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1 Fabiana Nogueira- 4º semestre UNIME Sinais vitais Os sinais vitais expressam o funcionamento e as alterações dos órgãos e/ou sintomas mais relacionados com a manutenção da vida. Engloba: Oximetria Pulso PA Temperatura corpórea Frequência cardíaca Frequência respiratória Nível de consciência Condições em que é obrigatória a avaliação dos sinais vitais: Pacientes admitidos em qualquer serviço de saúde com manifestações clínicas indicativas de comprometimento de órgão vital. Antes e depois de qualquer procedimento invasivo. Antes e depois de administrar medicamentos que interferem nas funções cardíacas, respiratória e cerebral. Sempre que as condições clínicas do paciente apresentam piora inesperada. Sempre que o paciente manifestar desconforto inexplicável. Sempre apalpar o PULSO RADIAL. Pode-se, porém, palpar o pulso carotídeo e mais raramente o pulso femoral. Deve-se prestar atenção: RITMO: É verificado pela sequência das pulsações e distingue-se em: Pulso regular-As pulsações ocorrem em intervalos iguais. Pulso irregular- O intervalo entre as pulsações ora é mais longo e ora são mais curtos. O pulso irregular traduz a arritmia cardíaca. FREQUÊNCIA: Deve-se contar as pulsações durante um minuto inteiro, é conveniente comparar com a frequência cardíaca. Quando o número de pulsações no pulso é menor que a FC, denomina-se déficit de pulso, sinal que tem importância clínica. Em adultos é considerado normal uma frequência entre 60 a 100bpm, contudo, não é raro encontrar uma frequência entre 50 a 60 batimentos em pessoas atletas. PULSO 2 Fabiana Nogueira- 4º semestre UNIME CURIOSIDADE: “Os atletas possuem um coração mais eficiente, capaz de bombear mais sangue a cada batimento e, por isso, precisa bater menos vezes para garantir a mesma quantidade de sangue que o corpo precisa, tanto em repouso quanto em exercício”, explica. “Um ritmo cardíaco mais lento só é preocupante em alguns casos, geralmente em atletas que praticam exercícios muito pesados.” Taquicardia: acima de 100bpm Bradicardia: Abaixo de 60bpm A análise conjunta dessas duas características possibilita identificar a fibrilação atrial (a fibrilação ocorre quando os átrios não se contraem em ritmo síncrono, em vez disso, eles tremem ou fibrilam. Como resultado temos um coração que bate mais rápido e de maneira irregular) ESFIGNOMANÔMETRO Tipos: Mercúrio Aneroide Eletrônico Semiautomático Nas situações de emergência não é necessário obedecer a todas as recomendações que se faz pra medir PA, ou seja, repouso mínimo de 3 min, colocação do paciente em diferentes posições, no entanto não se pode deixar: Localizar artéria braquial Colocar manguito e receptor de estetoscópio na posição correta Inflar até o desaparecimento do pulso radial Soltar de maneira contínua É necessário que para a medição: É conveniente medir em ambos os braços (se os valores diferirem, considere o valor maior) Repouso de 5 a 10 minutos Pés apoiados no chão Não se deve conversar com o paciente Membro superior elevado Se necessário repetir medição, aguarde 1 minuto de intervalo. Não faça medição encima de roupas ou próximo de roupas apertadas que garganteiam o braço. O paciente não deve: Ter consumido bebida alcoólica, energético ou ter fumado em menos de 30 minutos antes da aferição. Não deve ter praticado exercício físico em menos de 60 minutos da aferição. TÉCNICA: Apoie os dedos sobre o pulso radial e infle o manguito até deixar de sentir pulsação, nesse momento acrescente 30mmHg na contagem. Depois só perceba a pressão sistólica e diastólica ao “soltar o ar”. Observações: Se o som continuar até o momento do 0 ou próximo, considere o momento de abafamento do som. Na primeira consulta é válido aferir a pressão em dois momentos e logo após fazer a média aritmética. Valores normais máximos de pressão: 140x90mmHg Valores normais mínimos de pressão: 80x50mmHg. Através desse referenciamento se avalia casos de hipertensão e 3 Fabiana Nogueira- 4º semestre UNIME hipotensão, porém, saiba que isso pode divergir de acordo com o fisiológico do paciente. CHOQUE: Além da redução da PA, pode-se observar: Pele fria Palidez Sudorese Cianose Taquipneia Taquicardia Pulso filiforme- Difícil de sentir por pressão digital. Oligúria Torpor Apatia Confusão mental... O que é o CHOQUE: é uma condição clínica em virtude da alteração na relação oferta demanda de O2 nos tecidos. Temos alguns tipos: CHOQUE hipovolêmico CHOQUE séptico (infecção em qualquer região, imunossupressores, quimioterápicos, pulsoterapia) CHOQUE anafilático (inseto, medicamento, alimentos) CHOQUE neurogênico (lesões no SNC, trauma raquimedular, bloqueio anestésico) HIPOTENSÃO POSTURAL OU ORTOSTÁTICA: É uma situação frequente, principalmente em idosos e em paciente em uso de medicamentos hipotensores. O paciente sente tontura ou lipotimia quando passa da posição deitada para em pé. O médico ao suspeitar deve: Determinar a PA do paciente em decúbito dorsal após 5 minutos de repouso. Em seguida, determinar a PA com o paciente sentado e na posição de pé (fazer duas medições: após 1 minuto e após 3 minutos) Em condições normais A pressão sistólica permanece inalterada ou sofre uma redução de 5 a 10mmHg, enquanto a pressão diastólica se eleva de 5 a 10mmHg. Em condições anormais: Ocorre redução da pressão sistólica de 10 a 20mmHg na posição de pé, sem aumento da pressão diastólica. RESPIRAÇÃO: Deve-se avaliar RITMO e FREQUÊNCIA. Sendo normal a frequência de 16 a 20 rpm. Nomenclaturas das alterações: Apneia: Parada da respiração Dispneia: Respiração difícil ou ofegante Ortopneia: Dificuldade de respirar na posição deitado Taquipneia: +20 Bradipneia: -16 Respiração de BIOT: movimentos respiratórios de diferentes amplitudes e com intervalos variados. Respiração de kussmaul: Amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia. Dispneia periódica ou cheynestokes: Incursões respiratórias que vão ficando cada vez mais profundo até atingirem uma amplitude máxima, seguindo movimentos respiratórios de amplitude progressivamente menor podendo chegar a apneia. 4 Fabiana Nogueira- 4º semestre UNIME TEMPERATURA: A temperatura do interior do corpo permanece quase constante, mesmo quando o indivíduo fica exposto a extremos de calor ou frio. A temperatura sofre pequenas variações durante o dia, com valores mais baixos pela manhã e mais altos no final do dia. Quando se registra a temperatura ao longo de alguns dias, constrói-se uma curva térmica. A temperatura da parte externa do corpo, ao contrário, está sujeita a variações das condições ambientais. Maneiras de se verificar temperatura: Temperatura axilar: Termômetro colocado no oco axilar Temperatura bucal: Termômetro colocado sob a língua, posicionando-o no canto do lábio. É contraindicada: crianças, idosos, pacientes graves, inconscientes, portadores de doença mental, portadores de alterações orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos gelados ou quentes. Temperatura retal: utiliza-se um termômetro especial, de maior calibre e bulbo arredondado. É utilizada em situações especiais. Valores normais de temperatura corporal: Temperatura axilar: 35,5 a 37,0 Temperatura bucal: 36 a 37,4 Temperatura retal: 36 a 37,5 Nomenclatura das alterações: Hipotermia: Valores abaixo do normal Febre: Valores acima do normal Hipertermia: Valores acima dos normais com presença de fatores ambientais (insolação, vestimentas inadequadas para a temperatura ambiental, atividade física extenuante). Temperatura axilar: O termômetro mais utilizado é o mercúrio, com faixa de medição de 35 a 42. Temos também o termômetro digital: Técnica para medição da temperatura axilar: Desinfecção do termômetro com algodão embebido em álcool. Observar se a coluna de mercúrio está igual ou inferior a 35ºC, fazer manobras para abaixar a coluna de mercúrio, se necessário. Secar a região axilar do paciente, se necessário. Colocar o bulbo do termômetro exatamente no oco axilar Manter o termômetro por aproximadamente 5 minutos. 5 Fabiana Nogueira- 4º semestre UNIME Retirar o termômetro segurando pelo lado oposto do bulbo. Febre: Pode ser classificada: Febre leve ou febrícula: até 37,5ºC Febre moderada: De 37,6 a 38,5 Febre alta ou elevada: acima de 38,6º C O registro da temperatura em uma tabela, dividida no mínimo em dias, subdivididos em 4 a 6 horários, compõe o gráfico ou quadro térmico, elemento fundamental para análise da evolução da febre. Unindo-se por uma linha os valores da temperatura fica inscrita a curva térmica do paciente, que permite uma visão evolutiva. A febre subdivide-se em: Febre contínua: A temperatura permanece sempre acima do normal, com variação de apenas 1ºC. Febre irregular ou séptica: Registram-se picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou por períodos de não febre- aspirexia (ausência de febre) Febre remitente: Há hipertermia diária com variações de mais de 1ºC, porém sem período de aspirexia. Febre intermitente: Intercalam- se períodos de temperatura elevada com períodos de aspirexia. Febre recorrente ou ondulante: Temperatura elevada durante alguns dias interrompida por períodos de aspirexia que duram dias ou semanas. SOBRE A HIPOTERMIA: A medida que a temperatura corporal diminui, todos os órgãos são afetados, com redução do fluxo sanguíneo cerebral e da atividade metabólica. Ocorre mais frequente em crianças e idosos. Além da hipotermia pode-se observar calafrios, confusão mental, taquicardia, delírio, hipotensão arterial, cianose, rigidez muscular, torpor e coma. Nível de consciência: é feita pela observação geral do paciente e suas reações as solicitações habituais, incluindo respostas e perguntas simples. Na avaliação dos sinais vitais não se utilizam métodos que demandam mais tempo, como a escala de Glasgow e o miniexame do estado menta. De maneira geral, pode-se recolher uma das três condições: Normal Consciência alterada: A alteração pode ser de grau leve ou intenso (torpor, indiferença ao ambiente ou só responde quando solicitado, confusão mental) Inconsciente: não toma conhecimento do que está acontecendo ao seu redor, não responde às perguntas, não reage aos estímulos, mesmo aos dolorosos. Corresponde ao estado de coma. Oximetria de pulso: Mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue do paciente, ou seja, informa sobre a SATURAÇÃO de oxigênio. Taxas normais 95% a 100%. Pode ser colocado no dedo ou no lobo da orelha. 6 Fabiana Nogueira- 4º semestre UNIME
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