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Doutrina da Inteligência - Aula 8 - Setores de inteligência Operações

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Doutrina da Inteligência
Aula 8: Setores de inteligência – Operações 
Setores de Inteligência
Já vimos que uma agencia de inteligência possui entre outros, dois setores muito importantes: setor de análise e setor de operações. Já estudamos o setor de análise e passaremos agora o setor de operações, que como vimos, é o responsável pela busca de informações. 
A obtenção destas informações será realizada mediante o emprego de ações de buscas e de técnicas de operações de inteligência.
Comentário: Basicamente se resume em uma investigação por meios de campana, escuta, filmagens, e etc... (Os famosos aparelhos de espionagem) 
Ações de busca: ações de busca, ou, simplesmente, busca são todos os procedimentos realizados pelo conjunto ou pela parte dos agentes do elemento de operações (ELO) de uma agencia, envolvendo ambos os ramos da inteligência (Intel e contra), a fim de reunir dados negados, em um ambiente desfavorável. Porém, também, provocar uma mudança de comportamento do alvo, a fim de conseguir-se uma posição vantajosa, favorecendo a obtenção de novos dados. 
Ambiente Operacional: é o local onde se desenvolve uma operação de inteligência e que, normalmente, determina os recursos a serem empregados. 
Alvo: é o objetivo das ações de inteligência e, particularmente, das ações de busca. O alvo pode ser um assunto, uma pessoa, uma organização, um local. Um objeto ou um evento. 
Elemento de Operações (ELO): é a designação do setor de uma agência que planeja e executa as operações de inteligência.
Agente: é o elemento orgânico da agencia que possui capacitação especializada em ações de buscas e em técnicas operacionais. 
Colaborador: é o elemento não orgânico da agencia, recrutado operacionalmente ou não, que, por suas ligações e conhecimentos, cria facilidades para uma agencia, até mesmo fora de sua área normal de atuação.
Rede: é a designação dada ao conjunto dos elementos não orgânicos controlados pela agencia. 
Equipe de Busca: é a menor fração do ELO, utilizada na execução de uma ação operacional. 
Chefe da Equipe de Busca: é o agente que coordena as ações dos componentes da equipe de busca no ambiente operacional. 
Turma de Busca: é o conjunto de equipes de busca utilizado na ação operacional.
Grupo de Buscas: é o conjunto de turmas de buscas utilizado na ação operacional.
Encarregado de Caso: É a função desempenhada por um profissional de Inteligência que tem como atribuições planejar, dirigir, coordenar e controlar a execução de operações de Inteligência e difundir os resultados obtidos.
Alvo de Operações de Inteligência: É o ponto de interesse de uma operação de inteligência. Pode ser pessoa, documento, local, objeto, material, área ou instalação, meios de comunicação etc. que tenha dados de interesse para a atividade de inteligência ou que utiliza estes para desenvolver ações adversas.
Ambiente Operacional: É a área geográfica onde se desenvolve a operação de inteligência. Pode ser uma rua, uma praça etc.
Dado operacional: É qualquer dado referente ao alvo ou ambiente operacional que subsidie uma operação de inteligência.
Viatura Técnica: Veículo equipado com meios técnicos, empregados nas ações de inteligência, visando primordialmente à captura de som e imagem.
Os professores Emerson Wendt e Alessandro Gonçalves Barreto, apontavam no livro “Inteligência digital, da editora Brasport, 9 ações de busca: 
Provocação, Reconhecimento, Infiltração, Entrevista, Vigilância, Recrutamento Operacional, Desinformação, Entrada, Interceptação de Sinais.
Provocação: É a ação de busca, com alto nível de especialização, realizada para fazer com que uma pessoa/alvo modifique seus procedimentos e execute algo desejado pela agência, sem que o alvo desconfie da ação.
Reconhecimento: É a ação de busca realizada, mediante observação, para obter dados sobre o ambiente operacional ou identificar alvos. Normalmente, é uma ação preparatória que subsidia o planejamento de uma operação de inteligência.
Infiltração: É a ação de busca realizada para colocar uma pessoa já recrutada junto ao alvo, a fim de obter dados negados.
Entrevista: É a ação de busca realizada para obter dados por meio de uma conversação, consentida pelo alvo, mantida com propósitos definidos e planejada e controlada pelo entrevistador.
Vigilância: É a ação de busca realizada, mediante observação, para levantar dados sobre um alvo. Classifica-se: quanto ao alvo, fixa e móvel, quanto aos agentes, a pé ou transportada, e quanto ao grau de sigilo, sigilosa ou ostensiva.
Recrutamento Operacional: É a ação de busca realizada para convencer ou persuadir uma pessoa não pertencente à agência a trabalhar em benefício desta. 
Desinformação: É a ação de busca realizada para, intencionalmente, ludibriar alvos — pessoas ou organizações —, a fim de ocultar os reais propósitos da agência e/ou de induzir esses alvos a cometerem erros de apreciação, levando-os a executar um comportamento predeterminado.
Entrada: É a ação de busca que se opera para a obtenção de dados em áreas cujo acesso seja restrito, à revelia dos responsáveis pelo local.
Interceptação de Sinais: É a ação de busca que visa captar sinais eletromagnéticos, óticos, ou acústicos, através do uso de equipamentos específicos.
Técnicas Operacionais de Inteligência – TOI
Observação, Memorização e Descrição (OMD): É a TOI utilizada para observar, memorizar e descrever, com precisão, pessoas, objetos, locais e fatos, a fim de identificá-los ou de reconhecê-los.
Processo de Identificação de Pessoas (PIP): É a TOI que reúne todos os procedimentos e meios adequados para identificar ou reconhecer pessoas, tais como: fotografia, retrato falado, papiloscopia, documentoscopia, DNA, arcada dentária, voz, íris, medidas corporais, descrição, dados de qualificação.
Estória-Cobertura (EC): É a TOI utilizada para encobrir as reais identidades dos agentes e das agências, a fim de facilitar a obtenção de dados, dissimulando os verdadeiros propósitos da atividade, e para resguardar a segurança e o sigilo.
Disfarce: É a TOI pela qual o agente, usando recursos naturais ou artificiais, modifica sua aparência física, a fim de evitar o seu reconhecimento, atual ou futuro, ou ainda para adequar-se a uma EC.
Comunicação Sigilosas (COMSIG): É a TOI utilizada para, em segredo, transmitir mensagens, revelar intenções ou comandos e enviar objetos durante as Ações de Busca, de acordo com planos preestabelecidos.
Leitura da Fala (LF): É a TOI na qual um agente, à distância, compreende o assunto tratado em uma conversação entre duas ou mais pessoas.
Análise de Veracidade (AV): É a TOI utilizada para analisar, por meio de recursos tecnológicos, se há veracidade no que uma pessoa esteja falando.
Emprego de Meios Eletrônicos (EME): É a TOI que habilita os agentes operacionais ao manuseio e emprego dos equipamentos capazes de realizar a interceptação de sinais.
Fotointerpretação: É a TOI que habilita o agente operacional à captar as informações relevantes de imagens obtidas.
Um pouco sobre a ação de busca entrevista. Ela encontra grande relação com o nosso dia a dia e, se aplicada corretamente, pode gerar ótimos resultados.
A entrevista é uma técnica de conversação com o propósito definido, que deve ser aprendida tanto através de treinamentos especializados quanto da própria experiência do agente entrevistador.
O entrevistador, através das fontes, obtém declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens.
A entrevista pode ser ostensiva ou encoberta. No primeiro caso, não há necessidade de se esconder a identidade funcional. Já na encoberta, há necessidade de o entrevistador ocultar sua identidade funcional, assumindo outra que lhe permita acesso ao investigado, sem que se revele a finalidade da entrevista.
Há vários tipos de perguntas que podem ser realizadas, tais como: 
 
 
Tipos de entrevistas
Há diversos tipos de entrevista quanto à orientação teórica do entrevistador (psicanalítica, fenomenológica, cognitiva). Para as investigações e atividades de inteligência, a práticamostrou que a entrevista cognitiva atende mais proficientemente as expectativas.
Técnicas de entrevistas 
Existem diversas técnicas de entrevista, mas para o nosso objetivo, devemos nos concentrar em especial à de comunicação conhecida como rapport.
Rapport: O termo veio do francês (rapporter) e não tem tradução exata, mas pode ser definido como uma relação na qual há harmonia entre os indivíduos do grupo.
A técnica visa criar confiança durante a entrevista para que o alvo fique mais aberto e receptivo. Isso faz com que ele interaja, troque e receba informações com mais facilidade.
Durante a aplicação do rapport, devem se observar os seguintes comportamentos:
Expressões faciais: Levantar da sobrancelha, apertar dos lábios, enrugar o nariz etc. da mesma forma que outra pessoa.
Qualidades vocais: Empregar a mesma tonalidade, velocidade, hesitação, pontuação e o mesmo timbre, volume etc.
Respiração: Ajustar a respiração para o mesmo ritmo da outra pessoa.
Postura: Ajustar o corpo para combinar com a postura do outro.
Sistemas representacionais: Detectar e utilizar em sua própria linguagem, os sistemas utilizados pela outra pessoa.
Estado de espírito: Acompanhar estados de espirito significa reconhecer sua existência. Para acompanhar alguém que está, por exemplo, nervoso, você não precisa ficar nervoso, basta reconhecer que o outro está.
Gestos: Imitar com elegância e sutileza os gestos da outra pessoa.
Frases repetitivas: Utilizar frases repetitivas usadas pela outra pessoa.
Espelhamento cruzado: Usar um aspecto do seu comportamento para imitar um aspecto diferente do comportamento do outro. Por exemplo, balançar suavemente uma parte do seu corpo no mesmo ritmo da respiração do outro.
O entrevistador
Perfil do Entrevistador: O entrevistador deve ser calmo, educado e bom ouvinte. Deve ter autocontrole, empatia, percepção e raciocínio lógico. Deve agir com habilidade em todo momento. Deve saber planejar a entrevista, perguntar, observar, memorizar, descrever, aplicar o rapport, manter o controle da díade, interpretar, perceber se o entrevistado está mentindo, apresentar a Estória-Cobertura, disfarçar, não demonstrar emoções e obter a informação com acurácia.
Postura do Entrevistador: No momento da entrevista, não deve ser muito austero nem muito efusivo, nem falante demais, nem demasiadamente tímido. O ideal é deixar o informante à vontade, a fim de que não se sinta constrangido e possa falar livremente.
Preparação do Entrevistador 
Após a aproximação do alvo, deve-se informar o desejado:
• fazer uma pergunta de cada vez;
• separar fatos de opiniões;
• orientar as perguntas quando necessário;
• pedir esclarecimentos quando se confundir com as respostas;
• se o entrevistado se desviar do tema, fazer com que ele volte;
• pedir esclarecimentos quando a resposta for confusa.
Finalização da entrevista 
Terminar no momento oportuno, de forma apropriada, em clima amistoso, deixando uma impressão positiva, sem qualquer tipo de problema para as partes a fim de permitir uma reutilização do alvo. Não deixar vestígios sobre seus reais propósitos. Deixar fluir a conversa informal que deve surgir após a entrevista. A entrevista só termina quando o entrevistado ou entrevistador deixa o ambiente.
Classificação da Operações de Inteligência 
Operações Exploratórias: São as utilizadas, normalmente, para cobrir eventos e levantar dados específicos, em curta faixa de tempo, mediante o emprego majoritário de agentes orgânicos.
Prestam-se, particularmente, para: cobertura de reuniões em geral, reconhecimento e levantamento de áreas, levantamento das atividades e contatos de pessoas, obtenção de dados contidos em documentos guardados, avaliação da validade da abertura de outras operações etc.
Visam atender à necessidade imediata de um conhecimento específico sobre determinado assunto. São aptas para o levantamento das atividades atuais do alvo.
Operações Sistemáticas: São as utilizadas, em geral, para acompanhar, metodicamente e em larga faixa de tempo, as atividades de pessoas e organizações, produzindo um fluxo contínuo de dados.
Caracterizam-se pelo emprego, além dos agentes e informantes.
Prestam-se, particularmente, para o acompanhamento das modalidades e organizações criminosas, a neutralização de suas ações e a identificação de seus integrantes. Visam atualizar e aprofundar conhecimentos sobre suas estruturas, atividades e ligações. São particularmente aptas para o levantamento das atividades futuras do alvo.