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ESTUDO DIRIGIDO PSICOLOGIA SOCIAL DA SAÚDE

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ESTUDO DIRIGIDO – PSICOLOGIA SOCIAL DA SAÚDE
1- As Representações Sociais são constituídas por elementos informativos, cognitivos, ideológicos, normativos e por crenças, valores, atitudes, opiniões e imagens que se organizam ou estruturam para evidenciar a realidade, geralmente relacionadas à ação e reflexão, elas se originam no senso comum, e vão sofrendo modificações a partir de novos significados que são acrescentados a nossa realidade. Estas representações têm como finalidade dar sentido ao desconhecido, tornando o não familiar em algo familiar. Para isso faz-se uso de dois processos, o de ancoragem, que tem a função de inserir um fenômeno não familiar, em uma rede de imagens familiares, assim tornando o fenômeno compreensível, e o segundo processo que seria o de objetivação, que transforma o abstrato em concreto, assim dando a possibilidade de ser tocado. Por ser através dessas representações que elaboramos e adquirimos o sentido do mundo, a usamos para comunicarmos esse sentido uns com os outros. E os conteúdos dessas representações sofrem influência dos processos emergentes da sociedade, e isso traz influencia na realidade e na forma que os indivíduos se relacionam.
2- As Representações Sociais é uma teoria que foi criada em 1961, por Serge Moscovici. Atualmente diversos autores realizam releituras, atualizações, e extensões dessa teoria, diversificando a mesma. Entre esses autores podemos citar Denise Jodelet, que contribuiu na teoria das representações sociais.
3. A- A inserção do psicólogo em instituições de saúde surgiu com a proposta de trazer mais humanização aos atendimentos. Tal inserção tinha a finalidade de construir modelos alternativos ao hospital psiquiátrico, com intensão de reduzir os custos e, proporcionar melhor atendimento por meio da formação de grupos
multiprofissionais. Esta inserção até os dias atuais ainda é de difícil acesso e bastante problemática pois, apresenta muitas dificuldades como, a falta de recursos, a ausência de modelos de atuação, e, principalmente a formação acadêmica que ainda hoje é voltada para o modelo clinico.
B- A inserção do psicólogo na comunidade ainda se dá de forma difícil, por ter uma formação voltada para área clinica que, ainda é muito elitizada, se inserir em uma realidade totalmente diferente traz impactos tanto profissionais, como pessoais, para os mesmos. Os profissionais que se proporem a trabalhar nessa área precisam estar dispostos a abrir mão de certa forma do conhecimento adquirido, e desenvolver novos conhecimentos e técnicas que embasem sua atuação ajustadas nas necessidades da comunidade. Buscando trabalhar junto a essas pessoas, a conscientização de seus direitos, e a autonomia para buscarem políticas públicas que favorecem o desenvolvimento da comunidade, entre outras propostas, todas pautadas nas necessidades da mesma.
4- São muitas as abordagens vigentes na psicologia social brasileira, entra elas podem citar; a Psicologia Social fundada pelo argentino Enrique Pichon-Rivière, cujos trabalhos são mais conhecidos pela contribuição dos grupos operativos; a Psicologia Social em sua interface com a Psicossociologia, pelas contribuições do movimento institucionalista; a Psicologia Sócio-Histórica de Silvia Lane, que se fundamenta no método do materialismo dialético, visando o compromisso social; a Psicologia Social Critica que fundamenta grande parte da atuação em psicologia social no Brasil, e por abordar questões bem atuais tem grande destaque pois, ajuda a psicologia social intervir de forma a entender as questões de acordo com a realidade brasileira; para fechar temos também a Psicologia Social Comunitária que tem campo temático um forte apelo interdisciplinar e participação social e política.
5- Contextualizar sócio-historicamente as questões de saúde de um determinado grupo social é, a primeira ação que se deve tomar quando se pensa na intervenção junto a um indivíduo ou grupo. Pois, quando se busca pela compreensão do sentido pessoal que o grupo disponha sobre a experiência do adoecimento, do tratamento, e da cura, intervi junto a esse grupo se torna mais viável. Tal postura que visa da voz a construção social do conhecimento sobre a
saúde e doença, podem contribuir com uma melhor compreensão do processo para aquele grupo assim, facilitando o trabalho a ser realizado por ambas as partes.
6- O modelo biomédico muito usado tem como foco os fatores puramente biológicos, assim sendo, exclui as influencias psicológicas, ambientais e sociais. Na vertente intra-individual da psicologia da saúde, podemos observar a forte influência desse modelo, pois, a mesma privilegiava a esfera intra-individual para explicar o processo de saúde/doença. Quando a psicologia da saúde tem suas práticas pautadas na vertente construtivista é notória a mudança de postura, nessa linha de pensamento as representações do processo de saúde/doença podem ser explicadas através das construções sociais que, determinados grupos fazem desse processo.
Enquanto o modelo biomédico privilegia a perspectiva do médico e busca através dessa a explicação para a doença, o modelo construtivista surge privilegiando a perspectiva do paciente, e compreendendo a doença não apenas como uma experiência individual, mas também como um fenômeno coletivo que pode sofrer influencias ideológicas da sociedade.
7- A Psicologia Social Psicológica, segundo o autor G. Allport(1954), traz a definição quer tal teoria busca, “explicar os sentimentos, pensamentos e comportamentos do indivíduo na presença real ou imaginada de outras pessoas”. Essa teoria teve forte desenvolvimento na América do Norte, com maior destaque nos Estados Unidos, e continua tecendo forte influência lá, até os dias atuais
Já na Europa onde se tinha uma maior preocupação com os processos grupais e sociais, temos a Psicologia Social Sociológica, que é definida pelos autores Stephan e Stephan(1985), com seu foco na “experiência social que o indivíduo adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais com os quais convive”.
A terceira vertente de vigência bem atual, temos a Psicologia Psicológica Critica, essa concepção traz influencias de diversas outras teorias atuais como, o pós-modernismo, o feminismo. Essa teoria visa através de uma postura
crítica, questionar as instituições, organizações e práticas da sociedade atual, e esta teve forte ascensão na América Latina.
A diferença entre ambas pode ser notada entre questões como, a primeira vertente os psicólogos enfatizam seus trabalhos nos processos intraindividuais, que são responsáveis pelo modo que os indivíduos agem aos estímulos sociais. Já os da segunda vertente dão maior ênfase aos fenômenos que emergem dos diferentes grupos e sociedades. E a última vertente tem como principal objetivo promover a mudança social, assim garantindo o bem-estar do ser humano.
8 – Sabendo-se de todo o percurso sofrido pela saúde em nosso país, e toda a dificuldade para se chegar ao que temos hoje, discutir humanização na saúde passa a ser uma pratica de extrema importância. Em seu início com a pratica pautada no modelo biomédico e com foco apenas na doença, introduzir um conceito de humanização que, pode ser entendido como, um vínculo entre profissionais e usuários, alicerçados em práticas guiadas pela compreensão e pela valorização dos sujeitos, refletindo uma atitude ética e reconhecendo os direitos dos usuários, se faz necessário para uma pratica mais humana e digna. Tal política objetiva contribuir para uma melhor qualidade na atenção da saúde, construindo uma autonomia e protagonismo nos sujeitos, corresponsabilidade desses sujeitos nos processos de gestão e atenção, fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional entre tantas outras questões. Como desafios a esses processos de humanização podemos citar a educação pautada no modelo biomédico dos profissionais, a dificuldade de se trabalhar em equipes multiprofissionais, a falta de políticas públicas eficazes para com a saúde, e a falta de sensibilidade de se olhar o sujeito como um todo.

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