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Aula 05 - Prof. Rodrigo Rennó Administração p/ ICMS/RJ - 2016 (Com Videoaulas) Professores: Marco Tulio Bicalho Gomes, Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 67 Aula 5: Indicadores e Processo Decisório Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do edital: Eficiência, eficácia e efetividade; Estrutura das decisões empresariais; Uso de controles e indicadores de produtividade. Espero que gostem da aula! 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 67 Sumário Conceitos de Eficiência, Eficácia e Efetividade aplicados à Administração Pública. .......... 3 Uso de controles e indicadores de produtividade. ............................................. 4 Indicadores de Desempenho .................................................................... 5 Dimensões e subdimensões dos 6Es do Desempenho ........................................ 9 Qualidade dos Indicadores ................................................................. 14 Índicadores Utilizados na Gestão de Pessoas ................................................ 22 Processo decisório. .............................................................................. 25 Estrutura das decisões empresariais. ......................................................... 25 Tipos de decisões - Decisões Programadas e Não Programadas ........................... 25 Fatores que Afetam a Tomada de Decisões ................................................. 29 Teoria da Racionalidade e da Racionalidade Limitada ..................................... 31 Certeza, Risco e Incerteza .................................................................... 35 Processo Linear e Sistêmico. ................................................................. 36 Etapas de análise e solução de problemas ................................................... 39 Ferramentas de Diagnóstico de Problemas .................................................. 40 Diagrama de Causa e Efeito ............................................................... 41 Folha de Verificação ....................................................................... 42 Histograma ................................................................................. 43 Gráfico de Pareto ........................................................................... 44 Diagrama de Correlação ou Dispersão .................................................... 46 Fluxograma ................................................................................. 47 Gráfico de Controle ........................................................................ 48 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 54 Gabarito .......................................................................................... 66 Bibliografia ...................................................................................... 66 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 67 Conceitos de Eficiência, Eficácia e Efetividade aplicados à Administração Pública. Os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade são temas dos mais “batidos” em provas de concursos. Eficiência se relaciona com o uso dos recursos que temos disponíveis para atingir nossos objetivos. Portanto, quando falamos que alguém foi eficiente é porque esta pessoa utilizou os recursos que tinha de forma adequada1. Seria então a maneira como fazemos algo buscando atingir um objetivo! Lembre-se de que estes recursos podem ser vários, como o tempo, as pessoas, o dinheiro, as matérias-primas, etc. Eficácia é fazer a coisa certa! O conceito é relacionado não com a utilização dos recursos, mas se atingimos realmente o objetivo que traçamos. Por exemplo, se Maria planejou fazer uma viagem de carro de Belo Horizonte a Brasília e levou três dias para chegar, dizemos que ela foi eficaz (atingiu o objetivo de chegar a Brasília), mas não foi eficiente (levou muito mais tempo – recurso - que seria normalmente necessário). Se Maria tivesse levado sete horas, mas ao invés de Brasília tivesse chegado ao Rio de Janeiro, teria sido eficiente (sua viagem durou o tempo planejado), mas ineficaz (não atingiu o objetivo). A Efetividade refere-se ao impacto das ações! Como a execução de um programa pode ou não alterar uma realidade2. Imagine que a prefeitura de sua cidade deseja diminuir a mortalidade infantil. Buscando atingir este objetivo, a Prefeitura comprou 10.000 vacinas para poder imunizar o mesmo número de crianças do município no ano de 2010, tendo em vista este objetivo de reduzir a mortalidade. Se no final do programa todas as dez mil crianças do município foram vacinadas, o programa foi eficiente (utilizou de forma adequada os recursos, como vacinas, médicos, etc.) e eficaz (as crianças foram vacinadas como planejado). Para sabermos se o programa foi efetivo, teremos de pesquisar se realmente a mortalidade infantil foi reduzida, pois pode ser que a vacina não seja a adequada, ou que na verdade a causa das mortes seja outro problema, etc. 1 (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008) 2 (Robbins & Coulter, 1998) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 67 Cabe aqui lembrar que este conceito de efetividade é muito importante, pois muitas das ações do Estado devem ser planejadas e executadas tendo em mente mudar alguma realidade, como a pobreza extrema, as desigualdades regionais ou a evasão escolar. Portanto, o objetivo em mente não deve ser construir escolas, mas melhorar o nível escolar dos alunos. Desse modo, medir a efetividade de cada ação ajudará a planejar as ações futuras do Estado para combater os problemas da sociedade. Vamos ver uma questão agora? 1 - (FCC – TRT-PE – ANALISTA – 2012) Eficiência diz respeito a) à maneira maximizada de obter resultados. b) à capacidade de fazer as coisas certas. c) ao método que traz resultados de uma ação controlada. d) aos princípios e maneiras de fazer coisas de forma maximizada. e) ao método e ao modo de fazer as coisas direito. A eficiência é relacionada com a gestão dos recursos, com o modo correto de realizar as atividades, ou seja, com a maneira certa de se fazer uma tarefa. A letra A está errada porque do modo que está escrita a frase dá a entender que a eficiência está ligada a uma “maneira maximizada” de realizar as atividades. Isto nem sempre é um fato, pois a eficiência pode se dar através da redução de custos e de prazos, por exemplo. Já a letra B está errada porque o conceito de “fazer as coisas certas” é relacionado com a eficácia, não com a eficiência. A letra C está também equivocada, pois a eficiência não é exatamente relacionada com “ações controladas”. A letra D também traz o mesmo erro da letra A com esta ideia de maximização. O que devem ser maximizados são os resultados, não as ações. Finalmente, a letra E está perfeita e é o gabarito da banca. Uso de controles e indicadores de produtividade.O controle é um dos processos mais importantes no trabalho de um administrador. Para que este controle possa ser feito, utilizamos diversos tipos de indicadores de gestão. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 67 Para Graças Rua3, os indicadores são: “Indicadores não são simplesmente dados, mas uma balança que nos permite “pesar” os dados ou uma régua, que nos permite “aferir” os dados em termos de qualidade, resultado, impacto, etc., dos processos e dos objetivos dos eventos. Os indicadores são medidas, ou seja, são uma atribuição de números a objetos, acontecimentos ou situações, de acordo com certas regras.” Desta maneira, os indicadores são medidas que nos facilitam entender o funcionamento e o andamento de um processo, de um produto ou serviços da organização. De acordo com a mesma autora4: “De uma maneira simplificada, os indicadores são medidas que representam ou quantificam um insumo, um resultado, uma característica ou o desempenho de um processo, de um serviço, de um produto ou da organização como um todo.” Assim, usamos indicadores para nos ajudar no planejamento e no controle das organizações5. Estas ferramentas nos auxiliam na busca dos resultados e na melhoria dos processos das empresas e dos órgãos públicos. Além disso, o uso de indicadores pode melhorar muito a qualidade das decisões de um gestor. Ele poderá analisar se suas ações estão surtindo efeito, se os processos estão ou não melhorando, identificar áreas e processos problemáticos e determinar onde os recursos devem ser empregados. Indicadores de Desempenho Antes de falarmos em indicadores de desempenho, vamos conhecer o conceito de desempenho. Este pode ser compreendido como um somatório de esforços e resultados6. Portanto, são necessários esforços na busca do atingimento de certos resultados desejados. 3 (Rua) 4 (Rua) 5 (Tribunal de Contas da União, 2009) 6 (Palvarini, 2010) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 67 Figura 1 - Desempenho Segundo Rummler e Brache7, um indicador de desempenho é a quantificação de quão bem um negócio (suas atividades e processos) atinge uma meta específica. Sem indicadores de desempenho, não conseguimos medir. E sem medir, não conseguimos gerenciar8. Entretanto, existem diversos aspectos envolvidos no âmbito dos esforços e dos resultados que devem ser considerados para que possamos definir um modelo de controle do desempenho. De acordo com Palvarini9, o Governo Federal escolheu um metamodelo com uma concepção de uma cadeia de valor que identifica seis dimensões do desempenho. Uma cadeia de valor, segundo Bennett e Wholey10, é: “A cadeia de valor é definida como o levantamento de toda a ação ou processo necessário para gerar ou entregar produtos ou serviços a um beneficiário. É uma representação organizacional que permite melhor visualização do valor ou do benefício agregado no processo, sendo utilizada amplamente na definição dos resultados e impactos de organizações.” Vamos ver uma representação gráfica de todo o processo? 7 (Rummler e Brache) apud (Souza, Said, Kock, Malachias, & Lapa, 2009) 8 (Souza, Said, Kock, Malachias, & Lapa, 2009) 9 (Palvarini, 2010) 10 (Bennett, 1976; Wholey, 1979) apud (Palvarini, 2010) Esforços Resultados Desempenho 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 67 Figura 2 - Fonte: (Martins e Marini) apud (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) No gráfico acima, vemos que o processo tem em seu início diversos insumos (inputs), que são gerenciados dentro das organizações de modo a gerar uma série de produtos (investigações policiais, atendimentos médicos, iluminação pública, serviços de telefonia, etc.), que por sua vez deverão gerar os impactos (outcomes) desejados na sociedade (melhoria do ensino, diminuição da criminalidade, etc.). Portanto, segundo o GESPÚBLICA, as seis categorias básicas de indicadores de desempenho são11: Indicadores ligados à dimensão resultado Efetividade são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado e à transformação produzida no contexto em geral. Esta classe de indicadores, mais difícil de ser mensurada (dada a natureza dos dados e o caráter temporal), está relacionada com a missão da instituição. Por exemplo, se uma campanha de vacinação realmente imunizar e diminuir a incidência de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. Indicadores de efetividade podem ser encontrados na dimensão estratégica do Plano Plurianual (PPA); Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). Por exemplo, se, na mesma campanha citada, a 11 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 67 meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a campanha foi eficaz. Indicadores de eficácia podem ser definidos a partir da Carta de Serviços do órgão; Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Por exemplo: uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha, mantendoͲse os objetivos propostos. Indicadores de eficiência podem ser encontrados na Carta de Serviços com seus elementos de custos e em informações de sistemas estruturantes do Governo, como o SIAFI; Abaixo podemos ter um resumo dos conceitos vistos acima: Figura 3 - Eficiência, eficácia e efetividade Indicadores ligados à dimensão esforço Execução se refere à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. Indicadores de execução podem ser encontrados no monitoramento das ações do PPA; Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padrões de excelência podem ser ͻ Fazer bem alguma tarefa ͻ Utilizar da melhor forma os recursos ͻ Relacionado ao modo, ao meio de se fazer Eficiência ͻ Fazer a coisa certa ͻ Atingir os resultados e metas ͻ Relacionado aos fins Eficácia ͻ Impacto das ações ͻ Mudar a realidadeEfetividade 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 67 encontrados no Instrumento de Avaliação da Gestão Pública (IAGP); e Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e ao uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente osrecursos financeiros e físicos. Indicadores de economicidade podem ser encontrados nas unidades de suprimentos. Dimensões e subdimensões dos 6Es do Desempenho De acordo com o Guia referencial para medição de desempenho e manual para construção de indicadores12, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, as seis categorias básicas de indicadores de desempenho (6Es do desempenho) podem ser desdobrados em subdimensões que qualificam e auxiliam na caracterização de tipologias de indicadores a serem utilizados. Abaixo, podemos ver os principais elementos e suas subdimensões: 12 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 67 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 67 Figura 4 - Dimensões e Subdimensões do Desempenho. Adaptado de: (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 67 Existe outra classificação dos indicadores que os classifica de acordo com sua natureza. De acordo com Januzzi13, os indicadores seriam: indicadores-insumo, indicadores-resultado, indicadores-impacto e indicadores-processo: Os indicadores-insumo correspondem às medidas associadas à disponibilidade de recursos humanos, financeiros ou de equipamentos alocados para um processo ou programa que afeta uma das dimensões da realidade social. São tipicamente indicadores de alocação de recursos para políticas sociais o número de leitos hospitalares por mil habitantes, o número de professores por quantidade de estudantes ou ainda o gasto monetário per capita nas diversas áreas de política social. Os indicadores-resultado são aqueles mais propriamente vinculados aos objetivos finais dos programas públicos, que permitem avaliar a eficácia do cumprimento das metas especificadas, como, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil, cuja diminuição espera-se verificar com a implementação de um programa de saúde materno infantil. Os indicadores-impacto referem-se aos efeitos e desdobramentos mais gerais, antecipados ou não, positivos ou não, que decorrem da implantação dos programas, como, no exemplo anterior, a redução da incidência de doenças na infância ou a melhoria do desempenho escolar futura, efeitos decorrentes de atendimento adequado da gestante e da criança recém-nascida em passado recente. Os indicadores-processo ou fluxo são indicadores intermediários, que traduzem, em medidas quantitativas, o esforço operacional de alocação de recursos humanos, físicos ou financeiros (indicadores-insumo) para a obtenção de melhorias efetivas de bem-estar (indicadores-resultado e indicadores-impacto), como número de consultas pediátricas por mês, merendas escolares distribuídas diariamente por aluno ou ainda homens-hora dedicados a um programa social. Vamos ver agora algumas questões? 2 - (FCC – SEFAZ-SP – AUDITOR – 2013) Dentre os diversos tipos de indicadores de gerenciamento, aquele que visa mensurar a 13 (Jannuzzi, 2005) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 67 proporção de recursos consumidos com relação às saídas dos processos é chamado de indicador (A) estratégico. (B) de qualidade. (C) de efetividade. (D) de produtividade. (E) de capacidade. Quando estamos buscando medir a relação entre os recursos utilizados na produção e os bens e serviços produzidos, estamos medindo a eficiência ou a produtividade de um processo. Deste modo, o gabarito é mesmo a letra D. 3 - (FCC – TRT/MT – ANALISTA – 2011) Com relação à classificação dos indicadores de gestão, considere as afirmativas abaixo. I. Indicadores de produtividade permitem medir a eficiência na aplicação dos recursos para a geração de bens e serviços. II. Indicadores de qualidade visam aperfeiçoar processos e expressam a eficácia na obtenção da conformidade do produto e do processo. III. Indicadores de desempenho são fundamentais para as organizações contemporâneas. IV. Indicadores de resultados são utilizados na monitoração do grau de sucesso dos objetivos perseguidos, que dependem exclusivamente das competências da empresa, visto não serem influenciados por fatores externos. V. Indicadores que não espelhem esforços e metas dos programas internos de melhorias dizem muito pouco à organização. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II, III e V. b) II, III e IV. c) I e V. d) II, IV e V. e) I, III, IV e V. A primeira frase está correta, pois os indicadores de produtividade medem a relação entre o nível de produção e os recursos utilizados. A segunda afirmação está igualmente correta. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 67 De acordo com o Guia referencial para medição de desempenho e manual para construção de indicadores14, uma das subdimensões do elemento eficácia seria a qualidade do produto/serviço, ou seja, a adequação entre as características dos produtos e serviços entregues, e os requisitos e necessidades dos beneficiários. A terceira frase está correta e não apresenta muita dificuldade. Naturalmente, as organizações modernas necessitam da utilização de indicadores na sua gestão. Já a quarta frase está errada. A “pegadinha” está no trecho: “dependem exclusivamente das competências da empresa”. Os indicadores de resultado não são restritos aos objetivos que dependem exclusivamente de ações da organização estudada. Finalmente, a última frase está correta. Os indicadores que medem ações e metas que não estão relacionados com ações e programas da organização não são muito úteis. O gabarito é mesmo a letra A. Qualidade dos Indicadores De acordo com o TCU15, os principais atributos ou qualidades de um indicador devem ser: Confiabilidade: a fonte de dados utilizada pelo indicador deve ser confiável, fidedigna; Adaptabilidade: capacidade de resposta às mudanças de comportamento e exigências dos clientes. Os indicadores podem tornar-se desnecessários ao longo do tempo e devem ser eliminados ou substituídos por outros de maior utilidade; Atualização periódica: o indicador deve permitir atualização de forma a representar a situação mais atual possível; Representatividade: deve expressar bem a realidade que representa ou mede; Disponibilidade: facilidade de acesso para coleta, estando disponível a tempo, para as pessoas certas sem distorções, servindo de base para que decisões sejam tomadas; Simplicidade: o indicador deve ser de fácil entendimento, qualquer pessoa deve ser capaz de tirar conclusões a partir da análise do indicador; 14 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2009) 15 (Tribunal de Contas da União, 2009) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennówww.estrategiaconcursos.com.br 15 de 67 Acessibilidade: o indicador deve apresentar facilidade e possibilidade de acesso às informações primárias para sua medição; Economicidade: o indicador deve mostrar-se economicamente viável, não deve ser gasto tempo demais procurando dados, muito menos pesquisando ou aguardando novos métodos de coleta; Estabilidade: o indicador deve permanecer estável ao longo de um determinado período, permitindo a formação de uma série histórica; Rastreabilidade: facilidade de identificação da origem dos dados, seu registro e manutenção; Praticidade: o indicador deve realmente funcionar na prática e permitir a tomada de decisões gerenciais. Vamos ver algumas questões sobre estes conceitos? 4 - (FCC – SEFAZ-SP – AUDITOR – 2013) Considere: A primeira coluna apresenta quatro possíveis grandes metas de atuação da Administração Pública; a segunda apresenta a caracterização de cada uma delas. A correspondência correta entre as duas colunas é: (A) I-2, II-3, III-4, IV-1. (B) I-3, II-1, III-4, IV-2. (C) I-1, II-4, III-3, IV-2. Metas ͻ I. Eficiência ͻ II. Eficácia ͻ III. Efetividade ͻ IV. Equidade Caracterização ͻ 1. Está relacionada ao grau de adequação com que os recursos mobilizados pelo Estado são utilizados para alcançar seus objetivos e metas. ͻ 2. Exigência para que o Estado atue de maneira competente para realizar a justiça social. ͻ 3. Ocorre quando os bens e serviços resultantes de determinada ação alcançam os resultados mais benéficos para a sociedade. ͻ 4. Esforços da esfera governamental para ofertar adequadamente os bens e serviços esperados, previamente definidos em seus objetivos e metas. O que importa nesses esforços é conseguir que os efeitos de uma ação correspondam aos desejados. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 67 (D) I-3, II-1, III-2, IV-4. (E) I-4, II-2, III-1, IV-3. A eficiência está relacionada com a caracterização 1. Esta dimensão está mesmo ligada à utilização adequada dos recursos em comparação com os produtos e serviços realizados. Já a eficácia está ligado ao item 4, pois busca medir se os objetivos previamente definidos foram alcançados. A única afirmação “polêmica” está ligada ao trecho “O que importa nesses esforços é conseguir que os efeitos de uma ação correspondam aos desejados”. A dimensão mais associada aos efeitos das ações governamentais é o da efetividade. A efetividade está relacionada com o item 3, pois busca mesmo medir os efeitos das ações na realidade social, ou seja, na sociedade como um todo. Finalmente, a dimensão da equidade é a mais fácil a ser identificada e está associada ao item 2. Com isso, o gabarito é mesmo a letra C. 5 - (FCC – TRT/PE – ANALISTA – 2012) O processo de monitoramento de programas de governo pressupõe a) o acompanhamento contábil da implantação do programa, com relatórios semanais. b) uma checagem diária das condições formais da organização, em termos de qualificação dos recursos humanos. c) o acompanhamento contínuo, cotidiano, por parte de gestores e gerentes, do desenvolvimento dos programas e políticas em relação a seus objetivos e metas. d) avaliações executadas por instituições externas, com pesquisas que procurem responder a perguntas específicas. e) a construção de indicadores, produzidos regularmente com base em diferentes fontes de dados, que dão aos gestores informações sobre o desempenho de programas. Os programas e projetos governamentais necessitam de acompanhamento e avaliação constante. E só conseguimos avaliar e monitorar os programas com a utilização dos indicadores de gestão. Estes irão facilitar o processo de análise dos programas durante o passar do tempo e em comparação com outros programas. O gabarito é mesmo letra E. 6 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA ADM – 2010) O indicador de desempenho que afere os impactos gerados pelos produtos e 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 67 serviços, processos ou projetos de um determinado sistema (organização, programa, política pública, rede) no beneficiário final, é denominado indicador de (A) efetividade. (B) eficiência. (C) eficácia. (D) economicidade. (E) excelência. Como já vimos acima, quando estamos avaliando o impacto gerado por um programa, projeto ou processo estamos nos referindo à efetividade. A eficiência se refere à utilização dos recursos da melhor maneira possível, portanto a alternativa B está incorreta. No caso da letra C, a eficácia se refere aos produtos entregues, aos objetivos organizacionais. É relacionado com “fazer a coisa certa”. Desta forma, a letra C está errada. E economicidade se relaciona com a melhor utilização dos recursos financeiros. Já a excelência se relaciona com os requisitos de qualidade que os clientes necessitam ou desejam. Portanto, nosso gabarito é a letra A. 7 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA ADM – 2010) As seis categorias de indicadores de desempenho estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor (insumos, processos, produtos e impactos) e dividem-se nas dimensões de (A) execução e excelência. (B) efetividade e esforço. (C) outputs e outcomes. (D) resultado e eficácia. (E) resultado e esforço. Como vimos acima, os seis tipos de indicadores se dividem em indicadores de esforços (economicidade, excelência e execução) e indicadores de resultados (eficiência, eficácia e efetividade). Assim sendo, nosso gabarito é a letra E. 8 - (FCC – TJ/AP – ANALISTA ADM – 2009) A avaliação da produtividade nas organizações envolve 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 67 (A) a responsabilização dos gestores pela não realização das metas definida pela direção. (B) o equilíbrio entre os vários fatores envolvidos no processo produtivo. (C) a comparação do custo de aquisição de produtos e serviços com seu retorno em termos de efetividade. (D) a adequação dos processos em relação às especificações técnicas ou à superação dos mesmos. (E) a comparação entre entradas e saídas dos sistemas produtivos, levando-se em conta os fatores de produção, como mão de obra, recursos financeiros e insumos físicos. Antes de respondermos esta questão, cabe aqui explicar os conceitos de indicador de qualidade e de produtividade. Estes nada mais são do que os indicadores de excelência (qualidade) e de eficiência (produtividade). Desta forma, fica mais fácil agora responder a esta pergunta, não é mesmo? Como a pergunta pede a avaliação da produtividade (eficiência), temos de buscar o item que menciona a relação entre as entradas (inputs) e saídas (outputs) de um processo. Ou seja, da melhor utilização possível dos recursos da organização. A alternativa correta, portanto, é a letra E. A letra A é absurda, pois o objetivo da utilização dos indicadores de produtividade não é a punição ou a responsabilização de servidores. Já a letra B poderia ser relacionada ao desempenho total de uma organização, não à produtividade. Na letra C, estão confundindo os conceitos de economicidade e de efetividade. E a letra D está se referindo aos indicadores de qualidade, ou excelência. Nosso gabarito é mesmo a letra E. 9 - (FCC – SEFAZ/SP – FISCAL DE RENDAS – 2009) Um exemplo de indicador de produtividade é (A) o número de solicitações de reparos pelo númerototal de unidades entregues. (B) a porcentagem de funcionários com formação de nível superior, em relação ao total. (C) a porcentagem de clientes que reclamaram, ou não, quando da entrega do produto. (D) o índice de retrabalho em relação ao total produzido em um determinado processo industrial. (E) o número de homens/hora para uma unidade de serviço executado. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 67 Esta questão já foge um pouco da “decoreba” comum da FCC. A alternativa A se refere aos produtos entregues em relação às solicitações. Desta forma, pode ser um indicador de excelência, não de eficiência (produtividade). A letra B não se refere a um indicador de desempenho. Já a letra C e a D estão se referindo a indicadores que buscam medir a qualidade, ou excelência, de um processo. Desta forma, estão incorretas. A alternativa correta é mesmo a letra E. 10 - (FCC – SERGIPEGAS – ASSIST. ADM. – 2010) Na gestão da qualidade, medem-se os desempenhos mediante o cliente e sua satisfação e, consequentemente, a efetividade dos processos, por meio dos (A) planos. (B) orçamentos. (C) fluxos. (D) indicadores. (E) mapas de riscos. Esta aqui foi de graça, não é mesmo? Como vimos neste tópico, medimos o desempenho através de indicadores. O gabarito é a letra D. 11 - (FCC – TRT/RS – ANAL. ADM. – 2011) O Programa Nacional de Gestão Pública identifica seis categorias básicas de indicadores de avaliação da gestão pública: efetividade, eficácia, eficiência, execução, excelência e economicidade. I. Efetividade está vinculada ao grau de satisfação, ou ainda ao valor agregado, à transformação produzida no contexto em geral. Está relacionada com a missão da instituição e pode ser encontrada na dimensão estratégica do Plano Plurianual. II. Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário. III. Eficiência está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e das quantidades exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. IV. Economicidade é a relação entre os produtos e serviços gerados com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 67 V. Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade, sendo um elemento transversal. É correto o que consta APENAS em (A) III, IV e V. (B) II, III e IV. (C) I, II e V. (D) I, IV e V. (E) I, II e III. A questão aqui fez, como é de hábito da FCC, somente uma troca de conceitos para confundir os candidatos menos atentos. As alternativas são todas tiradas do GESPÚBLICA, mas a FCC trocou os conceitos de economicidade e eficiência nos itens III e IV. Desta maneira, estão corretas as afirmativas I, II e V. O nosso gabarito é a letra C. 12 - (FCC – BAHIAGAS – ANALISTA – 2010) Tratando-se de eficiência, eficácia e efetividade, analise: I. Eficácia é fazer as atividades ou desenvolver ações de forma correta para atingir os meios. Tem vínculo estreito com o planejamento estratégico da organização. II. Eficiência é fazer as atividades ou desenvolver ações da maneira correta. Está relacionada com o método de execução. III. Efetividade é satisfazer as necessidades dos clientes com os produtos e serviços da organização. IV. Efetividade é o valor social ou medida de utilidade, que deve ser atribuído ao produto ou serviço considerando-se a sociedade como um todo. V. Eficácia é a relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua obtenção. É correto o que consta APENAS em a) I e II. b) III e V. c) IV e V. d) I, II e III. e) II, III e IV. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 67 A primeira frase está errada por causa de uma “pegadinha”. A eficácia busca atingir os fins (objetivos, metas), não os meios. Já a segunda frase está correta, pois a eficiência está relacionada com a maneira correta de executar as atividades. A terceira frase está correta também. A efetividade também é relacionada por muitos autores como “atender as necessidades dos clientes”, ou seja, atender às suas expectativas. A quarta frase apresenta o conceito mais conhecido de efetividade, como o impacto ou efeito das ações governamentais na sociedade, ou seja, a realidade social que o governo deseja alterar. Finalmente, a última frase está errada porque a relação entre os insumos utilizados e os produtos obtidos é o conceito de eficiência, não de eficácia. O gabarito é, assim, a letra E. 13 - (FCC – TRF 5° REGIÃO – ANALISTA – 2012) Certo Tribunal Regional Federal, visando atender ao princípio da eficiência, identificou que 48% dos processos tramitam em atividades de prejulgamento. Deste total, 86% ficam retidos em atividades de recepção/protocolo, indicador que está diretamente relacionado a) ao desempenho profissional. b) ao padrão econômico-orçamentário. c) à qualidade. d) à tecnologia. e) ao padrão contábil-orçamentário. Nesta questão a FCC apresentou o conceito de eficiência como relacionado com a qualidade. Este não é o conceito que tem sido cobrado pelas bancas ou mesmo o que é descrito no Gespública (que relaciona a qualidade com o indicador de excelência), mas a banca não alterou seu entendimento. Assim, fiquem atentos se a FCC cobrar isto em outra questão destas. O gabarito foi mesmo a letra C. 14 - (FCC – TRF 2° REGIÃO – ANALISTA – 2012) Indicador de desempenho estratégico que mede o grau de satisfação, o valor agregado e os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos no contexto em geral: a) economicidade. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 67 b) execução. c) eficiência. d) efetividade. e) excelência. Questão fácil da FCC. A efetividade está relacionada com os impactos ou efeitos da intervenção governamental na realidade. Quando estamos falando de ações na saúde, por exemplo, seriam os efeitos das ações do Estado na redução da mortalidade infantil, do aumento da expectativa de vida da população, dentre outros indicadores. O gabarito é a letra D. 15 - (FCC – TRE-PE – ANALISTA – 2011) As metas estratégicas da empresa Directa constituem a matéria-prima da avaliação, cuja mensuração de desempenho se dá por meio de indicadores. O indicador de desempenho vinculado ao grau de satisfação, valor agregado e a transformação produzida no contexto geral é o de a) economicidade. b) eficácia. c) excelência. d) efetividade. e) eficiência. Vejam como as questões da FCC se repetem! Quando estamos falando dos efeitos ou impactos das ações governamentais (ou as transformações, como a banca apresentou), estamos nos referindo ao conceito de efetividade. O gabarito é mesmo a letra D. Indicadores Utilizados na Gestão de Pessoas Uma utilização importante dos índices ocorre nos processos de Gestão de Pessoas. Eles ajudam as empresas a monitorar as condições de trabalho,a motivação, a segurança e a saúde dos funcionários, de modo que a produtividade destes seja aumentada. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 67 Os principais índices utilizados buscam medir o absenteísmo e a rotatividade (ou turnover, em inglês). O absenteísmo é, de acordo com Chiavenato16, “é a frequência e/ou duração do tempo de trabalho perdido quando os empregados não vêm ao trabalho”. O conceito poderia ser melhor compreendido pelo somatório dos períodos em que os empregados de determinada organização ausentam-se do trabalho, incluindo atrasos, dentro de sua jornada normal de trabalho17. Naturalmente, quanto maior este número, mais ausências estão ocorrendo. Este índice emite um alerta para a organização e deve ser seguido de um estudo para mapear as possíveis causas destas faltas e ausências. Um índice de absenteísmo alto pode indicar desmotivação dos funcionários, bem como um ambiente de trabalho insalubre (que cause doenças) ou ainda processos de trabalho que estejam gerando muitos acidentes. Seja qual for a causa, o absenteísmo gera muitos prejuízos para as organizações e deve ser monitorado de perto pelos gestores da área. O índice de absenteísmo é composto pela equação abaixo: Í仔纂餐算蚕 SW AHゲWミデWケゲマラ 噺 仔ソ 纂蚕 使蚕史史伺珊史【纂餐珊史 使蚕司纂餐纂伺史 仔伺 仕ê史 姉 層宋宋仔ソ 仕é纂餐伺 纂蚕 蚕仕使司蚕賛珊纂伺史 姉 仔ソ 纂蚕 纂餐珊史 嗣司珊産珊残酸珊纂伺史 Já a rotatividade ou turnover é o resultado da saída de alguns empregados e a entrada de outros para substituí-los no trabalho18. Ou seja, a rotatividade indica a velocidade em que a força de trabalho é substituída ou renovada na organização. Este índice de rotatividade também deve ser monitorado com cuidado pelos gestores, pois um número alto pode indicar que a organização não está conseguindo manter seus funcionários. Sem conseguir isso, a instituição acaba perdendo seguidamente seus empregados mais capacitados e seu investimento em capacitação não gera os frutos desejados. 16 (Chiavenato, Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 2004) 17 (Penatti, Zago, & Quelhas, 2006) 18 (Chiavenato, Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 2004) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 67 Í仔纂餐算蚕 de Rotatividade 噺 仔ソ 纂蚕 讃四仔算餐伺仔á司餐伺史 纂蚕史残餐賛珊纂伺史蚕讃蚕嗣餐士伺 仕é纂餐伺 纂珊 伺司賛珊仔餐子珊çã伺 Como exemplo de organizações com alto índice de rotatividade, temos as empresas de “Call Center”, em que pessoas trabalham no atendimento remoto (telefônico) aos clientes. Estas empresas oferecem baixos salários e a rotina de trabalho é dura. Além disso, estas organizações não costumam investir em seus membros e não oferecem muitas oportunidades de crescimento profissional. Com isso, não é de se espantar que tenham um índice de turnover alto. Vamos ver agora uma questão recente? 16 - (FCC – SEFAZ-RJ – AUDITOR – 2014) Um gestor, insatisfeito com os resultados da equipe, decidiu implantar indicadores para melhorar a performance das pessoas, utilizando a fórmula abaixo: Í仔纂餐算蚕 Y 噺 仔ソ 纂蚕 使蚕史史伺珊史【纂餐珊史 使蚕司纂餐纂伺史 仔伺 仕ê史 姉 層宋宋仔ソ 仕é纂餐伺 纂蚕 蚕仕使司蚕賛珊纂伺史 姉 仔ソ 纂蚕 纂餐珊史 嗣司珊産珊残酸珊纂伺史 O índice “Y” é oficialmente denominado (A) Job rotation. (B) Outplacement. (C) Turnover. (D) Absenteísmo. (E) Produtividade de pessoal. O indicador mencionado pela banca é mesmo o índice de absenteísmo, que mede a dimensão das ausências ao serviço pelos funcionários, seja qual for a causa. Este índice é facilmente identificado pelos fatores “dias perdidos no mês” sobre “ n° de dias trabalhados”. Assim, a opção D é mesmo a alternativa correta. Os demais conceitos trabalhados pela banca não estão relacionados com a equação do enunciado. O Job Rotation ocorre quando um funcionário troca sua função na empresa e passa a desempenhar outras tarefas e atividades. Já o Outplacement é uma técnica utilizada pela instituição que dispensa o funcionário para apoiá-lo na busca por uma outra ocupação. O Turnover é a rotatividade de pessoal, que indica a velocidade de renovação da equipe de funcionários. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 67 Finalmente, a produtividade dos funcionários não é medida somente pelos dias ou períodos trabalhados. Afinal de contas, o funcionário pode ser assíduo, mas ter baixa produtividade no trabalho. Deste modo, o gabarito é mesmo a letra D. Processo decisório. Estrutura das decisões empresariais. A tomada de decisão é um ponto central na vida de um gestor. Afinal de contas, administrar é decidir! Temos de escolher entre pessoas diversas para fazer um trabalho, escolher quais serão os serviços que deverão ser melhorados, escolher as prioridades na alocação de recursos financeiros, dentre diversas decisões comuns em uma instituição. Naturalmente, as decisões podem ser simples ou complexas. Algumas decisões acarretam um impacto grande e outras trazem pouco impacto para os resultados da organização. Deste modo, devemos saber como analisar estes fatores e tomar a melhor decisão possível. Este tópico é muito interessante, pois nós todos tomamos dezenas de decisões diárias. Desde a escolha de qual será nosso prato no almoço até qual será nossa profissão, tomamos diversas decisões em nossas vidas. Assim, vamos analisar e conhecer quais são os principais tipos de decisão? Tipos de decisões - Decisões Programadas e Não Programadas O processo de decisão envolve a escolha de alternativas em busca de resolver um problema ou alcançar um objetivo definido. Assim, decidir é escolher entre as opções disponíveis! Uma das principais classificações dos tipos de decisões divide estas em programadas e não programadas (ou estruturadas e não estruturadas). Uma decisão programada é uma decisão corriqueira, ao passo que uma decisão não programada envolve uma análise muito mais apurada 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 67 dos fatores envolvidos19. Assim sendo, uma decisão programada existe quando já temos uma “solução pronta” para o problema. Vamos ver um exemplo? Você perdeu seu título de eleitor e se dirigiu ao TRE local para tirar uma segunda via deste documento. O atendente, ao te receber, terá de tomar uma decisão, não é mesmo? Ele deverá decidir qual deve ser o encaminhamento para o seu caso, como irá resolver seu caso. Normalmente, já existe uma “decisão” pronta para casos assim: o atendente te dirá que você terá de pagar uma taxa, levar alguns documentos que provem que você é você, levar um comprovante de votação antigo etc. Esta “decisão” do atendente é o que chamamos de decisão programada ou estruturada. Ela acaba ocorrendo tantas vezes que a organização resolve “padronizar” a decisão, já deixar claro qual deve ser o comportamento dos membros da instituição sempre que o mesmo caso ocorrer. Com essa padronização, a organização deixa de “correr o risco” de que atendentes diferentes tratem o mesmo caso de formas distintas, confundindo os usuários. Deste modo, as decisões programadas são muito utilizadas nas empresas e órgãos públicos de todo o mundo. Entretanto, nem todos os problemas podem ser resolvidos deste modo. Alguns casos são maiscomplexos e não podem ser resolvidos através de uma “solução padrão”. Um problema novo, por exemplo, deve demandar uma análise mais profunda por parte do gestor, para que este possa analisar os fatores envolvidos e quais são as melhores alternativas de ação. Imagine que você é um gerente financeiro de uma empresa exportadora e o governo decide mudar a taxa de câmbio entre o real e o dólar. Não existirá uma decisão padrão neste caso, não é mesmo? Você terá de analisar qual será a mudança provável do valor do dólar, como esta mudança poderá afetar as vendas dos produtos da sua empresa, se existem dívidas nessa moeda ou não, dentre diversos outros aspectos. Além disto, alguns destes dados necessários para que você tome sua decisão podem não estar disponíveis. Com isso, o processo decisório será muito diferente e tomará muito mais tempo. Deste modo, o que você deve analisar na hora da prova é o seguinte: se o problema for repetitivo, corriqueiro, a decisão é programada. Já se o caso for novo ou pouco frequente, a decisão é não programada (ou não estruturada). 19 (Robbins & Coulter, 1998) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 67 Vamos analisar agora umas questões sobre este tópico? 17 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2010) As alternativas a seguir apresentam técnicas de apoio à decisão programada, à exceção de uma. Assinale-a. (A) Modelos matemáticos. (B) Sistemas de apoio à decisão corporativa. (C) Planilhas. (D) Orçamentos. (E) Pesquisa operacional. Questão interessante. Se nos referirmos às ferramentas de auxílio à decisão programada, não temos como considerar os sistemas de apoio à decisão corporativa (nome técnico dos programas corporativos que gerenciam dados e proporcionam relatórios de gestão aos administradores, facilitando a tomada de decisão) como de suporte à decisão programada! Pense bem, se você necessita analisar os dados de vendas junto aos custos de entrega na região sul para tomar uma decisão é porque está analisando o problema, não é mesmo? As outras ferramentas citadas são mesmo mais adequadas às decisões programadas. Portanto, este é o caso das planilhas em que podemos programar fórmulas que apontem quando se deve comprar um produto ou vender um ativo, etc. Desta forma, o gabarito é a letra B. 18 – (ESAF – RFB – ANALISTA – 2012) Na questão abaixo, selecione a opção que melhor representa o conjunto das afirmações, considerando C para afirmativa correta e E para afirmativa errada. I. As decisões programadas são tomadas em condições em que os dados são repetitivos, o ambiente é estático e existe um alto grau de certeza, logo, baseadas em julgamentos pessoais. II. As decisões não programadas constituem novidades e tendem a ser tomadas dentro de regras altamente testadas e rígidas. III. À medida que alguém ascende na hierarquia organizacional, a sua capacidade de tomar decisões não programadas se torna mais necessária. a) E - E - C b) C - E - E c) C - C - E d) C - E - C 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 67 e) E - C - E A primeira frase começa correta, mas no final a banca insere um trecho incorreto: “baseadas em julgamentos pessoais”. Esta afirmação está relacionada com as decisões não programadas. Já na segunda frase a banca novamente inverteu os conceitos, pois são as decisões programadas que tendem a “ser tomadas dentro de regras altamente testadas e rígidas“. Finalmente, a terceira frase está correta. Quanto mais avança em uma organização, mais o indivíduo terá de tomar decisões sobre novos temas, em que não domina todas as variáveis, ou seja, decisões não programadas. O gabarito é mesmo a letra A. 19 – (CESPE - CNJ – ANALISTA – 2013) As decisões do tipo não programadas ou descritivas são aquelas preparadas uma a uma para tratar de problemas que não foram resolvidos mediante a aplicação de soluções padronizadas. Perfeito. Decisões não programadas são decisões sobre temas ainda não estudados e padronizados. Desta forma, são questões novas, que demandam uma análise maior em cima de seus aspectos pelo tomador de decisão. Uma nova tecnologia que “apareça” no mercado, por exemplo, não poderá ser tratada com alguma decisão programada, ou seja, já acertada previamente. O gabarito é questão certa. 20 – (CESPE - CNJ – ANALISTA – 2013) Em uma organização, o processo decisório visa à resolução de problemas, mas não ao aproveitamento de oportunidades. Negativo. Naturalmente, a tomada de decisões pode estar centrada tanto em problemas quanto em oportunidades. Iremos lançar ou não um produto novo? Devemos passar a investir em um novo mercado? Devemos diversificar nossas atividades? Todas estas questões estão focadas em oportunidades, não em problemas. Deste modo, o gabarito é questão errada. 21 – (CESPE - ANTT – ANALISTA – 2013) Um dos principais objetivos do processo decisório é incrementar constantemente a base de decisões programadas das organizações para economizar 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 67 tempo e energia intelectual e evitar o desgaste de resolver problemas que já contam com solução definida. Beleza. Sempre que possível ou adequado, a empresa deverá facilitar o trabalho de seus membros através das decisões programadas. Uma decisão programada é aquela em que a decisão já está “posta” sempre que o problema for identificado. O gabarito é mesmo questão certa. Fatores que Afetam a Tomada de Decisões Quando um gestor toma uma decisão, deve se preocupar em analisar os fatores que estão relacionados com esta decisão. Os principais fatores envolvidos são: custo ou impacto, risco, fatores políticos, tempo e informações disponíveis. Vamos ver cada um com mais detalhes? O fator custo (ou impacto) está relacionado com o resultado esperado de uma decisão. Se uma decisão pode afetar tremendamente a operação de uma empresa, esta decisão será feita com muito mais cuidado, não é mesmo? Nós teríamos de analisar todos os dados disponíveis, envolver pessoas no processo, dentre outros cuidados. Já se for para decidir um assunto pouco importante, não demandará tanto tempo assim dos seus administradores. Outro fator é o risco que está associado ao problema. Se ele for razoavelmente “previsível”, podemos ficar mais tranquilos na tomada de decisão. Ou seja, se aquele problema for conhecido, o risco de tomarmos uma decisão errada é menor. Já ao contrário, com um risco alto, ou seja, se não temos como prever como a nossa solução irá resolver ou não o problema, teremos de analisar melhor os aspectos envolvidos. Outro aspecto seria o tempo que temos para tomar a decisão. Naturalmente, quanto mais tempo tivermos, mais tranquilidade teremos para decidir e mais dados poderão ser analisados nesse processo. Já quando estamos com um prazo muito curto, temos de decidir “com o que temos” e corremos mais risco de tomar uma decisão ruim. Um fator político pode também impactar bastante em nosso processo decisório! Quando temos um problema que está na “agenda política” e tem muitos atores resistentes, teremos de levar este fator em consideração. Imagine uma decisão que afetará milhares de funcionários, por exemplo. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. RodrigoRennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 67 A decisão terá de ser pesada para que não encontre muitas resistências políticas ou que alcance um apoio maior do que elas. Este cálculo político deverá ser analisado para que nossa decisão tenha um resultado inesperado ou indesejado. Além disso, o gestor nem sempre conta com muitos dados e informações disponíveis para que possa tomar uma decisão fundamentada. O acesso a estas informações é fundamental para que o tomador de decisão consiga pesar os prováveis efeitos de sua decisão. Sem saber muito sobre o problema, fica difícil tomar uma decisão correta, não é mesmo? A falta de informações de qualidade é um dos fatores que mais dificultam a vida dos gestores. Figura 5 - Fatores que afetam a Tomada de Decisões Vamos ver algumas questões agora? 22 – (CESPE – ANAC – ANALISTA – 2012) Disponibilidade de informações, conhecimento do assunto, tempo existente e conflito de interesses são fatores que afetam a decisão. Perfeito. Esta questão é bem intuitiva, não é mesmo? Se nós dispomos de poucas informações sobre um problema, nossa tomada de decisão será difícil. Teremos de “chutar” ou decidir pelo nosso instinto. Já se temos muitas informações a decisão pode ser mais fácil e técnica. O mesmo pode ser dito dos outros aspectos citados pela banca. Todos podem influenciar positivamente ou negativamente nossa tomada de decisões. O gabarito é questão certa. Custos Política Objetivos Riscos Tempo Acesso a Dados 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 67 23 - (CESPE – CORREIOS / ANALISTA – 2011) Os aspectos emocionais e afetivos influenciam o processo decisório e restringem a capacidade racional dos indivíduos. Quando estamos envolvidos emocionalmente com algum problema, podemos deixar nossas emoções influenciarem nossas decisões, não é mesmo? Por isso, sempre ouvimos que não deveremos decidir nervosos ou no “calor do momento”. Esta questão não é muito difícil, não é verdade? O gabarito é mesmo questão certa. Teoria da Racionalidade e da Racionalidade Limitada O modelo racional de tomada de decisões (ou modelo clássico) se baseava na ideia de que os gestores tomam decisões lógicas (utilizando somente a razão) e que buscam maximizar os resultados das empresas20. Desta maneira, o modelo racional trazia o conceito de como as decisões deveriam ser tomadas, não como elas realmente eram tomadas. Isto deriva das premissas que estavam atreladas ao modelo. As quatro principais premissas eram: O gestor tem o problema definido e um objetivo claro; O gestor tem todas as informações de que necessita e todas as alternativas bem calculadas; Os critérios para avaliar as alternativas são definidos e conhecidos; O gestor é lógico e busca maximizar os resultados da organização. Esta teoria teve o objetivo de aumentar a racionalidade dos gestores encarregados de tomar decisão, mas descrevia mal o real processo de tomada de decisão. 20 (Daft, 2005) 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 67 Figura 6 - Modelo racional Infelizmente, estas premissas não ocorrem na vida real. Com isso, apareceu um teórico (Herbert Simon) que nos trouxe outro modelo: o da racionalidade limitada. Simon observou que, na realidade, as pessoas nem se baseiam inteiramente na razão nem se baseiam totalmente na intuição. Desta forma, o autor indicou que nós temos limites à racionalidade. Que não conseguimos ser totalmente racionais21. A realidade é muito complexa e, portanto, temos de usar a intuição em conjunto à razão. Figura 7 - Razão e racionalidade limitada Para Simon, a racionalidade limitada espelha melhor as condições de tomada de decisão: as pessoas são racionais apenas até certo ponto, 21 (Daft, 2005) Modelo Racional O problema é bem definido e diagnosticado Objetivos são claros e conhecidos Não existem restrições de tempo ou de recursos Temos informação precisa, mensurável e confiável O tomador de decisão é racional Critérios permanecem estáveis no tempo Racionalidade Racionalidade Limitada Intuição 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 67 principalmente nos aspectos em que elas conseguem perceber ou interpretar22. Ou seja, temos diversas limitações que nos impedem de utilizar o modelo racional. Desde limitações no contexto do problema (como pouco tempo, informações imperfeitas ou variáveis demais para analisar) até limitações pessoais (como dificuldade de analisar muitos dados ao mesmo tempo, preconceitos, etc.). Pense bem. Quando você foi pela última vez ao shopping e comprou aquela camisa (ou bolsa, ou perfume, etc.) se baseou apenas em dados concretos. Ou seja, tomou uma decisão apenas racional, ou se baseou também no seu gosto pessoal, na sua preferência anterior ou na opinião de um colega. Na vida empresarial ocorre algo semelhante. Muitas vezes, temos de decidir com poucos dados ou não temos como “gastar” tempo demais para analisar extensamente o problema. Figura 8 - Limitações ao modelo racional Vamos imaginar outra situação? Você passou em um concurso e foi escolhido como gestor de uma empresa pública. Esta empresa necessita de um empréstimo para ampliar suas operações. Assim, você deve tomar decisões sobre que tipo de financiamento escolher. Desta maneira, terá de analisar a tendência dos juros nacionais, do crescimento da economia brasileira, da competição no ramo em que a empresa atua, etc. 22 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) Limitações do contexto Limitações pessoais Desvios de percepção Dificuldade de processamento das informações Dificuldade de armazenamento das informações Poucas informações Situação complexa Restrições de tempo e custo 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 67 Muitos destes dados não estão disponíveis ou são extremamente complexos, não é verdade? Não dá pra tomar uma decisão apenas se baseando nos dados concretos, nas informações disponíveis. Assim, na vida real, nos utilizamos de um modelo de tomada de decisão que se aproxima mais da teoria de Simon. O outro conceito é o da intuição. A intuição não é o contrário da racionalidade (ou seja, a irracionalidade). Ela se baseia em experiências anteriores, nos nossos hábitos e nos nossos pensamentos subliminares (ou seja, no nosso “subconsciente”). Figura 9 - Intuição Vamos ver como isso já foi cobrado? 24 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2007) A tomada de decisões é um elemento crítico na vida organizacional. Sobre esse processo, analise as afirmativas a seguir: I. No modelo racional de tomada de decisão, o problema a ser resolvido deve ser definido de forma clara e sem ambigüidades; devem-se listar as alternativas viáveis e escolher a que resulte no valor máximo percebido. II. As pessoas tomam decisões dentro de uma racionalidade limitada – elas constroemmodelos simplificados que extraem os aspectos essenciais do problema, sem capturar toda a sua complexidade. III. A tomada de decisão intuitiva é um processo inconsciente gerado pelas expectativas vividas, sendo uma alternativa complementar ao método racional. Assinale: (A) se nenhuma afirmativa for correta. (B) se somente as afirmativas I e III forem corretas. Intuição Reflexão Experiências Hábito 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 67 (C) se somente as afirmativas I e II forem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III forem corretas. (E) se todas as afirmativas forem corretas. Esta questão nos serve para saber como a FGV “encara” estes conceitos, pois todas as afirmativas estão corretas. Imagino que, após a leitura dos conceitos, não tenha sido difícil acertar esta. O gabarito é letra E. 25 – (CESPE - CNJ – ANALISTA – 2013) De acordo com o modelo racional, um dos fatores que afeta a tomada de decisão é a limitação cognitiva do agente, levando-o a tomar decisões satisfatórias, e não ótimas. Esta questão está errada, pois este conceito refere-se ao modelo racional limitado. Esta confusão entre o modelo racional e o racional limitado é uma pegadinha muito comum – prestem atenção! Este modelo da racionalidade limitada diz que o ser humano tem diversos limites cognitivos, ou seja, não sabe de tudo nem consegue levar em consideração todas as variáveis necessárias para analisar um problema. Além disso, deixa suas emoções influenciar a decisão, dentre outros problemas. Assim sendo, o indivíduo não conseguiria tomar decisões “ótimas”, mas apenas decisões satisfatórias. O gabarito é questão errada. Certeza, Risco e Incerteza Estes conceitos costumam ser muito cobrados em provas. As bancas adoram confundir os candidatos com estes conceitos de risco e incerteza. Vamos vê-los agora? A certeza ocorre quando temos todos os dados e informações relacionadas com o problema. Nesta situação, o tomador de decisão conhece todos os aspectos relacionados com o problema e consegue prever qual será o resultado de cada alternativa de ação. Seu trabalho de tomar decisões fica mais fácil, naturalmente. Já o risco ocorre quando não temos como prever perfeitamente o resultado das nossas alternativas, mas temos 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 67 dados suficientes para poder estimar seu resultado, ou seja, calcular a probabilidade de cada uma destas alternativas dar ou não certo. Quando um meteorologista nos diz que existem 85% de probabilidade de chover no dia seguinte, ele está nos dando o “risco” de que venha a chover. Ele consegue fazer esse cálculo analisando todos os dados do clima disponíveis, como temperatura, direção dos ventos etc. Finalmente, quando existe uma situação de incerteza é porque o tomador de decisão não tem dados suficientes para poder calcular a probabilidade de um evento. Ao contrário da situação de risco, na incerteza não temos como “prever” o resultado das alternativas. Nós simplesmente não sabemos como elas podem se comportar. Prestem atenção nestas diferenças, pois é muito comum a confusão sobre os conceitos de incerteza e risco. Em uma situação de risco, podemos calcular a probabilidade de algum resultado. Isso não ocorre na incerteza! Figura 10 - Certeza, risco e incerteza. Processo Linear e Sistêmico. Outro conceito importante é o de pensamento linear e pensamento sistêmico. O pensamento linear, também conhecido como Incerteza Não existem informações disponíveis para que possamos calcular a probabilidade de um evento Risco Existem informações suficientes para estimar uma probabilidade Certeza Todas as informações necessárias estão disponíveis 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 67 pensamento cartesiano, envolve um processo decisório em que separamos cada parte do problema e fazemos análises isoladas de cada parte. Toda a base do nosso conhecimento está baseada neste conceito. Nossos alunos não costumam estudar todos os temas que estão envolvidos em um assunto. Somos economistas, médicos, engenheiros, cientistas políticos etc. Estamos sempre pensando de acordo com um foco, estudando uma parte dos efeitos possíveis. Este tipo de pensamento é que gerou as diversas especializações nas carreiras. Infelizmente, a maioria dos problemas organizacionais envolve ambientes e situações complexas, onde diversos aspectos estão relacionados e que necessitam de conhecimentos distintos para serem resolvidos. Se estivermos preocupados em resolver apenas uma “parte” do problema, não teremos um bom resultado global. Devemos compreender o “todo”, como as partes se relacionam. O pensamento sistêmico busca exatamente integrar todas as áreas do conhecimento em torno do processo decisório. Não podemos nos concentrar somente nos aspectos financeiros, por exemplo, ou no processo de logística. Todas as áreas da instituição devem ser trabalhadas, pois as organizações são conjuntos de órgãos interligados e interdependentes. Deste modo, o pensamento sistêmico entende que o ambiente externo é complexo e que temos de analisar a situação por vários “ângulos”. Não podemos “separar” o problema em partes isoladas, pois cada fator influencia os demais. Esta característica do pensamento sistêmico de conseguir trabalhar melhor com problemas complexos o tornou fundamental para que possamos entender as organizações modernas. No setor público, por exemplo, não conseguimos resolver a maior parte dos problemas da população olhando para “caixinhas” ou ministérios isolados. A população precisa de saúde, mas também precisa de segurança de educação, de transporte, etc. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 67 Figura 11 - Pensamento linear e sistêmico. Adaptado de: (Rennó, 2013) Vamos ver uma questão que aborda isto? 26 - (FGV – BADESC – ANALISTA ADM - 2010) Com relação ao processo de tomada de decisão organizacional, analise as afirmativas a seguir. I. O processo decisório é linear. II. O processo decisório depende das características individuais do tomador de decisão. III. O processo decisório depende do contexto específico de cada situação. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. A primeira frase está incorreta, pois o processo decisório dentro do contexto organizacional deve ser sistêmico, e não linear. Já as duas outras afirmativas estão perfeitas. O processo decisório depende tanto das características do tomador de decisão quanto da situação específica. O gabarito é a letra D. Linear Cada problema tem uma solução única; Decisão afetará apenas uma área da empresa; Decisão estará sempre válida. Sistêmico Solução não afeta somente uma área, mas toda a organização; Os efeitos das decisões devem ser monitorados ʹ feedback Problemas são inter- relacionados; Solução pode deixar de ser válida ʹ mudança no ambiente. 37903993372 Administraçãop/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 67 Etapas de análise e solução de problemas Qualquer problema necessita de uma decisão para ser resolvido, mas nem toda decisão busca resolver um problema23. Muitas decisões serão utilizadas para abordar uma necessidade, um interesse ou uma oportunidade. Desta forma, o processo decisório é composto por certas etapas: identificação da situação ou do problema, diagnóstico da situação, desenvolvimento e avaliação das alternativas e a escolha da alternativa. Figura 12 - Processo de tomada de decisão A identificação do problema é o primeiro estágio. Nesta fase, o problema (ou oportunidade) passa a ser percebido. Ou seja, toma-se conhecimento da existência de algum impasse, alguma escolha que deverá ser feita. Já o diagnóstico do problema é uma das fases mais importantes. Neste momento, o administrador terá de definir seus objetivos e quais são as principais causas que geraram o problema. De certa maneira, nesta fase ocorre o “mapeamento” do problema. Vamos ver agora algumas questões? 27 - (FGV – SEFAZ/RJ – FISCAL DE RENDAS - 2009) Em um processo decisório, uma oportunidade diz respeito à(s) seguinte(s) fase(s): 23 (Maximiniano, 1995) Identifica ção do problema Diagnóstico da situação Desenvolvime nto das alternativas Avaliação das alternativas Escolha da melhor alternativa 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 67 (A) identificação da situação. (B) diagnóstico da situação. (C) desenvolvimento de oportunidades. (D) avaliação de alternativas. (E) seleção e implementação. Para resolvermos esta questão temos de refletir: se tivermos uma oportunidade (saiu o edital de um concurso novo, por exemplo) nas mãos, em que fase nos encontramos? Esta oportunidade está relacionada com a identificação da situação. Ou seja, no momento em que uma oportunidade aparece estamos na fase da identificação desta nossa situação. O gabarito é a letra A. 28 – (CESPE – ANAC – ANALISTA – 2012) Uma decisão autocrática poderá ser utilizada com vistas à aceleração do processo decisório. Uma decisão autocrática é aquela em que o chefe não “ouve” ninguém. Ele próprio decide, sem a participação ativa de outro funcionário. Naturalmente, se só uma pessoa está decidindo, esta decisão pode sair mais rápido. Quando não temos muito tempo para que a decisão seja tomada, a decisão autocrática pode “acelerar” mesmo o processo decisório. O gabarito é questão certa. Ferramentas de Diagnóstico de Problemas Para que possamos dar um tratamento adequado aos nossos problemas e oportunidades, devemos saber identificá-los. Existem diversas ferramentas para isso. Abaixo, iremos trabalhar com as mais cobradas em concursos. Cada ferramenta tem um objetivo e uma função específica, mas são utilizados de modo simultâneo em muitas situações. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 67 Figura 13 - Ferramentas da Qualidade. Adaptado de Mello (2012) apud (Rennó, 2013) Diagrama de Causa e Efeito Este diagrama é utilizado quando precisamos estudar as possíveis causas de um problema. Ele é chamado de “causa e efeito” exatamente por isso – nos auxilia a entender essa relação entre as causas e os efeitos. Para a gestão da qualidade, ele é muito importante para que os envolvidos no problema possam visualizar todos os fatores que podem estar provocando os defeitos. Vamos imaginar um caso prático? Uma secretaria de trânsito está buscando estudar as causas dos acidentes de trânsito. Muitos aspectos podem gerar acidentes, não é mesmo? Poderíamos citar, por exemplo, as vias sem conservação, motoristas embriagados, falta de sinalização, falta de policiamento na área como alguns destas possíveis causas. O diagrama de “causa efeito” (ou Ishikawa, seu criador) possibilita a estruturação e a hierarquização destas possíveis causas. Sabendo quais são as principais causas, podemos atuar para reduzir estas causas, evitando muitos dos seus efeitos, como os defeitos no processo produtivo. Ferramentas Diagrama de Causa e Efeito Folha de Verificação Histograma Gráfico de Pareto Diagrama de Correlação Fluxograma Gráfico de Controle Principal Função Levantar possíveis causas para problemas Coletar dados relativos à não conformidade de um produto Identificar com que frequência certo dado aparece em um conjunto de dados Distinguir, entre os fatores, os essenciais e os secundários Estabelecer correlação entre duas variáveis Descrever processos Analisar a variabilidade dos processos 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 67 Abaixo, podemos ver um exemplo deste diagrama, com o exemplo citado: Figura 14 - Gráfico de Ishikawa Assim sendo, quando utilizamos este diagrama, conseguimos estruturar as causas prováveis de um efeito ou problema. Folha de Verificação A folha de verificação é um instrumento muito simples. Ela nada mais é do que uma relação de “eventos” e a descrição de quantas vezes cada um deles “aconteceu”. Na sua aplicação prática, um funcionário apenas vai somando quantas vezes cada defeito ocorreu em um formulário ou planilha eletrônica. Assim, a folha de verificação é uma ferramenta de coleta de dados de uma situação específica, normalmente um processo produtivo. Para entendermos melhor o que está causando os problemas na cadeia produtiva, precisamos saber mais sobre estes fatores. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 67 Portanto, a folha de verificação seria a primeira ferramenta a ser utilizada na Gestão da Qualidade. Os dados coletados por essa ferramenta são depois usados pelas outras ferramentas. Abaixo, teríamos um exemplo de uma folha de verificação: Figura 15 - Exemplo de folha de verificação. No caso do exemplo acima, teríamos uma boa noção de quais são os defeitos no processo produtivo. A pintura (tinta borrada) foi o problema que mais vezes ocorreu neste processo produtivo. Uma informação como essa seria posteriormente utilizada para que a equipe procurasse entender o que está gerando estes defeitos no produto e melhorar a qualidade. Histograma O gráfico chamado de Histograma nada mais é do que um gráfico de barras, muito conhecido por aqueles que trabalham diariamente com planilhas eletrônicas (como o MS Excel). Esta ferramenta serve para que o gestor possa facilmente interpretar uma lista de frequência. Quando este administrador receber a folha de verificação, por exemplo, irá transformá-la em um gráfico de barras – o Histograma. 37903993372 Administração p/ ICMS-RJ - 2016 Teoria e exercícios comentados Profs. Rodrigo Rennó e Sérgio Mendes – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 67 Figura 16 - Exemplo de gráfico histograma Este gráfico facilita a visualização dos aspectos que devem ser enfatizados na busca da qualidade.
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