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FICHAMENTO COVID-19

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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAJAZEIRAS – FESC FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE CAJAZEIRASFAFIC METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO – INSTITUCIONAL PROF. MS. FLÁVIO FRANKLIN FERREIRA DE ALMEIDA MARIA ALINE DO NASCIMENTO MACEDO
IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NA SAÚDE MENTAL
O impacto da pandemia na saúde mental: este foi o tema da sétima edição dos Webinários da ABC: Conhecer para Entender, na série sobre o mundo a partir do coronavírus, realizada em 19 de maio. O presidente da ABC, Luiz Davidovich, foi o apresentador e mediador do debate. (P.1, parágrafo 1)
A pandemia provocada pelo SARS-CoV-2, vírus que origina a doença COVID-19, vem causando danos humanos, econômicos e sociais sem precedentes. Por isso, é uma condição particular de estresse que impacta nossas mentes, desorganiza as economias e aumenta o risco de desenvolvimento de transtornos mentais. (P.1, parágrafo 2)
Quais as consequências que podem advir? O que fazer? (P.1, parágrafo 4)
(...) convívio diário e contínuo entre as pessoas fez aumentar a agressão e a violência entre familiares; é grande o impacto emocional causado pela impossibilidade de se promover rituais funerários; os jovens que estão iniciando uma faculdade ou uma carreira estão sofrendo com as incertezas futuras. E a desigualdade social causa uma devastação em populações mais vulneráveis, que vivem em condições sanitárias precárias. ( P.1, parágrafo 8)
As pessoas contaminadas, mesmo as com formas leves da COVID-19, podem ter estados febris, com distúrbios do sono e percepção de muita fadiga, falta de ar e dores no corpo. Esse mal estar generalizado, associado ao necessário distanciamento das famílias dos doentes, também podem provocar medo, desesperança e desespero, especialmente em idosos. (P. 2, parágrafo 10)
(...)Há incertezas epidemiológicas, alta demanda por leitos de isolamento e UTIs, a exposição dos profissionais de saúde, a necessidade de testagem com inteligência. (P. 2, parágrafo 15) 
Para tratar desse tema, a Academia Brasileira de Ciências convidou e o médico psiquiatra e psicanalista Joel Birman ( P. 3, parágrafo 23)
Do ponto de vista de Joel Birman, o sentimento de desproteção gerado pela pandemia faz com que sejamos assaltados por angústias primordiais, que promovem diferentes formas de sofrimento e sintomas psicopatológicos. (P.3, parágrafo 24)
Para Birman, fica evidente que a população está exposta, assim, a uma dupla mensagem: de um lado as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, até pouco tempo, do Ministério da Saúde, e a contra mensagem colocada pelo presidente da República. “Diante dessa experiência, as pessoas entram num estado de confusão mental, por não saber em quem acreditar. Ficam numa ‘terra de ninguém’, entregues a uma incerteza sobre qual é a melhor maneira de enfrentar essa pandemia”, alertou. ( P.3, parágrafo 27)
A partir dessa distinção, Birman repassou os quadros sintomáticos mais comuns que acontecem. A “neurose de angústia”, assim chamada classicamente e denominada em anos recentes pela psiquiatria como “ataque de pânico”, provoca falta de ar e suores frios, diante do temor de morte iminente (P. 4, parágrafo 30) 
Outra reação importante é o que o psiquiatra chamou de “angústia hipocondríaca” (...) Birman esclarece que, em função da busca de tornar visível o invisível, o indivíduo cria sintomas, acredita que está tendo acometimentos corporais que são, na verdade, de ordem psicossomática. “A pessoa procura sinais na pele, por exemplo, se há alguma erupção que possa indicar a presença mortífera do coronavírus”, esclareceu o médico.( P.5, parágrafo 31)
Birman relatou, ainda, o aumento já vastamente registrado de ocorrência de depressões e melancolia, em função do esvaziamento da vida provocado pelo isolamento social (...) Outra dimensão importante, sobre a qual ele diz ter ouvido falar pouco no meio acadêmico, é o crescimento gigantesco dos transtornos obsessivos compulsivos referentes aos cuidados que devem ser tomados para evitar a doença (...).( P.5, parágrafo 32)
Birman apontou que a maneira pela qual o SUS foi sucateado nos últimos anos está causando a precariedade no atendimento e a dificuldade de inibir a letalidade do coronavírus. ( P.5, parágrafo 34)
Além disso, Joel Birman destacou o fato das pessoas mortas por COVID-19 estarem tendo que ser enterradas de forma inumana, ou seja, sem rituais funerários. “Estamos pairando sobre um conjunto de mortos sem sepultura que inunda o nosso imaginário. A inexistência do trabalho de luto é uma fonte fundamental da produção de melancolia. É uma situação de total desalento, diante dessa catástrofe brasileira.” ( P. 5, parágrafo 36)
(...) “A palavra desalento toca muito forte. Nem todas as pessoas vão aguentar.” ( P. 5, parágrafo 37)
Fonte: http://www.abc.org.br/2020/06/15/o-impacto-da-pandemia-na-saude-mental/

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