. As receitas classificam-se nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. III) Errada. São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos e os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado. Logo, está correto o que se afirma apenas em I. Resposta: Letra C 30) (FCC – Analista de Planejamento e Orçamento – SEAD/PI - 2013) A respeito da classificação doutrinária das receitas públicas, considere: I. Receita originária é aquela em que o Estado, atuando como empresário, arrecada do particular sem utilizar o seu poder de império, isto é, sem coerção. II. Receita derivada é aquela que se origina do patrimônio público imobiliário do próprio Estado, através de cobrança de tarifas ou preços públicos. III. O tributo é exemplo de receita originária, por ser uma obrigação tributária decorrente de lei, mas a multa pecuniária é exemplo de receita derivada, porque é exigida compulsoriamente de particulares, quando praticam infrações tributárias. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) I e III. (C) I. (D) I e II. (E) III. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 93 I) Correto. Receita originária é aquela em que o Estado, atuando como empresário, arrecada do particular sem utilizar o seu poder de império, isto é, sem coerção. Correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. II) Errado. Receita originária é aquela que se origina do patrimônio público imobiliário do próprio Estado, através de cobrança de tarifas ou preços públicos. III) Errado. Tributos e multas são receitas derivadas, pois são decorrentes da coercitividade do Estado. Logo, está correto o que se afirma apenas em I. Resposta: Letra C 31) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) Em um governo municipal, um exemplo de receita de capital é aquela oriunda (A) de multas e juros de mora sobre tributos em atraso. (B) de transferências do Fundo de Participação dos Municípios. (C) do recebimento de tributos inscritos em dívida ativa. (D) da arrecadação de Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza. (E) de transferências para a aquisição de equipamentos hospitalares. A transferência para a realização de uma despesa de capital, como para a aquisição de equipamentos hospitalares, é considerada uma transferência de capital. Portanto, pertence à categoria econômica das receitas de capital. Resposta: Letra E 32) (FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira – TCE/SP – 2010) São, dentre outras, receitas correntes as provenientes (A) de recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital. (B) de receitas tributárias. (C) do superávit do Orçamento Corrente. (D) da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas. (E) da conversão, em espécie, de bens e direitos. As receitas tributárias são receitas correntes. As demais se enquadram no conceito de receitas de capital: são as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ Auditor Fiscal da Receita Estadual Teoria e Questões Comentadas Prof. Sérgio Mendes ʹ Aula 01 Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 93 classificáveis em despesas de capital e, ainda, o superávit do orçamento corrente. Resposta: Letra B 33) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/RN – 2011) Os recursos derivados da arrecadação de Impostos e Contribuições denominam-se (A) Transferências Correntes. (B) Receitas de Capital. (C) Mutações Patrimoniais. (D) Receitas Correntes. (E) Transferências Financeiras. As receitas tributárias (como as oriundas de impostos) e as receitas de contribuições pertencem à categoria econômica das receitas correntes. Resposta: Letra D 34) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) Considere os dados relativos às receitas orçamentárias arrecadadas pela Prefeitura Modelo no exercício de X1: R$ (mil) Alienação de Bens Imóveis 30 Amortização de Financiamentos 10 Dívida Ativa 80 Impostos 3.000 Indenizações e Restituições 50 Operações de Crédito Internas 100 Receita de Serviços Recreativos e Culturais 100 Receitas Imobiliárias
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