Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ- FARESC Viviane S Barreto Sistema Endócrino: A ação do álcool no sistema endócrino CURITIBA 2020 FACULDADES INTEGRADAS SANTA CRUZ- FARESC Viviane S Barreto Sistema Endócrino: A ação do álcool no sistema endócrino Trabalho de Fisiologia orientado pela Professora Geovanna Castellano do curso de Graduação em Farmácia. CURITIBA 2020 Introdução: O sistema endócrino é um conjunto de glândulas, as quais tem como função a coordenação e orientação das funções corpóreas, visando manter a homeostase. Todo esse controle é realizado por meio da secreção de hormônios, os quais atuarão sobre células-alvo contendo receptores específicos para eles. SISTEMA ENDOCRINO O sistema nervoso e as glândulas endócrinas são os dois principais mecanismos de comunicação e coordenação do corpo humano. Eles regulam quase todos os sistemas orgânicos. Embora o sistema nervoso e o sistema endócrino trabalham intimamente associados, eles possuem várias diferenças. O sistema nervoso comunica-se através de sinais elétricos chamados impulsos nervosos, que transmitem a informação rapidamente e, geralmente, realizam efeitos de curta duração. No sistema endócrino, ao contrário, a comunicação se faz por sinais químicos, através de substâncias chamadas hormônios. O sistema endócrino responde mais lentamente e normalmente causa efeitos mais duradouros. O sistema endócrino é formado por glândulas endócrinas, que produzem hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo. As glândulas endócrinas são glândulas sem ductos, isto é, elas secretam hormônios diretamente no interior de capilares (sanguíneos). O sistema endócrino produz seus efeitos por meio da secreção de hormônios. Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades de outros tecidos ou órgãos. A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a outras partes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes. As principais Glândulas Endócrinas são: 1 – Hipófise 2 – Glândula Tireoide 3 – Glândulas Paratireoides 4 – Glândulas Suprarrenais 5 – Pâncreas 6 – Gônadas (Ovários e Testículos) 7 – Timo 8 – Glândula Pineal Hipófise A hipófise é uma pequena glândula, um corpo ovoide, com tamanho semelhante de uma ervilha, também conhecida como glândula pituitária. Tem coloração cinza-avermelhado, medindo cerca de 12 mm de diâmetro transverso e 8 mm de diâmetro anteroposterior e pesando aproximadamente 500 mg. A hipófise está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico , em uma depressão em forma de sela do osso esfenoide, denominada fossa hipofisária. É coberta superiormente pelo diafragma da sela, circular, da dura-máter. A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste denomina da infundíbulo. Ela possui duas partes: uma anterior, a adeno-hipófise, e outra posterior, a neuro -hipófise. A hipófise secreta oito hormônios e, portanto, afeta quase todas as funções do corpo. Oque acontece com nosso organismo quando ingerimos bebidas alcoólicas (álcool) Nos primeiros goles, o álcool ingerido vai para o estômago, é absorvido e começa a viajar pelo corpo por meio da corrente sanguínea, passando pelos órgãos e até o cérebro. O tempo que demora essa viagem pelo sangue depende de vários fatores, como quantidade de bebida ingerida, volume de gordura no corpo, etc. Nos primeiros dez minutos, seu corpo vê o álcool se transformar em veneno, o acetaldeído, e tenta se livrar dele o mais rápido possível. Essa substância é resultado da ação de uma enzima chamada álcool-deidrogenase, presente no fígado, que destrói a molécula do álcool. Se apenas algumas doses forem consumidas, o período de ação do acetaldeído é curto e os estragos são menores, pois ele é atacado por outra enzima, o aldeído-desidrogenase, junto com outra substância, a glutationa, que transformam o acetaldeído em acetato, uma espécie de vinagre, não tóxica. Mas a glutationa armazenada no fígado não é suficiente para uma grande quantidade de bebida alcoólica, deixando o supertóxico acetaldeído por mais tempo no organismo. Essa substância além de aumentar a pressão arterial, pode causar derrame, mas, mais comumente, causa fadiga, náuseas, irritação do estômago, dor de cabeça. Que como chamamos ressaca. Enquanto o álcool passa por esse processo químico no fígado, já nos primeiros 20 minutos você começa a se sentir mais solto e eufórico. Alguns danos causados pelo uso do álcool. Efeitos nocivos no organismo, principalmente devido ao uso crônico Muitas vezes o paciente não percebe a ligação entre seus problemas e o uso de álcool. Conhecendo melhor essa relação você poderá ajudá-lo a perceber isso e propor mudanças. Como o etanol é uma molécula muito pequena atinge facilmente todos os órgãos e tecidos, causando várias doenças em quem faz uso abusivo ou em dependentes de bebidas alcoólicas. Efeitos nocivos associados ao consumo crônico de álcool: Sistema nervoso: Distúrbios neurológicos graves, alterações de memória e lesões no Sistema Nervoso Central. Sistema cardiovascular: Arritmias cardíacas agudas, aumento da pressão arterial, hipertensão com risco consequente de infarto. Sistema gastrointestinal: Gastrite, úlceras, cânceres de boca, de esôfago, de laringe e de faringe, esteatose hepática, hepatite, cirrose hepática, pancreatite aguda. Embora em doses baixas o uso de vinho possa reduzir o risco de morrer por problemas cardíacos, em altas doses pode provocar cardiomiopatias. Além disso, ainda não está provado se esse possível efeito “benéfico“ do vinho é devido ao álcool ou a outras substâncias, como taninos e flavonoides, ou ainda ao estilo de vida das pessoas. Por ser metabolizado no fígado, este é um dos órgãos mais afetados pelo consumo de álcool, sendo a cirrose hepática um dos problemas mais graves. A dosagem de enzimas hepáticas como a GGT,TGO, TGP pode ajudar no acompanhamento de pessoas dependentes de álcool. A enzima GGT é uma das mais sensíveis aos efeitos do consumo de álcool. Quando os pacientes percebem “melhora” em seus exames alterados tendem a manter a redução do uso. Conclusão: O consumo de álcool na sociedade contemporânea é visto predominantemente de forma positiva, o que dificulta o reconhecimento de determinados padrões e consumo como doença e, ao mesmo tempo, a mobilização de profissionais de saúde para diminuir índices de problemas decorrentes do uso do álcool. Bibliografia BRASIL. Lei nº 12.760, de 20 de setembro de 2012. Babor T, Higgins-Biddle JC. Intervenções breves para uso de risco e uso nocivo de álcool- manual para uso em atenção primária. Tradução: Corradi CM, Ribeirão Preto: PAI-PAD; 2003. (versão atualizada em inglês disponível em: h p://whqlibdoc.who.int/hq/2001/who_msd_msb_01.6b.pdf). Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) e Secretaria Nacional de Polí cas sobre Drogas (SENAD). Chambers RA, Taylor JR, Potenza MN. Developmental neurocircuitry of mo va on in adolescence: a cri cal period of addic on vulnerability. Am J Psychiatry. 2003;160(6):1041-52.
Compartilhar