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Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Aula 03 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ SEFAZ GO Professor: Feliphe Araújo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 2 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 2 – Demonstrações Contábeis .............................................................. 4 2.1 – Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76 ........................................................................... 4 2.2 – Demonstrações Contábeis no CPC 26 (R1) ............................................................................ 6 2.3 – Regras sobre as Demonstrações Contábeis .......................................................................... 7 3 – Balanço Patrimonial ..................................................................... 11 3.1 – Estrutura do Balanço Patrimonial ................................................................................... 12 4 - Ativo ............................................................................................. 14 4.1 – Ativo Circulante ................................................................................................................... 16 4.1.1 - Disponibilidades ............................................................................................................ 16 4.1.2 – Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente .................................... 17 4.1.3 – Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte ........................................ 53 4.2 – Ativo Não Circulante ............................................................................................................ 53 4.2.1 – Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo ............................................................ 53 4.2.2 - Investimentos ................................................................................................................ 56 4.2.3 – Ativo Permanente Diferido (extinto – Lei nº 11.941/09) ............................................. 57 5 – Resumo da Aula ........................................................................... 59 6 – Mapas Mentais da Aula ................................................................ 66 7 – Questões comentadas .................................................................. 68 8 – Lista de exercícios ..................................................................... 110 9 - GABARITO .................................................................................. 126 Aula 03 – Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação societária e pelos pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Balanço patrimonial - Parte 1. Ativo. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 3 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Olá queridos alunos, tudo bem? Sejam bem-vindos à terceira aula do curso de Contabilidade Geral e Avançada para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. Hoje, vamos tratar de assuntos importantes, pois sempre estão presentes nas provas: Demonstrações Contábeis, Balanço Patrimonial e alguns itens do Ativo. Iremos utilizar bastante a Lei 6.404/76 e alguns dos Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Geralmente, as bancas cobram a literalidade das normas. Procuramos abordar o assunto de forma bem objetiva e direta, o que irá facilitar o seu aprendizado. Não se preocupe com a quantidade de páginas da aula, porque mais de 50% dessa aula é composta de exercícios, bem como o resumo que disponibilizo ao final da aula teórica. Tudo isso para facilitar na fixação da matéria e em futuras revisões. Tenho certeza que você está se dedicando ao máximo em busca da sua aprovação. Já passei por isso e sei como você está se sentindo. Continue estudando FIRME, porque vale muito a pena todo o seu esforço. Vocês serão recompensados. Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Um forte abraço, Feliphe Araújo. 1 - INTRODUÇÃO D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 4 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Para atender aos diversos usuários da informação contábil, a entidade deverá apresentar suas Demonstrações Contábeis (ou usualmente denominada de Demonstrações Financeiras) de acordo com as normas regulamentares. A elaboração das Demonstrações Contábeis constitui uma das técnicas da contabilidade. As Demonstrações Contábeis são relatórios organizados e estruturados para fornecer informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As Demonstrações Financeiras obrigatórias estão previstas na Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), no caso das sociedades anônimas. Essa Lei também se aplica à sociedade limitada, no que couber. Em relação às demonstrações, devemos observar ainda as disposições dos pronunciamentos do CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis -, desde que aprovados pelas entidades reguladoras (CVM, CFC, SUSEP etc.). O CPC 26 (R1) foi aprovado pelo CFC, por meio da Resolução CFC nº 1.185/2009, e pela CVM, por meio da Deliberação CVM nº 676/2011. Segundo a Lei 6.404/76: Artigo 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - Balanço patrimonial; II - Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); III - Demonstração do resultado do exercício (DRE); e IV – Demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) V – Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA). (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) Esquematizando: 2 – Demonstrações Contábeis 2.1 – Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76 D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo5 de 126 www.exponencialconcursos.com.br De acordo com o § 6o, artigo 176, Lei 6.404/76: a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. Assim, são demonstrações contábeis obrigatórias para as Cia. fechadas: As sociedades por ações (ou sociedades anônimas) podem ser: 1) Companhia aberta (ou empresa de capital aberto): são aquelas que comercializam títulos e valores mobiliários no mercado (Ex: bolsa de valores), por meio de ações que podem ser livremente comercializadas junto ao público. São fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 2) Companhia fechada (ou empresa de capital fechado): são aquelas que não comercializam títulos e valores mobiliários no mercado. As suas ações são negociadas de maneira privada. A CVM é uma autarquia responsável por disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários. Por isso, a CVM tem competência para normatizar procedimentos na elaboração de demonstrações contábeis para as companhias abertas. A normas expedidas pela CVM, no que se refere as demonstrações financeiras, deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade. (Lei 6.404/76, artigo 177, § 5o) IMPORTANTE: a lei não exige a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA). Ainda, com a edição da Lei 11.638/07, a Demonstração da Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória. Demonstrações Contábeis obrigatórias Balanço Patrimonial DRE DLPA DFC DVA, se cia aberta Demonstrações Contábeis obrigatórias para as Cia. Fechadas Balanço Patrimonial DRE DLPA DFC, se PL ≥ R$ 2 milhões D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 6 de 126 www.exponencialconcursos.com.br O artigo 186, § 2º, da Lei 6.404/76, afirma que a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), se esta for elaborada e publicada pela companhia. Assim, a DMPL é facultativa. De acordo com o CPC 26 (R1), o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 1. Balanço patrimonial (BP) ao final do período; 2. Demonstração do resultado do período (DRE); 3. Demonstração do resultado abrangente (DRA) do período; 4. Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) do período; 5. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) do período; 6. Notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias; 7. Informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A do CPC 26 (R1); 8. Balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e 9. Demonstração do valor adicionado (DVA) do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente. As informações comparativas a que se refere o item 7 não são uma demonstração propriamente dita. Apenas quer dizer que, na elaboração das demonstrações contábeis, a entidade deve apresentar, para todos os saldos de contas de todas as demonstrações, os valores do período atual comparados com os montantes do período anterior, conforme consta também no parágrafo 1º, artigo 176, da Lei das S/A. A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados pelo CPC 26 (R1), desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente. A CVM, por meio da Deliberação CVM 676/2011, tornou obrigatória para as companhias abertas as demonstrações exigidas pelo CPC 26 (R1). 2.2 – Demonstrações Contábeis no CPC 26 (R1) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 7 de 126 www.exponencialconcursos.com.br De acordo com o CPC 26 (R1): Em regra, as bancas têm utilizado a Lei das S/A para formulação das questões sobre demonstrações contábeis obrigatórias. Devemos ficar atentos também para as demonstrações exigidas pela CVM, que acabam sendo as mesmas exigidas pelo CPC 26 (R1). Com a edição da Lei 11.638/07, a demonstração da origens e aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória. Quadro comparativos das demonstrações exigidas pelas normas: Cia. aberta Lei das S/A Cia. Fechada Lei das S/A Cia. Aberta CVM CPC 26 (R1) BP BP BP BP DRE DRE DRE DRE DLPA* DLPA* DMPL DMPL - - DRA DRA DFC DFC, se PL ≥ R$ 2 milhões DFC DFC DVA - DVA DVA * DMPL facultativa As notas explicativas são informações que visam complementar as demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc. Segundo a Lei 6.404/76, art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de As demonstrações contábeis proporcionam informações da entidade acerca do seguinte ativos, passivos e patrimônio líquido receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles fluxos de caixa 2.3 – Regras sobre as Demonstrações Contábeis D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 8 de 126 www.exponencialconcursos.com.br maio, o exercício social terá a duração de 01 de junho a 31 de maio do ano seguinte. Observar que não há exigência de que o exercício social coincida com o ano civil (de janeiro a dezembro). Por isso, para concursos, o exercício social pode começar e terminar em qualquer dia do ano. Contudo, na prática, as sociedades adotam o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro. O exercício social poderá ter duração diversa na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária. Se a sociedade foi instituída em 01 de novembro de X0 e o estatuto estabelecer que o término do exercício será em 31 de dezembro de cada ano, o primeiro exercício poderá ter a duração de apenas dois meses (novembro a dezembro de X0), ou opcionalmente, poderá terminar apenas em dezembro de X1, tendo a duração de 14 meses. Os exercícios seguintes ao da constituição ou alteração estatutária da companhia serão iniciados em janeiro e encerrados em dezembro de cada ano. Como a Lei 6.404/76 não determinou se os casos de duração do exercício social diferente de um ano terão prazo superior ou inferior a um ano, pressupõe que o prazo poderá ser maior ou menorque um ano. Ao término do exercício, as companhias devem publicar as suas demonstrações contábeis. Lembre-se que o exercício social tem duração de 1 ano e não 12 meses. Essa é uma pegadinha constante em provas. Segundo o artigo 176, § 1º, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Exemplo: Ativo X2 X1 Circulante Caixa 10.000,00 8.000,00 Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes" (art. 176, § 2º, Lei das S/A). Por exemplo, as disponibilidades, como as contas caixa e bancos, podem ser agregadas, observado o limite de 10% do ativo circulante. Conforme o § 3º, do mesmo artigo 176, as demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 9 de 126 www.exponencialconcursos.com.br esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (Lei das S/A, art. 176, § 4º). As notas explicativas fornecem uma série informações, que são necessárias para o correto entendimento das demonstrações contábeis das entidades. Assim, conforme Lei 6.404/76, artigo 176, § 5o, as notas explicativas devem: I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e IV – indicar: a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3o); d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; f) o número, espécies e classes das ações do capital social; g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. Por último, temos que as demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados (Lei das S/A, art. 177, §4º). A expressão contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis (contador). D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 10 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Vamos praticar!!!! (ESAF/AFRFB/2009) Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações, determina que, ao fim de cada exercício social, com base na escrituração mercantil da companhia, exprimindo com clareza a situação do patrimônio e as mutações ocorridas no exercício, a diretoria fará elaborar as seguintes demonstrações financeiras: a) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. b) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e demonstração do valor adicionado. c) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e demonstração das mutações do patrimônio líquido. d) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e, se companhia aberta, demonstração das mutações do patrimônio líquido. e) balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Resolução: Basta lembrar do esquema que vimos na nossa aula: A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não é mais uma demonstração obrigatória. Pegadinha de prova. Vejam que a banca não levou em consideração a seguinte informação: as companhias fechadas, conforme previsto na Lei das S/A, só estão obrigadas a elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (DFC) se, na data do balanço, possuir patrimônio líquido igual ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Assim, a assertiva E estaria errada. Demonstrações Contábeis obrigatórias Balanço Patrimonial DRE DLPA DFC DVA, se cia aberta D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 11 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Contudo, a banca cobrou a literalidade do art. 176, da Lei 6.404/76, e é isso que você deve levar para a prova. Gabarito: Letra E. Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento, de maneira estática. O balanço patrimonial é um demonstrativo contábil obrigatório tanto para as companhias abertas quanto para as companhias fechadas. O balanço patrimonial está definido no artigo 178 da Lei 6.404/76, transcrito a seguir: Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º No passivo, as contasserão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. Balanço Patrimonial demonstração contábil destinada a evidenciar quantitativa e qualitativamente numa determinada data a posição patrimonial e financeira da Entidade 3 – Balanço Patrimonial D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 12 de 126 www.exponencialconcursos.com.br O balanço patrimonial apresenta os ativos (bens e direitos), passivos (exigibilidades e obrigações) e o patrimônio líquido. O balanço é o principal demonstrativo contábil e o mais cobrado em concursos. A estrutura do balanço patrimonial é a seguinte: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido (PL) Capital Social (-) Ações em Tesouraria Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Reservas de Capital (-) Prejuízos Acumulados Existem duas classes de contas que se apresentam no balanço patrimonial: o ATIVO e o PASSIVO. Os grupos de contas correspondem a subdivisões das classes de contas: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Classe) PASSIVO (Classe) Ativo Circulante Ativo Não Circulante Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Os grupos de contas são divididos em subgrupos de contas. Exemplo: Ativo Não Circulante (Grupo) Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível 3.1 – Estrutura do Balanço Patrimonial Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Subgrupos de contas Subgrupos de contas Subgrupos D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 13 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Por fim, temos as contas que correspondem aos elementos patrimoniais ou de resultado, e as subcontas que correspondem ao menor detalhamento das contas. Exemplo: Ativo (Classe) Ativo Circulante (Grupo) Disponibilidades (Subgrupo) Bancos – Conta Movimento (Conta) Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Banco Itaú (FCC/Analista - Contabilidade – TRT 4ª Região/2011) De conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade, são grupos do Balanço Patrimonial: a) Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo, Ativo Diferido, Ativo Imobilizado e Exigível a Longo Prazo. b) Ativo Imobilizado, Ativo Intangível, Ativo Diferido e o Patrimônio Líquido. c) Realizável de Longo Prazo, Diferido, Investimentos, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. d) Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. e) Passivo Não Circulante, Passivo Circulante, Patrimônio Líquido, Ativo Circulante, Imobilizado, Intangível e Investimentos. Resolução: Os grupos de contas correspondem a subdivisões das classes de contas: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Classe) PASSIVO (Classe) Ativo Circulante Ativo Não Circulante Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Portanto, os grupos do Balanço Patrimonial são: Ativo Circulante, Ativo Não Circulante, Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. Vamos analisar cada assertiva: Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Subcontas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas Grupos de contas D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 14 de 126 www.exponencialconcursos.com.br a) incorreta. Atualmente, o Ativo Diferido e o Exigível a Longo Prazo não são grupos de contas. b) incorreta. O Ativo Diferido não é um grupo de conta do ativo. c) incorreta. O Ativo Diferido não é um grupo de conta do ativo. d) incorreta. Atualmente, o Ativo Permanente não é um grupo de conta do ativo. e) correta. Pessoal, só prestem atenção que a banca FCC considerou os subgrupos Imobilizado, Intangível e Investimentos como grupos de contas do Ativo. Gabarito: Letra E. Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e que se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. A liquidez refere-se à facilidade com a qual um ativo (bem ou direito) pode ser convertido em dinheiro. Assim, inicialmente, as contas no ativo devem ser classificadas pela maior conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até que uma conta tenha baixíssima liquidez, como terrenos. No ativo circulante, são classificados os bens e direitos que a companhia espera que sejam realizados até doze meses após a data do balanço patrimonial. Os demais bens e direitos com realização prevista acima de doze meses da data do balanço patrimonial, são classificadas no Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo. 4 - Ativo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 15 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Explicando de forma gráfica: Exercício seguinte Após o exercício seguinte 31/12/2013 31/12/2014 AÑC Realizável a Longo Prazo Ativo Circulante Data do balanço patrimonial No exemplo da figura, o balanço foi elaborado em 31/12/2013. Portanto, todos os créditos que esperamos receber até 31/12/2014 são créditos de curto prazo. A partir de 01/01/2015, os créditos a receber são de longo prazo. As considerações sobre o curto e longo prazo vistas aqui, tambémse aplicam aos passivos. Além disso, as empresas devem observar seu ciclo operacional para classificar os ativos e passivos em curto ou longo prazo. Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei 6.404/76: “Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.” O disposto no parágrafo único do artigo 179 vale tanto para o ativo quanto para o passivo. O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, a venda e o recebimento dos clientes. Exemplo: Se a empresa possui um ciclo operacional de 2 anos, serão classificadas no ativo circulante (curto prazo) os direitos com vencimento em até 2 anos e serão classificadas no ativo não circulante (longo prazo) os direitos com vencimento após 2 anos, apesar do exercício social ser o mesmo. Assim, qualquer que seja o ciclo operacional, o exercício social continua o mesmo, com duração de 1 ano. Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 16 de 126 www.exponencialconcursos.com.br O ativo, segundo o CPC 26 (R1), deve ser classificado como circulante quando satisfazer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (d) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Segundo o art. 179 da Lei 6.404: Vamos analisar cada item do ativo circulante. São elementos do ativo que representam dinheiro ou nele possam ser convertidos de forma imediata. As disponibilidades são também chamadas de caixa e equivalentes de caixa. Exemplos: 1. Caixa: valores em espécie de posse da entidade e todo o numerário em trânsito. Numerários em trânsito são valores entre estabelecimentos da entidade ou cheques que ainda não foram depositados. 2. Bancos conta movimento: valores depositados nas contas bancárias da empresa. 3. Aplicações financeiras de liquidez imediata: aplicações com resgate em períodos iguais ou menores que 90 dias. Contas classificadas no ativo circulante as disponibilidades; os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente; e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte 4.1 – Ativo Circulante 4.1.1 - Disponibilidades D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 17 de 126 www.exponencialconcursos.com.br As disponibilidades devem ser registradas pelo valor original (ou custo histórico) das cédulas, documentos ou títulos que as representem. No caso das Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata, ao valor original deve ser acrescido os juros. Os juros obtidos nas aplicações financeiras devem ser registrados a débito da conta aplicações financeiras e a crédito de receitas. Lançamento contábil: Aplicações Financeiras (ativo) a Receita de juros (resultado) Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem ser reais (bens) ou pessoais (direitos). Podemos dividir os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente nos seguintes grupo principais: 1. Direitos a receber no curto prazo; 2. Instrumentos financeiros de curto prazo; 3. Estoques; e 4. Tributos a recuperar. 4.1.2.1 – Direitos a receber no curto prazo São créditos ou direitos que a entidade tem perante a terceiros. São contas representantes de direitos: Clientes; Duplicatas a receber; Notas promissórias a receber; Adiantamento a fornecedores; e Adiantamento a funcionários. Direitos realizáveis Reais Representam os bens da empresa. Exemplos: matérias-primas, estoque de mercadorias e material de uso ou consumo; Pessoais Representam os direitos (créditos) da companhia. Exemplos: clientes, duplicatas a receber, empréstimos a receber, adiantamento a fornecedores e ICMS a recuperar; 4.1.2 – Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 18 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Por exemplo, na venda de mercadorias a prazo mediante a emissão de duplicatas no valor de R$ 1.000,00, temos o seguinte lançamento na empresa vendedora D – Duplicatas a receber (Ativo) C – Receita de venda (resultado) ................... 1.000,00 Explicação do lançamento: Quando uma empresa vende mercadorias a prazo ocorre um aumento da conta duplicatas a receber (direito da empresa perante terceiro) e um aumento de receita (venda). Ativo Natureza Devedora Entrada de Direito Debita Receita de venda Natureza Credora Entrada de receita (venda) Credita As contas Clientes e Duplicatas a Receber são contabilizadas pelo valor original menos as estimativas de perdas para reduzi-las ao valor provável de realização. As estimativas de perdas nessas contas continuam a ser chamadas de "Provisão para Devedores duvidosos" (PDD), embora esta não seja a denominação mais correta tecnicamente. O nome mais apropriado para essa conta, de acordo com as normas internacionais de contabilidade, é Perdas Estimadas com Devedores Duvidosos (PEDD). De acordo com a Lei 6404/76, Art. 183, inciso VIII, os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. Uma informação relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Assim, os elementos do ativo circulante devem ser ajustados a valor presente quandohouver efeito relevante, ou seja, quando puderem influenciar as decisões tomadas pelos usuários. Professor, e o que seria o Ajuste a Valor Presente? Vamos lá!!! Ativo Realizável a Longo Prazo serão ajustados a valor presente; Circulante serão ajustados a valor presente quando houver efeito relevante; D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 19 de 126 www.exponencialconcursos.com.br 4.1.2.1.1 - Ajuste a Valor Presente Valor presente (present value): é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. Tal fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos. De acordo com o CPC 12, a quantificação do ajuste a valor presente deve ser realizada em base exponencial "pro rata die", a partir da origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam. Ou seja, no ajuste a valor presente, o correto é utilizar o método exponencial (juros compostos). Exemplo: A empresa Dedicados Ltda., em 31 de dezembro de 2015, vendeu mercadorias a prazo, para a empresa Aprovados S/A, com as seguintes informações: - Preço à vista: R$ 100.000,00. - Preço a prazo de venda: R$ 121.000,00. - Taxa de Juros: 10% ao ano. - Data do pagamento: 31/12/2017. - Desconsidere os impostos incidentes. Método Exponencial: Juros compostos 1. Lançamento da venda a prazo em 31/12/15: D – Clientes (Ativo Não Circulante) ........................................ 121.000,00 C – Receita de Vendas (Resultado) ........................................ 100.000,00 C – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Ret. do AÑC) .. 21.000,00 1.1. Cálculo do ajuste que deve ser feito pelo método exponencial: a) Receita de Vendas = 121.000 / (1,10)² = 121.000 / 1,21 = 100.000,00 Ajuste a Valor Presente (AVP) demonstra o valor presente de um fluxo de caixa futuro; destina-se a excluir os juros ou encargos financeiros embutidos nos valores das compras e das vendas, quando feitas a prazo; registra na contabilidade as operações como de fato aconteceram, em atendimento a primazia da essência sobre a forma; auxilia as entidades a diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com suas atividades empresariais. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 20 de 126 www.exponencialconcursos.com.br b) Ajuste a Valor Presente = 121.000,00 - 100.000,00= 21.000,00 1.2. Registro da venda no livro razão: Clientes (1) 121.000 Receita de Vendas 100.000 (1) AVP s/ Clientes 21.000 (1) 1.3. O Balanço Patrimonial, em 31/12/2015, tem a seguinte estrutura: ATIVO Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 100.000,00 Clientes 121.000,00 (-) Ajuste a Valor Presente sobre Clientes (21.000,00) 2. Em 31/12/16, apropriação anual da receita financeira: 2.1. Receita financeira = 100.000,00 x 10% = 10.000,00. D – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Retificadora do AÑC) C – Receita Financeira (Resultado) .................. 10.000,00 2.2. Registro do lançamento 2 no livro razão: AVP s/ Clientes (2) 10.000 21.000 (1) 11.000 Receita Financeira 10.000 (2) 2.3. Pessoal, em 31/12/2016, as contas Clientes e AVP sobre Clientes passam a ser de curto prazo. Assim, precisamos transferir o saldo para o ativo circulante, conforme abaixo: D – Clientes (Ativo Circulante) ...................................... 121.000,00 C – Clientes (Ativo Não Circulante) ................................ 121.000,00 D – AVP sobre Clientes (Retificadora do AC) .................... 11.000,00 C – AVP sobre Clientes (Retificadora do AÑC) .................. 11.000,00 2.4. O Balanço Patrimonial, em 31/12/2016, tem a seguinte estrutura: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 21 de 126 www.exponencialconcursos.com.br ATIVO Ativo Circulante 110.000,00 Clientes 121.000,00 (-) Ajuste a Valor Presente sobre Clientes (11.000,00) 3. Em 31/12/17, apropriação anual da receita financeira: 3.1. Receita = 110.000,00 (100.000 + 10.000) x 10% = 11.000,00 D – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Retificadora do AC) C – Receita Financeira (Resultado) .................. 11.000,00 3.2. Registro do lançamento 3 no livro razão: AVP s/ Clientes (3) 11.000 11.000 0 Receita Financeira 11.000 (3) 3.3. Em 31/12/17, o lançamento do recebimento é: D – Caixa C – Clientes ................................. 121.000,00 Apresentamos o quadro completo de controle dos juros: Ano Valor inicial Taxa juros Valor juros Total 1 100.000,00 10% 10.000,00 110.000,00 2 110.000,00 10% 11.000,00 121.000,00 Total 21.000,00 Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima ou cobrar um valor fácil de calcular, como os juros dos primeiros meses. Algumas bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais correto seja o método exponencial, que usa juros compostos. DICA: A conta Ajuste a Valor Presente sobre Clientes também pode ser chamada de Juros ativos a transcorrer ou Receitas Financeiras a Apropriar, etc. Realizados os lançamentos, observem que o valor da receita de vendas não foi afetado pelos juros embutidos no preço de venda. Ainda, os juros lançados em Ajuste a Valor Presente devem ser apropriados ao resultado, D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 22 de 126 www.exponencialconcursos.com.br em conta de receita, em atendimento ao regime de competência, proporcionalmente ao período. Nesse sentido, o pronunciamento técnico CPC 12 determina que a mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Depois disso, as condições iniciais só podem ser modificadas em casos excepcionais, como em uma renegociação de dívida. Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso, valor presente e valor justo não são sinônimos. Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse financiamento, faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representarmelhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado. De acordo com o pronunciamento, valor justo é valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Vamos ver como este assunto é cobrado em provas. (FCC/Contador – TRE – AP/2015) No dia 01/12/2013 a empresa Comércio de Bugigangas S.A. realizou as seguintes vendas de mercadorias: − Venda para receber a longo prazo no valor nominal de R$ 394.435,53. − Venda à vista: R$ 400.000,00. Se a empresa tivesse realizado somente vendas à vista, o valor total das vendas seria R$ 750.000,00. Sabendo-se que a empresa utilizava a taxa de juros de 0,8% ao mês para as vendas a prazo, a Comércio de Bugigangas S.A. reconheceu na Demonstração do Resultado de 2013, especificamente com relação às vendas efetuadas em 01/12/2013, Receita de Vendas igual a (A) R$ 794.435,53, apenas. (B) R$ 750.000,00 e Receita Financeira = R$ 2.800,00. (C) R$ 750.000,00 e Receita Financeira = R$ 6.000,00. (D) R$ 750.000,00, apenas. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 23 de 126 www.exponencialconcursos.com.br (E) R$ 400.000,00 e Receita Financeira = R$ 44.435,53. Resolução: As vendas, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro. O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor presente da transação, ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda fosse realizada à vista. O valor que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser reconhecido como Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a Apropriar sobre Clientes (contas retificadoras do ativo). Vamos fazer os lançamentos: 1. Venda à vista: D – Caixa C – Receita de Vendas ..................................... 400.000,00 2. Venda a Prazo: D – Clientes ....................................... R$ 394.435,53 (valor a receber) C - Receita de Vendas ......................... R$ 350.000,00 (750.000 – 400.000) C - Receita de Juros a Apropriar* ........... R$ 44.435,53 (Ret. do ativo) * Valor de receita de juros que a empresa receberá dos clientes, sendo apropriada de acordo com o regime de competência. Receita de Juros a Apropriar = 394.435,53 – 350.000,00 = R$ 44.435,53 Portanto, a receita de vendas é igual a R$ 750.000,00 (400.000 + 350.000) Como a Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada em 31/12/2013, a empresa deve reconhecer a receita financeira referente a um mês (dezembro de 2013) mediante a multiplicação da taxa de juros de 0,8% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo. Assim, a receita financeira é igual a R$ 2.800,00 (0,8% sobre 350.000,00). D – Receita de Juros a Apropriar C – Receita Financeira ............................. 2.800,00 Assim, o gabarito é a letra B. Método turbo de resolução para o dia da prova: O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor de venda à vista das mercadorias. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 24 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Receita de Vendas = R$ 750.000,00 O valor da receita financeira do primeiro mês é calculado mediante a multiplicação da taxa de juros de 0,8% pelo valor à vista das vendas que foram realizadas a prazo. Valor à vista das vendas a prazo = total das vendas à vista – vendas efetivas à vista Valor à vista das vendas a prazo = 750.000 – 400.000 = R$ 350.000,00 Receita Financeira = 350.000 x 0,8% = R$ 2.800,00 Gabarito: Letra B. 4.1.2.2 - Aplicações em Instrumentos Financeiros De acordo com o CPC 39, instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para a entidade e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade. Quanto à classificação, o CPC 48 simplifica a contabilização dos instrumentos financeiros e, desta forma, contém 03 (três) categorias de mensuração do ativo financeiro e 02 (duas) para o passivo financeiro, a saber: Classificação dos instrumentos financeiros Ativo Financeiro Passivo Financeiro Custo Amortizado (CA) X X Valor Justo por meio de Resultado (VJR) X X Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes (VJORA) X Não se aplica O nosso estudo será focado no ativo financeiro. A entidade deve classificar ativos financeiros como subsequentemente mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes ou ao valor justo por meio do resultado com base tanto: (a) no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; quanto (b) nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. Resumindo, os ativos financeiros são classificados em 3 categorias: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 25 de 126 www.exponencialconcursos.com.br As classificações têm por base tanto o modelo de negócios da entidade para a gestão desses ativos quanto as características de fluxos de caixa contratuais do ativo. APRENDENDO CONCEITOS: Segundo o CPC 48, valor contábil bruto de ativo financeiro é o custo amortizado de ativo financeiro, antes do ajuste por qualquer provisão para perdas. De acordo com o CPC 39, ativo financeiro é qualquer ativo que seja: (a) caixa; (b) instrumento patrimonial de outra entidade; (c) direito contratual: Ativos Financeiros Mensurados ao Custo Amortizado (CA) Mensurados ao Valor Justo Por meio de Resultado (VJR) Por meio de Outros Resultados Abrangentes (VJORA) Instrumento Financeiro É qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro (caixa, contas a receber, ações) para uma entidade e a um passivo financeiro (obrigação, por exemplo) ou instrumento de capital próprio para outra entidade. Derivativos São Instrumentos Financeiros que têm seus preços derivados do preço de mercado de um bem ou de outro Instrumento Financeiro; Ex: Mercado futuro de dólar. Valor Justo É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração (ou avaliação). D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 26 de 126 www.exponencialconcursos.com.br (i) de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade;ou (ii) de troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições potencialmente favoráveis para a entidade; (d) um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais da própria entidade, e que: (i) não é um derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a receber um número variável de instrumentos patrimoniais da própria entidade; ou (ii) um derivativo que será ou poderá ser liquidado de outra forma que não pela troca de um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, por número fixo de instrumentos patrimoniais da própria entidade. Pessoal, vamos detalhar qual a diferença entre ativo financeiro e ativo não financeiro. Lembrando que essa parte é mais conceitual. Ativo financeiro é caixa, título que representa o direito de receber caixa, outros bens ou direitos de natureza financeira. Assim, não são ativos financeiros bens como máquinas, mercadorias, imóveis e veículos. Agora, vamos entender o que é um derivativo. Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo. Em outras palavras, derivativo é um instrumento financeiro cujo valor deriva ou depende do preço, do desempenho de mercado de determinado bem ou da taxa de referência. Assim, as aplicações em derivativos se assemelham a uma aposta, porque há, de um lado, quem acredite que o valor de certo bem, índice ou taxa etc., subirá e, do outro, quem ache que esse preço cairá. Esse assunto está ligado muito a mercado financeiro e não cai no nosso concurso. Fui bem resumido na minha explicação, pois este assunto é extenso. Um dos casos de mercados de derivativos é o mercado de opções. Vamos fazer um exemplo com a opção de compra. Neste caso, as partes interessadas, vendedor e comprador, especulam a cotação futura de uma determinada ação, por exemplo, com base na cotação atual. Exemplo: Em 01/01/2016, a entidade X adquire a opção de compra de 50 ações da Petrobrás a R$ 100,00 cada (total de R$ 5.000,00). A data de D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 27 de 126 www.exponencialconcursos.com.br vencimento é 31/01/2016, e o prêmio pago à entidade Y (lançador da opção) pela entidade X é de R$ 50,00. O valor unitário da ação da Petrobrás, em 01/01/2016, é igual a R$ 90,00. Assim, em 31/01/2016, a entidade X pode comprar ou não as ações, pois ela adquiriu o direito quando pagou o prêmio. O valor do prêmio já está garantido para a entidade Y, independente se as ações serem adquiridas ou não. Caso 1: Se, em 31/01/2016, o valor unitário da ação da Petrobrás fosse, por exemplo, de R$ 120,00. Neste caso, a entidade X exerceria a opção de compra, pois o valor que ela pagaria para exercer a opção seria de R$ 100,00 (diferença favorável: 120,00 – 100,00 = R$ 20,00 por ação). Caso 2: Se, em 31/01/2016, o valor unitário da ação da Petrobrás fosse, por exemplo, de R$ 90,00. Neste caso, a entidade X não exerceria a opção de compra, pois o valor que ela pagaria para exercer a opção seria maior do que efetivamente a ação está valendo. Neste caso, a despesa da entidade X seria somente o valor do prêmio pago de R$ 50,00. O ativo não derivativo é um instrumento financeiro cujo valor não deriva ou não depende do preço, do desempenho de mercado de determinado bem ou da taxa de referência. Por exemplo, no momento da compra de um título, já se sabe o valor exato da compra. Logo, o ativo financeiro não derivativo representa direitos financeiros a receber, como contas a receber de clientes e títulos adquiridos de instituições financeiras, em que o montante não é calculado com base no valor assumido por uma variável, mas sim no valor de aquisição ou valor a receber. A partir de agora, vamos estudar instrumentos financeiros com foco em aplicações financeiras (investimentos temporários) da empresa visando obter rendimentos e lucros. Porém, o assunto instrumentos financeiros é muito mais amplo e complexo e engloba não somente o setor privado, mas também o setor público, pois trata de ativos e passivos financeiros de forma geral. Esclarecemos que, como o nosso foco é concurso, vamos abordar aquilo que pode ser cobrado em provas. Mensuração Inicial Exceto no caso de contas a receber, a entidade deve mensurar o ativo financeiro pelo seu valor justo. A melhor evidência do valor justo do instrumento financeiro no reconhecimento inicial é normalmente o preço de transação (ou custo de aquisição). Por isso, os ativos financeiros são mensurados inicialmente pelo preço de transação ou custo de aquisição, exceto se houver na operação algum componente significativo de financiamento. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 28 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Mensuração subsequente de ativo financeiro Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar o ativo financeiro conforme abaixo: (a) ao custo amortizado; (b) ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; ou (c) ao valor justo por meio do resultado. A entidade deve aplicar os requisitos de redução ao valor recuperável na avaliação de ativos financeiros. Instrumentos Financeiros mensurados ao Custo Amortizado Um ativo financeiro é classificado como mensurado ao custo amortizado caso seja mantido em um modelo de negócio cujo objetivo seja obter fluxos de caixa contratuais e seus termos contratuais deem origem a fluxos de caixa que sejam pagamentos somente de Principal e Juros (o critério de pagamentos “somente P&J”). Ou seja, no critério de pagamentos “somente P&J”, não se espera obter rendimentos pela valorização do ativo, mas sim para receber pela aplicação financeira o valor do principal investindo mais os juros ganhos. A sigla P&J significa Principal e Juros. Os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado são registrados inicialmente pelo valor original (custo de aquisição ou preço de transação) acrescido dos encargos ou rendimentos financeiros (juros), resultando no valor do título “pelo custo amortizado” ou "pela curva do papel". Com relação aos títulos mensurados ao custo amortizado, a receita de juros, as perdas de crédito esperadas e os ganhos ou perdas cambiais (aplicação fora do país) são reconhecidos no resultado. No momento do desreconhecimento, qualquer ganho ou perda é reconhecido no resultado. Desreconhecimento – A retirada de ativo financeiro ou passivo financeiro, anteriormente reconhecido, do balanço patrimonial da entidade. Definição segundo o CPC 48. Em outras palavras, desreconhecimento significa remoção (baixa) de um ativo do balanço seja pela venda, pela transferência dos direitos para outra entidade ou pelo término do contrato. CUSTO AMORTIZADO CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃODO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 29 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Instrumentos Financeiros mensurados ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes (VJORA) Um ativo financeiro é classificado como VJORA caso ele satisfaça ao critério “somente P&J” e seja mantido em um modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto pela obtenção de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda do ativo financeiro. Com relação aos títulos mensurados ao VJORA, a receita de juros, as perdas de crédito esperadas e os ganhos ou perdas cambiais (aplicação fora do país) são reconhecidos no resultado. Outros ganhos e perdas da mensuração a valor justo são reconhecidos em Outros Resultados Abrangentes (ORA). No momento do desreconhecimento (baixa ou venda do ativo), os ganhos e perdas acumulados, anteriormente reconhecidos nos ORA, são reclassificados do patrimônio líquido para o resultado. Características dos instrumentos financeiros mensurados ao VJORA: Constituído pelos ativos financeiros não derivativos que serão mantidos para recebimento dos fluxos de caixa contratuais ou negociados no futuro (data não definida para alienação), a serem registrados pelo custo amortizado; As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e rendimentos financeiros) vão ao resultado. Ou seja, os rendimentos financeiros pela taxa efetiva de juros são contabilizados no resultado; Avaliados ao seu valor justo; Os ajustes a valor justo, referente a diferença para mais ou para menos, entre o valor pela curva de papel (custo de aquisição + juros) e o valor justo, são registrados na conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP), do PL, até que os ativos e passivos sejam reclassificados ou efetivamente negociados, o que ocorrer primeiro. Nos instrumentos financeiros mensurados ao VJORA, devemos considerar o valor justo, ainda que o valor do custo amortizado seja maior ou menor. Assim, depois de reconhecer os juros referente aos rendimentos, iremos ajustar o valor do custo amortizado (custo de aquisição + juros) ao valor justo mediante um ajuste. No caso dos títulos mensurados ao VJORA, os ajustes a valor justo devem ser feitos em uma conta do Patrimônio Líquido (Ajuste de Avaliação Patrimonial). Assim, a diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo de aquisição + juros), no investimento mensurado ao VJORA, não altera o resultado do exercício, porque é registrado em uma conta patrimonial (a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial do Patrimônio Líquido). Quando o valor da diferença é negativo, debitamos a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 30 de 126 www.exponencialconcursos.com.br (PL). Quando o valor da diferença é positivo, creditamos a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL). A conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial é uma conta do PL que pode ter saldo credor ou saldo devedor (neste caso, é uma conta retificadora do PL). A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial depende das variações de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial faz parte dos Outros Resultados Abrangentes. Instrumentos Financeiros mensurados ao Valor Justo por meio de Resultado (VJR) Todos os outros ativos financeiros são classificados ao VJR. Ou seja, aqui temos todos os ativos financeiros que não são classificados ao custo amortizado ou ao VJORA. Com relação a ativos em categoria de mensuração subsequente ao VJR, todos os ganhos e perdas são reconhecidos no resultado. Características dos instrumentos financeiros mensurados ao VJR: Os rendimentos são contabilizados no resultado; Avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de mercado); Os ajustes ao valor justo são contabilizados diretamente no resultado. Os outros ganhos e perdas também são contabilizados no resultado. No caso dos títulos mensurados ao VJR, os ajustes a valor justo devem ser feitos em uma conta do resultado (receita ou despesa). D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 31 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Resumindo a classificação: Sim Não SIM Não Não Sim Sim Segue um quadro que simplifica os cálculos: Instrumentos Financeiros – Ativos Financeiros Reconhecimento dos rendimentos Critérios de Avaliação Mensuração ao valor justo Custo Amortizado Resultado Custo Amortizado Não tem ajuste Valor Justo por meio de Resultado Resultado Valor Justo Ajuste no Resultado do Exercício Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes Resultado Valor Justo Ajuste na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial A entidade deve reconhecer provisão para perdas de crédito esperadas em ativo financeiro mensurado em recebível de arrendamento, em ativo contratual ou em compromisso de empréstimo, e em contrato de garantia financeira aos quais devem ser aplicados os requisitos de redução ao valor recuperável. No reconhecimento e mensuração de provisão para perdas de ativos a valor justo será aplicado os requisitos de redução ao valor recuperável. O IFRS 9 deve ser aplicado a partir de 1º de janeiro de 2018, de forma retrospectiva. A aplicação retrospectiva significa que novos requisitos são aplicados às transações, outros eventos e condições como se aqueles requisitos tivessem sempre sido aplicados. Os fluxos de caixa contratuais dos ativos são somente P&J? O objetivo do negócio é manter para receber fluxo de caixa contratuais + venda? Valor Justo por meio do Resultado (VJR) O objetivo do negócio é manter para receber fluxo de caixa contratuais? Custo Amortizado Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes (VJORA) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo32 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Instrumentos Financeiros segundo a Lei nº 6.404/76 De acordo com a Lei das S/A, art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para a venda; e b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. De acordo com o CPC 38 que foi revogado a partir de 01/01/2018, os grupos de instrumentos financeiros eram os seguintes: Empréstimos e Recebíveis; Mantidos até o Vencimento; Destinados à Negociação; Disponível para Venda. Esta classificação está de acordo com o que vigora na Lei nº 6.404/76, conforme artigo 183. A classificação acima diverge um pouco em relação ao disposto no CPC 48 que entrou em vigor no dia 01/01/2018, principalmente em relação às nomenclaturas. Assim, peço que fiquem ligados nas duas nomenclaturas. Pode ser que a Lei nº 6.404/76 seja alterada para se adaptar a nova redação dada pelo CPC 48. Vamos ver como é cobrado pelas bancas de concurso. Investimentos mantidos até o vencimento São ativos financeiros não derivativos, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e as debêntures, com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais a entidade tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento. APRENDENDO CONCEITOS: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 33 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Os investimentos mantidos até o vencimento são registrados inicialmente pelo valor original (custo de aquisição ou valor de transação) acrescido dos encargos ou rendimentos financeiros, resultando no valor do título "pela curva do papel" ou “pelo custo amortizado”. Caso haja diferença entre o valor do título pela "curva do papel" e o seu valor justo (valor de mercado), nenhum ajuste será feito, independente se para mais ou para menos. Assim, o título mantido até o vencimento permanece avaliado "pelo custo amortizado", ou seja, pelo valor do custo de aquisição acrescido dos rendimentos financeiros. Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. adquiriu, em janeiro de 2016, títulos do Governo, ao valor total de R$ 10.000,00, que renderam juros de 10% a.a., com vencimento em dezembro de 2017. Sabendo que o valor justo dos títulos, em dezembro de 2016, era de R$ 11.500,00 e que a empresa tem a intenção de manter esses títulos até o vencimento, realize os registros contábeis de 2013: 1) Registro da compra em janeiro de 2016: D – Títulos do Governo “mantidos até o vencimento” (AC) C – Caixa (AC) ......................................................... 10.000,00 Títulos do Governo (1) 10.000 Caixa SI 10.000 (1) CDB é um título de captação de recursos emitido pelos bancos, que funciona como um empréstimo que você faz à instituição financeira, recebendo uma remuneração em troca. Ao final da aplicação, o valor investido é acrescido de juros. Debênture é um título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a terceiros (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas condições constantes da escritura de emissão. CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CURVA DO PAPEL CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO CUSTO DE AQUISIÇÃO DO INSTRUMENTO FINANCEIRO RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA RENDIMENTO PELA TAXA EFETIVA D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 34 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Explicação do lançamento: Quando uma empresa adquire uma aplicação financeira ocorre um aumento da conta Títulos do Governo a receber (direito da empresa) e uma diminuição da conta caixa (pela saída de bens numerários). Ativo Natureza Devedora Entrada de Direito Debita Caixa Natureza Devedora Saída de bens numerários (caixa) Credita 2) Registro da taxa efetiva de juros de 10% a.a. em dezembro de 2016: 2.1) Juros ativos (Receita) = 10.000,00 x 10% = 1.000,00. Títulos do Governo (1) 10.000 (2) 1.000 11.000 Juros Ativos 1.000 (2) Em dezembro de 2013, o valor dos títulos pela curva do papel será de: Títulos (Curva do Papel) = Custo de aquisição dos títulos + Juros Ativos. Títulos (Curva do Papel) = 10.000 + 1.000 = 11.000,00. Títulos mantidos até o vencimento Curva do Papel Valor Justo Não tem ajuste 11.000,00 11.500,00 Neste caso, não há ajuste a valor justo. O título fica registrado “pela curva do papel”, ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo custo de aquisição mais os rendimentos apropriados por competência. O procedimento aqui apresentado pode ser utilizado para cálculo nos instrumentos financeiros mensurados ao Custo Amortizado, com as devidas adaptações, conforme CPC 48. Investimentos Destinados à Negociação e Disponíveis para Venda Estes investimentos também são chamados, respectivamente, de destinados à negociação imediata e disponíveis para venda futura, para melhor diferenciá-los. Vamos ver quais são as diferenças e similaridades entre eles. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 03 Prof. Feliphe Araújo 35 de 126 www.exponencialconcursos.com.br Nos instrumentos financeiros destinados à negociação e disponível para venda, devemos considerar o valor justo, ainda que o valor da curva de papel seja maior ou menor. Assim, depois de reconhecer os juros referente aos rendimentos, iremos ajustar o valor da curva de papel (custo de aquisição + juros) ao valor justo mediante um ajuste. No caso dos títulos destinados à negociação imediata, os ajustes a valor justo devem
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