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1 TÉCNICAS DE CONDICIONAMENTO CLÁSSICO 1. Técnicas de Relaxamento – Respiração Diafragmática Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo- membranoso que separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma. Imagem: SÉRIE ATLAS VISUAIS. O corpo Humano. Ed. Ática, 1997. O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é a parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central (SNC - encéfalo e medula espinhal). É dividido em Sistema Nervoso Somático e Sistema Nervoso Autônomo. Sistema Nervoso Somático: sua principal função é inervar a musculatura esquelética, responsável pelas ações voluntárias, como a movimentação de um braço ou perna. Sistema Nervoso Autônomo: está relacionado ao controle da vida vegetativa – controla a respiração, circulação do sangue, temperatura e digestão. Controla automaticamente o corpo frente às modificações do ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala com um ar-condicionado que lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo começa a agir, tentando impedir uma queda de temperatura corporal. Dessa maneira, seus pelos se arrepiam (devido a contração do músculo pilo-eretor) e ele começa a tremer para gerar calor. No Sistema Nervoso Autônomo encontram-se os sistemas nervosos simpático (mobiliza os recursos do organismo em situações emocionais estressantes 2 viabilizando atividades motoras para o ataque, defesa e fuga) e parassimpático (promove o relaxamento e funciona em condições não-estressantes). (GUIMARÃES, 2001, p. 116) Relaxamento trata-se de um processo psicofisiológico que envolve respostas do sistema nervoso somático e do sistema nervoso autônomo, informações verbais de tranqüilidade e bem estar, como estado de adesão motora. Pode ser compreendido como um processo de aprendizagem das respostas biológicas de relaxamento, incluindo o reconhecimento e o posterior relaxamento da tensão muscular e o controle da respiração nas situações estressantes do cotidiano. (GUIMARÃES, 2001, p. 115) Conforme Guimarães (2001) citado por Feilstrecker, Hatzenberger e Caminha (2003, p.53), os exercícios de respiração são muito utilizados como etapa preliminar ao treino em relaxamento, ou até como prática única. O paciente é treinado em padrões de baixas taxas de respiração, inspiração-expiração profundas e amplas e respirações essencialmente diafragmáticas. A técnica de respiração é bastante utilizada nos casos de transtornos de ansiedade e pânico. “O treino de respiração distrai o paciente, dando-lhe senso de controle sobre o próprio organismo”. (GUIMARÃES (2001, p 117). Alguns autores consideram importante explicar ao paciente a finalidade da técnica e sua relação com a queixa e os objetivos da terapia. Explicar o procedimento da técnica e a importância de seu uso fora do consultório. As diferenças individuais do paciente devem ser consideradas. TÉCNICA: Sentado confortavelmente, com as mãos apoiadas nas coxas e pernas ligeiramente afastadas, e as palmas das mãos voltadas para baixo, ombros relaxados, feche os olhos e respire tranqüila e profundamente. Procure efetuar os movimentos respiratórios de tal forma que haja pouco movimento torácico (movimento do peito) e mais movimentos abdominais (movimento de barriga). Ao inspirar, expanda o abdômen (encher a barriga) e ao soltar o ar, sinta sua barriga como que esvaziando. Procure manter sua atenção focalizada nos movimentos respiratórios. Na inspiração, conte mentalmente 5 segundos (tempo subjetivo), retenha o ar por 2 segundos e expire durante 5 segundos. Reinicie os movimentos após reter os pulmões vazios por 2 segundos. Faça este exercício de respiração por cerca de 5 minutos.
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