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Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 04 
Curso: Contabilidade p/ TCE MG 
Professor: Feliphe Araújo 
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Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 2 de 154 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2 – Demonstrações Contábeis .............................................................. 4 
2.1 – Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76 ........................................................................... 4 
2.2 – Demonstrações Contábeis no CPC 26 (R1) ............................................................................ 6 
2.3 – Regras sobre as Demonstrações Contábeis .......................................................................... 9 
3 – Balanço Patrimonial ..................................................................... 12 
3.1 – Estrutura do Balanço Patrimonial ................................................................................... 13 
4 - Ativo ............................................................................................. 16 
4.1 – Ativo Circulante ................................................................................................................... 17 
4.1.1 - Disponibilidades ............................................................................................................ 18 
4.1.2 – Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente .................................... 18 
4.1.3 – Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte ........................................ 56 
4.2 – Ativo Não Circulante ............................................................................................................ 57 
4.2.1 – Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo ............................................................ 57 
4.2.2 - Investimentos ................................................................................................................ 61 
4.2.3 - Imobilizado .................................................................................................................... 62 
4.2.4 - Intangível ....................................................................................................................... 63 
4.2.5 – Ativo Permanente Diferido (extinto – Lei nº 11.941/09) ............................................. 64 
4.2.6 – Classificação de acordo com o ciclo operacional ......................................................... 66 
5 - Passivo ......................................................................................... 67 
5.1 – Passivo Circulante e Passivo Não Circulante ....................................................................... 67 
5.2 – Resultado de Exercícios Futuros .......................................................................................... 67 
6 – Patrimônio Líquido ....................................................................... 68 
7 – Resumo da Aula ........................................................................... 69 
8 – Questões comentadas .................................................................. 78 
9 – Lista de exercícios ..................................................................... 133 
10 - GABARITO ................................................................................ 154 
11 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................ 154 
 
 
Aula 04 – Elaboração de demonstrações contábeis pela legislação 
societária e pelos pronunciamentos contábeis do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC). Balanço patrimonial. Ativo. 
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Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 3 de 154 
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Olá queridos alunos, tudo bem? 
Sejam bem-vindos à aula 04. 
Hoje, vamos tratar de assuntos importantes, pois sempre estão presentes 
nas provas de concurso: Demonstrações Contábeis, Balanço Patrimonial e os 
grupos de contas do ativo. Iremos utilizar bastante a Lei 6.404/76. Geralmente, 
as bancas cobram a literalidade da norma. Procuramos abordar o assunto de 
forma bem objetiva e direta, o que irá facilitar o seu aprendizado. 
 Não se preocupe com a quantidade de páginas da aula, porque 
mais de 50% dessa aula é composta de exercícios, bem como o resumo 
que disponibilizo ao final da aula teórica. Tudo isso para facilitar na 
fixação da matéria e em futuras revisões. 
Tenho certeza que você está se dedicando ao máximo em busca da sua 
aprovação. Já passei por isso e sei como você está se sentindo. Continue 
estudando FIRME, porque vale muito a pena todo o seu esforço. Vocês serão 
recompensados. 
 Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o 
nosso curso. 
 Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. 
Treinar é preciso. 
Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
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Prof. Feliphe Araújo 4 de 154 
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Para atender aos diversos usuários da informação contábil, a entidade 
deverá apresentar suas Demonstrações Contábeis (ou usualmente 
denominada de Demonstrações Financeiras) de acordo com as normas 
regulamentares. A elaboração das Demonstrações Contábeis constitui uma das 
técnicas da contabilidade. 
As Demonstrações Contábeis são relatórios organizados e estruturados 
para fornecer informação acerca da posição patrimonial e financeira, do 
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número 
de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. 
As Demonstrações Financeiras obrigatórias estão previstas na Lei 
6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), no caso das sociedades anônimas. 
Essa Lei também se aplica à sociedade limitada, no que couber. 
Em relação às demonstrações, devemos observar ainda as disposições 
dos pronunciamentos do CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações 
Contábeis -, desde que aprovados pelas entidades reguladoras (CVM, CFC, 
SUSEP etc.). 
O CPC 26 (R1) foi aprovado pelo CFC, por meio da Resolução CFC nº 
1.185/2009, e pela CVM, por meio da Deliberação CVM nº 676/2011. 
 
 
Segundo a Lei 6.404/76: 
Artigo 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com 
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações 
financeiras, quedeverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da 
companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); 
III - demonstração do resultado do exercício (DRE); e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e (Redação dada pela Lei 
nº 11.638, de 2007) 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA). 
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) 
 
 
 
2 – Demonstrações Contábeis 
 
2.1 – Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76 
 
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Esquematizando: 
 
 
De acordo com o § 6o, artigo 176, Lei 6.404/76: a companhia fechada 
com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da 
demonstração dos fluxos de caixa. 
 Assim, são demonstrações contábeis obrigatórias para as Cia. fechadas: 
 
 
As sociedades por ações (ou sociedades anônimas) podem ser: 
1) Companhia aberta (ou empresa de capital aberto): são aquelas 
que comercializam títulos e valores mobiliários no mercado (Ex.: bolsa de 
valores), por meio de ações que podem ser livremente comercializadas junto ao 
público. São fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
2) Companhia fechada (ou empresa de capital fechado): são 
aquelas que não comercializam títulos e valores mobiliários no mercado. As 
suas ações são negociadas de maneira privada. 
 
 A CVM é uma autarquia responsável por disciplinar, fiscalizar e 
desenvolver o mercado de valores mobiliários. Por isso, a CVM tem competência 
para normatizar procedimentos na elaboração de demonstrações contábeis para 
as companhias abertas. 
 A normas expedidas pela CVM, no que se refere as demonstrações 
financeiras, deverão ser elaboradas em consonância com os padrões 
internacionais de contabilidade. (Lei 6.404/76, artigo 177, § 5o) 
IMPORTANTE: a lei não exige a Demonstração de Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL) e a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA). 
Demonstrações Contábeis 
obrigatórias
Balanço 
Patrimonial
DRE DLPA DFC
DVA, se cia 
aberta
Demonstrações Contábeis obrigatórias
para as Cia. Fechadas
Balanço 
Patrimonial
DRE DLPA
DFC, se PL ≥ 
R$ 2 milhões
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Ainda, com a edição da Lei 11.638/07, a Demonstração da Origens e 
Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória. 
O artigo 186, § 2º, da Lei 6.404/76, afirma que a demonstração dos 
lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) poderá ser incluída na 
demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), se esta for 
elaborada e publicada pela companhia. Assim, a DMPL é facultativa. 
 
 
De acordo com o CPC 26 (R1), o conjunto completo de demonstrações 
contábeis inclui: 
1. Balanço patrimonial (BP) ao final do período; 
2. Demonstração do resultado do período (DRE); 
3. Demonstração do resultado abrangente (DRA) do período; 
4. Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL) do 
período; 
5. Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) do período; 
6. Notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas 
contábeis significativas e outras informações explanatórias; 
7. Informações comparativas com o período anterior, conforme 
especificado nos itens 38 e 38A do CPC 26 (R1); 
8. Balanço patrimonial do início do período mais antigo, 
comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil 
retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das 
demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas 
demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e 
9. Demonstração do valor adicionado (DVA) do período, conforme 
Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão 
regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente. 
 
As informações comparativas a que se refere o item 7 não são uma 
demonstração propriamente dita. Apenas quer dizer que, na elaboração das 
demonstrações contábeis, a entidade deve apresentar, para todos os saldos 
de contas de todas as demonstrações, os valores do período atual comparados 
com os montantes do período anterior, conforme consta também no parágrafo 
1º, artigo 176, da Lei das S/A. 
A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles 
usados pelo CPC 26 (R1), desde que não contrarie a legislação societária 
brasileira vigente. 
2.2 – Demonstrações Contábeis no CPC 26 (R1) 
 
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A CVM, por meio da Deliberação CVM 676/2011, tornou obrigatória para 
as companhias abertas as demonstrações exigidas pelo CPC 26 (R1). 
De acordo com o CPC 26 (R1): 
 
Em regra, as bancas têm utilizado a Lei das S/A para formulação das 
questões sobre demonstrações contábeis obrigatórias. Devemos ficar atentos 
também para as demonstrações exigidas pela CVM, que acabam sendo as 
mesmas exigidas pelo CPC 26 (R1). 
Com a edição da Lei 11.638/07, a demonstração da origens e 
aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória. 
Quadro comparativos das demonstrações exigidas pelas normas: 
Cia. aberta 
Lei das S/A 
Cia. Fechada 
Lei das S/A 
Cia. Aberta 
CVM 
CPC 26 (R1) 
BP BP BP BP 
DRE DRE DRE DRE 
DLPA* DLPA* DMPL DMPL 
- - DRA DRA 
DFC DFC, se PL ≥ R$ 2 milhões DFC DFC 
DVA - DVA DVA 
* DMPL facultativa 
 
As notas explicativas são informações que visam complementar as 
demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela 
empresa, a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de 
depreciação, os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc. 
Hora de treinar! 
 (VUNESP/Agente da Fiscalização – TCE SP/2017) São 
demonstrações obrigatórias para quaisquer empresas de sociedades por ações: 
As 
demonstrações 
contábeis 
proporcionam 
informações da 
entidade acerca do 
seguinte
ativos, passivos e patrimônio líquido
receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas
alterações no capital próprio mediante 
integralizações dos proprietários e distribuições a eles
fluxos de caixa
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a) demonstraçãodos lucros e prejuízos acumulados e demonstração do 
resultado do exercício. 
b) demonstração do valor adicionado e demonstração dos lucros ou prejuízos 
do exercício. 
c) balanço patrimonial e demonstração do valor adicionado. 
d) demonstração do resultado do exercício e demonstração dos fluxos de caixa. 
e) demonstração do valor adicionado e demonstração dos fluxos de caixa. 
Resolução: 
Quadro comparativos das demonstrações exigidas pelas normas: 
Cia. aberta 
Lei das S/A 
Cia. Fechada 
Lei das S/A 
Cia. Aberta 
CVM 
CPC 26 (R1) 
BP BP BP BP 
DRE DRE DRE DRE 
DLPA* DLPA* DMPL DMPL 
- - DRA DRA 
DFC DFC, se PL ≥ R$ 2 milhões DFC DFC 
DVA - DVA DVA 
* DMPL facultativa 
 
Como o enunciado traz a expressão sociedades por ações, devemos observar o 
que diz a Lei nº 6.404/76, que é a Lei das S/A. 
Desta feita, as demonstrações obrigatórias para quaisquer empresas de 
sociedades por ações são, entre outras, a Demonstração dos Lucros e 
Prejuízos Acumulados (DLPA) e Demonstração do Resultado Do 
Exercício (DRE) – resposta letra A. 
Contudo, para fins didáticos, vejamos quais são os erros das demais assertivas: 
b) demonstração do valor adicionado (é obrigatória somente para 
sociedade aberta) e demonstração dos lucros ou prejuízos do exercício 
acumulados. 
c) balanço patrimonial e demonstração do valor adicionado (é obrigatória 
somente para sociedade aberta). 
d) demonstração do resultado do exercício e demonstração dos fluxos de caixa 
(não obrigatória para companhias fechadas e com PL < R$ 2 milhões). 
e) demonstração do valor adicionado (é obrigatória somente para sociedade 
aberta) e demonstração dos fluxos de caixa (não obrigatória para 
companhias fechadas e com PL < R$ 2 milhões). 
Gabarito: A 
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Segundo a Lei 6.404/76, art. 175. O exercício social terá duração de 
1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. Assim, se a 
companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de 
maio, o exercício social terá a duração de 01 de junho a 31 de maio do ano 
seguinte. 
Observar que não há exigência de que o exercício social coincida com 
o ano civil (de janeiro a dezembro). Por isso, para concursos, o exercício 
social pode começar e terminar em qualquer dia do ano. Contudo, na 
prática, as sociedades adotam o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro. 
O exercício social poderá ter duração diversa na constituição da 
companhia e nos casos de alteração estatutária. Se a sociedade foi instituída 
em 01 de novembro de X0 e o estatuto estabelecer que o término do exercício 
será em 31 de dezembro de cada ano, o primeiro exercício poderá ter a duração 
de apenas dois meses (novembro a dezembro de X0), ou opcionalmente, poderá 
terminar apenas em dezembro de X1, tendo a duração de 14 meses. 
Os exercícios seguintes ao da constituição ou alteração estatutária da 
companhia serão iniciados em janeiro e encerrados em dezembro de 
cada ano. Como a Lei 6.404/76 não determinou se os casos de duração do 
exercício social diferente de um ano terão prazo superior ou inferior a um 
ano, pressupõe que o prazo poderá ser maior ou menor que um ano. 
 Ao término do exercício, as companhias devem publicar as suas 
demonstrações contábeis. Lembre-se que o exercício social tem duração 
de 1 ano e não 12 meses. Essa é uma pegadinha constante em provas. 
Segundo o artigo 176, § 1º, as demonstrações de cada exercício serão 
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações 
do exercício anterior. Exemplo: 
Ativo X2 X1 
Circulante 
Caixa 10.000,00 8.000,00 
 
Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; 
os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua 
natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo 
de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas 
contas" ou "contas-correntes" (art. 176, § 2º, Lei das S/A). 
Por exemplo, as disponibilidades, como as contas caixa e bancos, podem 
ser agregadas, observado o limite de 10% do ativo circulante. 
2.3 – Regras sobre as Demonstrações Contábeis 
 
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Conforme o § 3º, do mesmo artigo 176, as demonstrações financeiras 
registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da 
administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. 
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (Lei 
das S/A, art. 176, § 4º). 
As notas explicativas fornecem uma série informações, que são 
necessárias para o correto entendimento das demonstrações contábeis das 
entidades. Assim, conforme Lei 6.404/76, artigo 176, § 5o, as notas explicativas 
devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das 
demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e 
aplicadas para negócios e eventos significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas 
no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das 
demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação 
adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, 
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, 
de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender 
a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, 
parágrafo único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas 
avaliações (art. 182, § 3o); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias 
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações 
a longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os 
resultados futuros da companhia. 
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Por último, temos que as demonstraçõesfinanceiras serão assinadas 
pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados (Lei das 
S/A, art. 177, §4º). A expressão contabilista abrange tanto o técnico em 
contabilidade, como o bacharel em ciências contábeis (contador). 
 Vamos praticar!!!! 
 (ESAF/Adaptada/Técnico da Receita Federal/2002.2) A 
seguir são apresentadas cinco assertivas relacionadas às sociedades por ações. 
Quatro delas são verdadeiras. Assinale a opção que contém a afirmativa 
incorreta. 
a) O exercício social tem a duração de 1 (um) ano e a data do término será 
fixada no estatuto. 
b) As demonstrações de que trata o item anterior são balanço patrimonial; 
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; demonstração do resultado 
do exercício; demonstração das origens e aplicações de recursos; e 
demonstração das mutações do patrimônio líquido. 
c) Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar demonstrações 
financeiras que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da 
companhia e as mutações ocorridas no exercício. 
d) As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos 
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
e) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a 
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela 
assembleia-geral. 
Resolução: 
Vamos analisar cada assertiva: 
a) correta. Segundo a Lei 6.404/76, art. 175. O exercício social terá duração 
de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. 
b) incorreta. A DOAR (demonstração de origem e aplicações de recursos) não 
mais é obrigatória. A demonstração das mutações do patrimônio líquido 
(DMPL) não é obrigatória, conforme Lei das S/A. 
Segundo a Lei 6.404/76, são demonstrações contábeis obrigatórias: 
 
Demonstrações Contábeis
Balanço 
Patrimonial
DRE DLPA DFC
DVA, se cia 
aberta
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c) correta. Segundo o Art. 176 (Lei 6.404/76). Ao fim de cada exercício 
social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da 
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão 
exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as 
mutações ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); 
III - demonstração do resultado do exercício (DRE); e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA). 
 
d) correta. Segundo o artigo 176, § 1º, as demonstrações de cada exercício 
serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das 
demonstrações do exercício anterior. 
e) correta. Conforme o § 3º, do mesmo artigo 176, as demonstrações 
financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos 
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-
geral. 
Gabarito: Letra B. 
 
 
 
 
 
Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa, refletindo sua 
posição financeira em um determinado momento, de maneira estática. 
O balanço patrimonial é um demonstrativo contábil obrigatório tanto 
para as companhias abertas quanto para as companhias fechadas. 
O balanço patrimonial está definido no artigo 178 da Lei 6.404/76, 
transcrito a seguir: 
Balanço 
Patrimonial
demonstração contábil 
destinada a evidenciar 
quantitativa e 
qualitativamente
numa determinada data
a posição patrimonial e 
financeira da Entidade
3 – Balanço Patrimonial 
 
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 Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento 
e a análise da situação financeira da companhia. 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de 
compensar serão classificados separadamente. 
 
O balanço patrimonial apresenta os ativos (bens e direitos), 
passivos (exigibilidades e obrigações) e o patrimônio líquido. O balanço 
é o principal demonstrativo contábil e o mais cobrado em concursos. 
 
 
A estrutura do balanço patrimonial é a seguinte: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Ativo Não Circulante 
 Realizável a Longo Prazo 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
Passivo Não Circulante 
Patrimônio Líquido (PL) 
 Capital Social 
 (-) Ações em Tesouraria 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Reservas de Lucros 
 Reservas de Capital 
 (-) Prejuízos Acumulados 
 
Existem duas classes de contas que se apresentam no balanço 
patrimonial: o ATIVO e o PASSIVO. 
3.1 – Estrutura do Balanço Patrimonial 
 
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Os grupos de contas correspondem a subdivisões das classes de contas: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO (Classe) PASSIVO (Classe) 
Ativo Circulante 
Ativo Não Circulante 
 
Passivo Circulante 
Passivo Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
 
 
Os grupos de contas são divididos em subgrupos de contas. 
Exemplo: Ativo Não Circulante (Grupo) 
 Realizável a Longo Prazo 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
 
Por fim, temos as contas que correspondem aos elementos 
patrimoniais ou de resultado, e as subcontas que correspondem ao menor 
detalhamento das contas. 
 
Exemplo: Ativo (Classe) 
 Ativo Circulante (Grupo) 
 Disponibilidades (Subgrupo) 
 Bancos – Conta Movimento (Conta) 
 Banco do Brasil 
 Caixa Econômica Federal 
 Banco Itaú 
 
 (ESAF/Adaptada/Auditor Fiscal - ISS - Natal/2008) 
Assinale, abaixo, a opção que contém uma assertiva verdadeira. No balanço, as 
contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira 
da companhia. Assim, de acordocom a legislação vigente, 
a) no passivo, as contas serão classificadas no passivo circulante, passivo 
realizável a longo prazo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido. 
b) o ativo não circulante deverá ser dividido em investimentos, ativo imobilizado 
e ativo diferido. 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
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Grupos de 
contas 
 
Grupos de 
contas 
 
Grupos de 
contas 
 
Grupos de 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
de contas 
 
Subgrupos 
Subcontas 
 
Subcontas 
 
Subcontas 
 
Subcontas 
 
Subcontas 
 
Subcontas 
 
Subcontas 
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c) o ativo não circulante deverá ser dividido em investimentos, imobilizado, 
intangível diferido e resultado pendente. 
d) o patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas de capital, 
reservas de reavaliação, reservas de lucros, ações em tesouraria e lucros ou 
prejuízos acumulados. 
e) o patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. 
Resolução: 
Respondemos à questão com base na estrutura do BP: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Ativo Não Circulante 
 Realizável a Longo Prazo 
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível 
Passivo Não Circulante 
Patrimônio Líquido (PL) 
 Capital Social 
 (-) Ações em Tesouraria 
 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Reservas de Lucros 
 Reservas de Capital 
 (-) Prejuízos Acumulados 
 
Vamos analisar cada assertiva: 
a) incorreta. No passivo, as contas serão classificadas no passivo circulante, 
passivo não circulante e patrimônio líquido. 
b) incorreta. O ativo não circulante deverá ser dividido em realizável a longo 
prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
c) incorreta. O ativo não circulante deverá ser dividido em realizável a longo 
prazo, investimentos, imobilizado, intangível. 
d) incorreta. O patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas 
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em 
tesouraria e prejuízos acumulados. 
e) correta. O patrimônio líquido deverá ser dividido em capital social, reservas 
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em 
tesouraria e prejuízos acumulados. 
Gabarito: Letra E. 
 
 
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Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados e que se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a 
entidade. 
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
 
A liquidez refere-se à facilidade com a qual um ativo (bem ou 
direito) pode ser convertido em dinheiro. 
Assim, inicialmente, as contas no ativo devem ser classificadas pela 
maior conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa. Em seguida, 
classificaremos a conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e 
assim por diante, até que uma conta tenha baixíssima liquidez, como terrenos. 
Cuidado, pois no ativo, a afirmação de que as contas serão dispostas em 
ordem decrescente de grau de liquidez tem o mesmo significado de afirmar 
que as contas do ativo serão classificadas em ordem crescente dos prazos 
de recebimento, ou seja, do menor para o maior prazo. Logo, quanto menor 
o prazo de recebimento de um direito, maior sua liquidez. 
No ativo circulante, são classificados os bens e direitos que a companhia 
espera que sejam realizados até doze meses após a data do balanço 
patrimonial. Os demais bens e direitos com realização prevista acima de 
doze meses da data do balanço patrimonial, são classificadas no Ativo Não 
Circulante Realizável a Longo Prazo. 
Explicando de forma gráfica: 
 
 Exercício seguinte 
 Após o exercício seguinte 
 
 31/12/2013 31/12/2014 AÑC Realizável a Longo Prazo 
 
 Ativo Circulante 
 
Data do balanço patrimonial 
4 - Ativo 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
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No exemplo da figura, o balanço foi elaborado em 31/12/2013. Portanto, 
todos os créditos que esperamos receber até 31/12/2014 são créditos de 
curto prazo. A partir de 01/01/2015, os créditos a receber são de longo 
prazo. As considerações sobre o curto e longo prazo vistas aqui, também se 
aplicam aos passivos. 
 (ESAF/AFC - CGU/2008) Julgue os itens que se seguem e 
marque, com V para o verdadeiro e F para o falso: 
I. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez 
dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: ativo circulante; ativo 
realizável a longo prazo; ativo permanente, dividido em investimentos, 
imobilizado, intangível e diferido. 
Resolução: 
Acabamos de ver que o ativo não circulante é composto por ativo realizável 
a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Ainda, não existe 
mais o ativo permanente e o diferido. 
Gabarito: Falso. 
 
 
O ativo, segundo o CPC 26 (R1), deve ser classificado como circulante 
quando satisfazer qualquer dos seguintes critérios: 
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou 
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; 
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; 
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do 
balanço; ou 
(d) é caixa ou equivalentede caixa, a menos que sua troca ou uso para 
liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após 
a data do balanço. 
 
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
 
 
 
 
 
 
4.1 – Ativo Circulante 
 
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Segundo o art. 179 da Lei 6.404: 
 
Vamos analisar cada item do ativo circulante. 
 
 
São elementos do ativo que representam dinheiro ou nele possam ser 
convertidos de forma imediata. As disponibilidades são também chamadas de 
caixa e equivalentes de caixa. 
Exemplos: 
1. Caixa: valores em espécie de posse da entidade e todo o numerário 
em trânsito. Numerários em trânsito são valores entre estabelecimentos da 
entidade ou cheques que ainda não foram depositados. 
2. Bancos conta movimento: valores depositados nas contas bancárias 
da empresa. 
3. Aplicações financeiras de liquidez imediata: aplicações com 
resgate em períodos iguais ou menores que 90 dias. 
As disponibilidades devem ser registradas pelo valor original (ou 
custo histórico) das cédulas, documentos ou títulos que as representem. 
No caso das Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata, ao valor original 
deve ser acrescido os juros. 
Os juros obtidos nas aplicações financeiras devem ser registrados a 
débito da conta aplicações financeiras e a crédito de receitas. 
Lançamento contábil: 
Aplicações Financeiras (ativo) 
a Receita de juros (resultado) 
 
 
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente podem 
ser reais (bens) ou pessoais (direitos). 
Contas classificadas 
no ativo circulante
as disponibilidades;
os direitos realizáveis no curso do exercício 
social subsequente; e
as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte
4.1.1 - Disponibilidades 
 
4.1.2 – Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente 
 
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Podemos dividir os direitos realizáveis no curso do exercício social 
subsequente nos seguintes grupos principais: 
1. Direitos a receber no curto prazo; 
2. Instrumentos financeiros de curto prazo; 
3. Estoques; e 
4. Tributos a recuperar. 
 
4.1.2.1 – Direitos a receber no curto prazo 
São créditos ou direitos que a entidade tem perante a terceiros. São 
contas representantes de direitos: 
 Clientes; 
 Duplicatas a receber; 
 Notas promissórias a receber; 
 Adiantamento a fornecedores; e 
 Adiantamento a funcionários. 
 
Por exemplo, na venda de mercadorias a prazo mediante a emissão de 
duplicatas no valor de R$ 1.000,00, temos o seguinte lançamento na empresa 
vendedora 
D – Duplicatas a receber (Ativo) 
C – Receita de venda (resultado) ................... 1.000,00 
Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa vende mercadorias a prazo ocorre um aumento da conta 
duplicatas a receber (direito da empresa perante terceiro) e um aumento de receita 
(venda). 
Ativo  Natureza Devedora  Entrada de Direito  Debita 
Receita de venda  Natureza Credora  Entrada de receita (venda)  Credita 
Direitos 
realizáveis
Reais
Representam os bens da empresa. 
Exemplos: matérias-primas, estoque de 
mercadorias e material de uso ou consumo;
Pessoais
Representam os direitos (créditos) da 
companhia. 
Exemplos: clientes, duplicatas a receber, 
empréstimos a receber, adiantamento a 
fornecedores e ICMS a recuperar;
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As contas Clientes e Duplicatas a Receber são contabilizadas pelo 
valor original menos as estimativas de perdas para reduzi-las ao valor 
provável de realização. As estimativas de perdas nessas contas continuam a 
ser chamadas de "Provisão para Devedores duvidosos" (PDD), embora 
esta não seja a denominação mais correta tecnicamente. 
O nome mais apropriado para essa conta, de acordo com as normas 
internacionais de contabilidade, é Perdas Estimadas com Devedores 
Duvidosos (PEDD). 
De acordo com a Lei 6404/76, Art. 183, inciso VIII: 
 
 
ATENÇÃO: O artigo 183 da Lei nº 6.404/76, que trata dos critérios de 
avaliação do ativo, é uma parte bem “decoreba”. A ideia é que você tente 
assimilar cada conta, subgrupo ou grupo de contas de acordo com as suas 
características, ou seja, cada item com a sua avaliação. 
É importante lembrar: A Contabilidade é um “quebra-cabeça” que vai se 
encaixando à medida que for estudando, porque muitos assuntos estão inter-
relacionados e precisamos explicar em aulas iniciais algumas expressões e 
conceitos de forma resumida. 
Ao longo do curso, vocês vão estudar os critérios de avaliação dos itens do 
ativo e do passivo. Para melhor fixação, é importante fazer muitos exercícios. 
 
Uma informação relevante é aquela capaz de fazer diferença nas 
decisões que possam ser tomadas pelos usuários. Assim, os elementos 
do ativo circulante devem ser ajustados a valor presente quando houver 
efeito relevante, ou seja, quando puderem influenciar as decisões tomadas 
pelos usuários. Professor, e o que seria o Ajuste a Valor Presente? Vamos lá!!! 
 
4.1.2.1.1 - Ajuste a Valor Presente 
Valor presente (present value): é a estimativa do valor corrente de 
um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. Tal 
fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos. 
Ativo
Não 
Circulante
serão ajustados a valor presente;
Circulante 
serão ajustados a valor presente quando 
houver efeito relevante;
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De acordo com o CPC 12, a quantificação do ajuste a valor presente 
deve ser realizada em base exponencial "pro rata die", a partir da 
origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas a 
que se vinculam. Ou seja, no ajuste a valor presente, o correto é utilizar o 
método exponencial (juros compostos). 
 
A empresa Dedicados Ltda., em 31 de dezembro de 2015, vendeu mercadorias 
a prazo, para a empresa Aprovados S/A, com as seguintes informações: 
- Preço à vista: R$ 100.000,00. 
- Preço a prazo de venda: R$ 121.000,00. 
- Taxa de Juros: 10% ao ano. 
- Data do pagamento: 31/12/2017. 
- Desconsidere os impostos incidentes. 
 
Método Exponencial: Juros compostos 
1.Lançamento da venda a prazo em 31/12/15: 
D – Clientes (Ativo Não Circulante) ........................................ 121.000,00 
C – Receita de Vendas (Resultado) ........................................ 100.000,00 
C – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Ret. do AÑC) .. 21.000,00 
 
1.1. Cálculo do ajuste que deve ser feito pelo método exponencial: 
a) Receita de Vendas = 121.000 / (1,10)² = 121.000 / 1,21 = 100.000,00 
b) Ajuste a Valor Presente = 121.000,00 - 100.000,00= 21.000,00 
1.2. Registro da venda no livro razão: 
Ajuste a Valor 
Presente (AVP)
demonstra o valor presente de um fluxo de caixa 
futuro;
destina-se a excluir os juros ou encargos financeiros
embutidos nos valores das compras e das vendas, 
quando feitas a prazo;
registra na contabilidade as operações como de fato 
aconteceram, em atendimento a primazia da essência 
sobre a forma;
auxilia as entidades a diferenciar o resultado financeiro 
do resultado realmente apurado com suas atividades 
empresariais.
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Clientes 
(1) 121.000 
 
Receita de Vendas 
 100.000 (1) 
 
AVP s/ Clientes 
 21.000 (1) 
 
1.3. O Balanço Patrimonial, em 31/12/2015, tem a seguinte estrutura: 
ATIVO 
Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 100.000,00 
 Clientes 121.000,00 
(-) Ajuste a Valor Presente sobre Clientes (21.000,00) 
 
2. Em 31/12/16, apropriação anual da receita financeira: 
 2.1. Receita financeira = 100.000,00 x 10% = 10.000,00. 
D – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Retificadora do AÑC) 
C – Receita Financeira (Resultado) .................. 10.000,00 
 
2.2. Registro do lançamento 2 no livro razão: 
AVP s/ Clientes 
(2) 10.000 21.000 (1) 
 11.000 
Receita Financeira 
 10.000 (2) 
 
 
2.3. Pessoal, em 31/12/2016, as contas Clientes e AVP sobre Clientes 
passam a ser de curto prazo. Assim, precisamos transferir o saldo para o ativo 
circulante, conforme abaixo: 
D – Clientes (Ativo Circulante) ...................................... 121.000,00 
C – Clientes (Ativo Não Circulante) ................................ 121.000,00 
 
D – AVP sobre Clientes (Retificadora do AC) .................... 11.000,00 
C – AVP sobre Clientes (Retificadora do AÑC) .................. 11.000,00 
 
2.4. O Balanço Patrimonial, em 31/12/2016, tem a seguinte estrutura: 
ATIVO 
Ativo Circulante 110.000,00 
 Clientes 121.000,00 
(-) Ajuste a Valor Presente sobre Clientes (11.000,00) 
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3. Em 31/12/17, apropriação anual da receita financeira: 
 3.1. Receita = 110.000,00 (100.000 + 10.000) x 10% = 11.000,00 
D – Ajuste a Valor Presente (AVP) sobre Clientes (Retificadora do AC) 
C – Receita Financeira (Resultado) .................. 11.000,00 
 
3.2. Registro do lançamento 3 no livro razão: 
AVP s/ Clientes 
(3) 11.000 11.000 
 0 
Receita Financeira 
 11.000 (3) 
 
 
3.3. Em 31/12/17, o lançamento do recebimento é: 
D – Caixa ........................... 121.000,00 
C – Clientes ......................... 121.000,00 
 
Apresentamos o quadro completo de controle dos juros: 
Ano Valor inicial Taxa juros Valor juros Total 
1 100.000,00 10% 10.000,00 110.000,00 
2 110.000,00 10% 11.000,00 121.000,00 
Total 21.000,00 
 
Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima ou cobrar um 
valor fácil de calcular, como os juros dos primeiros meses. Algumas 
bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais correto 
seja o método exponencial, que usa juros compostos. 
 
ATENÇÃO: A conta Ajuste a Valor Presente sobre Clientes também pode 
ser chamada de Juros ativos a transcorrer ou Receitas Financeiras a Apropriar, 
etc. 
 
Realizados os lançamentos, observem que o valor da receita de vendas 
não foi afetado pelos juros embutidos no preço de venda. Ainda, os juros 
lançados em Ajuste a Valor Presente devem ser apropriados ao resultado, 
em conta de receita, em atendimento ao regime de competência, 
proporcionalmente ao período. 
Nesse sentido, o pronunciamento técnico CPC 12 determina que a 
mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento 
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inicial de ativos e passivos. Depois disso, as condições iniciais só podem ser 
modificadas em casos excepcionais, como em uma renegociação de dívida. 
Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor 
presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por 
isso, valor presente e valor justo não são sinônimos. 
Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial 
que, por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse 
financiamento, faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a 
taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no 
comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece 
contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por 
representar melhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em 
contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor 
presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse 
caso, terá obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado. 
De acordo com o pronunciamento, valor justo é valor pelo qual um ativo 
pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e 
independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a 
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
Vamos ver como este assunto é cobrado em provas. 
 (CESPE/Contador - INMETRO/2009) O ajuste a valor 
presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto e longo prazo. Um 
exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos que não foram 
contabilizados corretamente no momento da operação. ( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
 
 
Os ativos e passivos de longo prazo (não circulante) serão ajustados a 
valor presente. 
Os ativos e passivos de curto prazo (circulante) só serão ajustados a valor 
presente se houver efeito relevante. 
Gabarito: Errado. 
 
Ativo
Não 
Circulante 
serão ajustados a valor presente;
Circulante
serão ajustados a valor presente quando 
houver efeito relevante;
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 (FCC/Contador – TRE – AP/2015) No dia 01/12/2013 a 
empresa Comércio de Bugigangas S.A. realizou as seguintes vendas de 
mercadorias: 
− Venda para receber a longo prazo no valor nominal de R$ 394.435,53. 
− Venda à vista: R$ 400.000,00. 
Se a empresa tivesse realizado somente vendas à vista, o valor total das vendas 
seria R$ 750.000,00. Sabendo-se que a empresa utilizava a taxa de juros de 
0,8% ao mês para as vendas a prazo, a Comércio de Bugigangas S.A. 
reconheceu na Demonstração do Resultado de 2013, especificamente com 
relação às vendas efetuadas em 01/12/2013, Receita de Vendas igual a 
(A) R$ 794.435,53, apenas. 
(B) R$ 750.000,00 e Receita Financeira = R$ 2.800,00. 
(C) R$ 750.000,00 e Receita Financeira = R$ 6.000,00. 
(D) R$ 750.000,00, apenas. 
(E) R$ 400.000,00 e Receita Financeira = R$ 44.435,53. 
Resolução: 
As vendas, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação juros e 
encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro. 
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor 
presente da transação, ou seja, o valor que a empresa receberia se a venda 
fosse realizada à vista. 
O valor que ultrapassar o valor de venda à vista das mercadorias deve ser 
reconhecido como Receita Financeira a Apropriar ou Ajuste a Valor Presente a 
Apropriar sobre Clientes (contas retificadoras do ativo). Vamos fazer os 
lançamentos: 
1. Venda à vista: 
D – Caixa 
C – Receita de Vendas ..................................... 400.000,00 
 
2. Venda a Prazo: 
D – Clientes ....................................... R$ 394.435,53 (valor a receber) 
C - Receita de Vendas ......................... R$ 350.000,00 (750.000 – 400.000) 
C - Receita de Juros a Apropriar* ........... R$ 44.435,53 (Ret. do ativo) 
* Valor de receita de juros que a empresa receberá dos clientes, sendo 
apropriada de acordo com o regime de competência. 
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Receita de Juros a Apropriar = 394.435,53 – 350.000,00 = R$ 44.435,53 
 
Portanto, a receita de vendas é igual a R$ 750.000,00 (400.000 + 350.000) 
Como a Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada em 31/12/2013, 
a empresa deve reconhecer a receita financeira referente a um mês (dezembro 
de 2013) mediante a multiplicação da taxa de juros de 0,8% pelo valor à vista 
das vendas que foram realizadas a prazo. Assim, a receita financeira é igual a 
R$ 2.800,00 (0,8% sobre 350.000,00). 
D – Receita de Juros a Apropriar 
C – Receita Financeira ............................. 2.800,00 
 
Assim, o gabarito é a letra B. 
Método turbo de resolução para o dia da prova: 
O valor registrado na DRE como receita bruta de vendas deve ser o valor de 
venda à vista das mercadorias. 
Receita de Vendas = R$ 750.000,00 
O valor da receita financeira do primeiro mês é calculado mediante a 
multiplicação da taxa de juros de 0,8% pelo valor à vista das vendas que foram 
realizadas a prazo. 
Valor à vista das vendas a prazo = total das vendas à vista – vendas efetivas à 
vista 
Valor à vista das vendas a prazo = 750.000 – 400.000 = R$ 350.000,00 
Receita Financeira = 350.000 x 0,8% = R$ 2.800,00 
Gabarito: Letra B. 
 
 
Professor, quando uma empresa contabiliza Perdas Estimadas 
com Devedores Duvidosos, ela está fazendo um Ajuste a valor 
Presente? 
Não, caro aluno. 
A empresa registra PERDAS ESTIMADAS COM DEVEDORES DUVIDOSOS 
para que o ativo esteja registrado por um valor que não supere o seu futuro 
benefício econômico. Ou seja, não adianta ter 10.000 a receber de clientes, se 
a empresa já sabe que, em média, 5% desse valor é perdido (clientes que não 
pagam). Com isso, a empresa deve registrar uma perda estimada de 500 (5% 
x 10.000). 
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Fundamento legal: Lei das S/A. 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e 
títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: 
(……) 
b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme 
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando 
este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. 
 
Já o ajuste a valor presente é uma forma de segregar o que é receita 
da venda do bem do que é juros da operação. Neste caso, estamos diante de 
uma operação financeira para financiar a compra e a venda de um bem. 
Fundamento legal: Lei das S/A. 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados 
a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
 
4.1.2.2 - Aplicações em Instrumentos Financeiros 
De acordo com o CPC 39, instrumento financeiro é qualquer contrato 
que dê origem a um ativo financeiro para a entidade e a um passivo 
financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade. 
Quanto à classificação, o CPC 48 simplifica a contabilização dos 
instrumentos financeiros e, desta forma, contém 03 (três) categorias de 
mensuração do ativo financeiro e 02 (duas) para o passivo financeiro, a saber: 
Classificação dos instrumentos financeiros 
Ativo 
Financeiro 
Passivo 
Financeiro 
Custo Amortizado (CA) X X 
Valor Justo por meio de Resultado (VJR) X X 
Valor Justo por meio de Outros Resultados 
Abrangentes (VJORA) 
X Não se aplica 
 
O nosso estudo será focado no ativo financeiro. 
A entidade deve classificar ativos financeiros como subsequentemente 
mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros 
resultados abrangentes ou ao valor justo por meio do resultado com 
base tanto: 
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(a) no modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos 
financeiros; quanto 
(b) nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. 
 
Resumindo, os ativos financeiros são classificados em 3 categorias: 
 
 
As classificações têm por base tanto o modelo de negócios da entidade para 
a gestão desses ativos quanto as características de fluxosde caixa 
contratuais do ativo. 
 
 APRENDENDO CONCEITOS: 
 
 
Ativos Financeiros
Mensurados ao Custo 
Amortizado (CA) 
Mensurados ao Valor 
Justo
Por meio de Resultado 
(VJR)
Por meio de Outros 
Resultados Abrangentes 
(VJORA)
Instrumento 
Financeiro
É qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro 
(caixa, contas a receber, ações) para uma entidade e a 
um passivo financeiro (obrigação, por exemplo) ou 
instrumento de capital próprio para outra entidade.
Derivativos
São Instrumentos Financeiros que têm seus preços 
derivados do preço de mercado de um bem ou de outro 
Instrumento Financeiro; Ex: Mercado futuro de dólar.
Valor Justo
É o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou 
que seria pago pela transferência de um passivo em 
uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração (ou avaliação). 
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Segundo o CPC 48, valor contábil bruto de ativo financeiro é o custo 
amortizado de ativo financeiro, antes do ajuste por qualquer provisão para 
perdas. 
De acordo com o CPC 39, ativo financeiro é qualquer ativo que seja: 
(a) caixa; 
(b) instrumento patrimonial de outra entidade; 
(c) direito contratual: 
(i) de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou 
(ii) de troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra 
entidade sob condições potencialmente favoráveis para a entidade; 
 
(d) um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos 
patrimoniais da própria entidade, e que: 
(i) não é um derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada 
a receber um número variável de instrumentos patrimoniais da própria 
entidade; ou 
(ii) um derivativo que será ou poderá ser liquidado de outra forma 
que não pela troca de um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, 
por número fixo de instrumentos patrimoniais da própria entidade. 
 
Pessoal, vamos detalhar qual a diferença entre ativo financeiro e 
ativo não financeiro. Lembrando que essa parte é mais conceitual. 
Ativo financeiro é caixa, título que representa o direito de receber caixa, 
outros bens ou direitos de natureza financeira. Assim, não são ativos financeiros 
bens como máquinas, mercadorias, imóveis e veículos. 
Agora, vamos entender o que é um derivativo. 
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, 
cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal 
como o preço de um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação 
acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer 
outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta 
denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro 
ativo. 
Em outras palavras, derivativo é um instrumento financeiro cujo 
valor deriva ou depende do preço, do desempenho de mercado de 
determinado bem ou da taxa de referência. Assim, as aplicações em derivativos 
se assemelham a uma aposta, porque há, de um lado, quem acredite que o 
valor de certo bem, índice ou taxa etc., subirá e, do outro, quem ache que esse 
preço cairá. Esse assunto está ligado muito a mercado financeiro e não cai no 
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nosso concurso. Fui bem resumido na minha explicação, pois este assunto é 
extenso. 
Um dos casos de mercados de derivativos é o mercado de opções. Vamos 
fazer um exemplo com a opção de compra. Neste caso, as partes interessadas, 
vendedor e comprador, especulam a cotação futura de uma determinada ação, 
por exemplo, com base na cotação atual. 
Exemplo: Em 01/01/2016, a entidade X adquire a opção de compra de 50 
ações da Petrobrás a R$ 100,00 cada (total de R$ 5.000,00). A data de 
vencimento é 31/01/2016, e o prêmio pago à entidade Y (lançador da opção) 
pela entidade X é de R$ 50,00. O valor unitário da ação da Petrobrás, em 
01/01/2016, é igual a R$ 90,00. 
Assim, em 31/01/2016, a entidade X pode comprar ou não as ações, pois 
ela adquiriu o direito quando pagou o prêmio. O valor do prêmio já está 
garantido para a entidade Y, independente se as ações serem adquiridas ou não. 
Caso 1: Se, em 31/01/2016, o valor unitário da ação da Petrobrás fosse, 
por exemplo, de R$ 120,00. Neste caso, a entidade X exerceria a opção de 
compra, pois o valor que ela pagaria para exercer a opção seria de R$ 100,00 
(diferença favorável: 120,00 – 100,00 = R$ 20,00 por ação). 
Caso 2: Se, em 31/01/2016, o valor unitário da ação da Petrobrás fosse, 
por exemplo, de R$ 90,00. Neste caso, a entidade X não exerceria a opção de 
compra, pois o valor que ela pagaria para exercer a opção seria maior do que 
efetivamente a ação está valendo. Neste caso, a despesa da entidade X seria 
somente o valor do prêmio pago de R$ 50,00. 
O ativo não derivativo é um instrumento financeiro cujo valor não deriva 
ou não depende do preço, do desempenho de mercado de determinado bem 
ou da taxa de referência. Por exemplo, no momento da compra de um título, já 
se sabe o valor exato da compra. 
Logo, o ativo financeiro não derivativo representa direitos financeiros 
a receber, como contas a receber de clientes e títulos adquiridos de instituições 
financeiras, em que o montante não é calculado com base no valor assumido 
por uma variável, mas sim no valor de aquisição ou valor a receber. 
 
A partir de agora, vamos estudar instrumentos financeiros com foco em 
aplicações financeiras (investimentos temporários) da empresa visando obter 
rendimentos e lucros. 
Porém, o assunto instrumentos financeiros é muito mais amplo e 
complexo e engloba não somente o setor privado, mas também o setor público, 
pois trata de ativos e passivos financeiros de forma geral. Esclarecemos que, 
como o nosso foco é concurso, vamos abordar aquilo que pode ser cobrado em 
provas. 
 
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 Mensuração Inicial 
Exceto no caso de contas a receber, a entidade deve mensurar o ativo 
financeiro pelo seu valor justo. A melhor evidência do valor justo do instrumento 
financeiro no reconhecimento inicial é normalmente o preço de transação (ou 
custo de aquisição). Por isso, os ativos financeiros são mensurados inicialmente 
pelo preço de transação ou custo de aquisição, exceto se houver na operação 
algum componente significativo de financiamento. 
 
Mensuração subsequente de ativo financeiro 
Após o reconhecimento inicial, a entidade deve mensurar o ativo 
financeiro conforme abaixo: 
(a) ao custo amortizado; 
(b) ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes; ou 
(c) ao valor justo por meio do resultado.A entidade deve aplicar os requisitos de redução ao valor recuperável na 
avaliação de ativos financeiros. 
 
Instrumentos Financeiros mensurados ao Custo Amortizado 
Um ativo financeiro é classificado como mensurado ao custo amortizado 
caso seja mantido em um modelo de negócio cujo objetivo seja obter fluxos de 
caixa contratuais e seus termos contratuais deem origem a fluxos de caixa que 
sejam pagamentos somente de Principal e Juros (o critério de pagamentos 
“somente P&J”). 
Ou seja, no critério de pagamentos “somente P&J”, não se espera obter 
rendimentos pela valorização do ativo, mas sim para receber pela aplicação 
financeira o valor do principal investindo mais os juros ganhos. A sigla P&J 
significa Principal e Juros. 
Os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado são 
registrados inicialmente pelo valor original (custo de aquisição ou preço de 
transação) acrescido dos encargos ou rendimentos financeiros (juros), 
resultando no valor do título “pelo custo amortizado” ou "pela curva do 
papel". 
 
 
 
Com relação aos títulos mensurados ao custo amortizado, a receita 
de juros, as perdas de crédito esperadas e os ganhos ou perdas cambiais 
CUSTO AMORTIZADO 
 
CURVA DO PAPEL 
 
CURVA DO PAPEL 
 
CURVA DO PAPEL 
 
CURVA DO PAPEL 
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO 
INSTRUMENTO FINANCEIRO 
 
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO 
INSTRUMENTO FINANCEIRO 
 
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO 
INSTRUMENTO FINANCEIRO 
 
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO 
INSTRUMENTO FINANCEIRO 
RENDIMENTO PELA 
TAXA EFETIVA 
 
RENDIMENTO PELA 
TAXA EFETIVA 
 
RENDIMENTO PELA 
TAXA EFETIVA 
 
RENDIMENTO PELA 
TAXA EFETIVA 
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(aplicação fora do país) são reconhecidos no resultado. No momento do 
desreconhecimento, qualquer ganho ou perda é reconhecido no resultado. 
Desreconhecimento – A retirada de ativo financeiro ou passivo 
financeiro, anteriormente reconhecido, do balanço patrimonial da entidade. 
Definição segundo o CPC 48. 
Em outras palavras, desreconhecimento significa remoção (baixa) de um 
ativo do balanço seja pela venda, pela transferência dos direitos para outra 
entidade ou pelo término do contrato. 
 
Instrumentos Financeiros mensurados ao Valor Justo por meio de 
Outros Resultados Abrangentes (VJORA) 
Um ativo financeiro é classificado como VJORA caso ele satisfaça ao 
critério “somente P&J” e seja mantido em um modelo de negócios cujo objetivo 
seja atingido tanto pela obtenção de fluxos de caixa contratuais quanto 
pela venda do ativo financeiro. 
Com relação aos títulos mensurados ao VJORA, a receita de juros, as 
perdas de crédito esperadas e os ganhos ou perdas cambiais (aplicação fora do 
país) são reconhecidos no resultado. Outros ganhos e perdas da mensuração 
a valor justo são reconhecidos em Outros Resultados Abrangentes (ORA). No 
momento do desreconhecimento (baixa ou venda do ativo), os ganhos e perdas 
acumulados, anteriormente reconhecidos nos ORA, são reclassificados do 
patrimônio líquido para o resultado. 
Características dos instrumentos financeiros mensurados ao VJORA: 
 Constituído pelos ativos financeiros não derivativos que serão mantidos 
para recebimento dos fluxos de caixa contratuais ou negociados 
no futuro (data não definida para alienação), a serem registrados 
pelo custo amortizado; 
 As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e rendimentos 
financeiros) vão ao resultado. Ou seja, os rendimentos financeiros pela 
taxa efetiva de juros são contabilizados no resultado; 
 Avaliados ao seu valor justo; 
 Os ajustes a valor justo, referente a diferença para mais ou para 
menos, entre o valor pela curva de papel (custo de aquisição + juros) e 
o valor justo, são registrados na conta de Ajuste de Avaliação 
Patrimonial (AAP), do PL, até que os ativos e passivos sejam 
reclassificados ou efetivamente negociados, o que ocorrer primeiro. 
 
Nos instrumentos financeiros mensurados ao VJORA, devemos considerar 
o valor justo, ainda que o valor do custo amortizado seja maior ou menor. 
Assim, depois de reconhecer os juros referente aos rendimentos, iremos ajustar 
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o valor do custo amortizado (custo de aquisição + juros) ao valor justo mediante 
um ajuste. 
No caso dos títulos mensurados ao VJORA, os ajustes a valor justo 
devem ser feitos em uma conta do Patrimônio Líquido (Ajuste de Avaliação 
Patrimonial). 
Assim, a diferença entre o valor justo e o valor pela curva do papel (custo 
de aquisição + juros), no investimento mensurado ao VJORA, não altera o 
resultado do exercício, porque é registrado em uma conta patrimonial (a 
conta Ajuste de Avaliação Patrimonial do Patrimônio Líquido). Quando o valor 
da diferença é negativo, debitamos a conta Ajuste de Avaliação Patrimonial 
(PL). Quando o valor da diferença é positivo, creditamos a conta Ajuste de 
Avaliação Patrimonial (PL). 
A conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial é uma conta do PL que pode 
ter saldo credor ou saldo devedor (neste caso, é uma conta retificadora do PL). 
A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial depende das variações 
de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. 
A conta Ajuste de Avaliação Patrimonial faz parte dos Outros 
Resultados Abrangentes. 
 
Instrumentos Financeiros mensurados ao Valor Justo por meio de 
Resultado (VJR) 
Todos os outros ativos financeiros são classificados ao VJR. Ou seja, aqui 
temos todos os ativos financeiros que não são classificados ao custo amortizado 
ou ao VJORA. 
Com relação a ativos em categoria de mensuração subsequente ao VJR, 
todos os ganhos e perdas são reconhecidos no resultado. 
Características dos instrumentos financeiros mensurados ao VJR: 
 Os rendimentos são contabilizados no resultado; 
 Avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de mercado); 
 Os ajustes ao valor justo são contabilizados diretamente no 
resultado. 
 Os outros ganhos e perdas também são contabilizados no 
resultado. 
 
No caso dos títulos mensurados ao VJR, os ajustes a valor justo devem 
ser feitos em uma conta do resultado (receita ou despesa). 
 
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Curso: Contabilidade 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 34 de 154 
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Resumindo a classificação: 
 
 Sim Não 
 
 SIM 
 Não Não 
 
 Sim 
 Sim 
 
 
 
 
Segue um quadro que simplifica

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