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Contestação à Ação de Obrigação de Fazer

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE 
DIREITO DA ____VARA DA COMARCA DE UBERLÂNDIA-MG 
 
 
 
 
Processo n°______ 
 
 
 
 
 MaxTV S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no C.N.P.J. nº. 00.000.000-
0001-00, com sede na Avenida Governador Valadares, nº. 1001, Bairro Paraíso, Valência-
MG, CEP 38360-321, com endereço eletrônico maxtv@email.com. e Lojas de 
Eletrodomésticos Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no C.N.P.J. nº. 
00.000.000-0001-01, com endereço para citação na cidade de Uberlândia, a Rua São 
Paulo, nº. 10, Bairro Centro, Cep 00000-001, com endereço eletrônico 
lojasdeletrodomésticos@email.com vem à presença de Vossa Excelência, por sua 
advogada Dory Nemo, inscrita na OAB/MG sob o n°00.0001MG, cujo escritório se localiza 
em Rua da Pimenta n°10, onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, 
à presença de Vossa Excelêncai apresentar 
 
 CONTESTAÇÃO 
 
à Ação de obrigação de fazer c/c indenização de danos materiais e morais proposta por 
Antônio Augusto, já qualificado, com base nos fatos e fundamento a seguir expostos: 
 
I. BREVE SÍNTESE DA DEMANDA 
 
 O autor moveu ação em desfavor aos requeridos alegando que adquiriu um 
televisor de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades que foi 
adquirida pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) no dia 20 de outubro de 2015. Ocorre 
que, de acordo com o autor, durante os primeiros 30 (trinta) dias, o televisor apresentou 
bom funcionamento até que houve um momento que ocasionou um superaquecimento 
neste, o que levou à uma explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos 
a todos os aparelhos que estavam conectados ao televisor. 
mailto:maxtv@email.com
 Alega ainda que entrou em contato com as rés no dia 25 de novembro de 2015 para 
que essas lhe apresentasse alguma solução diante do fato ocorrido. Sendo assim, o autor 
busca o Poder Judiciário pleiteando o recebimento dos valores de R$70.000 (setenta mil 
reais). A demanda seria por um outro televisor de mesmo valor ou superior tecnologia do 
que fora adquirido em outubro de 2015, o valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais) 
danos materiais dos demais aparelhos que foram danificados e o valor de R$30.000,00 
(trinta mil reais) a título de danos morais. 
 
 
II. PRELIMINARMENTE 
 
- Ilegitimidade passiva 
 O autor ajuizou ação em face da ré Lojas de Eletrodomésticos Ltda. alegando ser 
ela, uma das responsáveis pelo seu prejuízo. Ocorre que ela não é um polo legitimado 
passivo, configurando-se conveniente sua alegação de ilegitimidade nos termos do artigo 
337, XI, do CPC. 
 Tendo em vista se tratar essa ré de pessoa estranha quanto ao objeto desta lide, 
resta provado que a requerida não é legítima para preencher o polo passivo desta 
demanda, bem como, não é a responsável pelos prejuízos sofridos pela autora, já que 
essa não se enquadra aos moldes do art. 13 do CDC. 
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos 
termos do artigo anterior, quando: 
 I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador 
não puderem ser identificados; 
 
 Ademais, o autor deixou claro que a intenção da ação é em desfavor ao primeiro 
réu, MaxTV S.A., responsável por qualquer defeito de fabricação do produto, nos moldes 
do art. 12 – caput do CPC que diz que 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou 
estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, 
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
 
 devendo então ser tratado esse como o único polo passivo da presente demanda. 
 Ante todos os argumentos expostos, requer deste respeitável Juízo, o acolhimento 
da preliminar de ilegitimidade passiva e o requerimento da extinção sem resolução de 
mérito quanto à Lojas de Eletrodomésticos Ltda. 
 
- Decadência do direito do autor 
 Um dos pontos mais relevantes é que a ação foi proposta foi no dia 10/03/2016 e a 
compra ocorreu no dia 20/10/2015 conforme se verifica pela cópia da nota fiscal, ou seja, 
já transcorreram mais de 51 dias a mair do prazo que era previsto para a reclamação, 
posto que o direito de reclamar segundo, o disposto no inciso II do artigo 26 do Código de 
Defesa do Consumidor são de 90 dias. 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de 
fácil constatação caduca em: 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e 
de produtos duráveis. 
 
 
III. DO MÉRITO 
 De fato, a relação aqui presente é de consumo, eis que o autor adquiriu o produto. 
Ocorre que todas as informações foram prestadas em consonância com o CDC, em que 
o produto contava todas as informações sobre garantia e suas especificações técnicas, 
conforme art. 6° inciso II desse Código citado. Quanto a inversão do ônus da prova, não 
se faz possível o requerido provar que superaquecimento seria algo ocasionado por algum 
defeito de fabricação, já que o produto já havia sido submetido em análise pelo fabricante 
antes mesmo de ir para o mercado. Então torna-se impossível não analisar que tal fato 
também possa ter ocorrido devido a um mau uso por parte do autor. 
 Tendo em vista que no ato da entrega do produto é entregue também o termo de 
garantia, que há toda explicação como dever utilizado o produto para não danificar ou 
colocar em risco demais eletrodomésticos como a perda da garantia. O mau uso é culpa 
exclusiva do autor, uma vez que é o único que deu a causa a danificação do produto e dos 
demais produtos que esse acusa, visto que, se tivesse, ele, obedecido as normas técnicas 
explicado no termo de garanti, não teria coloca a vida útil de uso do produto. Sendo assim, 
fica comprovado pela parte técnica competente, não há que se falar em troca do produto 
adquirido. Tal fato é ratificado pelo CDC no seu artigo 12, §3°, III. 
 Conforme o Código Civil: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
também convém, na ocasião, contestar, igualmente, o dano moral supostamente sofrido 
pelo autor. Já que conforme esse artigo, a conduta do agente deve comprovadamente 
causar dano para que se impute a responsabilidade civil e lesão capaz de abalar seus 
atributos personalidade. E em momento algum, o autor demostrou qualquer situação para 
que acarretasse esta reparação. De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, o dano moral 
é que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu patrimônio, e sim a lesão de bem 
que integra os direitos da personalidade, como a honra, a dignidade, a intimidade e a 
imagem, acarretando ao lesado tristeza, vexame e humilhação. 
 Percebe-se que, não há no presente caso, notadamente, dano a pessoa do Autor, 
como dito, não havendo falar, pois, em implicação de dano moral. Dessa forma, como não 
houve vício pelo fabricante, esse não fica responsável por indenizar o dano moral, por 
excluir o nexo da casualidade conforme o CDC art. 14, §3°, II. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
 Ante exposto, reque: 
 a) A extinção do processo sem resolução do mérito, em razão da ilegitimidade 
passiva, nos termos do art. 485, VI, CPC.; 
 b) seja arquivado o feito, sem exame do pedido, pela decadência; 
 c) caso Vossa Excelência não entenda pela extinção do processo, requer a 
substituição para um único réu, nos moldes do art. 338 do CPC, estabelecendo a presente 
relação jurídica com Max TV S.A.; 
 d) Em não declarando em preliminar a decadência do direito, julgar como 
improcedência da presente demanda, eis que o dano foi causado pelo autor; 
 e) julgue totalmente improcedente o pedido da ação a condenação a título de danos 
morais e a obrigaçãode fazer 
 e) sejam julgados improcedente os pedidos formulados pelo autor na exordial, com 
fulcro no art. 487, I, CPC, que seja fixada a indenização por danos materiais e a obrigação 
de fazer, em valor inferior àquele sugerido na petição inicial, para que obedecido o princípio 
da razoabilidade. 
 
 
Neste termos, pede deferimento. 
 
 
Uberlândia/MG, 21 de março de 2020. 
 
 
Dory Nemo – OAB 00.0001MG

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