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FISIOTERAPIA-NEUROLÓGICA-ADULTA

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 REVISÃO NEUROANATÔMICA ................................................................. 5 
2.1 Sistema Nervoso Central (SNC) ........................................................... 9 
2.2 Sistema Nervoso Periférico (SNP) ..................................................... 10 
2.3 Sistema Nervoso Somático (SNS) e Sistema Nervoso Visceral ......... 11 
2.4 Sistema Nervoso Autônomo ............................................................... 12 
3 NEUROPLASTICIDADE - ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ................... 14 
3.1 Reabilitação ........................................................................................ 15 
4 AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL E ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA 
DOMICILIAR NO PACIENTE ADULTO COM DISFUNÇÃO NO SISTEMA 
NERVOSO... ............................................................................................................. 17 
4.1 Assistência fisioterapêutica domiciliar no paciente adulto com disfunção 
no sistema nervoso ................................................................................................ 30 
4.2 Sessão de fisioterapia home care ...................................................... 33 
5 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE ADULTO 
HEMIPLÉGICO (PARÉTICO) PÓS-AVE ................................................................... 35 
5.1 Treino de marcha ............................................................................... 36 
6 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE ADULTO PÓS 
TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO (TCE) ........................................................ 38 
7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE COM ESCLEROSE 
LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA). ............................................................................. 39 
8 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE LESADO MEDULAR 
ADULTO... ................................................................................................................. 41 
8.1 Protocolo proposto: ............................................................................ 42 
9 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE PACIENTES COM DOENÇAS 
DOS NÚCLEOS DA BASE ........................................................................................ 44 
9.1 Doença de Parkinson ......................................................................... 44 
 
3 
 
9.2 Coréia de Huntington.......................................................................... 45 
10 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE PORTADOR DE 
DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR .......................................................................... 47 
10.1 Esclerose Lateral Amiotrófica- ELA ................................................. 47 
10.2 Paralisia Bulbar ............................................................................... 48 
10.3 Tratamento fisioterapêutico do paciente com alterações no sistema 
nervoso decorrentes da SIDA. ............................................................................... 49 
10.4 Tratamento fisioterapêutico do paciente com neuropatia periférica 
(paralisia facial periférica (PFP) ............................................................................. 52 
10.5 Tratamento fisioterapêutico para paciente com neuropatia 
diabética......... ....................................................................................................... 54 
10.6 Tratamento fisioterapêutico do paciente com neuropatia alcóolica . 56 
11 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NOS PACIENTES COM 
DISFUNÇÕES NO SISTEMA VESTÍBULO-CEREBELAR ........................................ 57 
11.1 Reabilitação Vestibular ................................................................... 58 
12 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DOS PACIENTES COM 
QUADROS DEMENCIAIS E NA DEMÊNCIA DE ALZHEIMER ................................ 61 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 REVISÃO NEUROANATÔMICA 
 
Fonte: todoestudo.com.br 
A neuroanatomia nasceu das disciplinas das ciências interdisciplinares 
biológicas e humanas indo além do diagnóstico e dando espaço a intervenções 
terapêuticas que são comuns no campo da psicologia. Sua importância para esta área 
e profissão perpassam seus domínios enquanto ciência e vai além, indo a caráter 
transdisciplinar, mostrando que sem o conhecimento da neuroanatomia os discentes 
não conseguiriam compreender as demais disciplinas relacionadas (TONI; et al, 2005, 
apud DE LIMA, 2018). 
GOMES (2013), relata em seus estudos que o Sistema Nervoso Central (SNC) 
apresenta a maior diversidade celular dos sistemas orgânicos do corpo humano, além 
de estar associado a atividades extremamente complexas que envolvem a relação do 
indivíduo com o meio ambiente, a vida afetiva e a atividade intelectual. Para efeito de 
comparação, enquanto órgãos tão vitais como coração e fígado possuem três a cinco 
tipos celulares diferentes, o encéfalo possui mais de uma centena. Aliado à sua 
complexidade morfológica e funcional, o SNC é sede de diversas doenças 
incapacitantes, como as doenças neurodegenerativas de Alzheimer e Parkinson; 
tumores e desordens neurológicas como esquizofrenia, autismo, dentre outras. Essas 
enfermidades, além de afetarem diretamente a qualidade de vida desses indivíduos, 
implicam altos custos financeiros para a saúde pública e perdas econômicas para o 
país. Entender o funcionamento do sistema nervoso é fundamental para a elaboração 
 
6 
 
de estratégias e de políticas públicas e eficazes de medicina regenerativa, terapêutica 
e preventiva. 
O núcleo basal de Meynert é constituído por agregados neuronais 
colinérgicos que se dispõem desde a região septal-banda diagonal da porção 
frontobasal mais rostral até a porção mais caudal do globo pálido. 
(MACLEAN, 1997, apud RIBAS, 2007). 
O Sistema Nervoso controla todas as atividades físicas, conscientes e 
inconscientes, sendo formado por bilhões de células nervosas (neurônio) que captam 
informações vindas do interior e do exterior do corpo. O sistema nervoso (SN), com 
base em critérios anatômicos, se divide em: Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema 
Nervoso Periférico (SNP). (FILHO, 2015). 
A Mobilização do Sistema Nervoso pode ser utilizada como método 
diagnóstico, utilizando-se de manobras irritativas no tecido nervoso e método 
terapêutico, com a finalidade de reduzir a tensão neural adversa (TNA) e 
assim contribuir para uma melhor resolução do quadro sintomático. O objetivo 
desta técnica é melhorar a neurodinâmica e restabelecer o fluxo 
axoplasmático, restabelecendo a homeostasia dos tecidos nervosos. 
(BUTLER, 2003, apud JUNIOR, 2007). 
SistemaNervoso: No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens 
celulares: os neurônios e as células da glia ou da neuroglia (tecido de sustentação 
dos neurônios que tem várias funções: 
Neurônios 
Neuroglias ou glias. (FILHO, 2015). 
 Estrutura básica de um neurônio: Corpo celular, pericário ou soma - 
representa o centro trófico da célula, capaz de receber estímulos. (JUNQUEIRA, 
2008). 
 Axônio: essa projeção da célula, longa e semelhante a um cabo, transporta a 
mensagem eletroquímica (impulso nervoso ou potencial de ação) pela extensão da 
célula; dependendo do tipo do neurônio, os axônios podem ser cobertos por uma fina 
camada de substância lipídica, conhecida como bainha de mielina, como um fio 
elétrico com isolamento. A mielina é feita de gordura e ajuda a acelerar a transmissão 
de um impulso nervoso através de um axônio longo. Os neurônios com mielina 
costumam ser encontrados nos nervos periféricos (neurônios sensoriais e motores), 
ao passo que os neurônios sem mielina são encontrados no cérebro e na medula 
espinhal. (JUNQUEIRA 2008). 
 
7 
 
 Dendritos ou terminações nervosas: essas projeções pequenas e 
semelhantes a galhos realizam as conexões com outras células e permitem que o 
neurônio se comunique com outras células ou perceba o ambiente a seu redor. Os 
dendritos podem se localizar em uma ou nas duas terminações da célula. 
(JUNQUEIRA 2008). 
Nódulo de Ranvier - é o espaçamento isento de bainha de mielina no axônio. 
Tal espaçamento permite a chamada condução saltatória e consequentemente um 
impulso nervoso mais rápido. (JUNQUEIRA 2008). 
De acordo com sua função os neurônios se dividem em: 
 Aferente: recebe as informações da pele ou outros órgãos sensoriais e leva 
para o SNC. 
Eferente: traz informações do SNC para os músculos e glândulas. 
Interneurônios: recebem as informações dos neurônios aferentes e se 
comunicam entre si com os neurônios motores. 
De acordo com sua estrutura, os neurônios são estruturados e podem se dividir 
em: 
Unipolar: apresenta um único processo(axônio). São raros, exceto no embrião. 
Bipolar: apresentam dois processos (um axônio e um dendrito). Encontrado na 
retina e no epitélio olfatório. 
Multipolar: formado por axônio e vários dendritos (a maioria, encontrado no 
SNC). 
Pseudounipolar: Apresenta um único processo que se divide em dois. Uma 
parte vai para a periferia e a outra para o SNC. (JUNQUEIRA 2008). 
Neuroglias ou glias: As neuroglias são células não neuronais que fazem parte 
do sistema nervoso e tem um papel importante para o funcionamento do sistema 
nervoso. Elas são suportes para os neurônios e a sua ausência prejudica na 
transferência de impulsos entre os neurônios. Embora menores em tamanho que os 
neurônios a sua proporção populacional é bem maior. (JUNQUEIRA 2008). 
Substância branca: A substância branca possui grande parte de suas fibras 
mielinizadas, o que dá o aspecto branco ao interior do cérebro e a parte externa da 
medula. (JUNQUEIRA 2008). 
Recém-nascidos prematuros extremos apresentam risco maior de 
hemorragia cerebral, lesões da substância branca e desenvolvimento 
cerebral insuficiente. Os danos ao sistema nervoso central (SNC) aumentam 
 
8 
 
a probabilidade de deficiências neurológicas e de desenvolvimento nesse 
grupo de pacientes. (WOOD, 2000, apud FURTADO, 2010). 
Substância cinzenta: A substância cinzenta não possui mielina, se localizando 
na parte mais externa do córtex e interior da medula. (JUNQUEIRA 2008). 
Fibras nervosas: As fibras nervosas podem ser mielínicas ou amielínicas. A 
presença da mielina nas fibras nervosas influência bastante na condução dos 
impulsos nervosos. Fibras com mielina permitem a condução saltatória graças 
aos nódulos de Ranvier e como consequência uma velocidade maior na passagem da 
condução. (JUNQUEIRA 2008). 
Nervos: No Sistema Nervoso Periférico, as fibras nervosas agrupam-se em 
feixes, dando origem aos nervos. Devido à cor da mielina, os nervos são 
esbranquiçados, exceto os raros nervos finos formados por fibras amielínicas. Os 
nervos fazem a união do SNC com os órgãos periféricos. Se a união se faz no 
encéfalo, os nervos são chamados de cranianos, se ocorre na medula são chamados 
de espinhais. (JUNQUEIRA 2008). 
 Nervos Sensitivos: formados por fibras aferentes. Levam as informações dos 
órgãos e tecidos para o SNC. 
Nervos Motores ou Eferentes: Formados por fibras motoras. Trazem a 
resposta do SNC. 
Nervos Mistos: Formados por fibras motoras e fibras aferentes. 
Os doze pares de Nervos Cranianos: 
1º Nervo olfatório- I Sensorial 
2º Nervo óptico- II Sensorial 
3º Nervo oculomotor- III Motor 
4º Nervo troclear- IV Motor 
5º Nervo trigêmeo- V Misto 
6º Nervo abducente- VI Motor 
7º Nervo facial- XII Misto 
8º Nervo Vestíbulococlear -VIII Sensorial 
9º Nervo Glossofaríngeo- IX Sensorial 
0º Nervo vago- X Misto 
11º Nervo (espinhal) acessório-XI Motor 
12º Nervo hipoglosso- XII Motor 
 
Gânglios: São dilatações constituídas principalmente de corpos de neurônios. 
 
9 
 
Terminações Nervosas: Na extremidade das fibras que constituem os nervos 
situam-se as terminações nervosas, que do ponto de vista funcional são de dois tipos: 
sensitivas (ou aferentes) e motoras (eferentes). (JUNQUEIRA 2008). 
 Conexões neuronais são continuamente feitas e desfeitas, de acordo com os 
inputs aferentes assimilados pelo sistema nervoso central (SNC). Por isso, 
mudanças plásticas na função e organização cerebral podem ocorrer devido 
a alterações no comportamento que produzam significativo input aferente ao 
SNC. (CRUZ et al. 2012, apud DA SILVA, 2014). 
2.1 Sistema Nervoso Central (SNC) 
A definição diagnóstica dos tumores do SNC, varia de acordo com o local 
estudado, de forma que em alguns estudos os dados são baseados em 
laudos histopatológicos, enquanto outros abrangem tumores diagnosticados 
também através de exames de imagem (POUCHIEU et al., 2016, apud 
SANTOS, 2019). 
O SNC é formado pelo encéfalo e medula espinhal (estruturas localizadas no 
esqueleto axial, dentro do crânio e do canal medular). Esta porção é especializada na 
recepção e interpretação de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. 
(FILHO, 2015). 
Encéfalo: O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. 
(ANGELOTTO, 2012). 
Cérebro: O cérebro é a porção mais maciça e o principal órgão do Sistema 
Nervoso. É responsável por comandar ações motoras, estímulos sensoriais e 
atividades neurológicas como a memória, a aprendizagem, o pensamento e a fala. 
Formado por duas metades, os hemisférios direito e esquerdo, são separados por 
uma fissura longitudinal. Os dois hemisférios compreendem o telencéfalo, que 
trabalham em conjunto, porém, existem algumas funções específicas para cada um 
dos hemisférios. (ANGELOTTO, 2012) 
Cerebelo: O cerebelo ou metencéfalo representa 10% do volume do encéfalo. 
Ele está relacionado com a manutenção do equilíbrio corporal, controle do tônus 
muscular e aprendizagem motora. Assim, como ocorre no cérebro, o cerebelo possui 
dois hemisférios separados por uma faixa estreita, o vérmis. (ANGELOTTO, 2012). 
Tronco Encefálico: O tronco encefálico é constituído pelo mesencéfalo, ponte e 
bulbo. O mesencéfalo é a menor parte do tronco encefálico, localiza-se entre a ponte 
https://www.todamateria.com.br/encefalo/
https://www.todamateria.com.br/cerebro/
https://www.todamateria.com.br/cerebelo/
 
10 
 
e o cérebro. A ponte localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo. No bulbo, a parte 
inferior liga-se a medula espinhal e a superior com a ponte. (ANGELOTTO, 2012) 
Medula Espinhal: A medula espinhal é a parte mais alongada do sistema 
nervoso central. É caracterizada por um cordão cilíndrico, composto de células 
nervosas, localizado no canal interno das vértebras da coluna vertebral. Possui como 
função o estabelecimento da comunicação entre o corpo e o sistema nervoso. 
Também coordena os reflexos, nas ocasiões em que o corpo necessitade uma 
resposta rápida. Nela se originam os 31 pares de nervos espinhais. Eles conectam a 
medula espinhal as células sensoriais e diversos músculos pelo corpo. (ANGELOTTO, 
2012). 
Meninges: Membranas conjuntivas que envolvem e protegem o SN Central 
encéfalo e medula espinhal dentro das caixas ósseas (crânio e canal vertebral); 
Dura-máter: (mais externa e forma um saco fechado); 
Espinhal: (1 folheto). Encefálica: (2 folhetos); 
Aracnoide: (média) em forma de teia de aranha; 
Pia-máter: (mais interna e delicada responsável pela forma do SNC), a pia-
máter se adere ao tecido nervoso acompanhando seus giros e sucos; 
Espaços: as meninges formam espaços entre elas. Epidural: (entre dura-máter 
e o osso – contém veias e gordura); 
Sub-dural :(entre a dura-máter e aracnoide - virtual); 
Subaracnóideo: contém o líquido cefalorraquidiano (líquor), sendo o mais 
importante, pois são neste espaço que são realizadas punções para exame do líquor 
e injeção de anestésicos (anestesia peridural ou raque). (FILHO, 2015). 
2.2 Sistema Nervoso Periférico (SNP) 
O sistema nervoso periférico (SNP) contém 31 pares de nervos espinhais e 12 
pares de nervos cranianos, numerados de I a XII. No entanto, os nervos cranianos I e 
II, que têm função visual e olfatória, fazem parte do SNC. (MCARDLE et al., 2007). 
O SNP é composto pelo sistema nervoso somático (SNS) e pelo sistema 
nervoso autônomo (SNA) ou neurovegetativo. O SNS é formado por fibras nervosas 
somáticas (também chamadas de neurônios motores) que inervam o sistema 
musculoesquelético para produzir os movimentos voluntários. Possui receptores 
https://www.todamateria.com.br/medula-espinhal/
https://www.todamateria.com.br/coluna-vertebral/
 
11 
 
sensitivos responsáveis pela propriocepção12, pela visão, pela audição, pela 
gustação, pelo olfato, pelo equilíbrio, pela dor, pela temperatura e pelo toque 
(TORTORA, et al., 2006). Os nervos são divididos em: 
Nervos Espinhais: compostos por 31 pares, que fazem conexão com a medula 
espinhal. Estes nervos são responsáveis por inervar o tronco, os membros e algumas 
regiões específicas da cabeça. 
Nervos Cranianos: compostos por 12 pares, são os que fazem conexão com o 
encéfalo. São estes nervos que inervam as estruturas da cabeça e do pescoço. 
Os nervos apresentam os seguintes tipos: 
Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam sinais da periferia do corpo para o SNC. 
Este tipo de nervo é capaz de captar estímulos como o calor e a luz, por exemplo. 
Nervos Eferentes (Motores): enviam sinais do sistema nervoso central para os 
músculos ou glândulas; 
Nervos Mistos: formados por fibras sensoriais e fibras motoras, por exemplo, 
os nervos raquidianos; 
Gânglios: Os gânglios nervosos são aglomerados de neurônios situados fora 
do sistema nervoso central, espalhados pelo corpo. É comum eles formarem uma 
estrutura esférica. (FILHO, 2015). 
Uma das grandes preocupações com pacientes vitimados por Paralisia Facial 
Periférica (PFP) transcorre sobre a eficácia dos programas de reabilitação. 
Muitos médicos permanecem cautelosos na orientação de como proceder 
após a medicalização, pois a lesão periférica do VII nervo craniano pode gerar 
graves repercussões na mímica facial e, consequentemente, na qualidade de 
vida dos pacientes. (DÍAZ-ARISTIZABAL, 2017, apud ORSINI, 2017). 
2.3 Sistema Nervoso Somático (SNS) e Sistema Nervoso Visceral 
O SNS é aquele que relaciona o organismo com o meio ambiente. Apresenta 
um componente aferente que conduz aos centros nervosos impulsos originados em 
receptores periféricos informando-os o que se passa no meio ambiente, e um 
componente eferente que leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos 
centros nervosos, resultando em movimentos voluntários. O SNS age através dos 
músculos esqueléticos, regulando ações voluntárias e reflexas. Através de seus 
receptores, este sistema captura as mudanças que ocorrem. As fibras motoras 
localizadas no SNS apresentam algumas características que as diferenciam das 
 
12 
 
autônomas: Não apresentam gânglios em seu trajeto; os corpos neurais estão 
localizados dentro do SNC, possuem velocidade de condução maior. (FILHO, 2015). 
As informações sensoriais como tato, pressão, temperatura e dor são 
captadas por receptores denominados somatossensoriais, que estão 
localizados na pele. Estes receptores relacionam-se a neurônios cujos corpos 
situam- se nos gânglios dorsais. Essas fibras aferentes primárias possuem 
diferentes diâmetros, e transmitem diferentes sensações através da medula 
espinhal, ao córtex: somatossensorial: fibras finas transmitem dor e 
temperatura e fibras grossas, tato. (GUYTON, 2011, apud ZAVARIZE, 2014). 
O SNV é aquele que se relaciona com a inervação e controle das estruturas 
viscerais, importante na integração das diversas vísceras no sentido da manutenção 
da constância do meio interno. Assim como no somático, tem um componente 
aferente que conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras 
(visceroceptores) as áreas específicas do SN. O componente eferente leva os 
impulsos originados em certos centros nervosos até as vísceras, terminando em 
glândulas, músculo liso e cardíaco. O componente eferente do SNV é denominado 
Sistema Nervoso Autônomo e pode ser subdividido em simpático e parassimpático, 
de acordo com vários critérios que veremos mais adiante. (FILHO, 2015). 
2.4 Sistema Nervoso Autônomo 
 
Fonte: planetabiologia.com 
 
13 
 
O sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático, tem como função 
regular grande parte das funções viscerais do corpo, como resposta a 
alterações externas, através da sua associação aos músculos lisos, ao 
7músculo cardíaco e às glândulas. (GUYTON, 2002, apud FRANCO, 2013). 
O SNA, subdividido em entérico (SNAe), simpático (SNAs) e parassimpático 
(SNAp), inerva todo o corpo humano. Sua influência adaptativa age sobre os sistemas 
fisiológicos em função da demanda energética e de atividade de acordo com a 
situação em que o indivíduo está. As alterações fisiológicas mais percebidas pelo 
próprio indivíduo em situações de perigo e desequilíbrio são as frequências cardíaca, 
respiratória e sudorese. Essa maior percepção pode explicar a grande quantidade de 
trabalhos científicos com elaboração de hipóteses a respeito das variações 
cardiorrespiratórias e de condutância da pele e a influência do SNA. (LOUREIRO, 
2018). 
Sistema Nervoso Simpático: A ação simpática está relacionada à 
mobilização de energia, permitindo ao organismo reagir a situações de estresse; por 
meio da liberação de adrenalina dos seus botões terminais, promove-se o aumento 
da frequência cardíaca, da pressão arterial e da glicose circulante. (GUYTON; HALL, 
2006). 
Sistema Nervoso Parassimpático: a ação parassimpática está relacionada a 
atividades relaxantes, como a vasodilatação e a redução da frequência cardíaca, por 
meio da liberação do seu neurotransmissor, a acetilcolina. (GUYTON; HALL, 2006) 
Sistema Nervoso Entérico: também conhecido como o "segundo cérebro", 
esse sistema é o menos conhecido dos três e se encarrega de gerar respostas 
emocionais a partir da secreção de neurotransmissores como a serotonina, a 
dopamina e os opioides endógenos. Graças a esse sistema entendemos melhor o que 
são neurotransmissores e como eles se relacionam com as emoções. (GABELA, 
1979). 
Os sinais eferentes do sistema nervoso autónomo são transmitidos para os 
vários órgãos através de duas subdivisões importantes: o sistema nervoso 
autónomo simpático (SNAS) e o sistema nervoso autónomo parassimpático 
(SNAP) ZHONG, 2004, apud FRANCO, 2013). 
 
14 
 
3 NEUROPLASTICIDADE - ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
 
Fonte: neuroconecta.com.br 
Segundo OLIVEIRA (2001), plasticidade neural refere-se à capacidade que o 
SNC possui em modificar algumas das suas propriedades morfológicas e funcionais 
em resposta às alterações do ambiente. Na presença de lesões, o SNC utiliza-se 
desta capacidade natentativa de recuperar funções perdidas e/ou, principalmente, 
fortalecer funções similares relacionadas às originais. 
Para PIEK (2004), a plasticidade neural pode ser considerada a habilidade do 
cérebro em recuperar uma função através de proliferação neural, migração e 
interações sinápticas, já a plasticidade funcional o grau de recuperação possível de 
uma função por meio de estratégias de comportamento alteradas. 
A reabilitação do cérebro lesado pode promover reconexão de circuitos 
neuronais lesados. Quando há pequenas perdas de conectividade a tendência é que 
ocorra uma recuperação autônoma, enquanto que, grandes perdas poderão acarretar 
em perda permanente da função. Algumas lesões são potencialmente recuperáveis, 
mas para tanto, necessitam de tratamentos precisos, mantendo níveis adequados de 
estímulos facilitadores e inibidores. As mudanças organizacionais dependem das 
áreas lesadas e íntegras pré-existentes e da localização da lesão e são encontradas 
em ambos os hemisférios cerebrais. (OLIVEIRA, 2001). 
 O SNC possui uma rede neural complexa, com células altamente 
especializadas, que fazem milhares de conexões a todo momento e determinam a 
 
15 
 
sensibilidade e as ações motoras, traduzindo-as em comportamento. Na presença de 
lesões, há um desarranjo nesta rede neural e o SNC inicia seus processos de 
reorganização e regeneração. (OLIVEIRA, 2001). 
Talvez este fenômeno constitua um mecanismo de reparo endógeno pelo qual 
o cérebro tente minimizar as perdas neurais. O conceito de reabilitação no AVE 
atualmente é baseado nas evidências da neuroplasticidade, considerada responsável 
pela recuperação dos movimentos. Os métodos terapêuticos que induzem alterações 
neuroplásticas, levam a uma melhor recuperação motora e funcional do que os 
métodos tradicionais. O avanço de nossa compreensão sobre as mudanças 
neuroplásticas associado ao comprometimento motor pós-AVE e os mecanismos 
inatos de reparação é fundamental para este esforço. (YOU, 2005). 
A neuroplasticidade faz parte de um processo dinâmico, no qual 
o input aferente, quando adequadamente direcionado, proporciona 
vantagens terapêuticas. A Fisioterapia, por sua vez, utiliza-se de estratégias 
que se baseiam na biomecânica e em estímulos sensoriais tornando-se 
imprescindível após o AVE, tendo como objetivo principal a promoção de uma 
reorganização cerebral, além de estimular a plasticidade neuronal, tendo em 
vista que, após uma lesão no SNC, ocorre uma reorganização cortical 
promovida pelo próprio organismo, que necessita de tratamento (YEN et al., 
2008. apud DA SILVA, 2014). 
3.1 Reabilitação 
Embora existam limitações, as células saudáveis vizinhas à lesão podem 
assumir parte da função dos neurônios danificados. Dessa forma, o indivíduo que 
sofreu algum tipo de lesão cerebral tem a possibilidade de ter um aumento de sua 
qualidade de vida devido essa autorreparação do SNC. No entanto, a recuperação de 
uma função através da plasticidade depende de fatores como: idade, local da lesão e 
a função correspondente, e a qualidade do primeiro atendimento prestado ao paciente 
após a ocorrência da lesão. (LENT, 2004). 
Nos casos em que há danos no SNC, um programa de reabilitação pode ser 
conduzido para melhorar ou amenizar o quadro patológico. Diversos profissionais 
podem trabalhar para a reabilitação do paciente através da plasticidade neural: 
psicólogo, fisioterapeuta, médico, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo. Na maior 
parte dos casos, é necessária a intervenção de uma equipe multiprofissional. Após a 
avaliação detalhada, um plano de tratamento deverá ser elaborado, com o 
treinamento de estratégias que estimulem os neurônios saudáveis a suprir as funções 
 
16 
 
correspondentes ao local da lesão. Cada caso é individual e a evolução do paciente 
depende de diversos fatores já citados. No entanto, existe uma série de recursos cada 
vez mais aprimorados para possibilitar ao paciente maior autonomia e qualidade de 
vida. (LENT, 2004). 
A plasticidade neural é maior durante a infância, e declina gradativamente, 
sem se extinguir na vida adulta, e ocorre tanto no hemisfério intacto como no 
lesionado. Há várias formas de plasticidade, regenerativa, axônica, sináptica, 
dendrítica, somática e habituação que é uma de suas formas mais simples. 
(LENT, 2004, apud BORELLA, 2008). 
A prática de atividade motora e a aprendizagem de habilidades podem alterar 
sinapses ou reduzir eventos moleculares na área lesionada ou nas áreas mais 
remotas do córtex, incluindo as não diretamente prejudicadas. De acordo com 
CAURAUGH (2005), o planejamento e execução de movimentos bilaterais podem 
facilitar a plasticidade neural, e isso pode ocorrer por três mecanismos: desinibição do 
córtex que permite maior uso das vias poupadas no hemisfério danificado; aumento 
do recrutamento de vias ipsilaterais para suplementar as vias cruzadas danificadas do 
hemisfério contralateral e aumento da regulação dos comandos descendentes. 
O treino de tarefas ou habilidades funcionais sensibiliza árvores dendríticas que 
estão repletas de canais sinápticos excitáveis operando em diferentes escalas de 
tempo, permitindo uma sofisticada plasticidade neural. (CAURAUGH, 2005). 
O hemisfério contralesional parece se beneficiar também com o enriquecimento 
motor por habilidades específicas ou movimentos voluntários. O prejuízo da função 
motora, geralmente contralateral, em algum tempo, provoca o uso compensatório do 
lado intacto. (CAURAUGH, 2005). 
Após lesão encefálica, tanto a intensidade do tratamento, como o intervalo de 
tempo entre a lesão e o início da reabilitação influenciam a recuperação da função 
nervosa. É necessária precaução para iniciar os tratamentos, pois o uso excessivo 
antecipado (um a sete dias depois da lesão) no membro prejudicado causa 
exacerbação da lesão e piora dos resultados comportamentais. Estudos elaborados 
por KOZLOWSKJ, et al (1996) comprovam essa teoria. Eles observaram que animais 
submetidos a uso forçado precoce do membro apresentaram colocação errônea do 
mesmo, respostas diminuídas à estimulação sensorial e uso defeituoso da pata para 
suporte postural. Ainda mais, o córtex desses animais, apresentou grande aumento 
da lesão e ausência de crescimento dendrítico e de brotamento. 
 
17 
 
4 AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL E ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA 
DOMICILIAR NO PACIENTE ADULTO COM DISFUNÇÃO NO SISTEMA 
NERVOSO. 
 
Fonte: medicalfisiatra.com 
A avaliação neurofuncional tem como objetivo determinar a etiologia provável 
dos problemas neurológicos, de modo que possam ser prestados os cuidados 
apropriados. Nela é necessário levantar o histórico do paciente, identificando os sinais 
e sintomas, o padrão e a progressão da patologia, que fornecem indicações 
importantes quanto a causa da disfunção do sistema nervoso. Após o histórico do 
paciente é feito o exame clínico, onde testes específicos são realizados para avaliar a 
função dos sistemas sensorial, autônomo e motor. Quando indicados, outros testes 
podem ser realizados para avaliar funções específicas do sistema nervoso. 
Sintetizando as informações do histórico e do exame clínico do paciente, o 
fisioterapeuta chega a um diagnóstico. (MARQUES, 2005). 
A avaliação do fisioterapeuta compreende os métodos e técnicas de prévio 
diagnóstico e avaliação do paciente tendo por finalidade detectar o real 
estado do paciente, para só então prescrever os métodos e técnicas que 
possa desenvolver, traçando objetivos a serem alcançados mediante as 
condições clinicas do paciente. (UMPHRED, 2004, apud GAVIM, 2013). 
A padronização dos termos em uma ficha de avaliação neurológica garante um 
melhor diagnóstico e tratamento do paciente além de facilitar o acompanhamento por 
meio de estudos epidemiológico das patologias. Entretanto, não existe uma ficha 
 
18 
 
padronizada para avaliação fisioterapêutica neurológica. O cuidado do fisioterapeuta 
pode trazer uma contribuiçãosignificativa para esse paciente. Porém, a forma como 
esses profissionais vão conduzir seu atendimento e tomar decisões importantes 
depende de uma série de fatores, dentre eles, o acesso à informação necessária e 
adequada. 
 
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA NO ADULTO 
Nome: 
Data de Nascimento: ____/____/____ Idade: _____________ 
Diagnóstico clínico Data da Aplicação: 
SINAIS VITAIS: 
PA: FR: FC: Sat. O2: 
Anamnese queixa principal: 
História da moléstia pregressa: Pessoal 
 Familiar 
História da moléstia atual: 
Principais sinais e sintomas: 
Inspeção:( ) Coluna vertebral ( )deformidades, ( )desvios, ( )gibosidades, ( ) 
contraturas paravertebrais. 
( ) Temperatura 
( ) Estado de nutrição 
( ) Respiração 
( ) Face ( expressão emocional, fácies típicas) 
( ) Trofismo (volume, atrofia, hipotrofia, hipertrofia, pseudo-hipertrofia 
PADRÕES POSTURAIS: (Neste item, descrever a postura que o indivíduo adota nas 
diferentes posições e como permanecem os membros superiores e inferiores, o 
tronco, o pescoço e a cabeça. Ex: inclinação lateral de cabeça presente para o lado 
direito, marcar com “X” as alternativas “sim” e “D”). 
PALPAÇÃO: (O avaliador deve palpar os músculos apresentados na tabela abaixo 
observando a tensão muscular.) 
(1) Flacidez - Diminuída; (2) Normal; (3) Rigidez - Aumentada. 
 
 
 
19 
 
Avaliar um paciente impossibilitado em suas funções requer um roteiro de 
análise que permita ao fisioterapeuta um aprofundamento de conhecimentos 
a respeito de seu paciente, fornecendo-lhe dados para uma boa avaliação. 
(UMPHRED,2004, apud GAVIM, 2013). 
Posição adotada na avaliação: Sentada ( ) Em pé ( ) Deitada: prono ( ) / supino ( ) 
Músculos Direito Esquerdo 
Deltoide 
Bíceps 
Tríceps 
Peitoral 
Abdominais 
Oblíquos 
Quadríceps 
Tríceps Sural 
Isquiotibiais 
Gastrocnêmio 
 
Observações: _______________________________________________________ 
Tônus muscular (O avaliador deve testar o tônus muscular nos diferentes grupos 
apresentados e classificá-lo de acordo com o quadro abaixo): 
Escala de Ashworth Modificada: 
(0) Nenhum aumento no tônus muscular; 
(1) Leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão momentânea ou 
por resistência mínima, no final ADM, quando a região é movida em flexão ou 
extensão; 
(1+) Leve aumento do tônus muscular, manifestado por tensão abrupta, seguida de 
resistência mínima em menos da metade da ADM restante; 
(2) Aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior parte da ADM, mas a 
região é movida facilmente; 
(3) considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo é difícil; (4) parte 
afetada rígida em padrão postural. 
 
Escala de Ashworth Modificada 
DIREITA ESQUERDA 
 
20 
 
Grupos Musculares 
Flexores de Ombro 
Extensores de Ombro 
Flexores de Cotovelo 
Extensores de 
 Cotovelo 
 
Flexores de Punho 
Extensores de Punho 
Flexores de Quadril 
Adutores de Quadril 
Flexores de Joelho 
Dorsiflexores de 
 Tornozelo 
 
Plantiflexores de 
 Tornozelo 
 
 
Mobilidade: 
Força muscular: 
(0) Ausência de contração; 
(1) Há uma leve contração, porém, incapaz de produzir movimento; 
(2) Há movimento somente na ausência da gravidade; 
(3) Consegue realizar movimento vencendo a gravidade; 
(4) Consegue realizar movimento vencendo a gravidade e também uma resistência 
externa; 
(5) Consegue realizar movimento superando uma resistência maior que o músculo 
bom. 
 
Articulações 
 
Grupos Musculares 
 
 
Grau de Força 
D E 
 
21 
 
 
 
Ombro 
Flexão 
Extensão 
Abdução 
Adução 
Rotação Interna 
Rotação Externa 
 
Cotovelo Flexão 
Extensão 
Pronação Supinação 
 
Punho Flexão 
Extensão 
Desvio Ulnar 
Desvio Radial 
 
Tronco Flexão 
Extensão 
Rotação 
 
Quadril Flexão 
Extensão 
Adução 
Abdução 
Rotação Interna Rotação 
Externa 
 
Joelho Flexão 
Extensão 
 
Tornozelo Dorsiflexão Plantiflexão 
 
Reflexos: (Para testar os reflexos deve-se utilizar o martelo de percussão para 
determinar sua amplitude.) 
Legenda: 
(A) - Aumentado: hiperreflexia 
(D) - Diminuído: hiperreflexia 
(SR) -Sem reflexo, ausente: arreflexia 
(N) - Normal- normorreflexia 
A avaliação fisioterapêutica busca limitar as complicações secundárias, 
enquanto se maximiza toda e qualquer habilidade remanescente, uma 
avaliação minuciosa busca diminuir as consequências da lesão como 
melhora da ADM, tônus, espasticidade. (PARTRIDGE, 2006, apud GAVIM, 
2013). 
 
22 
 
Reflexos Profundos: 
Reflexos Classificação 
 D E 
Estilorradial 
Bicipital 
Tricipital 
Patelar 
Aquileu 
 
Reflexos Superficiais: 
Reflexos Classificação 
 D E 
Babinski 
Cutâneo Abdominal 
 
Outros reflexos e sinais: 
Reflexos Classificação 
 D E 
Sinais de automatismo 
medular 
 
Impulso extensor 
Tríplice flexão 
Sincinesias 
Clônus (Descrever o local de sua ocorrência e como ele tem início.) 
Local que ocorre 
D E 
Sensibilidade: 
Diminuída - hipoestesia (D) 
Sem reflexo, ausente - anestesia (A) 
Aumentada - hiperestesia (A+) 
Não testada (NT) 
EXTEROCEPTIVA – SUPERFICIAL D E 
Tátil MS: Braço MS: Braço 
 
23 
 
Pode ser utilizado um algodão. Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
Térmica 
 Pesquisa-se capacidade do paciente 
diferenciar temperaturas. Utiliza-se tubos de 
ensaio, um contendo água gelada e outro 
água quente. 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
Dolorosa 
Pesquisa-se utilizando uma agulha de tricô 
ou palito de dente. 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
Discriminação tátil 
É pesquisada através de estímulo simultâneo 
de dois pontos vizinhos (5 cm entre um ponto 
e outro). Deverá ser utilizada em áreas 
homólogas do corpo comparando-as nos 
hemicorpos. 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
Na fisioterapia acredita-se que "somente através de uma avaliação completa 
e sistemática é possível se estabelecer um diagnóstico correto". (MAGEE, 
2002, apud WEINTRAUB, 2011). 
PROPRIOCEPTIVA – PROFUNDA D E 
Cinético – postural 
Coloca-se passivamente um determinado segmento 
de membro numa dada posição e orienta-se o 
 
 
24 
 
paciente a reprodução da atitude com o segmento 
homólogo. Paciente de olhos fechados. 
POSTURAS PARA MMSS: 
Abdução de ombro com flexão de cotovelo; 
Flexão de ombro com extensão de punho POSTURAS 
PARA MMII: 
Flexão de joelho com flexão de quadril; 
Dorsiflexão com inversão. 
Barestésica 
 Pressão É pesquisada exercendo-se pressão 
progressiva, com a polpa de um dedo ou um objeto 
rombo, sobre a pele em pontos diferentes do corpo, 
devendo o paciente acusar em que ponto se exerceu 
maior pressão. 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
MS: Braço 
Antebraço 
Mão 
MI: Coxa 
Perna 
Pé 
Tronco: Anterior 
Posterior 
Estereognósica 
 Paciente com olhos fechados, coloca-se em cada uma 
das mãos objetos comuns (devem ser evitados objetos 
que o paciente possa reconhecer através da audição ou 
olfato). 
 
Manobras deficitárias: Positivo (+) Negativo (-) 
MANOBRAS D E 
Manobrasdos braços estendidos 
 Paciente na posição sentada, deve manter seus membros 
superiores na posição de juramento, com os dedos afastados em 
do outro. Teste positivo se dentro de um minuto o membro parético 
apresenta oscilações e tende a abaixar-se lenta e 
progressivamente. 
 
Manobra de Mingazzini 
Paciente em decúbito dorsal flete as pernas em ângulo reto sobre 
as coxas e estas sobre a bacia. Teste positivo se surgir oscilações 
e/ou queda progressiva do segmento. 
 
Manobra de Barré 
Paciente em decúbito ventral, com as pernas fletidas formando um 
ângulo reto com as coxas. Teste positivo se surgir oscilações e/ou 
queda imediata ou progressiva de uma ou de ambas as pernas. 
 
Prova da queda do joelho 
 
25 
 
 Paciente em decúbito dorsal, pernas fletidas sobre as coxas, 
calcanhares apoiados no tablado, pés em flexão sobre as pernas. 
Teste positivo se notar progressiva extensão deste segmento e os 
joelhos tendem a baixar-se até a posição horizontal, em 2 ou 3 
minutos. 
Prova da queda do membro inferior em abdução 
Decúbito dorsal, as pernas são fletidas sobre as coxas, mantendo-
se o apoio plantar bilateral sobre o leito, de tal forma que os 
membros inferiores formem com o tronco um ângulo reto. Teste 
positivo se surgir que do membro de abdução de maneira 
progressiva ou imediata. 
 
Prova da mão escavada 
Paciente em decúbito dorsal, antebraços fletidos em 90 graus 
sobre os braços, mãos dispostas verticalmente, no mesmo plano 
que os antebraços e com a face palmar voltada para dentro. Teste 
positivo se a mão cair bruscamente. 
 
Prova do afastamento dos dedos 
O paciente deverá manter as mãos abertas e separar os dedos uns 
dos outros, tanto quanto possível. Teste positivo se há tendência à 
flexão e a região palmar apresenta-se escavada. 
 
A avaliação dos principais sinais e sintomas da esclerose múltipla torna-se 
importante, pois quando bem realizada permite uma intervenção mais 
precoce possível, para minimizar alterações sensóriomotoras resultantes de 
surtos recidivantes, e que podem ser mensuradas de forma tanto objetiva 
quanto subjetiva. (DESOUZA, 2000, apud RODRIGUES, 2008). 
Coordenação: 
Sinal de Romberg (Paciente em posição ereta, pés unidos e olhos fechados. Teste positivo se houver 
oscilações corpóreas ou queda): 
Prova de índex – nariz (Ordena-se ao paciente que estenda o membro superior, e em seguida, 
procure tocar a ponta do nariz com a ponta do indicador. Inicialmente com olhos abertos e 
posteriormente com olhos fechados. Teste positivo se paciente não conseguir atingir o alvo ou faz 
de modo imperfeito): 
Prova do calcanhar – joelho: (Paciente em decúbito dorsal e com ambos os membros inferiors 
estendidos, deve tocar o seu joelho com a ponta do calcanhar do lado oposto. A prova deve ser 
repetida diversas vezes, com os olhos abertos e fechados.): 
Prova de Stewart – Holmes: (Pede-se ao paciente que deve estar sentado para executar uma flexão 
do antebraço contra resistência oposta pelo examinador que bruscamente a relaxa. Teste positivo 
se o antebraço não frear o movimento): 
Prova da oposição do polegar c/dedos: 
 
26 
 
Prova dos movimentos alternados: (Ordena-se ao paciente que estenda os antebraços e mãos e 
efetue, com a maior velocidade possível, movimentos sucessivos de pronação e supinação. Teste 
positivo se o movimento de um dos lados for lento e mal executado.) 
 
Mudança de decúbito: 
1- Verificar se o paciente passa para uma posição sozinho 
2- Permanece nessa posição sem necessitar de ajuda 
3- Tempo que consegue permanecer em pé ou sentado 
MUDANÇA CLASSIFICAÇÃO 
Sentado para em pé 
Em pé para sentado 
Sentado para deitado 
Decúbito dorsal para ventral 
Decúbito ventral para dorsal 
 
Marcha: 
Tipo de marcha 
Apresenta dificuldades: 
Quais: 
Ficha de avaliação adaptada por: TOLOSA, 1969 e SANVITO, 1996. 
Equilíbrio: Escala de BERG 
Equilíbrio é a capacidade física que permite controlar qualquer posição do 
corpo sobre uma base de apoio, sendo parada ou em movimento, esse 
equilíbrio é alcançado por uma combinação de ações musculares que tem o 
propósito de sustentar uma posição corporal e interage com a força da 
gravidade. (GOBBI, 2005, apud SOZZO, 2017). 
A aplicação da Escala de Equilíbrio de Berg é de extrema importância para demonstrar 
o déficit de equilíbrio de cada indivíduo, principalmente em pacientes que sofreram 
AVC e apresentam um comprometimento motor. Sendo assim, o tratamento 
fisioterapêutico visa atender as necessidades de cada paciente, minimizando o risco 
de quedas. 
Posição sentada para posição em pé. 
Instruções: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos para se apoiar. 
04 () capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente. 
 
27 
 
03 () capaz de levantar-se independentemente e estabilizar-se independentemente. 
02 () capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas. 
0 1() necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se. 
0 () necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se. 
 
Permanecer em pé sem apoio. 
Instruções: Por favor, fique em pé por 2 minutos sem se apoiar 
04 () capaz de permanecer em pé com segurança por 2 minutos. 
03 () capaz de permanecer em pé por 2 minutos com supervisão 
02 () capaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio. 
01 () necessita de várias tentativas para permanecer em pé por 30 segundos sem apoio. 
0 () incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
 
Observação: Se o paciente for capaz de permanecer em pé por 2 minutos sem apoio, dê o número 
total de pontos para o item 3. Continue com o item 4. 
 
Permanecer sentado sem apoio nas costas, mas com os pés apoiados no chão ou num banquinho. 
Instruções: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas, com os braços cruzados, por 2 minutos 
04 () capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por 2 minutos. 
03 () capaz de permanecer sentado por 2 minutos com supervisão. 
02 () capaz de permanecer sentado por 30 segundos. 
01 () capaz de permanecer sentado por 10 segundos. 
0 () incapaz de permanecer sentado sem apoio por 10 segundos. 
 
Posição em pé para posição sentada. 
Instruções: Por favor, sente-se 
04 () senta-se com segurança, com uso mínimo das mãos. 
03 () controla a descida utilizando as mãos. 
02 () utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida. 
01 () senta-se independentemente, mas tem descida sem controle. 
0 () necessita de ajuda para sentar-se. 
 
Transferências. 
Instruções: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frente para a outra, para uma 
transferência em pivô. Peça ao paciente que se transfira de uma cadeira com apoio de braço para 
uma cadeira sem apoio de braço, e vice-versa. Você poderá utilizar duas cadeiras ou uma cama e 
uma cadeira. 
 
28 
 
04 () capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos. 
03 () capaz de transferir-se com segurança com o uso das mãos. 
02 () capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e/ou supervisão. 
01 () necessita de uma pessoa para ajudar. 
0 () necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar a tarefa com segurança. 
 
Permanecer em pé sem apoio com os olhos fechados. 
Instruções: Por favor, fique em pé e feche os olhos por 10 segundos. 
04 () capaz de permanecer em pé por 10 segundos com segurança. 
03 () capaz de permanecer em pé por 10 segundos com supervisão. 
02 () capaz de permanecer em pé por 3 segundos. 
01 () incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos, mas mantém-se em 
pé. 
0 () necessita de ajuda para não cair. 
 
Permanecer em pé sem apoio com os pés juntos. 
Instruções: Junte seus pés e fique em pé sem se apoiar. 
04 () capaz de posicionar os pés juntos, independentemente, e permanecer por 1 minuto com 
segurança. 
03 () capaz de posicionar os pés juntos, independentemente, e permanecer por 1 minutocom 
supervisão. 
02 () capaz de posicionar os pés juntos, independentemente, e permanecer por 30 segundos. 
01 () necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer com os pés juntos 
durante 15 segundos. 
0 () necessita de ajuda para posicionar-se e é incapaz de permanecer nessa posição por 15 
segundos. 
 
Alcançar à frente com o braço estendido, permanecendo em pé. 
Instruções: Levante o braço a 90º. Estique os dedos e tente alcançar à frente o mais longe possível. 
O examinador posiciona a régua no fim da ponta dos dedos quando o braço estiver a 90º. Ao serem 
esticados para frente, os dedos não devem tocar a régua. A medida a ser registrada é a distância 
que os dedos conseguem alcançar quando o paciente se inclina para frente o máximo que consegue. 
Quando possível peça ao paciente que use ambos os braços, para evitar rotação do tronco. 
04 () pode avançar à frente mais que 25cm com segurança. 
03 () pode avançar à frente mais que 12,5cm com segurança. 
02 () pode avançar à frente mais que 5cm com segurança. 
01 () pode avançar à frente, mas necessita de supervisão. 
0 () perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo. 
 
 
29 
 
Pegar um objeto do chão a partir de uma posição em pé. 
Instruções: Pegue o sapato/chinelo que está na frente dos seus pés. 
04 () capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurança. 
03 () capaz de pegar o chinelo, mas necessita de supervisão. 
02 () incapaz de pegá-lo, mas se estica, até ficar a 2-5cm do chinelo, e mantém o equilíbrio 
independentemente. 
01 () 1 incapaz de pegá-lo, necessitando de supervisão enquanto está tentando. 
0 () incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair. 
 
Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros direito e esquerdo enquanto permanece em pé. 
Instruções: Vire-se para olhar diretamente atrás de você por cima do ombro esquerdo, sem tirar os 
pés do chão. Faça o mesmo por cima do ombro direito. O examinador poderá pegar um objeto e 
posicioná-lo diretamente atrás do paciente para estimular o movimento. 
04 () olha para trás de ambos os lados com boa distribuição do peso. 
03 () olha para trás somente de um lado; o lado contrário demonstra menor distribuição do peso. 
02 () vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio. 
01 () necessita de supervisão para virar. 
0 () necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair. 
 
Girar 360º 
Instruções: Gire completamente em torno de si mesmo. Pausa. Gire completamente em torno de si 
mesmo para o lado contrário. 
04 () capaz de girar 360º com segurança em 4 segundos ou menos. 
03 () capaz de girar 360º com segurança somente para um lado em 4 segundos ou menos. 
02 () capaz de girar 360º com segurança, mas lentamente. 
01 () necessita de supervisão próxima ou orientações verbais. 
0 () necessita de ajuda enquanto gira. 
 
Posicionar os pés alternadamente no degrau ou banquinho enquanto permanece em pé sem apoio. 
Instruções: Toque cada pé alternadamente no degrau/banquinho. Continue até que cada pé tenha 
tocado o degrau/banquinho 4 vezes 
04 () 4 capaz de permanecer em pé independentemente e com segurança, completando 8 
movimentos em 20 segundos. 
03 () capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8 movimentos em mais de 
20 segundos. 
02 () capaz de completar 4 movimentos sem ajuda. 
01 () capaz de completar mais de 2 movimentos com o mínimo de ajuda. 
0 () incapaz de tentar ou necessita de ajuda para não cair. 
 
 
30 
 
Permanecer em pé sem apoio com um pé à frente. 
Instruções: Demonstre para o paciente. Coloque um pé diretamente à frente do outro na mesma 
linha; se você achar que não irá conseguir, coloque o pé um pouco mais à frente do outro pé e 
levemente para o lado. 
04 () capaz de colocar um pé imediatamente à frente do outro, independentemente, e 
permanecer por 30 segundos. 
03 () capaz de colocar um pé um pouco mais à frente do outro e levemente para o lado, 
independentemente, e permanecer por 30 segundos. 
02 () capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer por 30 segundos. 
01 () necessita de ajuda para dar o passo, porém permanece por 15 segundos. 
0 () perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar em pé. 
 
Permanecer em pé sobre uma perna. 
Instruções: Fique em pé sobre uma perna o máximo que você puder sem se segurar. 
04 () capaz de levantar uma perna, independentemente, e permanecer por mais de 10 
segundos. 
03 () capaz de levantar uma perna, independentemente, e permanecer por 5-10 segundos. 
02 () capaz de levantar uma perna, independentemente, e permanecer por 3 ou4 segundos. 
01 () tenta levantar uma perna, mas é incapaz de permanecer por 3 segundos, embora 
permaneça em pé independentemente. 
0 () incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair. 
Total: 
(Fonte: Escala de BERG, 1992). 
4.1 Assistência fisioterapêutica domiciliar no paciente adulto com disfunção 
no sistema nervoso 
 
 
31 
 
Fonte: fazfacil.com.br 
O sistema nervoso central é responsável por receber e processar 
informações, as lesões neurológicas desencadeiam fatores que acometem 
as funções motoras e cognitivas levando a limitações impostas por sua 
deficiência. (DELISA, 2002, apud GAVIM, 2013). 
Segundo BEZERRA (2015), a visita domiciliar é uma tecnologia que viabiliza a 
criação de espaços de intersubjetividade, onde ocorrem falas, escutas e 
interpretações. Trata-se de momentos de cumplicidade nos quais pode haver 
responsabilização acerca dos problemas que serão enfrentados. Essa tecnologia 
permite, entre outras possibilidades, o trabalho com comunicação, observação, 
diálogo e relato oral e escrito. 
 A fisioterapia domiciliar é uma prática que vem crescendo muito em diversos 
países, como o Brasil. São diversos os motivos que levam o paciente ou sua família a 
optar pelo serviço de fisioterapia domiciliar, em vez do atendimento convencional em 
uma clínica de fisioterapia, sendo esses motivos desde uma incapacidade físico-
funcional, como uma restrição ao leito, até a comodidade e praticidade desse tipo de 
atendimento. (DA SILVA, 2011). 
Algumas particularidades do tratamento fisioterapêutico em Home care: 
O paciente não terá que se locomover até a clínica, tendo muitas vezes que 
enfrentar trânsito e congestionamento, e poderá escolher o melhor horário para o 
atendimento no conforto de sua residência, com a sua família, local onde se sente 
mais seguro e à vontade, fatores que influenciam positivamente no tratamento. Há 
ainda casos em que o paciente se encontra restrito ao leito, condição que exige da 
família maiores demandas de trabalho para o seu deslocamento ao atendimento 
fisioterapêutico em uma clínica. Ou ainda em outros casos de reabilitação de 
pacientes com restrições motoras, que necessitam de intervenções diárias para estar 
aptos ao retorno às atividades da vida diária (AVDs). A ação dos cuidados 
fisioterapêuticos mostra-se como ferramenta de excelência. (AS SILVA, 2011). 
A prestação deste serviço é regulada pela resolução normativa 428 de 
07/11/2017 da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, que estabelece que 
caso a operadora de saúde ofereça a internação domiciliar em substituição à 
internação hospitalar, com ou sem previsão contratual deverá obedecer às exigências 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e ao previsto nas alíneas "c", 
https://www.migalhas.com.br/depeso/272374/home-care-significado-vantagens-e-previsao-legal
 
32 
 
"d", "e" e "g" do inciso II do artigo 12 da lei 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde). 
Submete-se, ainda, às normas da resolução 1668/03 do Conselho Federal de 
Medicina, que determina quais as especialidades dos profissionais que devem compor 
as equipes multidisciplinares de assistência a pacientes internados em regime 
domiciliar, além dos tipos de serviços que as empresas de home care devem dispor 
para prestar uma boa assistência ao paciente. (ANS, 2017).O tratamento em sistema home care deve ser considerado como uma 
continuação da internação hospitalar iniciada, mudando-se, apenas, o local 
de tratamento do paciente. A Atenção Domiciliar foi instituída pela Portaria nº 
2.029 de 24 de agosto de 2011, foi substituída pela Portaria nº 2.527 de 27 
de outubro de 2011, sofreu alterações e acréscimos pela Portaria nº 1.533 de 
julho de 2012 e pela Portaria nº 963 de maio de 2013 do Ministério da Saúde 
e foi redefinida pela Portaria nº 825 de 25 de abril de 2016. (BRASIL, 2016, 
apud BRASIL, 2017). 
Antes de dar início ao atendimento, para que sejam designadas às 
necessidades e possíveis adaptações domiciliares, é necessário fazer uma avaliação 
fisioterapêutica que inclui: 
Exame Físico Geral: analisa o nível de consciência, estado afetivo, distúrbios 
de cognição e linguagem; 
Inspeção: avaliar a necessidade de sonda, presença de curativos, edemas, 
coloração da pele, trofismo muscular, se existem deformidades ósseas e articulares, 
entre outras alterações; 
Avaliação Respiratória: avaliar o tipo de tórax, ritmo respiratório, ventilação, 
padrão respiratório, expansibilidade, ausculta e se faz uso de ventilação mecânica 
Palpação: engloba o tônus muscular, amplitude de movimento, força muscular, 
reflexos patológicos, testes de coordenação e mobilidade no leito; 
Após a avaliação o fisioterapeuta deve ser realizado uma conversar com os 
familiares, pois se forem necessárias alterações no domicílio, elas devem ser 
realizadas para um melhor aproveitamento da terapia. (TORTORA, 2007). 
Entre os cuidados domiciliares repassados à família incluem: Orientações de 
Saúde em Geral; Treinamento quanto ao Uso das Órteses/Próteses; Orientação sobre 
a Importância da Continuidade do Tratamento e a sua Realização Diária. 
https://www.migalhas.com.br/depeso/272374/home-care-significado-vantagens-e-previsao-legal
https://www.migalhas.com.br/depeso/272374/home-care-significado-vantagens-e-previsao-legal
https://blogfisioterapia.com.br/avaliacao-postural-estatica/
https://blogfisioterapia.com.br/avaliacao-postural-estatica/
 
33 
 
4.2 Sessão de fisioterapia home care 
Após a avaliação minuciosa, o próximo passo é traçar uma conduta 
individualizada e personalizada para o paciente em questão. Durante a avaliação o 
fisioterapeuta deve avaliar também o local em que as sessões serão realizadas, a fim 
de criar adaptações que permitam a realização do atendimento. A quantidade e 
frequência de visitas domiciliares do fisioterapeuta irão variar de acordo com o 
prognóstico do paciente. (AMARAL, 2001). 
Acessórios podem ser levados pelo terapeuta ou comprados pelos familiares 
para auxiliar na reabilitação. A sessão deverá ser montada de acordo com os objetivos 
propostos para aquele dia de atendimento (treino respiratório, treino de marcha, 
fortalecimento de Membros superiores, entre outros). (AMARAL, 2001). 
MATERIAIS RECOMENDADOS: Ficha de monitorização; Luvas de 
procedimento; Kit de aspiração traqueal; AMBU; Incentivador respiratório; Halter; 
Faixa elástica; TENS. (AMARAL, 2001). 
Na passada imediatamente anterior ao obstáculo acontece o planejamento 
da margem de segurança do pé com o obstáculo, garantindo acurada 
informação sobre suas propriedades (MOHAGHEGHI et al., 2004, apud 
GOBBI, 2006) 
Alguns acessórios são necessários para um atendimento domiciliar seguro, 
como por exemplo o esfigmomanômetro para aferir a pressão arterial do paciente 
antes e depois de seu atendimento, para verificar se não existem alterações 
significativas ou alterações geradas durante a realização dos exercícios, bem como o 
estetoscópio, usado para ausculta cardíaca, com o objetivo de verificar presença de 
arritmias ou alterações cardíacas e para realizar ausculta pulmonar, que irá identificar 
problemas respiratórios e presença de secreções, auxiliando na prescrição da conduta 
daquele dia. Halteres, tornozeleiras e therabands podem ser utilizados para facilitar a 
realização de exercícios resistidos, porém não são obrigatórios. É possível realizar 
esses mesmos exercícios utilizando a resistência do terapeuta ou adaptando pesos 
utilizando garrafas de água, sacos de alimentos, cabo de vassouras, entre outros. 
(BENASSI et al., 2012). 
Para realização de fisioterapia respiratória para fortalecimento de músculos da 
mecânica respiratória podem ser utilizados os incentivadores, mas caso o paciente 
não possua e não tenha condições financeiras de adquirir, podem ser realizadas 
https://blogfisioterapia.com.br/reabilitacao-de-pacientes-com-avc/
 
34 
 
adaptações utilizando bexigas, canudos. Caso seja necessária a realização de 
aspiração, são necessários os equipamentos para esse fim (aspirador, sondas, soro 
fisiológico, luvas estéreis e de procedimento, gaze, máscara e óculos de proteção). 
Outros objetivos também deverão ser traçados, como por exemplo a prevenção 
de contraturas e deformidades. Para tal, o fisioterapeuta deve realizar mobilizações 
contínuas com exercícios de alongamento e fortalecimento (ativo ou passivo, caso o 
paciente não possua força muscular necessária) para evitar o declínio funcional. 
Prevenir complicações originadas pelo imobilismo, através do posicionamento 
adequado no leito e mobilização precoce, para prevenir as deformidades e perdas 
funcionais e até mesmo a indicação de órteses, que podem ser prescritas para auxiliar 
no correto posicionamento no leito. 
É importante que o fisioterapeuta conheça seu paciente e suas condições para 
realizar as adequações que o paciente necessita, e, busca do maior conforto e 
seguridade para a prevenção e promoção da saúde. Além de que, o fisioterapeuta 
pode educar e capacitar os membros da família para o cuidado com o paciente doendo 
no domicilio, pois a atuação fisioterapêutica vai além da atenção apenas ao paciente, 
envolve também a família e os cuidadores. (FELÍCIO, et al, 2005). 
Observações: BEZERRA (2015), relata em seus estudos que a relevância da 
visita domiciliar se evidencia pelo fato de dispor de condições propícias a mudanças, 
confrontando o modelo hegemônico, centrado na doença, no qual predomina uma 
postura profissional de pouca interação com a comunidade. Em relação à 
diferenciação do atendimento na unidade e no domicílio, percebe-se a preferência dos 
usuários pela assistência domiciliar, por possibilitar uma maior vinculação com os 
profissionais da saúde. 
É preciso ter cuidados redobrados em relação às infecções. A higiene durante 
os atendimentos de fisioterapia home care deve ser tratada de forma séria, evitando 
o risco de infecções que possam causar doenças no paciente que, por estar doente, 
pode apresentar um sistema imunológico deficiente. Antes de todo atendimento é 
necessário lavar as mãos e utilizar álcool gel. Luvas e máscaras devem ser utilizadas 
durante toda a terapia, principalmente nos pacientes em ventilação mecânica. 
 
35 
 
5 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE ADULTO HEMIPLÉGICO 
(PARÉTICO) PÓS-AVE 
 
Fonte: icor.com.br 
Segundo COSTA (2011), o acidente vascular cerebral (AVC) representa a 
terceira causa de morte em vários países do mundo e principal causa de incapacidade 
física. A forma de paralisia cerebral que atinge um dos lados do corpo, a hemiplegia 
pode ser causada por diferentes tipos de lesão cerebral. O quadro também pode 
ocorrer por conta de um acidente vascular cerebral (AVC). A fisioterapia consiste na 
principal forma de tratamento da hemiplegia, especialmente na recuperação da 
qualidade de vida e da autonomia do paciente. 
A hemiplegia se manifesta pela sensibilidade na região afetada, dificuldade na 
pronúncia das palavras devido ao descontrole muscular, dores nas articulações e 
rigidez dos membros. O aspecto facial também é bastante peculiar: a boca 
desalinhada no lado afetado e a dificuldade em fechar um dos olhos são as 
características mais perceptíveis. (COSTA, 2011). 
Quando a doença afeta o lado esquerdo do cérebro, por exemplo,além dos 
sintomas verificados no lado direito do corpo, o paciente pode ter dificuldades em 
reconhecer símbolos numéricos e prejuízos à memória. O indivíduo acometido de 
hemiplegia raramente consegue reverter por completo os danos causados pela 
doença. Mas a fisioterapia neurofuncional é extremamente eficiente no controle das 
sequelas. O início do tratamento logo após a manifestação da doença e a manutenção 
 
36 
 
contínua podem acelerar a recuperação e potencializar os resultados. A fisioterapia 
também pode auxiliar na recuperação da autonomia do paciente no que se refere às 
suas atividades diárias, além da redução de inflamações nas articulações, que 
acabam gerando dor e desconforto. (SANTILII, 2009). 
O encurtamento de pernas e braços, típico da doença e resultante da 
espasticidade severa, costuma comprometer a independência do enfermo. A melhoria 
da locomoção, com maior mobilidade tanto dos membros superiores quanto dos 
inferiores, neste caso, está entre os objetivos principais do tratamento. Por fim, a 
fisioterapia também pode ser eficaz para a melhoria do aspecto facial assimétrico que 
a hemiplegia ocasiona, bem como para a redução dos reflexos involuntários 
resultantes da doença. (SANTILII, 2009). 
Pacientes com hemiparesia exibem redução na velocidade da marcha e no 
tamanho do passo, bem como na diminuição do equilíbrio, além de fazer uso 
de padrões primitivos para andar, de elevado consumo de energia e 
inabilidade em transferir o peso para o membro acometido. (TORRIANI, 2005, 
apud TORRIANI, 2008). 
5.1 Treino de marcha 
Em todas as doenças neurológicas um programa de tratamento que incorpore 
principalmente o treino de atividades funcionais, é sempre essencial para 
uma maior independência dos pacientes, acredita-se que um dos elementos 
que permitem a evolução clínica desses pacientes é que o treino dessas 
atividades interfira de forma benéfica na neuroplasticidade estimulando-a. 
(KANDEL, 2003, apud BORELLA, 2008). 
A recuperação da marcha é uma tarefa difícil e dispendiosa, os pacientes 
muitas vezes são incapazes de produzir a força muscular necessária para manter a 
postura e caminhar. Para estes casos, é necessário prover um suporte para proteger 
estes sujeitos de quedas. Por meio dos sistemas convencionais de ajuda para auxílio 
na marcha como barras paralelas, muletas e bengalas, a quantidade de peso aliviada 
não é constante e nem facilmente quantificável. Outro fato é que estes dispositivos 
dependem da força, controle de tronco e coordenação dos pacientes. Além disso, o 
consumo energético do paciente com a utilização destes auxílios para a marcha é 
maior. Assim, com estes dispositivos, muitas vezes, não se consegue gerar as 
condições para um treino de marcha seguro e eficaz (GAZZANI, 2000). 
Restaurar a deambulação requer variadas técnicas e geralmente exige 
assistência considerável do terapeuta para segurar o peso do paciente e aumentar 
 
37 
 
seu equilíbrio. No treino de marcha convencional, muitas vezes, o resultado não 
satisfaz o paciente, com padrões assimétricos de movimento e, principalmente, com 
dificuldade de percorrer maiores distâncias. Para aperfeiçoar este processo, deu-se 
início à prática de reabilitação na esteira e, mais tarde, o treino de marcha na esteira 
com suporte de peso corporal. (COELHO, 2004). 
O método Bobath pode ser uma alternativa para a restauração do padrão 
funcional da marcha com ênfase na simetria. Para isso, são utilizados 
movimentos reflexos inibitórios em sedestação e ortostatismo prévios ao 
treino de marcha (HESSE, 1993, apud COSTA, 2014). 
 
Treino de marcha com suporte parcial de peso 
O terapeuta deve corrigir o que diagnosticou como deficitário durante o 
tratamento, que deve ser realizado na velocidade mais alta possível, desde que 
confortável. A quantidade de suporte deve ser diminuída até ser eliminada. Apesar de 
ser viável para o treino de marcha, o suporte de peso corporal ainda carece de estudos 
que venham a responder às questões que ainda estão abertas. (HAUPENTHAL, 
2008). 
A marcha é um processo intrínseco resultante da integridade de diferentes 
tipos de reflexos e influenciado por um conjunto de mecanismos corporais. 
(MACHADO, 2002, apud TORRIANI, 2008). 
 
 
38 
 
6 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE ADULTO PÓS 
TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO (TCE) 
As lesões ocasionadas no TCE podem levar a déficit físicos como plegia que 
pode envolver os membros, alteração do tônus, ataxia, distúrbios sensoriais, controle 
postural deficiente. Também causam distúrbios da fala; déficit cognitivos que levam a 
alterações da atenção e concentração, dificuldades com aprendizagem, 
reconhecimento de objetos e desordem na relação espacial; além de déficit de 
comportamento como labilidade emocional, agressividade, impulsividade, 
desorientação, agitação, irritabilidade, baixo limiar de frustação e desinibição sexual. 
(ALMEIDA, 2012). 
Na conduta fisioterapêutica inicial enfatiza a promoção de boa função 
respiratória e a prevenção de contraturas, e o tratamento das consequências da 
espasticidade e as anormalidades de movimentos e de tônus muscular. A fisioterapia 
respiratória visa evitar a produção de secreções, possível infecção e insuficiência 
respiratória, e ampliar a oxigenação do cérebro. Nesta fase, o paciente deve ser 
manipulado adequadamente, evitando-se a superextimulação, e o posicionamento na 
cama. (ALMEIDA, 2012). 
TAUB (2007), relata que a reabilitação engloba quatro categorias de função; 
física, mental, afetiva e social. A função física refere-se às habilidades 
sensóriomotoras necessárias ao desempenho das atividades de vida diária e 
instrumentais, que são habilidades avançadas e consideradas vitais para 
independência do indivíduo na comunidade. A função mental está relacionada à 
capacidade intelectual e cognitiva do indivíduo; já a função afetiva diz respeito às 
habilidades afetivas e estratégias de lidar com os problemas e dificuldades, por fim, a 
função social se refere à capacidade de interagir com outras pessoas de forma bem 
sucedida, ao desempenho dos papéis e obrigações sociais. Assim, os serviços de 
reabilitação organizados com equipes multiprofissionais são necessários para guiar o 
planejamento do tratamento e promover a abordagem de todos esses aspectos. 
Exercícios propostos: 
Alongamentos: aumentam os ganhos funcionais; 
Estimulação sensorial; 
Estimulação da musculatura dos membros inferiores (propriocepção). 
 
39 
 
A curto prazo é necessário fortalecimento da musculatura paravertebral, 
músculos responsáveis pela respiração, musculatura dos membros superiores. 
Posteriormente, deve ser fortalecido os músculos dos membros inferiores. 
 A excitabilidade do hemisfério afetado pelo AVE fica reduzida devido a lesão 
em si e ao desuso, bem como há evidência de desequilíbrio na interação entre 
os hemisférios (LINDENBERG et al., 2010, apud DA SILVA, 2014). 
7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE COM ESCLEROSE 
LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA). 
Segundo BANDEIRA (2010), ELA é uma doença neurodegenerativa que 
acomete tanto o neurônio motor superior quanto o inferior, caracterizada pela 
deterioração progressiva das células do núcleo motor dos nervos cranianos do tronco 
encefálico, do corno anterior da medula e das vias corticoespinhais e corticobulbares. 
ZANOTELI (2004), afirma ainda que nessa doença, não há comprometimento primário 
das funções sensitivas, vesico-esfincterianas e sexuais como também das funções 
corticais superiores como inteligência e memória. 
Na EM há a desmielinização da matéria branca que envolve e protege os 
hemisférios cerebrais, tronco cerebral, cerebelo, medula espinhal e nervos ópticos. 
Isso leva a um déficit da condutividade nervosa do cérebro, causando a limitação da 
capacidade dos neurônios de levarem e receberem informações. (ZANOTELI, 2004) 
A doença se caracteriza pela fraqueza muscular, atrofia, fasciculações, 
hipotoniae cãibras musculares características do neurônio motor inferior. Também 
ocorrem reflexos tendinosos hiperativos, sinal de Babinski, clônus e espasticidade, 
características do neurônio motor superior, além de disfagia, disartria, sialorreia e 
insuficiência respiratória. (BANDEIRA, 2010). 
O tratamento destes pacientes exige uma atenção multidisciplinar com 
múltiplas orientações a fim de contribuir na melhora da qualidade de vida. O 
tratamento fisioterápico é essencial para o portador de ELA, e a abordagem permeará 
durante toda a evolução da doença. A conduta é baseada na prevenção e no quadro 
clínico atual do paciente. E, apesar do tratamento ser específico e individualizado, é 
possível estabelecer diretrizes gerais para a reabilitação. (BANDEIRA, 2010). 
O fisioterapeuta busca avaliar e prescrever exercícios para a manutenção da 
amplitude de movimento, otimizar a função muscular ainda existente e para prevenir 
https://blogfisioterapia.com.br/tendinopatia-de-supraespinhal/
 
40 
 
as complicações decorrentes do desuso e da lesão, para a manutenção do tônus 
muscular, e prevenção de possíveis quadros álgicos e edemas. (ZANOTELI, 2004), 
São propostas duas a três sessões semanais com duração aproximada de 45 
minutos realizadas por um profissional, em conjunto com um programa de exercícios 
diários realizados pelos cuidadores. São indicados exercícios de moderada para baixa 
resistência onde a prescrição é feita de acordo com o quadro apresentado pelo 
paciente determinando intensidade, duração e repetições apropriada para cada 
situação, buscando evitar quadros de fadiga e dor, mobilização passiva das 
articulações, técnicas neuromusculares proprioceptivas de facilitação e de 
relaxamento muscular, exercícios de equilíbrio postural e dinâmico, alongamentos e 
massagem. (MIDDLETON, 2000). 
Devido ao quadro de rápida evolução e consequente perda de funcionabilidade, 
o terapeuta tem que dispor de recursos auxiliares para a reabilitação e melhora das 
atividades de vida diária. (MIDDLETON, 2000). 
A prescrição de órteses e equipamentos como tornozeleira antieqüino, talas, 
andadores, bengalas e muletas podem ser indicadas como estratégias para otimizar 
a deambulação. É indicado colar cervical macio para a fase inicial de fraqueza 
muscular de pescoço e, posteriormente, o semirrígido para os casos de “drop head”. 
Também a utilização de talas e goteiras para prevenção da instalação de possíveis 
retrações ou deformidades em membros superiores ou inferiores, assim como de 
colchões e almofadas adequadas para prevenção de úlceras de decúbito e finalmente 
em conjunto com a equipe da Terapia Ocupacional a indicação de cadeira de roda 
adaptada prescrita em uma fase anterior à perda de marcha, como um recurso de 
conservação de energia. 
Descrições recentes de conexões cerebelares com diferentes áreas corticais 
vieram demonstrar a participação do cerebelo também em atividades 
comportamentais. Assim como os gânglios da base, enquanto as alças que 
conectam o cerebelo ao córtex motor se relacionam com atividades motoras, 
as alças que o conectam com o córtex pré-frontal se relacionam com funções 
cognitivas e comportamentais. (MIDDLETON, 2000, apud RIBAS, 2007). 
Também é papel do fisioterapeuta monitorar as habilidades funcionais dos 
pacientes, determinar modos eficientes e efetivos para que os mesmos possam 
realizar suas atividades de vida diárias. Além disso é necessário explicar a mecânica 
corporal com o intuito de facilitar as trocas posturais, ensinar as técnicas de 
transferências para o paciente e cuidadores, avaliar o domicílio e solicitar mudanças 
 
41 
 
no ambiente com intuito de proporcionar ao paciente maior liberdade de movimentos 
seguros. Independente do momento que se encontra o tratamento abrir um diálogo 
sincero e objetivo com o paciente e familiares, aliar-se a eles para poder proporcionar 
o melhor atendimento, ensinar e esclarecer dúvidas são atos que, além de trazer 
benefícios reais ao tratamento, aumentam a confiança e o respeito da família pelo 
fisioterapeuta, pois demonstram não só o profissionalismo mas também humanidade 
e solidariedade para com eles. (MIDDLETON, 2000). 
8 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DO PACIENTE LESADO MEDULAR 
ADULTO 
 
Fonte: irecereporter. com.br 
A fisioterapia dos pacientes acometidos por uma lesão raquimedular vem, nos 
últimos anos, acompanhando mudanças de paradigmas relacionados ao processo de 
reabilitação. Essas mudanças são função das melhores evidências científicas para o 
entendimento e condução das intervenções terapêuticas. Entende-se que a 
fisioterapia não se restringe apenas a uma intervenção isolada, mas que é parte de 
um processo que envolve: um conjunto de ações de uma equipe multiprofissional; o 
comprometimento do paciente em seu programa terapêutico; o envolvimento e a 
dinâmica familiar; a existência de adaptações e da acessibilidade. (PIASSAROLI, 
2012). 
 
42 
 
Primeiramente é necessária uma avaliação detalhada, porém objetiva para 
traçar o melhor plano de tratamento para o paciente. O protocolo de tratamento deve 
seguir o nível do diagnóstico clínico. O profissional deve entender a importância de 
conhecer as capacidades motoras reais, referentes a cada nível de lesão, as quais 
são consideradas elementos do desempenho motor. (PIASSAROLI, 2012). 
Os principais objetivos do programa terapêutico, na fase de reabilitação, são: 
Aumentar a força muscular; Incrementar a resistência ao esforço físico, mantendo 
e/ou aumentando a amplitude de movimento; Reduzir a espasticidade e estimular vias 
sensoriais; Melhorar a percepção do novo centro de gravidade; Promover a 
estabilidade postural e facilitar o equilíbrio dinâmico e estático; Prevenir deformidades 
e complicações secundárias; Conquistar maior autonomia. (PIASSAROLI, 2012). 
A deficiência física é uma disfunção motora, caracterizada por complicações 
que levam a uma limitação da coordenação e motricidade fina/ampla, levando 
a um mau funcionamento ou paralisia dos membros superiores e inferiores. 
Deste modo, o indivíduo irá ter dificuldades na realização no que se diz 
respeito à mobilidade. Este tipo de deficiência pode estar associado em várias 
etiologias entre as principais estão: fatores genéticos, fatores virais ou 
bacterianos, neonatais, lesões neurológicas, neuromusculares e 
amputações. (PEDRETTI, 2005, apud FILIPINI, 2015). 
8.1 Protocolo proposto: 
Para estabilização e fortalecimento de tronco e membros superiores: 
Para que a estabilidade da coluna seja alcançada, o fortalecimento máximo da 
musculatura residual deve ser gradualmente iniciado. O trabalho enfocando o 
fortalecimento da cabeça, dos MMSS e tronco é fundamental, pois constitui a base 
para a mobilidade no leito, para as transferências e propulsão de cadeira de rodas. 
Para isso pode ser utilizado primeiramente o peso do próprio membro. 
Posteriormente bola e até mesmo halteres. 
O treino dos exercícios deve ser realizado de forma progressiva em grau de 
dificuldade, variando-se as posições, os planos de superfície e as habilidades 
solicitadas. Exercícios de transferência de peso para membros superiores e treino de 
equilíbrio, sentado e sentado para de pé. 
A tolerância da posição ortostática nem sempre é suportada durante os 
estágios iniciais da reabilitação. Isto se deve, na maioria das vezes, ao quadro de 
hipotensão postural, comum nos pacientes com lesões cervicais e torácicas acima de 
 
43 
 
T6, por isso é necessário cautela e atenção aos sinais e sintomas que o paciente 
possa vir a sentir. 
Antes de trabalhar o treino de marcha em si, é necessário realizar exercícios 
de fortalecimento de membros inferiores, bem como transferências laterais para que 
o paciente adquira percepção quando for realizar a marcha propriamente dita. 
Segundo HESSE (1993), antes e durante o treino de marcha podem ser 
utilizadas manobras para inibição do tônus facilitando assim a realização

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