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A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS NOS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .

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22
UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO 
Serviço Social
Iolanda dos Santos Camarco
 
A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS NOS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Parauapebas 
2021
Iolanda dos Santos Camarco 
A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS NOS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Serviço Social pela Universidade de Santo Amaro. 
Parauapebas 
2021
RESUMO
O trabalho do assistente social sempre foi um dos temas debatidos nesta profissão, ao mesmo tempo que é necessário ter presente a política nacional de assistência social, que permite a sua inserção nos diversos espaços profissionais, com destaque para os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Para as buscas referente à temática, foram utilizados livros, artigos científicos e acervos online e, este método é classificado como revisão bibliográfica de cunho qualitativo e caráter descritivo-exploratório. Conclui-se que o papel do assistente social no CRAS é realizar o acompanhamento das famílias referenciadas ao mesmo.
Palavras-chave: CRAS. Assistência Social. Famílias.
ABSTRACT
The work of the social worker has always been one of the topics discussed in this profession, while it is necessary to bear in mind the national social assistance policy, which allows for its insertion in the various professional spaces, with emphasis on the Social Assistance Reference Centers (CRAS). For searches related to the theme, books, scientific articles and online collections were used and this method is classified as a bibliographic review of qualitative nature and descriptive-exploratory character. It is concluded that the role of the social worker in CRAS is to monitor the families referred to.
Keywords: CRAS. Social assistance. Families.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
PAIF – PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À FAMÍLIA
SGD – SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS
SUAS – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO	7
2.DESENVOLVIMENTO	9
3.SERVIÇO SOCIAL	13
4.CRAS - CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL	15
5.A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS	18
CONCLUSÃO	19
REFERÊNCIAS	20
1. INTRODUÇÃO
Considerando as oportunidades para esses usuários obterem políticas de assistência social, a existência de assistente social no CRAS é um profissional que busca a proteção dos direitos dos usuários, o que é um elemento fundamental.
O debate em torno da profissão no Brasil e o debate sobre as relações internas entre serviço social e política social floresceu e se aprofundou nas últimas duas décadas do século XX, e ganhou no início do século XX. Consolidar. O século 21 deu ímpeto para conquistar cada vez mais espaço de desenvolvimento (MIOTO; NOGUEIRA, 2013).
O CRAS - Centro de Referência de Assistência Social diferencia-se por ter o objetivo de prevenir das vulnerabilidades e riscos sociais com o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários com orientações e técnicas desenvolvidas pela assistência social que desempenha as funções de gestão da proteção básica no seu território e oferta o Programa de atenção Integral à família - PAIF. Diante do exposto, como é a atuação dos assistentes sociais nos Centros de Referência de Assistência Social?
A função do assistente social no CRAS por meio de potencialidades e aquisições junto com sua equipe, é de articular a rede socioassistencial de proteção social básica referenciada dando acesso aos direitos de cidadania ao promover a articulação intersetorial e a busca ativa, realizadas em todo território de abrangência dos Centros de Referência de Assistência Social.
Assim, o objetivo desta pesquisa é apresentar a atuação do profissional de Assistência Social nos Centros de Referência de Assistência Social.
O tema escolhido é justificado pela consideração que um dos trabalhos no CRAS, que fazem parte do dia a dia do assistente social é conviver com famílias que necessitam de apoio para o desenvolvimento e convívio perante a sociedade. Além disso, traz princípios avançados, ampliando e dividindo tal responsabilidade entre família, estado e sociedade civil. No CRAS é obrigatoriamente a oferta desses serviços de projetos e programas socioassistenciais de proteção básica as famílias. Importante pensar em programas de apoio ás famílias na interação com seus filhos para instrumentalizar seus cuida dores a construir ambientes favoráveis para promover um desenvolvimento humano e integral. 
O método utilizado para a confecção deste trabalho foi revisão bibliográfica de caráter exploratório realizados em consultas em acervos e artigos científicos. De acordo com Cervo e Bervian (1983), a revisão bibliográfica são contextos explicativos mediante à referenciais teóricos publicados em documentos. Diante do exposto, o pesquisador deverá explicar com suas próprias palavras a temática, baseado nas informações contidas em acervos, livros e artigos científicos pesquisados e, deste modo, além da confecção do trabalho, contribuirá com a área de atuação para futuras pesquisas. 
As pesquisas realizadas compreenderam a exploração de bases de dados referente à temática por meio do uso das palavras-chave: CRAS, Assistência Social, família. 
O trabalho possui cunho qualitativo, onde resultam na busca, o desenvolvimento de um trabalho que visa oferecer contribuições aos estudos referentes a atuação do profissional de Assistência Social nos Centros de Referência de Assistência Social.
 De acordo com Triviños (1987), a abordagem qualitativa trabalha os dados em busca de seu significado, possuindo como pilar, a percepção do fenômeno dentro de seu contexto. O cunho qualitativo busca captar a aparência e as essências do fenômeno, explicando sua origem, mudanças e relações, instituindo suas consequências. 
Possui caráter descritivo exploratório, que, segundo Gil (2008, p.50), “desenvolvido diante de material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos”. Ressalta-se que as pesquisas descritivo-exploratórias buscam descrever as características de determinado fenômeno, como a atuação do profissional de Assistência Social nos Centros de Referência de Assistência Social, estabelecer relações entre variáveis e, além disso, esse tipo de metodologia busca esclarecer e modificar conceitos a fim de formular problemas de pesquisa mais precisos ou propostas para estudos futuros. 
A delimitação do tema foi de extrema importância para a realização por buscas de materiais com a temática apresentada, afinal foi a melhor maneira de colher as informações necessárias para a confecção do mesmo.
2. DESENVOLVIMENTO
A família é o núcleo protetivo presente no cotidiano e que opera tanto o circuito de relações afetivas como de acessos materiais e sociais, no direito à proteção social, mas respeitando seu direito à vida privada, recoloca a responsabilidade do Estado a centralidade na família apoiando, no seu papel de proteger a família e os seus membros e indivíduos, executado de forma integrada aos programas e benefícios que transferem renda, pelos entes públicos ou pelas entidades e organizações vinculadas ao SUAS (Sistema Único de Assistência Social) ou por meio da Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, que desempenha papel fundamental na proteção social articulado com as demais políticas e o Sistema de Garantia de Direitos (SGD).
Nesse percurso de atendimento, os elementos destacados entre esses sujeitos se constituem na diferença e são capazes de afetarem-se mutuamente. A capacidade de afetar e ser afetado podem ser analogamente, como pode deixar marcas no outro e ter marcas do outro em si, tratando se de uma formulação baseado pela psicologia social na produção onde afetar e ser afetado são efeitos inerentes aos encontros entre as pessoas, onde esses encontros podem favorecer a expansão na vida dando sentimento de valorizaçãoe estimulação para mudanças ou podem gerar subordinação, desqualificação, redução de vida e desumanização.
No CRAS é obrigatoriamente a oferta desses serviços de projetos e programas socioassistenciais de proteção básica as famílias. Importante pensar em programas de apoio às famílias na interação com seus filhos para instrumentalizar seus cuida dores a construir ambientes favoráveis para promover um desenvolvimento humano e integral. Dentre outros aspectos faz se necessário repensar como os diversos agentes sociais podem compartilhar a tarefa educativa com os familiares, sendo a criança e adolescente um ser de direitos e deveres que embora ainda muito frágil para exercê-los num preceito ético, perante essa vulnerabilidade coloca, que todos os adultos se comprometam a agir em prol de sua proteção e defesa, nos contextos institucionais e sociais. 
Com a adoção do capitalismo como um sistema de Governo oficial após as revoluções industriais do século XIX, surge em paralelo a necessidade de se criar políticas sociais que uma estratégia intervencionista do Estado nas relações sociais ocorridas no mundo de produção (CARNEIRO; ARAUJO; ARAUJO, 2019). Segundo a autora loc. cit., um dos principais desafios deste processo é identificar o papel do Estado-Nação, já que gradativamente ele vem perdendo prerrogativas econômicas, políticas e culturais nos Governos neoliberais. Segudo Senne (2017), tendo em vista o supracitado, neste estilo de Governo, as políticas tomam um caráter transnacional, cujos acordos internacionais influenciam nas políticas nacionais. 
Com a crise global do capital ocorrida na década de 1970, o método de produção capitalista provocou uma série de mudanças estruturais no mundo, que levaram os líderes das Nações repensarem sobre relações econômicas, sociais, políticas e culturais de cada país (SOUZA, 2019). No Brasil, durante a redemocratização do país, reconhecendo a necessidade do olhar social, a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) reconhece a assistência social como um direito fundamental dos cidadãos: “a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social” (BRASIL, 1988, Art. 203). 
Assim, tendo em vista tal constatação, o presente artigo desenvolve uma breve discussão sobre o desmonte das políticas sociais nos Governos brasileiros. Para tal discussão, este desenvolvimento foi subdividido em quatro subseções: [i] as políticas sociais no neoliberalismo de FHC e Collor, quando foi discutido o que foi feito para favorecer o cumprimento da Constituição Federal no que tange os projetos sociais adotados nestes Governos; [ii] as políticas socais nos Governos trabalhistas (Lula e Dilma), quando foi demonstradas as mudanças de projetos e Leis que foram seu olhar para o desenvolvimento social; [iii] as políticas sociais no Governo Temer, quando se discuti o início do desmonte nas políticas socais após o impeachment da Presidente Dilma; por fim [iv] as políticas socais no Governo Bolsonaro, por onde são mostrados mais desmontes e discutidos os projetos atuais. 
O ideário neoliberal surgido no Brasil após a redemocratização representa exatamente aquilo que a elite sempre desejou: o retorno do poder em suas mãos e a redução dos sociais e trabalhistas que geram despesas à classe (SOUZA, 2019). Neste sentido, segundo a autora loc. cit., no final da década de 1980, o projeto neoliberal já pode ser observado na sociedade brasileira, a partir do estabelecimento de mecanismos de subordinação do Estado frente ao mercado, com ênfase na criação de parcerias desse Estado com a sociedade civil, o que por sua vez refletiu na promoção do desmonte da participação social no controle das decisões. 
Durante o Governo Collor foi presenciada uma redução das alíquotas de importação no país, o que gerou um impacto nas indústrias brasileiras por essas não conseguirem concorrer com o mercado externo (CARNEIRO; ARAUJO; ARAUJO, 2019). A consequência social desta ação foi o aumento na taxa de desemprego formal, prejudicando a organização sindical dos trabalhadores (SECON, 2014). 
Após o impedimento do então Presidente, com as novas eleições, o país escolheu Fernando Henrique Cardoso para presidir o Brasil. Em relação à assistência social, nesta época, entrou em vigor a Lei Orgânica da Assistência Social (SECON, 2014). Segundo a autora loc. cit., o Governo desenvolveu ações paralelas sob o comando da então primeira dama Ruth Cardoso, caracterizada pelo retorno ao primeiro damismo, que representaram “uma negação da assistência social como política social pública” (SECON, 2014, p. 3). 
De acordo com Draibe (2003), o Estado brasileiro neoliberal foi um verdadeiro desastre para as políticas sociais, sendo que nesta época o Brasil apresentou um saldo de desmonte da Nação gigantesco. Vieira (2004) apud Secon (2014) aponta que os direitos só se realizam na esfera pública, já na esfera particular, a política social se realiza sem direitos sociais, na compreensão do Estado.
Em relação às políticas públicas específicas para idosos, Berzins, Giacomin e Camarano, in Alcântara et al (2016) comentam que desde 1994 a política de assistência social avançou substancialmente, com recursos provenientes dos programas Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada – BPC -, além da estruturação da rede assistencial
Como exemplos, citam Berzins, Giacomin e Camarano, in Alcântara et al (2016) a centralidade da família na política de assistência social, a matriz sócio familiar como estrutura da Política Nacional de Assistência Social que deu origem ao PAIF, ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e ao Serviço de Proteção Social Básica em Domicílio para Idosos, que contempla contradições e ambiguidades. Por um lado, aplica-se um conceito moderno e amplo de família, mas por outro se trabalha com expectativas ainda conservadoras em relação à estrutura, composição e funções das famílias, que as sobrecarregam de responsabilidades e reproduzem estereótipos. 
Para Berzins, Giacomin e Camarano, in Alcântara et al (2016), o modelo de organização da Política Nacional do Idoso, entre 1994 e 2004, sob a gestão do Ministério do Desenvolvimento Social implementou diversas políticas nacionais em diversos setores da assistência social, dentre os quais:
a) os programas destinados à população idosa, integrando o Bolsa Família;
b) os programas de segurança alimentar, de transferência de renda e de proteção social.
Ao definir o método a ser usado pelos Assistentes Sociais no CRAS é feito em forma de acompanhamento aos usuários e as famílias, juntamente com os profissionais da área da saúde, Psicólogos, Médicos, Psiquiatras, os CAPs, Centros de Recuperação e Políticas Públicas, pois pode existir casos grave ao qual o usuário entra em depressão fica agressivo, tenta suicídio, agride a família, pratica furtos, tornam-se verdadeiros escravos sobre a opressão de traficantes para manter o vício, há também a má formação na geração dos fetos de dependentes químicos.
3. SERVIÇO SOCIAL
A formação acadêmica em Serviço Social é orientada para construir habilidades e competências para um comportamento generalista, para atuar em várias áreas que tenham ligação com as condutas das políticas públicas, políticas de saúde, entre outras. 
De acordo com Sader, Gentili (1995): 
O legado do neoliberalismo é uma sociedade profundamente fragmentada e distorcida, do ponto de vista da integração social, há sérias dificuldades para se constituir a própria sociedade e o conceito e a prática dos cidadãos são permanentemente agressivos. (SADER; GENTILI, 1995, p.187).
De acordo com Netto (1999), as ideias, valores, opções políticas e éticas apresentam o projeto ético-político do Serviço Social mostram o compromisso com os interesses da classe trabalhadora do Brasil e por isso, oposto ao projeto defensor do neoliberalismo, que promove a diminuição dos direitos sociais, a privatização do Estado, a diminuição das políticas sociais, e o sucateamento dos serviços públicos.
O Serviço Socialse destaca na área da saúde aos demais profissionais da área, que tem formação em conhecimento sobre as políticas públicas e sociais, que necessitam ser atreladas à política de saúde para dar conta dos motivos como renda, moradia, educação, trabalho, alimentação, saneamento básico e assistência ao total acessam a serviços e bens essenciais à sociedade que sobre inúmeras expressões de questão social (SARRETA; BERTANI, 2011). 
Deste modo, o Serviço Social está sendo construída diante da inserção nos programas e políticas públicas desde o seu aparecimento, sendo impossível negar que a reconfiguração das políticas sociais determina uma relação direta com a profissão. 
O Assistente Social é tido como “um agente de mudanças, um facilitador, um mediador e também um interlocutor” (LIBÂNEO, 2002, p.35). Por este motivo, é um profissional capaz de realizar a comunicação entre educandos, direção escolar, educadores e os outros todos funcionários que fazem parte da instituição. 
De acordo com Bravo (1996), a criação do SUS no brasil vem requerendo atuação do Serviço Social no processo de reorganização dos serviços, no controle social e nas ações intersetoriais e interdisciplinares entre as procuras que expressam a dimensão da concepção de saúde vigente, principalmente nas cidades, onde se efetivam os serviços de saúde, procurando fortalecer o ponto de vista da universalização do acesso aos serviços relativos aos programas de políticas de saúde.
De acordo com Sader, Gentili (1995): 
A herança do neoliberalismo é uma sociedade profundamente desagregada e distorcida, com gravíssimas dificuldades em se constituir do ponto de vista da integração social e com uma agressão permanente ao conceito e à prática da cidadania (SADER; GENTILI, 1995, p.187).
De acordo com Netto (1999), as ideias, valores, opções políticas e éticas apresentam o projeto ético-político do Serviço Social mostram o compromisso com os interesses da classe trabalhadora do Brasil e por isso, oposto ao projeto defensor do neoliberalismo, que promove a diminuição dos direitos sociais, a privatização do Estado, a diminuição das políticas sociais, e o sucateamento dos serviços públicos.
O Serviço Social se destaca na área da saúde aos demais profissionais da área, que tem formação em conhecimento sobre as políticas públicas e sociais, que necessitam ser atreladas à política de saúde para dar conta dos motivos como renda, moradia, educação, trabalho, alimentação, saneamento básico e assistência ao total acessam a serviços e bens essenciais à sociedade que sobre inúmeras expressões de questão social (SARRETA, 2010). Deste modo, o Serviço Social como profissão da área da saúde está sendo construída diante da inserção nos programas e políticas de saúde desde o seu aparecimento, sendo impossível negar que a reconfiguração das políticas sociais determina uma relação direta com a profissão. Assim, o Serviço Social como profissão da área da saúde vem se construindo através da inserção nas políticas e programas de saúde desde o seu surgimento, não sendo possível negar que a reconfiguração das políticas sociais estabelece uma relação direta com a profissão.
4. CRAS – CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS são responsáveis pelo atendimento aos indivíduos que vivem a luta por garantia de direitos, seja como prevenção ou já tiveram seus direitos violados, estes se configuram como unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas e com outras políticas.
É fundamental que o CRAS utilize metodologias que venham beneficiar a participação dos homens nos serviços socioassistenciais, de maneira a colaborar para a meditação sobre os papéis sociais que exercem e as relações existentes no ambiente familiar e também no seu meio social, impedindo a reprodução da desigualdade de gênero (ASSIS; FONSECA e FERRO, 2018).
As redes dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS estão se tornando mais eficazes. Esse aprimoramento permite, por seu turno, estabelecer procedimentos padronizados de acompanhamento às famílias atendidas. As famílias mais vulneráveis passam a ter acesso a prestações e serviços sociais, em função das necessidades identificadas pelas equipes dos CRAS, incluindo-se serviços prestados pela rede privada de assistência social.
4.1 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NOS CRAS
Para a consolidação de um projeto profissional na sociedade, perante outras profissões, além de instituições privadas e públicas, perante os usuários dos serviços oferecidos pelo profissional, é necessário ter um corpo profissional altamente organizado em sua base. 
O projeto profissional do Serviço Social brasileiro é historicamente datado, fruto da expressão de um amplo movimento de lutas pela democratização da sociedade e do Estado no país, com forte presença das lutas trabalhistas. Esse projeto profissional constitui um universo heterogêneo, pois os integrantes da categoria profissional são necessariamente indivíduos diferentes, cujo corpo profissional é uma unidade não homogênea, mas uma unidade de vários;contém diversos projetos individuais e sociais e, portanto, constitui um espaço numeroso de onde podem surgir diversos projetos profissionais. (IAMAMOTO, 2009, p. 223). 
O projeto profissional é especificado em diferentes dimensões da profissão, por exemplo em instrumentos legais, que garantem os direitos e deveres do assistente social e representam uma defesa da autonomia profissional no exercício do seu trabalho na luta pelos direitos. direitos humanos. autonomia e presença política do movimento estudantil no serviço social, um dos espaços em que este projeto se dinamiza. 
Este projeto profissional é fruto da organização social da categoria e sua qualificação teórica e política, construída a partir do choque entre diferentes projetos sociais que nela se refratam, segmentos importantes da categoria passam a nortear sua atuação, contra uma corrente. da trajetória conservadora que hegemonizou as origens e o desenvolvimento do serviço social brasileiro até a década de 1980 (IAMAMOTO, 2009).
O profissional que se encontra no sistema atual encontra grandes dificuldades em se organizar em relação ao seu trabalho, o capitalismo que visa obter lucros abusivos com a exploração do trabalho todos os dias interfere no trabalho do profissional do serviço social ao se voltar para o mesmo. ou ser, como diria Netto, um executor de políticas públicas, totalmente burocratizado pela 'obediência' a regras institucionais. 
Segundo Bogo (2010), a organização é 'a base da transformação” (. ) E é também considerada um dos principais desafios exigidos no serviço social para uma inserção profissional crítica e direcionada na contemporaneidade. Por meio dessa organização o profissional armazena as informações a serem interpretadas e transmitidas; tornando necessário conhecer os desejos e vontades das massas para que possam interpretar seus motivos. Outro desafio que os assistentes sociais têm de enfrentar é sair da bagagem teórica acumulada para enraizar a profissão na realidade, ao mesmo tempo que dá maior atenção às estratégias, táticas e técnicas de trabalho profissional, de acordo com as particularidades. dos sujeitos objeto de estudo e intervenção da assistente social.
Sobre a importância da organização dentro da categoria, Netto (2009, p. Já "organizou" atividades filantrópicas, parâmetros teórico-científicos e com o objetivo de instrumentação técnica. 
Segundo Iamamoto (2009), o assistente social, ao atuar na mediação das reivindicações da população regular e no acesso aos serviços sociais, nas esferas pública e privada, é um dos agentes em que o Estado deve entrar em conflito, presente no cotidiano vida das relações sociais. 
Existe uma dupla possibilidade. Por outro lado, o trabalho do assistente social pode representar uma "invasão de privacidade" por meio de comportamento burocrático autoritário como extensão do braço coercitivo do Estado (ou da empresa). Desde então, ao desviar a vida dos indivíduos, pode, por outro lado, abriras possibilidades de acesso da família a recursos e serviços, bem como acumular um conjunto de informações sobre as expressões contemporâneas da questão social ao longo do tempo. estudos.
Segundo a mesma autora, atualmente esta assistente social atua no campo das relações sociais, com indivíduos, grupos, famílias, comunidades e movimentos sociais, desenvolvendo ações que fortaleçam sua autonomia, participação e exercício de tomada de decisão, com vistas a mudar suas condições de vida. Os princípios dos direitos humanos defendidos e da justiça social são elementos fundamentais para o trabalho social, com vistas à superação das desigualdades sociais e das situações de violência, opressão, pobreza, fome e desemprego. 
 O assistente social desempenha um papel eminentemente "educativo", "organizativo" nas classes trabalhadoras. Seu objetivo é transformar a maneira de ver, agir, se comportar e sentir dos indivíduos em sua inserção na sociedade. 
 A categoria profissional desenvolve uma ação socioeducativa na prestação de serviços sociais, viabilizando o acesso aos direitos e os meios para exercê-los, auxiliando as necessidades e interesses dos sujeitos de direitos a ganhar visibilidade no cenário público e pode, de fato, Ser reconhecido. Esses profissionais afirmaram seu compromisso com os direitos e interesses dos usuários na defesa da qualidade dos serviços prestados, em contraposição ao patrimônio conservador do passado. 
Importantes investimentos acadêmico-profissionais foram realizados na construção de uma nova forma de pensar e fazer o Serviço Social, norteada por uma perspectiva teórico-metodológica baseada na teoria social crítica e em princípios éticos de um humanismo radicalmente histórico, norteadores do projeto da profissão no Brasil Iamamoto ( 2009).
Por fim, deve-se entender que o assistente social, como trabalhador qualificado, deve apresentar propostas profissionais que ofereçam soluções que vão além das necessidades da instituição e cujas solicitações sejam apresentadas na versão burocrática e no senso comum sem tradição ética política interpretação teórico-metodológica. Cabe ao assistente social, portanto, imprimir os conhecimentos adquiridos pela profissão em suas ações e reelaborar as solicitações que lhe são encaminhadas (PAIVA, 2000).
CONCLUSÃO
Devido à sua relativa autonomia, os assistentes sociais são dependentes das instituições para o desenvolvimento das suas atividades profissionais e devem incorporar no seu trabalho as exigências da instituição, que regulam as suas ações e reações profissionais. Por isso, é necessário um profissional dinâmico que busque inspiração em seu projeto político para a realização de sua prática profissional, onde pregue a luta pela justiça e a justiça social e também pela mudança na ordem empresarial, além de discutir estratégias que permitam obter apoio institucional no desenvolvimento de medidas que permitam garantir os direitos dos usuários.
Sugere-se pesquisas mais aprofundadas sobre a temática para que a verdadeira realidade dos CRAS e da atuação dos assistentes sociais do Brasil sejam expostas, como por exemplo, estudos de casos de Centros de Referência de Assistência Social de bairros de uma única cidade ou um comparativo sobre a realidade do cenário atual em municípios distintos, para que se possa analisar se as políticas públicas direcionadas à este público alvo estão atendendo a necessidade de todos.
REFERÊNCIAS
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