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MECÂNICA DOS SOLOS PRÁTICA EM LABORATÓRIO DE SOLOS CLÁUDIO LUIZ DIAS LEAL 2016 ÍNDICE ÍNDICE ......................................................................................................................................... 2 1 NOÇÕES DE MECÂNICA DOS SOLOS, AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DE SOLOS ... 5 1.1 NOÇÕES DE MECÂNICA DOS SOLOS......................................................................................... 5 1.2 COLETA DE AMOSTRAS PARA ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO ......................... 9 1.3 PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS PARA ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO .............. 12 2 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS POR PENEIRAMENTO .................................................... 16 2.1. DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 16 2.1.4 ENSAIO ............................................................................................................................. 16 2.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................... 16 2.3 AMOSTRA ............................................................................................................................ 16 2.5 CÁLCULOS ........................................................................................................................... 17 2.6 RESUMO .............................................................................................................................. 18 33 DDEETTEERRMMIINNAAÇÇÃÃOO DDAA DDEENNSSIIDDAADDEE RREEAALL DDOOSS SSOOLLOOSS ............................................................... 20 33..11 DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO ........................................................................................................................... 20 33..22 AAPPAARREELLHHAAGGEEMM ..................................................................................................................... 20 33..33 AAMMOOSSTTRRAA ............................................................................................................................ 20 33..44 EENNSSAAIIOO ................................................................................................................................ 20 33..55 CCÁÁLLCCUULLOOSS ........................................................................................................................... 20 33..66 PPRREECCIISSÃÃOO ............................................................................................................................ 21 4 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS COM SEDIMENTAÇÃO ................................................... 22 4.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................... 22 4.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................... 22 4.3 AMOSTRA ............................................................................................................................ 22 4.4 ENSAIO ................................................................................................................................ 22 4.5 CÁLCULOS ........................................................................................................................... 24 4.6 RESUMO .............................................................................................................................. 26 55 DDEETTEERRMMIINNAAÇÇÃÃOO DDOO EEQQUUIIVVAALLEENNTTEE DDEE AARREEIIAA DDEE SSOOLLOOSS ............................................................ 32 55..11 DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO ........................................................................................................................... 32 55..22 AAPPAARREELLHHAAGGEEMM .................................................................................................................... 32 55..33 SSOOLLUUÇÇÃÃOO DDEE TTRRAABBAALLHHOO ....................................................................................................... 32 55..44 AAMMOOSSTTRRAA ............................................................................................................................ 32 55..55 EENNSSAAIIOO ................................................................................................................................ 32 55..66 CCÁÁLLCCUULLOOSS ........................................................................................................................... 33 66 LLIIMMIITTEE DDEE LLIIQQUUIIDDEEZZ DDOOSS SSOOLLOOSS .............................................................................................. 35 66..11 DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO ........................................................................................................................... 35 66..22 AAPPAARREELLHHAAGGEEMM ..................................................................................................................... 35 66..33 AAMMOOSSTTRRAA ............................................................................................................................ 35 66..44 EENNSSAAIIOO ................................................................................................................................ 35 66..55 CCÁÁLLCCUULLOOSS:: .......................................................................................................................... 35 66..66 PPRREECCIISSÃÃOO ............................................................................................................................ 36 77 LLIIMMIITTEE DDEE PPLLAASSTTIICCIIDDAADDEE DDOOSS SSOOLLOOSS ...................................................................................... 37 77..11 DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO ........................................................................................................................... 37 77..22 EEQQUUIIPPAAMMEENNTTOOSS ................................................................................................................... 37 77..33 AAMMOOSSTTRRAA ............................................................................................................................ 37 77..44 EENNSSAAIIOO ................................................................................................................................ 37 77..55 CCÁÁLLCCUULLOOSS ........................................................................................................................... 37 77..66 PPRREECCIISSÃÃOO ............................................................................................................................ 38 88 PPLLAASSTTIICCIIDDAADDEE EE CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS SSOOLLOOSS .......................................................................... 40 88..11 PPAASSTTIICCIIDDAADDEE DDOOSS SSOOLLOOSS ..................................................................................................... 40 88..22 CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS SSOOLLOOSS ................................................................................................. 41 88..22..11 SSIISSTTEEMMAA DDEE CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS SSOOLLOOSS TTRRBB .................................................................... 41 88..22..22 SSIISSTTEEMMAA UUNNIIFFIICCAADDOO DDEE CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS SSOOLLOOSS ((SS..UU..CC..SS..)) .......................................... 44 9 COMPACTAÇÃO DOS SOLOS (PROCTOR NORMAL) .................................................................... 46 9.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................... 46 9.2 EQUIPAMENTOS ...................................................................................................................46 9.3 AMOSTRA ............................................................................................................................ 46 9.4 ENSAIO ................................................................................................................................ 46 9.5 CÁLCULOS ........................................................................................................................... 47 10 ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA ........................................................................................... 50 10.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 50 10.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 50 10.3 ENSAIO .............................................................................................................................. 50 10.4 CÁLCULOS ......................................................................................................................... 51 11 GRAU DE COMPACTAÇÃO (PROCESSO DO FRASCO DE AREIA) ................................................ 55 11.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 55 11.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 55 11.3 AREIA ................................................................................................................................ 55 11.4 ENSAIO .............................................................................................................................. 55 11.5 CÁLCULOS ......................................................................................................................... 56 11.6 CALIBRAÇÃO DO FUNIL ........................................................................................................ 57 11.7 DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE DA AREIA ............................................... 57 12 COMPACTAÇÃO MÉTODO HILF .............................................................................................. 59 12.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 59 12.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 59 12.3 AMOSTRA .......................................................................................................................... 59 12.4 ENSAIO .............................................................................................................................. 59 12.5 CÁLCULOS ......................................................................................................................... 60 13 COMPRESSÃO SIMPLES DOS SOLOS ...................................................................................... 62 13.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 62 13.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 62 13.3 AMOSTRA .......................................................................................................................... 62 13.4 ENSAIO .............................................................................................................................. 62 13.5 CÁLCULOS ......................................................................................................................... 63 13.6 GRÁFICO ........................................................................................................................... 64 14 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE – CARGA VARIÁVEL ............................ 67 14.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 67 14.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 67 14.3 ENSAIO .............................................................................................................................. 67 14.4 CÁLCULOS ......................................................................................................................... 67 15 ADENSAMENTO ..................................................................................................................... 71 15.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 71 15.2 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................. 71 15.3 AMOSTRA .......................................................................................................................... 71 15.4 ENSAIO .............................................................................................................................. 71 15.5 CÁLCULOS ......................................................................................................................... 72 16 ESTABILIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA DE SOLOS ....................................................................... 86 16.1 MÉTODO GRÁFICO DE DOSAGEM ......................................................................................... 86 17 ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS COM AGENTES CIMENTÍCIOS .......................................................... 91 17.1 SOLO-CIMENTO .................................................................................................................. 91 17.2 SOLO-CAL .......................................................................................................................... 92 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 94 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 5 1 NOÇÕES DE MECÂNICA DOS SOLOS, AMOSTRAGEM E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DE SOLOS Para estudar um solo, precisamos primeiro definir o objetivo do estudo. O solo pode ser usado como material de construção, onde é importante o conhecimento das suas propriedades que poderão ou não ser aproveitadas integralmente, modificadas, ou mesmo podem levar à conclusão de que o mesmo não deverá ser utilizado. Quando em um determinado terreno vai ser construída uma obra civil, o tipo de obra e sua interação com o solo definem quais os estudos a serem feitos. Conforme a obra de engenharia que será executada, podem nos interessar as camadas mais profundas ou mais próximas da superfície. Estruturas naturais como taludes de corte ou encostas naturais requerem o estudo do comportamento do solo sob condições diversas, como variações das condições de umidade, intemperismo, etc. A topografia da região, a vegetação e o aspecto superficial nos dão algumas indicações sobre as camadas (horizontes) mais superficiais, mas isto é insuficiente para a tomada de decisões. O estudo da exploração do subsolo, principalmente no que se refere às camadas profundas, será visto nas aulas teóricas, mas dele consta a retirada de amostras, que é comum tanto à prospecção superficial quanto à profunda. Essas amostras têm que ser representativas. Uma amostragem mal executada leva fatalmente à resultados tendenciosos, e a quantidade e qualidade dos ensaios de laboratórionão podem corrigir essa deficiência. 1.1 Noções de Mecânica dos Solos Os solos são materiais resultantes da decomposição química ou mecânica das rochas. Em função do agente responsável pela sua decomposição os solos podem ser: Residuais: São os que permanecem no local de origem. Sedimentares ou Transportados: são os que sofrem a ação de um agente transportador, de acordo com o agente transportador podem ser: a) Eólicos: Agente transportador - vento b) Aluvionares: Agente transportador - água c) Coluvionares: Agente transportador - gravidade d) Glaciares: Agente transportador - geleiras Orgânicos: São solos originados da decomposição de vegetais e animais. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 6 Ex: Turfa 1.1.1 Propriedades das Partículas Sólidas Densidade: É uma propriedade que varia em função do componente mineralógico do solo. A sua determinação é feita pelo processo do picnômetro: 1s2 s PPP P = Densidade; Ps = Peso do solo; P1 = Peso do picnômetro + solo + água; P2 = Peso do picnômetro + água. Forma das Partículas a) Arredondadas Areias e siltes b) Lamelares Argilas c) Fibrilares Turfas Granulometria É a determinação das dimensões dos grãos de solo e da sua proporção. Essa determinação pode ser por peneiramento ou sedimentação (silte e argila) e sua representação é feita por uma curva granulométrica. A Figura 1.1 apresenta um esquema comparativo das frações do solo: areia, silte e argila. Índices Físicos O solo é um sistema disperso formado por três fases: sólida (grão), líquida (água) e gasosa (ar). A água contida no solo pode ser classificada em: Água de constituição: é a que faz parte da estrutura do grão; Água absorvida: é a que envolve o grão; Figura 8.1 – Partículas de areia, silte e argila. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 7 Água livre: é a que preenche todos os vazios entre os grãos; Água capilar: é a que no solos finos sobe pelos tubos capilares; Água Higroscópica: é a que ainda se encontra nos solos secos ao ar. Relações Fundamenteis: V t V v V a r Ar P t V a Água P a V s Sólida P s Umidade: 100x P P %h s a Peso Específico Aparente: t t V P Peso Específico Aparente Seco: t s s V P ou h1 s Índice de Vazios: s v V V ou 1 s Porosidade: t v V V ou 1 Grau de Saturação: v a V V S Grau de Aeração: v ar V V A 1.1.2 Plasticidade e Consistência dos Solos Plasticidade: É a propriedade que os solos apresentam de serem moldados, sob certas condições de umidade. Trata-se de uma das mais importantes propriedades dos solos e seu conhecimento é fundamental para caracterização de um solo. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 8 Limites de Consistência: Consideremos uma argila extremamente seca, ela não é moldável. Se adicionarmos água progressivamente ele irá se tornando mais dócil à deformação. À partir de um certo teor umidade a argila ficará mais plástica, permitindo a moldagem sem variação de volume. Continuando a adição d’água a argila se tornará um líquido viscoso. Esses limites foram denominados por Atterberg: Limite de Contração: É o limite entre o estado sólido e semi-sólido de um solo. Limite de Plasticidade: É o limite entre o estado semi-sólido e plástico de um solo. Limite de Liquidez: É o limite entre o estado plástico e líquido de um solo. Estado Estado Estado Estado h(%) Sólido Semi-Sólido Plástico Líquido 1.1.3 Determinação dos Limites de Consistência Limite de Liquidez: A determinação do LL é feita com o aparelho de Casa Grande. O ensaio é feito com a fração de solo que passa na # 40, consiste em transferir para a concha do aparelho uma parte do solo previamente umidecido. Abre-se um sulco com um cinzel e golpea-se a concha até que o sulco feche. Anota-se o no de golpes e determina-se a umidade do solo. Com os pares de valores constrói-se um gráfico. O LL é o teor de umidade correspondente a 25 golpes. O LL ainda pode ser determinado com a expressão: LL = h 1,419 - 0,3log n , onde: h = teor de umidade n = número de golpes Limite de Plasticidade: O ensaio é feito com a fração de solo que passa na # no 40, consiste em moldar um cilindro de 3mm de diâmetro e 10cm de comprimento em uma placa de vidro esmerilhada. Quando o cilindro começa a fraturar determina-se o seu teor de umidade. Essa umidade corresponde ao limite de plasticidade. Índice de Plasticidade: É a diferença entre o LL e o LP. IP = LL – LP LC LP LL Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 9 1.2 Coleta de Amostras para Ensaios de Caracterização e Compactação Quando em um determinado terreno vai ser construída uma obra civil, o tipo de obra e sua interação com o solo definem quais os estudos serão feitos. Conforme a obra que será executada, podem nos interessar as camadas mais profundas ou mais próximas da superfície. A exploração do subsolo envolve a retirada de amostras, tanto na prospecção superficial quanto na profunda. Essas amostras têm que ser representativas e seu tamanho, número de amostras e locais de onde são retiradas, devem ser criteriosamente determinados. Uma amostragem mal coletada levará a resultados tendenciosos. Dessa forma, a quantidade e qualidade dos ensaios de laboratório não podem corrigir os resultados tendenciosos. A identificação correta do solo é de fundamental importância para o sucesso do solo como material de construção. As amostras de solo podem ser assim coletadas: a) Em prospecção de jazidas (Figura 1.1); b) Em pista, nas diversas camadas (Figura 1.2); c) Em análise da estrutura de pavimentos (Figura 1.3). Figura 1.1 – Sondagem e coleta de amostras em jazida. a a a Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 10 Figura 1.2 – Coleta de amostras na pista. b c Figura 1.3 – Coleta de amostras para análise da estrutura do pavimento. c c c Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 11 ETIQUETA DE AMOSTRALaboratório de Solos CLIENTE : ___________________________________ OBRA : ______________________________________ TRECHO : ____________________________________ ESTACA:_____________________________________ PROFUNDIDADE : ____________________________ REGISTRO :_________________________________ COORDENADAS N = ______________________________________ _________________________________________ E =______________________________________ _________________________________________ _________________ DATA:____________________________________ SONDADOR:______________________________ OBS: ________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ _____________________________________________ As amostras de solo coletadas devem ser colocadas em sacos apropriados, etiquetadas e enviadas ao laboratório para realização dos ensaios de caracterização (Figura 1.4). Figura 1.4 – Etiqueta para identificação da amostra de solo. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 12 De um modo geral, podemos classificar as amostras de solos em dois tipos: Amostras Deformadas: Conservam todos os constituintes minerais do solo e sua umidade natural, mas perdem sua estrutura natural, que é alterada pelo processo de extração. Em geral são coletadas com auxílio de trados, pás, escavadeiras manuais, talhadeiras e martelos e transportadas para o laboratório em sacos que evitam perda significativa de umidade. Amostras Indeformadas: Diferem das deformadas por terem preservada sua estrutura natural, embora se percam as tensões a que estavam submetidas no local de origem. São coletadas tanto em sondagens superficiais quanto profundas. Após a coleta, as amostras obtidas devem ser enviadas ao laboratório em sacos apropriados e etiquetadas com as informações: Obra, local, camada, profundidade, identificação expedita, data, ensaios que serão executados, etc. Amostras inderformadas devem ser parafinadas após a coleta. 1.3 Preparação de Amostras para Ensaios de Caracterização e Compactação A preparação da amostra de solo tem como objetivo adequá-la à execução de um determinado ensaio de laboratório, de forma que represente bem o que ocorre no campo. 1.3.1 Equipamentos: Estufa a 60 ºC, lâmpada infravermelho, balança capacidade 20 kg e sensível a 1 g, balança capacidade 5 kg e sensível a 0,1 g, balança capacidade 500 g e sensível a 0,01 g, repartidor de amostras, almofariz capacidade 5 litros e mão de Gral recoberta de borracha, peneiras 19 – 4,8 – 2,0 – 0,42 mm, tabuleiros em ferro galvanizado 6 X 30 X 50 cm, Pá. A figura 1.5 apresenta alguns equipamentos usados na preparação de amostras de solos. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 13 1.3.2 Preparação: a) A amostra recebida do campo deve ser seca de forma a manter a umidade higroscópica. Para isso, pode-se espalhar a amostra ao ar livre em bandejas de aço ou em lonas (Figura 1.6). Outra forma de secar a amostra é em laboratório usando-se a estufa a 60 ºC ou lâmpada infravermelho afastada cerca de 60 cm da amostra. É possível, também, secar amostra em laboratório usando-se ventiladores, desde que a umidade relativa do ar permita esse procedimento. Figura 1.5 – Equipamentos para preparação de amostras. Fonte: Solotest, 2008. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 14 b) Desmanchar os torrões de solo, com o almofariz e mão de Gral, de maneira que não altere o tamanho natural dos grãos do solo (Figura 1.7). c) Reduzir a amostra até a quantidade recomendada para o ensaio, com o repartidor de amostras, mantendo-se sua representatividade. De outra forma pode-se reduzir a amostra através do quarteamento: divide-se a amostra homogênea em quatro partes, eliminam-se duas partes diametralmente opostas e as partes restantes são novamente homogeneizadas e quarteadas. Repete-se a operação até que o tamanho da amostra torne-se adequado ao ensaio (Figura 1.8). 1.3.2.1 Granulometria: A amostra deve ser reduzida a 1500 g, se o solo for argiloso ou 2000 g, se o solo for arenoso ou pedregulhoso. 1.3.2.2 Limites Físicos: Reduzir a amostra a cerca de 500 g e passá-la na peneira 0,42 mm para os ensaios. Figura 1.7 – Destorroamento. Figura 1.8 – Redução de amostras de solos. Figura 1.6 – Amostra de solo seca ao ar livre. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 15 1.3.2.3 Compactação – amostras trabalhadas: a) Reduzir a amostra a 6000 g se o solo for argiloso ou 7000 g se o solo for arenoso ou pedregulhoso. b) Passar a amostra na peneira 19 mm. O material retido nessa peneira deve ser substituído por igual quantidade de material que passa na peneira 19 mm e fica retido na peneira 4,8 mm. 1.3.2.4 Compactação – amostras não trabalhadas: No caso de amostras não trabalhadas, repetem-se as operações descritas em 1.3.2.3 cinco vezes, isto é, são preparados 30000 ou 35000 g de solo. A figura 1.8 apresenta um esquema da preparação de amostras de solos. Figura 1.8 – Preparação de amostras de solos. Fonte IME, 2008. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 16 2 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS POR PENEIRAMENTO 2.1 Definição: É o processo de determinação das dimensões dos grãos dos solos e do percentual que esses grãos ocorrem. 2.2 Equipamentos: Peneiras: 76 - 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,0 - 0,42 - 0,075 mm, tampa e fundo; Repartidor de amostras; Balança sensível a 0,1g; Almofariz e mão de gral coberta de borracha; Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 a 110 ºC. 2.3 Amostra: 2.3.1 A amostra recebida no campo deve ser seca ao ar livre ou pelo uso de aparelho secador, de modo que a temperatura não ultrapasse a 60 ºC. 2.4 Ensaio: 2.4.1 Destorroar a amostra com o auxílio do almofariz e mão de gral. 2.4.2 Reduzir a amostra por quarteamento, até se obter uma amostra de cerca de 1500g se o solo for argiloso ou 2000g se o solo for pedregulhoso ou arenoso. 2.4.3 Separar a parte graúda da miúda com a peneira de 2mm. a) Parte graúda: lavar na peneira de 2 mm. b) Parte miúda: Obter cerca de 50g para determinação de umidade higroscópica. Tomar cerca de 100g para lavar na peneira de 0,075mm. 2.4.4 Colocar o material lavado mais o recipiente de umidade em estufa a 105 a 110 ºC até constância de peso. 2.4.5 Retirar o material da estufa, pesar o recipiente de umidade. 2.4.6 Passar na série de peneiras: a) Parte graúda: 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,0mm e fundo. b) Parte miúda: 0,42 - 0,075mme fundo. 2.4.7 Anotar o peso retido em cada peneira. A figura 2.1 mostra os procedimentos. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 17 2.5 Cálculos: 2.5.1 Umidade (h%): A = (C + S + A) - ( C + S ) S = ( C + S ) – C A = Peso da água em g; C = Peso da cápsula em g; S = Peso do solo seco em g. 100X S A %h , (aproximação 0,1). 2.5.2 Fator de correção: %h100 100 Fc , (aproximação 0,001). 2.5.3 Retido na # no 10 = Σ pesos retidos acima da peneira de 2 mm (parte graúda). 2.5.4 Passando na # no 10 úmida = Amostra total úmida - Retido na # no 10 (aproximação 0,1). 2.5.5 Passando na # no 10 seco = Passando na # no 10úmida X Fc 2.5.6 Amostra total seca = retido na # no 10 + Passando na # no 10 seco. 2.5.7 Peso da água = Amostra total úmida - Amostra total seca. 2.5.8 Amostra Parcial Seca = Amostra Parcial úmida X Fc (aproximação 0,1). Figura 2.1– Granulometria de solos. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 18 2.5.9 Porcentagens da Parte Graúda: a) Porcentagem da Amostra total = Peso Retido em Cada Peneira Amostra Total Seca X 100 , (aproximação 0,1). b) Porcentagem Acumulada = Σ Porcentagens da Amostra total. c) Porcentagem que Passa da Amostra Total = 100 - Porcentagem acumulada em cada peneira. 2.5.10 Porcentagens da parte Miúda: a) Porcentagem da Amostra Parcial = Peso Retido em Cada Peneira Amostra Parcial Seca X 100 ,(aproximação 0,1). b) Porcentagem da Amostra Total = % da Amostra Parcial X Porcentagem que Passa da Amostra Total na # 10 100 , aproximação 0,1. c) Porcentagem Acumulada = Σ Porcentagens da Amostra Total1 d) Porcentagem que passa da Amostra total = 100 - Porcentagem Acumulada em cada Peneira. 2.6 Resumo: 2.6.1 Pedregulho = Porcentagem Acumulada na # 4,8mm. 2.6.2 Areia Grossa = Porcentagem que Passa na # 4,8 mm - Porcentagem que Passa na # 2,00 mm. 2.6.3 Areia Média = Porcentagem que Passa na # 2,00 mm - Porcentagem que Passa na # 0,42 mm. 2.6.4 Areia Fina = Porcentagem que Passa na # 0,42mm - Porcentagem que Passa na # 0,075 mm. 2.6.5 Silte + Argila = Porcentagem que Passa na # 0,075 mm. 2.6.6 Retido # 10 - 200 = Porcentagem que Passa na # 2,0 mm - Porcentagem que Passa na # 0,075mm. Obs: Aproximação - Final 0 a 4 mantêm a casa decimal aproximada. Final 5 a 9 aumenta em uma unidade a casa decimal aproximada. Ex: Resultado 1,783 1,785 2,954 2,996 Aproximação (0,01) 1,78 1,79 2,95 3,00 1 Neste caso, leva-se em conta também os percentuais da parte graúda. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 19 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 20 3 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE REAL DOS SOLOS 3.1 Definição: À Densidade relativa do solo é uma razão entre o peso específico do grão de solo e peso específico da água à temperatura de 20 oC. 3.2 Aparelhagem: peneira no 10 (2,00 mm); balança sensível a 0,01g; estufa; picnômetro de 50 ml; fogareiro; dessecador e funil . 3.3 Amostra: 3.3.1 Coletar e preparar a amostra de acordo com o método de preparação de solos. 3.3.2 Passar a amostra na peneira no 10 (2,00mm) , pesar aproximadamente 500g e colocar na estufa à 105 a 110 oC até constância de peso. 3.3.3 Resfriar no dessecador e pesar no mímimo 10g de solo seco. 3.4 Ensaio: 3.4.1 Pesar o solo seco (Ps). 3.4.2 Transferir o solo para o picnômetro e colocar a água até cobrir o material com excesso. 3.4.3 Ferver por 15 minutos para expulsar as bolhas de ar. 3.4.4 Resfriar à temperatura ambiente e encher o pinômetro completamente de água. 3.4.5 Colocar no banho d’agua à temperatura ambiente por 15 minutos e anotar a temperatura do banho. 3.4.6 Retirar o picnômetro do banho, tampar, secar e pesar: picnômetro + solo + água (P1). 3.4.7 Limpar o picnômetro, encher com água e colocar no banho por 15 minutos. 3.4.8 Retirar o picnômetro do banho, tampar, secar e pesar: picnômetro + água (P2). A figura 3.1 apresenta alguns procedimentos para o ensaio de densidade. 3.5 Cálculos: 3.5.1 A densidade a temperatura (t) é calculada pela expressão: D t = 1s2 s PPP P ,, (aproximação 0,001). Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 21 3.5.2 – A densidade referida à temperatura de 20 oC : D 20 = Dt X K20 K 20 - Fator de correção 3.6 Precisão: Dois resultados não devem diferir mais que 0,009. Figura 3.1 – Densidade real dos solos. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 22 4 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS COM SEDIMENTAÇÃO 4.1 Definição: É o processo de determinação das dimensões dos grãos dos solos e da proporção que esses grãos ocorrem. 4.2 Equipamentos: Peneiras: 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,0 - 0,42 - 0,074 mm, tampa e fundo; Repartidor de amostras, Balança sensível a 0,1g, Almofariz e mão de gral coberta de borracha, becker de 1000 ml, proveta de 1000 ml, aparelho dispersor, densímetro, termômetro, cronômetro, piceta de 500 ml, Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 à 110ºC. Reagentes: água destilada, solução defloculante (Hexametafosfato de Sódio). 4.3 Amostra: 4.3.1 A amostra recebida do campo deve ser seca ao ar livre ou pelo uso de aparelho secador, de modo que a temperatura não ultrapasse a 60ºC. 4.4 Ensaio: 4.4.1 Destorroar a amostra com o auxílio do almofariz e mão de gral. 4.4.2 – Reduzir a amostra por quarteamento até se obter uma amostra de cerca de 1500g se o solo for argiloso ou 2000g se o solo for pedregulhoso ou arenoso. 4.4.3 Separar a parte graúda da miúda com a # no 10. a) Parte graúda: lavar na # no 10. b) Parte miúda: Pesar 50g para determinação de umidade higroscópica. Pesar 70g se o solo for argiloso ou 100g se o solo for pedregulhoso ou arenoso para o ensaio de sedimentação. c) Colocar o material lavado mais o recipiente de umidade em estufa por 8 horas ou até constância de peso. 4.4.4 Sedimentação: a) Determinar a densidade real do solo. b) Transferir o solo pesado (íten 4.3b) para o becker e adicionar 125 ml de solução defloculante e deixar em repouso por 12 horas, no mínimo. c) Com o auxílio da piceta, remover com água destilada o material do becker para o copo do aparelho dispersor e acrescentar água destiladaaté o nível ficar 5 cm abaixo da borda do copo dispersor. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 23 d) Ligar o aparelho dispersor por 10 minutos se o solo for arenoso ou 15minutos se o solo for argiloso. d) Com o auxílio da piceta, remover com água destilada o material do copo do aparelho dispersor para a proveta e acrescentar água destilada até a marca de 1000 ml. e) Tapar a boca da proveta com a palma da mão e agitar por 1 minuto de forma que a boca proveta passe de cima para baixo e vice-versa. f)Colocar a proveta sobre a bancada e anotar a hora do início da sedimentação. g) Mergulhar cuidadosamente o densímetro na proveta e fazer as leituras correspondentes a 30 segundos, 1 minuto e 2 minutos (nas 3 primeiras leituras o densímetro permanece na proveta). h) Retirar cuidadosamente o densímetro da proveta, e colocá-lo em outra proveta com água destilada à temperatura ambiente. i) Anotar a temperatura da suspensão após cada leitura. j) Fazer as leituras seguintes: 4, 8, 15, 30 minutos e 1, 2, 4, 8 e 24 horas após o início da sedimentação. l) Lavar o material da proveta na no 200 e secar em estufa por 8 horas ou até constância de peso. 4.4.5 Retirar o material da estufa, pesar o recipiente de umidade. 4.4.6 Passar na série de peneiras: a) Parte graúda: 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,0mm e fundo. b) Parte miúda:0,42 - 0,074mm e fundo. 4.4.7 Anotar o peso retido em cada peneira. A figura 4.1 mostra a execução do ensaio. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 24 4.5 Cálculos: 4.51 Umidade: 100X S A %h , aproximação 0,1. A = (C + S + A) - ( C + S ) S = ( C + S ) - C 4.5.2 Fator de correção: %h100 100 Fc , aproximação 0,001. 4.5.3 Retido na peneira n o 10 = Somatório dos pesos retidos acima da peneira de 2 mm(parte graúda). 4.5.4 Passando na peneira no 10 úmida = Amostra total úmida - Retido na peneira nº 10. 4.5.5 Passando na peneira n o 10 seco = Passando na peneira nº 10 úmida X Fc 4.5.6 Amostra total seca = retido na peneira nº 10 + Passando na peneira nº 10 seco. 4.5.7 Peso da água = Amostra total úmida - Amostra total seca. Figura 4.1 – Granulometria com sedimentação. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 25 4.5.8 Amostra Parcial Seca = Amostra Parcial úmida X Fc 4.5.9 Porcentagens da Parte Graúda: a) Porcentagem da Amostra Total = Peso Retido em Cada Peneira Amostra Total Seca X 100 , aproximação 0,1. b) Porcentagem Acumulada = % Amostra total c) Porcentagem que Passa da Amostra Total = 100 - Porcentagem acumulada em cada peneira. 4.5.10 Porcentagens da Parte Miúda: a) Porcentagem da Amostra Parcial = Peso Retido em Cada Peneira Amostra Parcial Seca X 100 , aproximação 0,1. b) Porcentagem da Amostra Total = % da Amostra Parcial X Porcentagem que Passa da Amostra Total na # 10 100 , aproximação 0,1. c) Porcentagem Acumulada = Σ Porcentagens da Amostra Total d) Porcentagem que passa da Amostra total = 100 - Porcentagem Acumulada em cada Peneira. 4.5.11 Sedimentação: Cálculos: a) Processo analítico: d = , (aproximação 0,001) d - diâmetro equivalente da partícula - coeficiente de viscosidade do meio dispersor - velocidade de sedimentação - densidade do meio dispersor b) Determinação Gráfica: I - Calcular a leitura corrigida somando algébricamente a leitura com a correção P < d % = 100 APS , (aproximação 0,1). P < d % - porcentagem das partículas de diâmetros < d Ps - peso da amostra parcial seca - densidade real do grão de solo LC - parte decimal da leitura densimétrica corrigida X 103 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 26 II - % que passa da amostra total = c L. SecaParcialAmostra).1( 10.nº #na passando % (aproximação 0,1) III - Determinar o diâmetro do grão através do ábaco de Casagrande: IV - Localizar na escala a densidade do grão e na escala T a temperatura da suspensão, ligar os dois pontos, prolongar até a escala A e determinar o ponto 3. V - Marcar na escala H o valor da altura de queda e na escala t o tempo de sedimentação, ligar os dois pontos, prolongar até a escala V e determinar o ponto 6. VI -Ligar o ponto 6 ao ponto 3 e determinar o diâmetro na escala D. 4.6 Resumo: 4.6.1 Pedregulho = Porcentagem Acumulada na # 4,8mm. 4.6.2 Areia Grossa = Porcentagem que Passa na # 4,8mm - Porcentagem que Passa na # 2,00mm. 4.6.3 Areia Média = Porcentagem que Passa na # 2,00mm - Porcentagem que Passa na # 0,42mm. 4.6.4 Areia Fina = Porcentagem que Passa na # 0,42mm - Porcentagem < 0,05mm. 4.6.5 Silte = Porcentagem < 0,05mm - Porcentagem < 0,005mm. 4.6.6 Argila = Porcentagem < 0,005mm. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 27 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 28 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 29 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 30 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 31 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 32 5 DETERMINAÇÃO DO EQUIVALENTE DE AREIA DE SOLOS 5.1 Definição: Equivalente de areia é uma relação volumétrica entre a altura do nível de areia e a altura do nível de argila . 5.2 Aparelhagem: Peneira no 4 (4,8mm) , proveta cilíndrica transparente com 48cm dealtura graduada em cm, tubo lavador, garrafão de 5 litros dotado de sifão, pistão com haste metálica pesando 1Kg, recipiente com capacidade de 88ml e funil. 5.3 Solução de trabalho: Diluir 125ml de solução concentrada em 4875 ml de água destilada. 5.4 Amostra: A amostra obtida de acordo com o método de preparação de amostras de solo deve ter aproximadamente 500g, ser umidecida e passada na peneira no 4 (4,8mm). 5.5 Ensaio: 5.5.1 Sinfonar para a proveta solução de trabalho até a marca de 10cm.(3,9”) 5.5.2 Encher o recipiente de 88 ml com a amostra e razar (pode-se pesar de 100 a 110g de solo). 5.5.3 Transferir para a proveta, como auxílio de um funil, o conteúdo do recipiente de medição. 5.5.4 Bater no fundo da proveta com a palma da mão para retirar as bolhas de ar e deixar em repouso por 10 minutos. 5.5.5 Tampar a proveta com a rolha de borracha e agitar em movimento horizontal por 30 segundos . 5.5.6 Retirar a rolha e introduzir o tubo lavador , lavando as paredes da proveta até que o líquido atinja a marca de 38cm(15”) da proveta. 5.5.7 Deixar repousar por 20 minutos e determinar a altura da suspensão argilosa. 5.5.8 Introduzir o pistão na proveta até ele assentar na areia , girar a haste e determinar a altura da areia (Figura 5.1). Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 33 5.6 Cálculos: E.A. = h H X 100 ,, (aproximação 0,1). h - leitura no topo da areia H - leitura no topo da argila Figura 5.1 – Equivalente de areia. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 34 EQUIVALENTE DE AREIA Ensaio 1 2 3 Começo (hora) Fim do período de 10 min de reagência (hora) Perído de 20 min de Sedimentação (hora) Início Fim Início Fim Início Fim Altura do topo de argila (cm) – H Altura do topo de areia (cm) – h Equivalente de Areia (%) Média Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 35 6 LIMITE DE LIQUIDEZ DOS SOLOS 6.1 Definição: É o limite entre os estados líquido e plástico do solo, determinado em laboratório como teor de umidade correspondente ao fechamento de uma ranhura aberta na massa de solo colocada na concha do aparelho de casagrande sob a ação de 25 quedas de 1cm de altura. 6.2 Aparelhagem: Almofariz e mão de gral, peneira no 40 (0,42mm), espátula flexível, balança sensível à 0,01g, pisseta, aparelho de casagrande, padrão de altura de queda, cinzel, cápsulas, estufa. 6.3 Amostra: A amostra é obtida e preparada de acordo com o método de preparação de solos para ensaios de caracterização e passando na peneira no 40 (0,42mm). 6.4 Ensaio: 6.4.1 Colocar cerca de 100g da amostra na cápsula, juntar água até obter-se uma massa plástica. 6.4.2 Homogeineizar bem com a espátula, transferir a massa para a concha do aparelho de Casagrande de forma que a massa tenha 1cm de altura. 76.4.3 Com o cinzel abrir uma ranhura na massa de solo, acionar a manivela do aparelho, fazendo a concha cair de 1cm de altura, até que as bordas da ranhura juntem-se com 48 a 52 golpes. 6.4.4 Com uma espátula retirar uma porção da massa de solo (no local onde as bordas juntaram-se) e colocar na cápsula, previamente tarada, para a determinacão da umidade (Figura 6.1). 6.4.5 Adicionar água e repetir essas operações(6.4.2; 6.4.3 e 6.4.4) de forma que a ranhura feche-se com os sequintes números de golpes: 38 a 42, 28 a 32, 18 a 22, e 10 a 12 golpes. 6.4.6 Com os resultados traçar o gráfico umidade X no de golpes. 6.5 Cálculos: 6.5.1 Umidade: 100X S A %h , (aproximação 0,1) A = (C + S + A) - ( C + S ) S = ( C + S ) - C Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 36 6.5.2 Determinação gráfica do LL: O limite de liquidez é expresso pelo teor de umidade correspondente à intersecão da ordenada relativa a 25 golpes com a linha de pontos do gráfico. 6.5.3 Determinação analítica do LL: LL = h 1,419 - 0,3log.N , onde: h - Teor de umidade N - número de golpes 6.6 Precisão: 6.6.1 Determinação gráfica: Deve haver no mínimo 3 pontos no mesmo alinhamento. 6.6.2 Determinacão analítica: Pelo menos 3 valores devem estar dentro do intervalo: LL médio 5% do LL médio Exemplo: Determinação gráfica Umidade (%) 35,3 33,3 30,7 28,7 27,7 LL (%) Nº de Golpes 12 18 29 42 52 31,4 Figura 6.1 – Ensaio de limite de liquidez . 25 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 37 7 LIMITE DE PLASTICIDADE DOS SOLOS 7.1 Definição: Chama-se limite de plasticidade dos solos ao limite entre os estados semi-sólido e plástico dos solos; em laboratório é o teor de umidade correspondente ao rompimento de um bastão de solo com 3mm de diâmetro e 10cm de comprimento. 7.2 Equipamentos: Peneira no 40 (0,42mm), cápsula de porcelana, espátula, balança sensível a 0,01g, cápsulas, placa de vidro de superfície esmerilhada, cilindro de comparação com 10cm de comprimento por 3mm de diâmetro e estufa. 7.3 Amostra: A amostra representativa é preparada de acordo com o método de preparação de solos para ensaios de caracterização e peneirada na peneira no 40 (0,42mm). Pesar aproximadamente 500g. 7.4 Ensaio: 7.4.1 Transferir cerca de 70g da amostra para a cápsula de porcelana e adicionar água até obter-se uma massa plástica. 7.4.2 Amassar a massa com as mãos, adicionando material seco, até que ela deixe de grudar nas mãos. 7.4.3 Espalhar a amostra na placa de vidro de forma que ela tenha um pouco mais de 3mm de espessura. 7.4.4 Retirar uma fatia da massa com a espátula, rolar com os dedos sobre a superfície esmerilhada até formar um bastão de 3mm de diâmetro e 10cm de comprimento. 7.4.5 Observar o rompimento do bastão ou o aparecimento de trincas na sua superfície, nesse instante quebra-se o bastão em vários pedaços, transfere-se para a cápsula e determina-se a umidade (Figura 7.1). 7.4.6 Repetir essas operações(7.4.4; 7.4.5) 5 vezes.. 7.5 Cálculos: 7.5.1 Umidade: 100X S A %h , (aproximação 0,1). A = (C + S + A) - ( C + S ) S = ( C + S ) - C 7.5.2 Limite de Plasticidade: 31,4 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 38 LP = Média dos teores de umidade encontrados. 7.6 Precisão: Pelo menos três teores de umidade devem estar contidos no intervalo: LPmédio 5% do LPmédio.Figura 7.1 – Limite de plasticidade Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 39 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 40 8 PLASTICIDADE E CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS 8.1 Pasticidade dos Solos Índice de Plasticidade – Após a determinação dos limites físicos, pode-se calcular o índice de plasticidade, subtraindo-se o valor do limite de liquidez do valor do limite de plasticidade. IP = LL-LP, onde: IP – Índice de plasticidade; LL – Limite de Liquidez; LP – Limite de Plasticidade. O IP define o intervalo de umidade para o qual o solo é plástico, dessa maneira quanto menor for o IP melhor será o desempenho do solo em um pavimento. De acordo com o IP, os solos são classificados em: Fracamente plásticos...............1 < IP < 7 Mediamente plásticos...............7 < IP < 15 Altamente plásticos...................IP > 15 Índice de Consistência – A consistência é uma propriedade dos solos coesivos, sendo definida como maior ou menor dureza de um solo argiloso. O índice de consistência (IC) é definido pela expressão: IP hLL IC ,, onde: IC – Índice de consistência; LL – Limite de Liquidez; h – Umidade do solo no estado natural; IP – Índice de plasticidade. Existem correlações estabelecidas entre o índice de consistência e a resistência à compressão simples. Portanto, a partir do conhecimento do índice de consistência pode-se estimar a resistência à compressão simples de um solo argiloso. De acordo com o índice de consistência os solos argilosos são classificados em: Muito moles..................................IC < 0 Moles............................................0 < IC < 0,50 Médias..........................................0,50 < IC < 0,75 Rijas.............................................0,75 < IC < 1,00 Duras...........................................IC > 1,00 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 41 8.2 Classificação dos Solos A classificação dos solos visa permitir que a experiência com referência a diversos tipos de solos seja catalogada e que o acervo assim aculmulado possa estar disponível, na solução de problemaas práticos, mediante a referência à classe de solo. A cada grupo de solo corresponde determinadas características.1 Vários são os sitemas de classificação dos solos, destacando-se o Unified Soil Classification System (USCS) e o Transportation Research Board (TRB), que tem como base as características granulométricas e os limites físicos. Entretanto esses sistemas de classificação de solos foram desenvolvidos para países de clima temperado, não sendo adequados para países de clima tropical como o Brasil. Conclui-se que a classificação dos solos permite resolver alguns problemas simples e serve de apoio na seleção de um dado solo quando se tem vários tipos de solos para ser utilizado. 8.2.1 Sistema de Classificação dos Solos TRB O sistema de classificação mais usado no Brasil é o T.R.B. (Transportation Research Board). Valores prováveis de ISC de solos classificados pelo sistema T.R.B. Solo ISC A1-a 40 a > 80 A1-b 20 a > 80 A2-4 e A2-5 25 a > 80 A2-6 e A2-7 12 < ISC < 30 A3 15 < ISC < 40 A4 4 < ISC < 25 A5 0 < ISC < 10 A6 e A7 0 < ISC < 10 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 42 ÍNDICE DE GRUPO O índice de grupo é um número inteiro que varia de 0 a 20. Quanto menor for o índice de grupo, melhor será o solo par fins de pavimentação. O IG pode ser determinado pela expressão: bd01,0ac005,0a2,0IG , onde: 0a3535P 40a7535P 35Pa 200 200 200 0b1555P 40b5515P 15Pb 200 200 200 0c40LL 20c60LL 40LLc 0d10IP 20d30IP IPd P200 – Porcentagem que passa na peneira nº 200; (a varia de 0 a 40; (b varia de 0 a 40); (c varia de 0 a 20); (d varia de 0 a 20). Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 43 Sistema de Classificação TRB (DNIT, 1996) P*200 – Porcentagem passando na peneira n° 200 (0,075 mm). CLASSIFICACÃO GERAL MATERIAIS GRANULARES (P*200 ≤ 35%) MATERIAIS SILTOSOS OU ARGILOSOS (P200 > 35%) Classificação em Grupos A1 A 3 A2 A4 A 5 A6 A7 A7-5 A7-6 A1-a A1-b A2-4 A2-5 A2-6 A2-7 Granulometria: 36 mín. 36 mín. 36 mín. 36 mín. 36 mín. % passando na peneira: N° 10 (2,0 mm) 50 máx. N° 40 (0,42 mm) 30 máx. 30 máx. 51 mín. N° 200 (0,075mm) 15 máx. 25 máx. 10 máx. 35 máx. 35 máx. 35 máx. 35 máx. Característica da fração passando na peneira nº 40: Limite de Liquidez (%) Índice de Plasticidade (%) 6máx. 41 mín. 41 mín. 41 mín. (LL-30)mín. 40 máx. 41 mín. 40 máx. 41 mín. 40 máx. 40 máx. 6máx. NP 10máx. 10 máx. 11 mín. 11 mín. 10 máx. 10 máx. 11 mín. (LL-30) máx. Índice de Grupo (IG) O O O O O 4máx. 4máx. 8 máx. 12 máx. 16 máx. 20 máx. Materiais constituintes Fragmentos de pedra, pedregulho e areia Areia fina Pedregulhos ou areia siltosas ou argilosas Solos siltosos Solos argilosos Comportamento como sub leito Excelente a bom Sofrível a mau Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 44 8.2.2 Sistema Unificado de Classificação dos Solos (S.U.C.S.) Este sistema de classificação foi proposto pelo engenheiro Arthur Casagrande, nele os solos são classificados em solos grossos, solos finos e orgânicos. Representação do tipo de solo no sistema SUCS Tipo de Solo Propriedade G – Pedregulho W – Bem graduado S – Areia P – Mau graduado M- Silte L – Baixa a média plasticidade C – Argila H – Alta plasticidade O – Silte e argila orgânica Pt – Turfa Proceder da seguinte maneira para classificar o solo com o sistema SUCS: Enquadrar o solo em um dos tres grandes grupos: solos grossos (P200 < 50 %), solos finos(P200 ≥ 50 %) ou solo orgânico; Para solos grossos, calcular a fração grossa, o coeficiente de uniformidade (Cu) e o coeficiente de curvatura(Cc): 200P100GrossaFração 10 60 u D D C :onde, DD )D( C 6010 2 30 c P200 = Percentual que passa na peneira 0,075 mm (# nº 200) Cu = Coeficiente de uniformidade; Cc = Coeficiente de curvatura; D10 = Diâmetro correspondente a 10 % passando; D30 = Diâmetro correspondente a 30 % passando; D60 = Diâmetro correspondente a 60 % passando; No caso dos solos finos, usar a carta de plasticidade com dados de entrada: limite de liquidez e índice de plasticidade; Solos orgânicos ou turfa são identificados pela coloração negra, cheiro característico, textura fibrosa, quando seco são combustíveis. Cláudio Luiz Dias Lealcleal@iff.edu.br 45 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 46 9 COMPACTAÇÃO DOS SOLOS (PROCTOR NORMAL) 9.1 Definição: É o processo que visa reduzir os vazios dos solos e aumentar sua resistência. O aumento da densidade de um solo depende da energia de compactação e do teor de umidade do solo. O teor de umidade correspondente a densidade máxima é chamada umidade ótima. 9.2 Equipamentos: Quarteador de amostras; almofariz e mão de gral; balança capacidade 10 kg, sensível a 1 g; balança capacidade 2610 kg, sensível a 0,1 g; peneira 19 mm(3/4"); peneira 4,8mm (no 4); cápsula para umidade; proveta de 500 ml; estufa; molde cilíndrico de 1000 cm3 ( 10 cm X 13 cm), com colarinho a base metálica; molde cilíndrico de 2200 cm3 ( 15 cm X 17 cm), com colarinho a base metálica; disco espaçador; soquete pequeno, pesando 2,5 kg e altura de queda 30 cm; soquete grande, pesando 4,5 kg e altura de queda 45 cm; régua metálica e sacador de amostras. 9.3 Amostra: 9.3.1 A amostra representativa recebida do campo deve ser preparada como descrito no método de preparação de amostras para ensaio de caracterização e compactação. 9.3.2 Reduzir a amostra com o quarteador a 3000 g, se o solo for argiloso ou 4000 g se o solo for arenoso ou pedregulhoso. 9.3.3 Passar a amostra na peneira 19 mm(3/4") a pesar o material retido. 9.2.4 Substituir o material que ficou retido na peneira 19 mm(3/4") por igual quantidade de material que passa na peneira 19 mm(3/4") e fica retido na peneira 4,8 mm (no 4). 9.4 Ensaio: 9.4.1 Determinar o peso e o volume do cilindro. 9.4.2 Montar o cilindro com o colarinho em sua base e colocar um papel filtro no fundo, para evitar a adesão da amostra à base. 9.4.3 Adicionar água a amostra, de forma que ao se comprimir o solo com os dedos o torrão não se desmanche. 9.4.4 Encher o cilindro com 3 camadas aproximadamente iguais, aplicando 25 golpes em cada uma, distribuídos em toda superfície. A última camada deve ultrapassar a borda do cilindro. Se o cilindro for o grande, encher com 5 camadas, aplicando 13 em cada camada. 9.4.5 Retirar o colarinho, rasar o excesso de material com a régua metálica e pesar o molde com a amostra. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 47 9.4.6 Extrair a amostra do molde com o sacador de amostras, retirar do centro da amostra cerca de 50g para determinação de umidade. 9.4.7 Desmanchar todo o solo compactado, acrescentar água (1 a 3% do peso do solo). 9.4.8 Repetir as operações anteriores até percebermos o decréscimo de 2 valores de densidade (Figura 9.1). 9.5 Cálculos: 9.5.1 Volume do Cilindro: V = h dπ 4 2 9.5.2 Umidade 100X S A %h A = (C + S + A) - ( C + S ) S = ( C + S ) - C 9.5.3 % água adicionada = 100X amostra da Massa água de Massa Figura 9.1 – Compactação. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 48 9.5.4 Solo úmido = (M + S + A) - M 9.5.5 Densidade Úmida = S + A V 9.5.6 Densidade Convertida = Densidade Úmida X 100 100 + % água adicionada 9.5.7 Densidade Seca = Densidade Úmida X 100 100 + h% 9.5.8 Com os valores encontrados, construir o gráfico densidade seca X umidade a determinar: a) Densidade Máxima Seca: Valor da tangente ao ponto máximo da curva de compactação. b) Umidade Ótima: Teor de umidade correspondente a Densidade Máxima Seca. 9.5.9 Outras energias de compactação são usadas para atender ao crescente volume de tráfego e aumento do peso dos veículos. A tabela abaixo apresenta configurações do ensaio de compactação para cilindro Califórnia com disco espaçador de 5,08 cm (2”) e 6,35 cm (2 ½”). Configurações do ensaio de compactação. Energia Camadas Nº Golpes por Camada disco de 5,08 cm disco de 6,35 cm Proctor Normal 5 13 12 Proctor Intermediário 5 29 26 Proctor Modificado 5 61 55 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 49 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 50 10 ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA 10.1 Definição: O ISC é definido como uma relação, em porcentagem, entre a pressão necessária para um pistão penetrar 2,54 mm e 5,08 mm na amostra de solo e a pressão para penetrar as mesmas distâncias em amostra de pedra britada 10.2 Equipamentos: Quarteador de amostras; almofariz a mão de gral; balança capacidade 10 kg, sensível a 1 g; balança capacidade 2610 g, sensível a 0,1 g; peneira 19 mm (3/4"); peneira 4,8mm (no 4); cápsula para umidade; proveta de 500 ml; estufa; molde cilíndrico de 2200 cm3 ( 15 cm X 17,8 cm), com colarinho a base metálica; disco espaçador; soquete grande, pesando 4,5 kg e altura de queda 45 cm; prato perfurado metálico, com haste central metálica ajustável; sobrecarga de 2270 g; tripé porta-extensômetro metálico; extensômetro com curso mínimo de 10 mm graduado em 0,01 mm; prensa para CBR; régua metálica e sacador de amostras. 10.3 Ensaio: 10.3.1 Executar o ensaio de compactação como descrito em compactação dos solos. 10.3.2 Selecionar para colocar no tanque de imersão os três corpos de prova mais próximos da umidade ótima, excluindo o ponto mais seco e o mais úmido. 10.3.3 Colocar o papel filtro sobre a base perfurada, inverter o molde com o solo compactado e fixá-lo às hastes. 10.3.4 Colocar sobre a amostra compactada, no espaço deixado pelo disco espaçador, o prato perfurado com a haste ajustável e sobre ele a sobrecarga de 2.270 g. 10.3.5 Colocar o molde com os pesos em imersão no tanque com água, permitindo o livre acesso da água pelo fundo da amostra. 10.3.6 Apoiar o tripé com o extensômetro nas bordas do cilindror e fazer imediatamente a leitura inicial para determinação da expansão. Anotar na ficha de ensaio a data e hora da leitura. 10.3.7 Após a imersão por 4 dias fazer a leitura final para expansão. 10.3.8 Retirar a sobrecarga e o prato perfurado do cilindro, e deixar a escorrer o excesso de água por 10 minutos. 10.3.9 Colocar no topo da amostra, dentro do molde cilíndrico, a sobrecarga para simular o peso do pavimento. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 51 10.3.10 Colocar o conjunto na prensa e assentar o pistão de penetração. Ajustar em zero os extensômetros do pistão e do anel dinamométrico. Acionar o cronômetro e aplicar a carga sobre o pistão de penetração de modo que avelocidade de penetração seja de 1,27 mm por minuto (Figura 10.1). 10.4 Cálculos: Pressão = Leitura X Constante (k) da prensa. 100X cm/kgf70 )solo(essãoPr (%)ISC 254,2 100X cm/kgf105 )solo(essãoPr (%)ISC 208,5 100X )mm(provadecorpodoAltura LeituraLeitura (%)Expansão inicialf inal Traçar os gráficos: a) Pressão X penetração, se houver inflexão, fazer as correções; Figura 10.1 – Ensaio de ISC. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 52 b) Umidade X Densidade; c) Umidade X ISC; d) Umidade X Expansão. Determinar o ISC e expansão como valores correspondentes à umidade ótima nos respectivos gráficos. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 53 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 54 Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 55 11 GRAU DE COMPACTAÇÃO (PROCESSO DO FRASCO DE AREIA) 11.1 Definição: Chama-se grau de compactação à relação entre a massa específica aparente seca obtida no campo e a massa específica aparente máxima seca obtida em laboratório, em porcentagem. 11.2 Equipamentos: Frasco de areia com funil, placa base de latão com furo no centro, recipiente para pesagem, fogareiro, aparelho speed, martelo, talhadeira, balança sensível à 1 g, balança sensível à 0,1 g, peneira 4,8 mm (no 4), peneira 1,2 mm (no 16) e peneira 0,6 mm (no 30). 11.3 Areia: 11.3.1 Lavar a areia e secar em estufa; 11.3.2 Peneirar a areia, obtendo a fração que passa na peneira 1,2 mm (no 16) e fica retida na peneira 0,6 mm (no 30); 11.3.3 Determinar a massa específica da areia (média de 5 determinações); 11.3.4 Determinar a massa de areia que fica no funil (média de 5 determinações); 11.4 Ensaio: 11.4.1 Pesar o frasco de areia antes de começar o furo; 11.4.2 Preparar o local do furo e assentar a placa base; 11.4.3 Cavar aproximadamente 15cm, com a talhadeira e martelo, tendo o cuidado de “acertar” a parede do furo; 11.4.4 Colocar o material extraído do furo em um recipiente e pesar; 11.4.5 Passar uma parte do material na peneira 4,8 mm (no 4) e determinar a umidade (processo do fogareiro ou speed); 11.4.6 Assentar o frasco de areia no furo da placa base e abrir o registro do funil até que a areia deixe de escoar (Figura 11.1); 11.4.7 Fechar o registro e pesar o frasco de areia depois; 11.4.8 Recuperar a areia que estiver no furo e fechá-lo com o material que foi extraído. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 56 11.5 Cálculos: 11.5.1 Massa de areia sem correção = Massa do frasco antes – Massa do frasco depois 11.5.2 Massa de areia no furo = Massa de areia sem correção – Correção do funil 11.5.3 Volume do furo = Massa de areia no furo Massa específica da areia 11.5.4 Massa específica aparente úmida = Massa do material extraído do furo Volume do furo 11.5.5 Massa específica aparente seca = Massa específica aparente úmida X 100 100 + h% 11.5.6 GC (%) = Massa específica aparente seca do campo Massa específica aparente máxima seca do laboratório X 100 A figura 11.1 apresenta detalhes da determinação do grau de compactação. Figura 11.1 – Método do Frasco de Areia. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 57 11.6 Correção do funil 11.6.1 Determinar a massa do frasco de areia (P1); 11.6.2 Instalar o conjunto frasco mais funil, com o funil apoiado no rebaixo da bandeja, sobre uma superfície plana; 11.6.3 Abrir o registro, deixando a areia escoar livremente até cessar o seu movimento no interior do frasco e fechar o registro; 11.6.4 Pesar o frasco de areia (P2); 11.6.5 Obter a massa da areia deslocada (P3), que preencheu o funil e o orifício no rebaixo da bandeja, através da seguinte expressão: P3 = P1 – P2; 11.6.6 Repetir o procedimento descrito de 11.1. a 11.5, pelo menos três vezes. O resultado é a média dessas três determinações. Na figura 11.2 são vistos detalhes desse procedimento. 11.7 Determinação da Massa Específica Aparente da Areia 11.7.1 Determinar a massa do frasco de areia (P4); 11.7.2 Instalar o conjunto frasco mais funil, com o funil apoiado no rebaixo da bandeja, sobre a borda do cilindro metálico de volume conhecido ( V ); 11.7.3 Abrir o registro, deixando a areia escoar livremente até cessar o movimento no interior do frasco, fechar o registro; 11.7.4 Pesar o frasco de areia (P5); 11.7.5 Determinar a massa de areia do cilindro (P6), através da seguinte expressão: P6 = P4 – P5 – P3 ; 11.7.6 Calcular a massa específica aparente da areia, através da expressão: V P6 ; Figura 11.2 – Correção do funil. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 58 11.7.7 Repetir o procedimento descrito de 11.1. a 11.6, pelo menos três vezes. O resultado é a média dessas três determinações. Esse procedimento pode ser visto na figura 11.3. Figura 11.3 – Massa específica aparente da areia. Cláudio Luiz Dias Leal cleal@iff.edu.br 59 12 COMPACTAÇÃO MÉTODO HILF 12.1 Definição – O método de Hilf é uma forma rápida do resultado de compactação em laboratório para controle de camadas de terraplenagem, geralmente aplicado a construção de barragens. Fornece a eficiência da operação de compactação utilizada no campo, o grau de compactação e o desvio de umidade que o material apresenta em relação à umidade ótima. 12.2 Equipamentos: Quarteador de amostras; almofariz a mão de gral; balança capacidade 10 kg, sensível a 1 g; balança capacidade 2610 kg, sensível a 0,1 g; peneira 19 mm(3/4"); peneira 4,8mm (no 4); cápsula para umidade; proveta de 500 ml; estufa; molde cilíndrico de 1000 cm3 ( 10 cm X 13 cm), com colarinho a base metálica; molde cilíndrico de 2200 cm3 ( 15 cm X 17 cm),
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