Buscar

Mandado de Segurança (Lei 12 016)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA – Lei 12.016/09
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Lei 13.676/18 (nova redação dada ao caput do art. 16 da Lei 12.016/09).
Última atualização jurisprudencial: 23/06/20 - Info 650 (art. 5º, III); Info 931 (art. 21 – contribuição Flávio Honorato).
Última atualização questões de concurso: 08/04/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 12.016/09 - LMS).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009.
	
	Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. (DPECE-2008) (PGEPE-2009) (MPSE-2010) (TJRJ-2011) (TRF4-2012) (MPF-2012) (TJRN-2013) (TJMA-2013) (MPSP-2013) (TCERO-2013) (PGEPR-2015) (TCERJ-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (TJAM-2016) (MPMG-2012/2017) (TJPR-2017) (TJRS-2018) (TJRO-2019)
	##Atenção: ##STF: ##TJPR-2017: ##TJCE-2018: ##CESPE: O STF possui o entendimento no sentido de ser incabível a impetração de mandado de segurança individual com a finalidade de discutir veto aposto pelo Presidente da República.[footnoteRef:1] [1: Trecho de julgado do STF: “(...) o impetrante pretende submeter ao controle abstrato de constitucionalidade deste STF o mérito do veto aposto pela Presidente da República a proposta legislativa votada pelo Congresso Nacional, afirmando-o contrário aos arts. 5º, § 2º e § 3º, e 206, inc. I, da CF (...). Pretende obter a declaração de inconstitucionalidade do veto e, com isso, a promulgação de normas vetadas. O impetrante pretende substituir os instrumentos de controle abstrato de constitucionalidade pela ação de mandado de segurança. Aqueles instrumentos são dispostos constitucionalmente, têm requisitos, condições, incluídas as subjetivas, especificamente estabelecidas em norma constitucional. O cidadão não dispõe de legitimidade para ajuizar qualquer daqueles instrumentos de controle abstrato e com efeitos erga omnes. (...) Não bastasse o descabimento da via processual utilizada pelo impetrante, não se há cogitar de direito líquido e certo ao que foi suprimido, sequer expectativa de direito a ser tutelado judicialmente pela via do mandado de segurança. A tese desenvolvida pelo impetrante, se acolhida, traria o revés de inviabilizar este STF, pois atrairia para sua jurisdição a insurgência de todos aqueles que vissem suas pretensões frustradas em decorrência do exercício regular do poder de veto atribuído ao Presidente da República. [MS 33.694, Rel. Min. Cármen Lúcia, decisão monocrática, j. 6-8-15; MS 33.694 AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 7-10-15). Vejamos outro julgado do STF: “O mandado de segurança é meio inidôneo para atacar vetos do Presidente da República e dispositivos constantes de projeto de lei levado a sanção”. (STF. 2ª T., MS 3.764, Rel. Min. Rocha Lagoa, DJ 11.6.1958).] 
##Atenção: ##TJRN-2013: ##CESPE: ##MPMG-2017: Os pressupostos gerais do MS estão previstos na CF, art. 5º, LXIX. Tais pressupostos são para o gênero Mandado de Segurança, englobando o Individual e o Coletivo. Sendo assim, o pressuposto “direito líquido e certo” aplica-se ao MS Coletivo, ou seja, necessita de prova pré-constituída.
##Atenção: ##DPECE-2008: ##CESPE: Natureza Jurídica do Mandado de Segurança: É uma ação constitucional, de natureza civil, cujo objeto é a proteção de direito líquido e certo, lesado ou ameaçado de lesão, por ato ou omissão de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuição do Poder Público. A natureza civil não se altera, nem tampouco impede o ajuizamento de MS em matéria criminal, inclusive contra ato de juiz criminal, praticado no processo penal. (Fonte: Direito Constitucional - Alexandre de Moraes).
##Atenção: ##STF: ##Reperc. Geral/STF - Tema 530: ##MPSC-2014: ##DPEPR-2014: ##TJAM-2016: ##PGM/BH-2017: ##CESPE: “É lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada ou, ainda, quando for o caso, dos litisconsortes passivos necessários, a qualquer momento antes do término do julgamento, mesmo após eventual sentença concessiva do 'writ' constitucional, não se aplicando, em tal hipótese, a norma inscrita no art. 267, § 4º, do CPC/73 (atual art. 485, § 4º, do CPC/15) (RE 669367/RJ). No mesmo sentido, vejamos o seguinte julgado do STF: “É lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada ou, ainda, quando for o caso, dos litisconsortes passivos necessários, mesmo que já prestadas as informações ou produzido o parecer do Ministério Público. (...)”. (MS 26890 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, j. 16/09/2009).
	(TRF2-2017): O autor pode desistir do mandado de segurança antes de proferida a sentença, independentemente do consentimento do réu. BL: Entendimento do STF.
(MPSC-2014): Na esteira de precedente do STF é lícito ao impetrante desistir da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada ou, ainda, quando for o caso, dos litisconsortes passivos necessários, mesmo que já prestadas as informações ou produzido o parecer do Ministério Público. BL: Tema 530 de Repercussão Geral e MS 26890, ambos do STF.
##Atenção: ##STJ: ##STF: ##DOD: ##Cartórios/TJSE-2014: ##PGEPI-2014: ##DPEPR-2014: ##TJAM-2016: ##PGM/BH-2017: ##CESPE: O impetrante pode desistir de mandado de segurança sem a anuência do impetrado mesmo após a prolação da sentença de mérito. Portanto, em regra, é possível. Existem julgados do STF e STJ admitindo. STF. RE 669367/RJ, Min. Rosa Weber, j. 2/5/13. STJ. 2ª T. REsp 1.405.532-SP, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 10/12/13 (Info 533).
	(Cartórios/TJSE-2014-CESPE): À luz da jurisprudência do STJ, assinale a opção correta relativamente ao mandado de segurança: O impetrante poderá desistir de mandado de segurança sem a anuência do impetrado mesmo após a prolação da sentença de mérito. BL: Info 533, STJ.
##Cuidado: ##STF: ##DOD: O entendimento acima parecia consolidado. Ocorre que, em um precedente de 2015, o STF afirmou que não é cabível a desistência de mandado de segurança, nas hipóteses em que se discute a exigibilidade de concurso público para delegação de serventias extrajudiciais, quando na espécie já houver sido proferida decisão de mérito, objeto de sucessivos recursos. No caso concreto, o pedido de desistência do MS foi formulado após o impetrante ter interposto vários recursos sucessivos (embargos de declaração e agravos regimentais), todos eles julgados improvidos. Dessa forma, o Ministro Relator entendeu que tudo levaria a crer que o objetivo do impetrante ao desistir seria o de evitar o fim da discussão com a constituição de coisa julgada. Com isso, ele poderia propor uma ação ordinária em 1ª instância e, assim, perpetuar a controvérsia, ganhando tempo antes do desfecho definitivo contrário. Assim,com base nessas peculiaridades, a 2ª Turma do STF indeferiu o pedido de desistência. STF. 2ª T. MS 29093 ED-ED-AgR/DF, MS 29129 ED-ED-AgR/DF, MS 29189 ED-ED-AgR/DF, MS 29128 ED-ED-AgR/DF, MS 29130 ED-ED-AgR/DF, MS 29186 ED-ED-AgR/DF, MS 29101 ED-ED-AgR/DF, MS 29146 ED-ED-AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, j. 14/4/15 (Info 781).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEPR-2014: ##Cartórios/TJSE-2014: ##MPGO-2016/2019: ##DPERN-2015: ##MPPI-2019: ##CESPE: No mandado de segurança, se o impetrante morre, os seus herdeiros não podem se habilitar para continuar o processo. Assim, falecendo o impetrante, o mandado de segurança será extinto sem resolução do mérito, ainda que já esteja em fase de recurso. Isso ocorre em razão do caráter mandamental e da natureza personalíssima do MS. STJ. 3ª S. EDcl no MS 11.581-DF, Rel. Min. Og Fernandes, j. 26/6/2013 (Info 528).
	(MPGO-2019): Acerca da Lei 12.016/09 (Disciplina o Mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências) e da jurisprudência dominante no âmbito do STF e do STJ, assinale a alternativa correta: No mandado de segurança, se o impetrante morre, os seus herdeiros não podem se habilitar para continuar o processo. Assim, falecendo o impetrante, o mandado de segurança será extinto sem resolução do mérito, ainda que já esteja em fase de recurso. BL: Info 528, STJ.
(MPGO-2016): O Mandado de Segurança deve ser extinto, sem resolução do mérito, no caso de ocorrer o falecimento do impetrante, por não ser permitido que os herdeiros se habilitem. BL: Info 528, STJ.
(DPERN-2015-CESPE): Com relação ao mandado de segurança, assinale a opção correta segundo o entendimento do STJ: O direito líquido e certo postulado no mandado de segurança tem caráter personalíssimo e intransferível, não sendo possível a sucessão de partes. BL: art. 1º, LMS e Info 528, STJ. 
(DPEPR-2014-UFPR): Assinale a alternativa correta, no que diz respeito ao Direito Processual Público: Não é possível a sucessão de partes em processo de mandado de segurança. BL: Info 528, STJ.
##Atenção: Portanto, Não é possível a sucessão de partes em processo de mandado de segurança. Isso porque o direito líquido e certo postulado no mandado de segurança tem caráter personalíssimo e intransferível. 
##Atenção: ##STJ: ##Info 509: ##DOD: ##Cartórios/TJSE-2014: É possível declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público na via do mandado de segurança, vedando-se a utilização desse remédio constitucional tão somente em face de lei em tese ou na hipótese em que a causa de pedir seja abstrata, divorciada de qualquer elemento fático e concreto que justifique a impetração. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.301.163-SP, DJe 14/8/12, e REsp 743.178-BA, DJ 11/9/07. RMS 31.707-MT, Rel. Min. Diva Malerbi (Desa. Conv. do TRF da 3ª Região), j. 13/11/12 (Info 509).
	(TJMT-2014-FMP): Quanto ao direito líquido e certo em mandado de segurança, é correto afirmar que é um conceito processual, ligado à circunstância de o direito poder ser provado tão-somente mediante prova documental. BL: art. 1º, LMS e art. 5º, LXIX, CF (CPC).
##Atenção: ##MPMG-2017: “Como se vê, o conceito de direito líquido e certo é tipicamente processual, pois atende ao modo de ser de um direito subjetivo no processo: a circunstância de um determinado direito subjetivo realmente existir não lhe dá a caracterização de liquidez e certeza; está só lhe é atribuída se os fatos em que se fundar puderem ser provados de forma incontestável, certa, no processo. E isto normalmente se dá quando a prova for documental, pois esta é adequada a uma demonstração imediata e segura dos fatos.” (Fonte: Celso Agrícola Barbi. in Do Mandado de Segurança, Forense, 9ª Edição, p. 53).
(TCEAM-2013-FCC): Considerando as disposições legais sobre mandado de segurança, é correto afirmar que para que seja cabível o mandado de segurança, a ilegalidade ou o abuso de poder deve ser praticado por autoridade, sendo irrelevante a categoria ou as funções que exerça. BL: art. 1º, LMS.
(TJAP-2009-FCC): A CF/88 assegura em seu art. 5º, inciso XXXIV, “b” a obtenção de certidões para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, junto a repartições públicas, independentemente do pagamento de taxas. Diante de recusa de um Município em emitir certidão negativa de débito fiscal sem o prévio pagamento da taxa deverá o contribuinte impetrar mandando de segurança, por ter imunidade tributária. BL: art. 1º, LMS (trib.)
##Atenção: ##MPSE-2010: ##CESPE: Não cabe HABEAS DATA porque o que se visa obter é uma certidão, e não o acesso à informação. O direito de obter a certidão é uma imunidade por estar prevista na CF.
§ 1o  Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. (AGU-2009) (PGEAM-2010) (MPCE-2011) (TRF3-2011) (TJGO-2012) (MPAP-2012) (MPSC-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (TJAM-2016) (DPEPR-2017)
	##Atenção: Caberá MS para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
(MPPR-2011): Segundo posicionamento doutrinário e jurisprudencial consolidado entende-se, em regra, que o direito líquido e certo hábil a fundamentar a concessão de mandado de segurança deve vir demonstrado por prova documental pré-constituída.
##Atenção: ##MPMG-2017: Entende-se por direito líquido e certo aquele que pode ser demonstrado de plano por meio de prova pré-constituída, isto é, sem que haja necessidade de dilação probatória. Na dicção de Hely Lopes Meirelles, é o direito “manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração”.
	(TJAL-2019-FCC): Quanto ao remédio constitucional mandado de segurança, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os dirigentes de estabelecimento de ensino superior são considerados autoridade coatora para o fim de legitimidade passiva do mandado de segurança. BL: art. 1º, §1º e art. 2º, LMS.
##Atenção: O art. 2º da LMS dispõe que “considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada”. Mesmo que a atividade seja privada, em se tratando de função pública delegada, por força de lei, são equiparados a autoridades públicas, cujos atos estão sujeitos a mandado de segurança.
(MPMG-2018): Equiparam-se às autoridades, para os efeitos de mandado de segurança, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. BL: art. 1º, §1º, LMS.
(TJPA-2012-CESPE): Reconhece-se aos órgãos públicos despersonalizados que tenham prerrogativas de direitos próprios a defender, como, por exemplo, as chefias do Poder Executivo, do MP e do Tribunal de Contas, legitimidade para impetrar mandado de segurança.
(TJES-2011-CESPE): São sujeitos passivos do mandado de segurança, além das autoridades públicas, os agentes de pessoas jurídicas com atribuições de poder público. BL: art. 1º, §1º, LMS e art. 5º, LXIX da CF.
(TJRJ-2011-VUNESP): O deputado federal pode ser considerado parte legítima em mandado de segurança em decorrência de ato praticado como membro do legislativo? Sim, porque é uma autoridade. BL: art. 1º, §1º, LMS. (proc. civil)
§ 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. (MPPB-2010) (DPESP-2010) (PGEAM-2010) (TJES-2011) (DPEAM-2011) (PGEPR-2011)(TRF1-2011) (TRF3-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPSC-2012/2013) (PGEGO-2010/2013) (TJMA-2013) (TJRN-2013) (TRF4-2012/2014) (MPPE-2014) (TJDFT-2015) (MPSP-2015) (TJAM-2016) (MPMG-2018) (TJCE-2018)
	(TCEMG-2018-FUNDEP): No tocante à sujeição dos atos das empresas públicas e sociedades de economia mista à ação de mandado de segurança, é correto afirmar: Seus atos de gestão comercial, praticados por seus administradores, não se sujeitam a mandado de segurança, seja individual ou coletivo. BL: art. 1º, §2º, LMS. 
##Atenção: Segundo o STJ, “(...) os atos de gestão não possuem o requisito da supremacia, por isso são meros atos da administração e não atos administrativos, sendo que a Administração e o Particular encontram-se em igualdade de condições, em que o ato praticado não se submete aos princípios da atividade administrativa, tampouco exercido no exercício de função pública, não se vislumbrando ato de autoridade. 3. Sob este enfoque preconiza a doutrina que: Atos de gestão são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os destinatários. Tal ocorre nos atos puramente de administração dos bens e serviços públicos e nos negociais com os particulares, que não exigem coerção sobre os interessados.” (in Direito Administrativo Brasileiro, 31ª Edição, pág. 166, Hely Lopes Meirelles). (STJ REsp 1078342 / PR).
##Atenção: Dica: 
· REGRA: Cabe Mandado de Segurança contra atos de administradores de:
- Sociedade de Economia Mista;
- Empresa Pública;
- Concessionária de Serviço Público.
· EXCEÇÃO: Salvo se tais atos forem de GESTÃO COMERCIAL.
(Anal. Judic./TJPI-2015-FGV): José impetrou mandado de segurança em face do diretor de uma sociedade empresarial privada concessionária de serviço público. Considerando essa hipótese e o disposto na Lei 12.016/09, é correto afirmar que se o ato atacado for de gestão comercial, o mandado de segurança deverá ser liminarmente extinto, por não ser cabível o writ. BL: art. 1º, §3º da LMS.
(TJRN-2013-CESPE): Não cabe mandado de segurança coletivo contra atos de gestão comercial praticados por administradores de sociedades de economia mista e concessionárias de serviço público. BL: art. 1º, §3º da LMS.
§ 3o  Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança [obs.: No caso, o MS individual]. (TCEPR-2011) (MPSC-2012) (MPSP-2012/2013) (MPPR-2014) (MPPE-2014) (Anal. Judic./TRESP-2017)
Art. 2o  Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. (TJBA-2012) (Cartórios/TJPE-2013)
	##Atenção: ##CESPE: ##STF: “COMPETÊNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA IMPETRADO CONTRA EMPRESA PÚBLICA ESTADUAL QUE AGE POR DELEGAÇÃO DO PODER PÚBLICO FEDERAL. - Sendo a empresa pública estadual pessoa jurídica de direito privado, ela, na execução de atos de delegação por parte da União, se apresenta, para efeitos de mandado de segurança, como autoridade federal. - A súmula 510 desta corte diz respeito apenas a questão da "legitimatio ad causam", e não a da competência judicial. Recurso extraordinário conhecido e provido, para reconhecer-se a competência da justiça federal.” (RE 101109 PR, Min. Moreira Alves, j. 08/10/1984, 2ª Turma - DJ 23-11-1984)
	(TRF4-2016): Para fins de mandado de segurança, considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou por entidade por ela controlada, mesmo que se trate de sociedade de economia mista. BL: art. 2º, LMS. 
Art. 3o  O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. (TRF4-2010) (MPMS-2011) (TCEPR-2011) (TJPA-2012/2014) (Anal. Judic./TRESP-2017)
Parágrafo único.  O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. 
Art. 4o  Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. (TJPR-2010) (MPSC-2012) (MPMG-2012) (MPSP-2015)
	(TJDFT-2015-CESPE): À luz da Lei 12.016/09, assinale a opção correta a respeito do mandado de segurança: Em caso de urgência, é permitido impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada, desde que observados os requisitos legais. BL: art. 4º, LMS. 
§ 1o  Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. 
§ 2o  O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. (MPSC-2012) 
§ 3o  Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 
Art. 5o  Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; (MPBA-2010) (TCERS-2011) (TJDFT-2011/2012) (PGEPA-2012) (TJRN-2013) (MPMG-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJES-2013) (TCEAM-2013) (MPPE-2014) (PGERN-2014) (MPSP-2017) (TJCE-2018) (TJRO-2019)
	Súmula 429-STF: A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade.
	(MPMG-2011): Se intempestivo o recurso administrativo com efeito suspensivo, o prazo decadencial para a impetração do mandado de segurança começa a fluir desde o momento em que se encerrou o prazo recursal. BL: art. 5º, I, LMS.
##Atenção: A regra geral quanto ao recurso administrativo intempestivo, especialmente em matéria tributária (segundo jurisprudência do STJ), é a de que, se o recurso administrativo foi interposto intempestivamente, considera-se como se não fora apresentado, devendo o prazo para impetração iniciar-se trinta dias após a data em que teve ciência o contribuinte do auto de infração (ou do ato que se pretenda ver impugnado). Entretanto, a questão em comento, refere-se à recurso administrativo com efeito suspensivo, cabendo reportar ao que dispõe o art. 5°, I, da Lei 12.016/09, de que não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo. Portanto, em tal situação, o prazo decadencial começa a fluir desde o momento em que se encerrou o prazo recursal. A propósito, é o entendimento do STJ, vejamos: “(...) Quando intempestivamente interposto o recurso administrativo (dotado de efeito suspensivo), tem-se como não apresentado. Neste caso, o prazo para impetração de mandado de segurança iniciar-se-á no dia em que exaurido o prazo para interposição do referido recurso administrativo”. (AgRg no RMS 33287/RJ, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, j. 22/02/11, 1ª Turma).
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; (TJMG-2008) (MPBA-2010) (PGEAM-2010) (MPCE-2011) (TCERS-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (PGEAC-2012) (MPSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TCERO-2013) (MPPE-2014) (TJCE-2018) (DPEAM-2018) (TJMS-2020)
	##Atenção: O art. 5, II, da Lei 12.016/09 prevê regra semelhante ao que dispõe a Súmula 267-STF, falando, contudo, em recurso com efeito suspensivo. Vejamos o teor da Súmula:
Súmula 267-STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
III - de decisão judicial transitada em julgado. [obs.: sob pena se caracterizar um inadmissível sucedâneo de ação rescisória.] (TJMG-2008) (MPBA-2010) (PGEAM-2010) (MPSC-2013) (PGERN-2014) (TCM/RJ-2015) (PGEMA-2016) (TJCE-2018) (DPEAM-2018)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPGO-2019: É incabível mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado (art. 5º, III,da Lei 12.016/09 e Súmula nº 268-STF). No entanto, se a impetração do mandado de segurança for anterior ao trânsito em julgado da decisão questionada, mesmo que venha a acontecer, posteriormente, o mérito do MS deverá ser julgado, não podendo ser invocado o seu não cabimento ou a perda de objeto. STJ. Corte Especial. EDcl no MS 22.157-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 14/3/19 (Info 650).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Conforme explicou com muita propriedade o Min. Mauro Campbell Marques: “O interesse na desconstituição da decisão judicial objeto do mandado de segurança não desaparece com o trânsito em julgado. Essa, com efeito, foi impugnada antes de seu transito em julgado e a mora judicial para seu exame não deve acarretar prejuízos para o impetrante. (...) Não há razoabilidade na perda superveniente do interesse no mandado de segurança quando a decisão por ele impugnada transita em julgado após a sua impetração. Interpretação em sentido contrário se afasta, então, do disposto no art. 5º, XXXV, da CF/1988.”
	(MPGO-2019): Acerca da Lei 12.016/09 (Disciplina o Mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências) e da jurisprudência dominante no âmbito do STF e do STJ, assinale a alternativa correta: É incabível mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. No entanto, se a impetração do mandado de segurança for anterior ao trânsito em julgado da decisão questionada, mesmo que este venha a acontecer posteriormente, o mérito do MS deverá ser julgado, não podendo ser invocado o seu não cabimento ou a perda de objeto. BL: Info 650, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Mandado de segurança e ato judicial:  
	Cabe mandado de segurança contra ato judicial?
	O que diz a Lei 12.016/09
	O que diz a súmula
	O que diz o STJ
	Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:
(...)
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
	Sumula 267-STF: Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
 
	Em regra, não cabe mandado de segurança contra decisão judicial da qual caiba recurso. Isso porque o MS não pode ser utilizado como sucedâneo recursal (ou seja, como substituto de recurso).
Exceção: será cabível MS contra decisão judicial manifestamente eivada de ilegalidade, teratologia ou abuso de poder.
##Atenção: ##Concursos MP: A lei nova não repete a proibição de uso do Mandado de Segurança contra ato disciplinar nem em seu art. 5º nem em outro artigo, encampando, assim o entendimento jurisprudencial e doutrinário já consolidado. Como havia previsão na lei antiga (art. 5º, inciso III da Lei 1.553/51), restringindo parcialmente o uso do MS contra ato disciplinar sendo que agora a nova lei suprimiu claramente a restrição, ocorreu o que se chama de “silêncio eloquente”. O legislador infraconstitucional foi enfático ao não restringir MS aos atos disciplinares. 
##Atenção: Súmula 268-STF: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
##Cuidado com o MS impetrado por terceiro: Súmula 202-STJ: A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se condiciona à interposição de recurso.
	(MPSC-2016): Segundo entendimento do STJ, é cabível mandado de segurança, a ser impetrado no Tribunal de Justiça, a fim de que seja reconhecida, em razão da complexidade da causa, a incompetência absoluta dos juizados especiais para o julgamento do feito, e ainda que no processo já exista decisão definitiva de Turma Recursal da qual não caiba mais recurso. BL: art. 5º, III, LMS; art. 59 da Lei 9099 e Súmula 268, STF.
##Atenção: A Súmula 268/STF diz que "não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.” O art. 5º, III da Lei 12.016/09 também apregoa que não cabe MS em face de decisão judicial transitada em julgado. Ocorre que a questão cobrou justamente a exceção. É que o art. 59 da Lei 9.099/95 veda a propositura de ação rescisória contra decisões prolatadas no âmbito dos Juizados Especiais. Nessa linha, o enunciado 44 da FONAJEF determina que "o artigo 59 da Lei n 9.099/95 está em consonância com os princípios do sistema processual dos Juizados Especiais, aplicando-se também aos Juizados Especiais Federais". Por conta disso, o STJ admite a impetração de MS no Tribunal de Justiça para o exercício do controle da competência dos Juizados Especiais, ainda que a decisão a ser anulada já tenha transitado em julgado. Noutros termos, como exceção à regra geral que veda o manejo de mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado (art. 5º, III da Lei 12.016/09 e Súmula 268/STF), sobressai a orientação jurisprudencial do STJ, segundo a qual se admite a impetração do writ frente aos Tribunais de Justiça dos Estados, para o exercício do controle da competência dos Juizados Especiais, ainda que não mais caiba recurso em face do provimento jurisdicional a ser anulado, "sob pena de se inviabilizar ou, ao menos, limitar, esse controle, que, nos processos não submetidos ao Juizado Especial, se faz possível por intermédio da ação rescisória". (RMS 37.775/ES, Rel. Min. Marco Buzzi, 4ª T., j. 6/6/13).
Parágrafo único.  (VETADO) 
Art. 6o  A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. 
§ 1o  No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. (TCERJ-2015)
§ 2o  Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. 
	(PGERN-2014-FCC): Julgando ter tido direito líquido e certo ofendido por ato de autoridade, Tício impetrou mandado de segurança. Contudo, afirmou, na petição inicial, que a prova do fato dependeria da obtenção de documento e que a autoridade coatora estaria se recusando a fornecê-lo. Ao receber a inicial, o Juiz deverá ordenar, preliminarmente, no próprio instrumento de notificação, a exibição do documento, em original ou por cópia autenticada, marcando o prazo de 10 dias para cumprimento da ordem. BL: art. 6º, §§1º e 2º, LMS. (CPC)
##Atenção: ##Dica: Na aplicação do art. 6º da Lei 12.016/09, há que se observar duas situações distintas:
· Se o documento necessário à prova do alegado NÃO se acha em poder da autoridade coatora, mas em repartição ou estabelecimento público ou em poder de OUTRA autoridade. SOLUÇÃO: o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição do documento em original ou em cópia no prazo de 10 dias (§ 1º do art. 6º); 
 
· Se o documento ESTIVER EM PODER da autoridade coatora. SOLUÇÃO: a ordem para a apresentação deste documento é feita, preliminarmente, no próprio ofício de notificação (§ 2º do art. 6º).
§ 3o  Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. (TJMS-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (Agente/PCSC-2017) (TJRO-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##Cartórios/TJSE-2014: O Governador do Estado é parte ilegítima para figurar como autoridade coatora em mandado de segurança no qual o impetrante busque a atribuição da pontuação referente a questão de concurso público realizado para o provimento de cargos do quadro de pessoal da respectiva unidade federativa. STJ. 2ª T. AgRg no RMS 37924-GO, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 9/4/13 (Info 519).
	##Atenção: ##Comentário sobre o julgado acima: ##DOD: Segundo o STJ, a autoridade coatora, para impetração de mandado de segurança, é aquela que praticaou ordena, de forma concreta e específica, o ato ilegal, ou ainda, aquela que detém competência para corrigir a suposta ilegalidade, conforme se extrai do art. 6º, § 3º da Lei 12.016/09. Na hipótese em análise, constatada a não atribuição de pontuação após a anulação de questão, a autoridade competente para proceder à reclassificação dos impetrantes seria a banca examinadora responsável pelo certame, que é a executora direta do ato impugnado. O Governador do Estado teria competência para nomear e dar posse aos candidatos, mas não para corrigir a ilegalidade apontada.
§ 4o  (VETADO)
§ 5o  Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.  (TRF4-2012)
§ 6o  O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. (PGEPE-2009) (MPRO-2010) (MPBA-2010) (TRF1-2011) (TCERS-2011) (MPSC-2012) (TRF3-2013) (Cartórios/TJES-2013) (MPSP-2013/2015) (TCECE-2015) (PGEMA-2016) (PGM-São Luiz/MA-2016) (Anal. Judic./TREPR-2017) (TJRJ-2019)
	(DPEAM-2018-FCC): A respeito das disposições legais e da jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o mandado de segurança, é correto afirmar: Denegada a ordem pleiteada no mandado de segurança sem resolução do mérito, é possível a repropositura de pedido idêntico dentro do prazo decadencial. BL: art. 6º, §6º, LMS.
(TRF4-2016): O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, salvo se a decisão denegatória houver apreciado o mérito. BL: art. 6º, §6º, LMS.
(MPSC-2014): Caso o mandado de segurança coletivo tenha sido denegado por ausência de prova pré-constituída do direito líquido e certo, poderá o mesmo ser renovado, desde que dentro do prazo decadencial. BL: art. 6º, §6º, LMS.
##Atenção: No mandado de segurança denegado por ausência de prova pré-constituída não há apreciação do mérito. Logo, o pedido poderá ser renovado no prazo, que é de 120 dias, nos termos do art. 23 da LMS.
Art. 7o  Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; (MPCE-2011) (TRF1-2011) (TJBA-2012) (MPSC-2013) (TRF3-2013)
	##Atenção: ##STJ: Consoante jurisprudência do STJ, não é possível o aditamento do pedido veiculado no MS quando realizado após a apresentação das informações pela autoridade impetrada (MS 16.425/DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 1ª Seção, j. 08/06/2011)
	(Agente Administ./MPRS-2010-FCC): As informações solicitadas pelo juiz em mandado de segurança impetrado contra ato de Diretor de Escola pública devem ser prestadas pelo próprio diretor. BL: art. 7º, I, LMS. 
II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; (TRF1-2011) (TJBA-2012) (MPSC-2013) (TRF3-2013)
	##Atenção: O art. 7 da LMS sequer fala de citação, sempre se referindo à notificação ao coator e ciência ao representante judicial.
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. (MPDFT-2011) (TJGO-2012) (PGEGO-2013)
	(PGEPE-2009-CESPE): No mandado de segurança, é lícito ao impetrante postular - e, ao juiz, deferir - providência liminar de natureza assecuratória do objeto pretendido na impetração. BL: art. 7º, III, LMS.
§ 1o  Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (TJMG-2008) (PGEGO-2010/2013) (MPCE-2011) (TCESP-2011) (TCERS-2011) (MPAP-2012) (DPESC-2012) (DPEMS-2012) (MPPR-2014) (PGM-São Luiz/MA-2016) (Proc./ALERJ-2017) (TJMT-2018) (PCBA-2018) (TJRJ-2019)
	(TRF4-2010): Quanto ao recurso cabível na negativa de liminar em Mandado de Segurança, é correto afirmar: Cabe agravo de instrumento da decisão que negue ou defira liminar em mandado de segurança em primeira instância. BL: art. 7º, §1º, LMS.
(MPMG-2010): Há previsão expressa na Lei de Mandado de Segurança do cabimento de agravo contra decisão que concede ou denega liminar. BL: art. 7º, §1º, LMS.
§ 2o  Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. (TRF5-2009) (TJSC-2010) (MPBA-2010) (MPSC-2012) (MPMG-2012) (MPRR-2012) (MPES-2013) (PGEGO-2013) (MPPR-2014) (TJPA-2009/2014) (TJRJ-2014) (PGEBA-2014) (PGEPI-2014) (AGU-2015) (MPGO-2016) (TJPR-2017) (TJMT-2018)
	(TJRO-2019-VUNESP): A empresa importadora RST S/A, ao realizar a importação de dois equinos, é surpreendida pela retenção dos animais pela Alfândega da Receita Federal do Brasil no aeroporto de Viracopos, em Campinas. A alegação dos auditores da Alfândega para a retenção é a de que as declarações de importação teriam sido realizadas com valor subfaturado, considerando que os animais são de raça valiosa. Além disso, os auditores alegam problemas formais para o desembaraço da mercadoria, considerando a inexistência das licenças de importação necessárias por se tratar de importação de animais vivos. Assim, além da retenção das mercadorias, os auditores aplicam auto de infração no valor de R$ 104.000,00, relativamente aos tributos que entendem devidos e às respectivas multas. Contra a autuação, a empresa tem à sua disposição a possibilidade de ingressar com recurso administrativo com efeito suspensivo. Contra a retenção dos animais, porém, a empresa se vê sem alternativas a não ser ingressar com mandado de segurança contra o Secretário da Receita Federal do Brasil, solicitando na ação (i) a concessão de mandado para que o Secretário se abstenha de cobrar os impostos supostamente devidos; e (ii) a liberação dos animais, com a sua consequente importação. A empresa solicita ainda a concessão de medida liminar inauldita altera pars no mandado de segurança, alegando que os animais participarão de competição de equitação no final de semana imediatamente posterior ao protocolo da ação, evidenciando-se o risco de perda de eficácia da medida em caso de demora no seu deferimento. A respeito da situação hipotética, assinale a alternativa correta: Não é cabível o mandado de segurança em face da autuação, por se tratar de decisão sujeita a recurso administrativo com efeito suspensivo, não sendo também possível a concessão da medida liminar no caso hipotético para a liberação dos animais, em que pese a urgência. BL: art. 5º, I[footnoteRef:2] c/c art. 7º, §2º, LMS. [2: Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; (...).] 
##Atenção: Como se trata de mercadorias e bens provenientes do exterior, há vedação legal para concessão de medida liminar para liberação dos equinos (art. 5º, I e art. 7º, §2º da LMS).
(TJRJ-2019-VUNESP): Com relação ao instituto do mandado de segurança, é correto afirmar que Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. BL: art. 7º, §2º, LMS.
§ 3o  Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. (MPCE-2011) (MPAP-2012) (MPES-2013) (TRT3-2013) (MPMS-2015) (PFN-2015) (PGM-São Luiz/MA-2016)
§ 4o  Deferida a medida liminar, oprocesso terá prioridade para julgamento. (PGEGO-2013) (PGM-São Luiz/MA-2016)
§ 5o  As vedações relacionadas com a concessão de liminares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.  (TRF5-2009) (DPESP-2010)
Art. 8o  Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex officio ou a requerimento do Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem. (MPBA-2010) (TRF1-2011) (TJBA-2012) (MPRS-2012) (MPES-2013) (MPSC-2014)
	(TJBA-2019-CESPE): De acordo com a Lei 12.016/09, que dispõe sobre o mandado de segurança, se, depois de deferido o pedido liminar, o impetrante criar obstáculos ao normal andamento do processo, o juiz deverá decretar a perempção da medida liminar, de ofício ou por requerimento do MP. BL: art. 8º, LMS.
(MPSP-2017): Assinale a alternativa correta quanto ao mandado de segurança: Se, concedida a medida liminar em mandado de segurança, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do feito ou deixar de promover, no prazo legal, os atos e diligências que lhe competirem, o juiz decretará a perempção ou caducidade da medida. BL: art. 8º, LMS.
(TJPA-2014-VUNESP): Assinale a alternativa correta a respeito do processo de Mandado de Segurança: Caduca a medida liminar se o impetrante favorecido deixa de promover, por mais de 3 dias úteis, os atos que lhe cumprem. BL: art. 8º, LMS. (CPC).
Art. 9o  As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da medida liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. 
Art. 10.  A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. 
§ 1o  Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. (MPDFT-2011) (TCERS-2011) (MPRO-2013) (MPSP-2015) (PGM-São Luiz/MA-2016) (Anal. Judic./TREPR-2017) (Anal. Judic./TRF1-2017) (DPEAM-2018) (TJRJ-2019)
	##Atenção: DO INDEFERIMENTO DA INICIAL (art. 10, §1º da Lei 12.016/09):
1)  Pelo Juiz de primeiro grau - cabe APELAÇÃO;
2) Pelo Relator (quando for de competência originária do tribunal) - cabe AGRAVO.
	(TJRJ-2012-VUNESP): Quando o mandado de segurança for interposto originariamente no Tribunal, é correto afirmar que, das decisões do Relator, que indeferirem a inicial, por não ser hipótese de mandado de segurança, cabe agravo, no prazo de cinco dias. BL: art. 10, §1º, LMS.
§ 2o  O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. (MPMT-2008) (MPDFT-2011) (TRF1-2011) (TCESP-2011) (MPMG-2010/2012) (TRF2-2012) (MPSP-2013) (Cartórios/TJRR-2013) (Cartórios/TJPI-2013) (TJDFT-2015) (MPSP-2015) (PCBA-2018) (TJAL-2019)
	##Atenção: ##CESPE: ##STJ: Não se admite a assistência simples em sede de mandado de segurança. (AgRg no AREsp 152.585/ES, Rel. Min. João Otávio de Noronha, 3ª T, j. 10/9/13)
	(TCEAM-2013-FCC): Considerando as disposições legais sobre mandado de segurança, é correto afirmar que após o despacho da petição inicial é vedada eventual intervenção litisconsorcial voluntária. BL: art. 10, §2º, LMS.
(DPESP-2012-FCC): Admitida a possibilidade de intervenção litisconsorcial voluntária no polo ativo em mandado de segurança, o ingresso do litisconsorte não poderá ocorrer após o despacho da petição inicial. BL: art. 10, §2º, LMS.
Art. 11.  Feitas as notificações, o serventuário em cujo cartório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados ao coator e ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar recibo e, no caso do art. 4o desta Lei, a comprovação da remessa. 
Art. 12.  Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, [obs.: é obrigatória a oitiva do MP], que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. (PGEPE-2009) (TCERS-2011) (MPTO-2012) (MPSC-2012) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJRR-2013) (TJDFT-2015) (MPBA-2015)
	(TJBA-2012-CESPE): Com relação a mandado de segurança, assinale a opção correta: Não acarreta os efeitos da revelia a apresentação de informações fora do prazo. BL: art. 12, LMS. 
##Atenção: Não há previsão na LMS acerca da revelia para a hipótese em que a autoridade impetrada deixa de apresentar as informações no prazo legal. Além disso, o art. 345, II do CPC/15 dispõe que a revelia não produz os seus efeitos se o litígio versar sobre direitos indisponíveis.
Parágrafo único.  Com ou sem o parecer do Ministério Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. (PGEPE-2009) (MPSC-2012) (PFN-2012) (MPBA-2015) (Anal./DPU-2016)
	##Atenção: A remessa ao MP deverá sempre ocorrer, devendo o magistrado dar vista a ele. Entretanto, não é obrigatória a manifestação do parquet.
##Atenção: ##STF: ##DOD: Em regra, é indispensável a intimação do Ministério Público para opinar nos processos de mandado de segurança, conforme previsto no art. 12 da Lei nº 12.016/2009. No entanto, a oitiva do Ministério Público é desnecessária quando se tratar de controvérsia acerca da qual o tribunal já tenha firmado jurisprudência. Assim, não há qualquer vício na ausência de remessa dos autos ao Parquet que enseje nulidade processual se já houver posicionamento sólido do Tribunal. Nesses casos, é legítima a apreciação de pronto pelo relator. STF. 2ª Turma. RMS 32482/DF, rel. orig. Min. Teori Zavaski, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, j. 21/8/2018 (Info 912).
	(MPRO-2013-CESPE): Em relação ao procedimento do mandado de segurança, a lei exige apenas intimação do MP, sendo dispensável que o parquet se manifeste no feito, com efetivo pronunciamento. BL: art. 12, LMS. 
##Atenção: Não há previsão na LMS acerca da revelia para a hipótese em que a autoridade impetrada deixa de apresentar as informações no prazo legal. Além disso, o art. 345, II do CPC/15 dispõe que a revelia não produz os seus efeitos se o litígio versar sobre direitos indisponíveis.
Art. 13.  Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. (DPECE-2008) (TJGO-2012)
Parágrafo único.  Em caso de urgência, poderá o juiz observar o disposto no art. 4o desta Lei. 
Art. 14.  Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. (DPECE-2008) (DPEAM-2011) (TCERS-2011) (MPPR-2012) (MPSC-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPMG-2012/2013) (TRF3-2013) (AGU-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (MPSP-2011/2017) (PCBA-2018)
§ 1o  Concedida a segurança [= acolhendo, portanto, o pedido.], a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. (MPMG-2010) (DPEGO-2010) (TCERS-2011) (MPAL-2012) (TJMA-2013) (TRF3-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (AGU-2015) (MPSC-2016) (MPSP-2011/2017) (Anal. Judic./TREPR-2017)
	(PCBA-2018-VUNESP): Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ouhouver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. No que concerne ao procedimento do mandado de segurança individual, assinale a afirmativa correta: Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. BL: art. 14, §3º, LMS. 
§ 2o  Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. (TRF4-2009) (PGEGO-2010) (MPBA-2010) (DPESP-2010) (MPCE-2011) (MPRS-2012) (PGESP-2012) (PFN-2012) (TRF3-2013) (Cartórios/TJRS-2015) (MPSP-2012/2017)
	(Proc./ALERJ-2017-FGV): No que se refere ao mandado de segurança, é correto afirmar que a sentença concessiva da ordem está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório, podendo ser impugnada por recurso de apelação, interponível, inclusive, pela autoridade impetrada. BL: art. 14, §§1º e 2º, LMS.
(TCESC-2016-CESPE): O recurso contra decisão em mandado de segurança que anule demissão de servidor público poderá ser interposto pela autoridade coatora. BL: art. 14, §2º, LMS.
##Atenção: Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, "o MS é impetrado contra a autoridade coatora, pessoa física, e não contra a pessoa jurídica a que ela se vincula. Embora o legitimado passivo - o impetrado - no MS seja a autoridade coatora, quem suporta o ônus da decisão final é a pessoa jurídica a que o impetrado está vinculado. Por essa razão, já na petição inicial, o impetrante deve indicar, "além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce suas atribuições", (artigo. 6º, caput, Lei 12.016/2009).  Ademais é a pessoa jurídica quem deve apresentar recursos no âmbito do processo do mandado de segurança, muito embora a Lei 12.016/2009 estenda também à autoridade coatora o direito de recorrer, (artigo 14, § 2º)." (Fonte: "Direito Administrativo Descomplicado")
(Analista do MPAL-2012): É lícito à autoridade coatora interpor recurso, isoladamente, contra a decisão que defere medida liminar. BL: art. 14, §2º, LMS. 
§ 3o  A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. (MPBA-2010) (TCERS-2011) (MPAL-2012) (TRF2-2012) (Proc.-AL/PB-2013) (TJPA-2014) (MPPE-2014) (AGU-2015) (TCM/RJ-2015) (MPSC-2016)
	(MPSP-2013): Sobre o mandado de segurança, é correto afirmar: a apelação interposta contra a sentença que denega a ordem e revoga a liminar é processada no efeito devolutivo e excepcionalmente no suspensivo também. BL: art. 14, caput e §3º, LMS.
(PGEPR-2011): Sobre o mandado de segurança: A sentença concessiva de mandado de segurança, apesar de se submeter ao reexame necessário, pode ser provisoriamente executada, uma vez que a apelação interponível deve ser recebida, como regra, apenas no efeito devolutivo. BL: art. 14, §§1º e 3º, LMS. 
##Atenção: ##Dica:
· Apelação: da decisão de procedência ou improcedência do MS caberá APELAÇÃO, que será recebida, em regra, apenas no efeito devolutivo, o que permite a execução provisória de decisão.
· Execução Provisória: apenas não será admitida nas hipóteses em que há vedação para concessão da liminar.
· Reexame Necessário: há a previsão de que TODAS as decisões CONCESSIVAS estarão sujeitas ao reexame necessário.
##Atenção: "A revisão da sentença de procedência pode dar-se, também, de forma automática, independentemente da provocação de qualquer interessado. É o que ocorre na hipótese do reexame necessário, previsto por força do § 1º do art.14 da LMS, que dispõe que, "concedida a segurança a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição". Os §§ 3º e 4º do art. 496 do novo CPC, que trazem exceções à incidência do reexame necessário, não se aplicam aqui, uma vez que a LMS, em relação ao CPC, é lei especial". (Fonte: Adriano Andrade, Cleber Masson, Landolfo Andrade. Interesses Difusos e Coletivos Esquematizado, p. 394).
§ 4o  O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. (PGEPR-2011) (TCERS-2011) (DPESC-2012) (DPEDF-2013) (MPSP-2017) (Proc./ALERJ-2017) (TJRJ-2019) (MPPR-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJPB-2015: ##CESPE: Em mandado de segurança impetrado contra redução do valor de vantagem integrante de proventos ou de remuneração de servidor público, os efeitos financeiros da concessão da ordem retroagem à data do ato impugnado. STJ. Corte Especial. EREsp 1164514-AM, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 16/12/15 (Info 578).
##Cuidado: Deve-se ter muito cuidado com este entendimento. Isso porque, apesar de ele ter sido proferido pela Corte Especial do STJ, ele é contrário às Súmulas 269 e 271 do STF[footnoteRef:3] e ao art. 14, § 4º da Lei do MS. [3: Súmula 269-STF: O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança. (...) Súmula 271-STF: Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.] 
	(MPGO-2019): Acerca da Lei 12.016/09 (Disciplina o Mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências) e da jurisprudência dominante no âmbito do STF e do STJ, assinale a alternativa correta: O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor púbico da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal, somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. BL: art. 14, §4º, LMS.
Art. 15.  Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias [obs.: atualmente, 15 dias, nos termos do art. 1.070, NCPC[footnoteRef:4]], que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. (PGEAL-2009) (PGESP-2009) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (DPESP-2010) (PGEGO-2010) (MPSC-2012) (TCERS-2011) (DPESP-2012) (AGU-2012) (TRT15-2012) (TCEAM-2013) (DPERO-2017) (MPPR-2019) [4: Art. 1.070. É de 15 (quinze) dias o prazo para a interposição de qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento interno de tribunal, contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal.] 
	(PGM-Suzano/SP-2015-VUNESP): Nas ações movidas contra o Poder Público, o pedido de suspensão da execução da liminar ao presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, com o objetivo de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, é cabível: no mandado de segurança, na ação civil pública, na ação popular e na ação cautelar inominada. BL: art. 4º, §1º, Lei 8437/92[footnoteRef:5]; art. 15 da Lei do MS e art. 12, §1º, LACP[footnoteRef:6]. [5: Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. (...) § 1° Aplica-se o disposto neste artigo à sentença proferida em processo de ação cautelar inominada, no processo de ação popular e na ação civil pública, enquanto não transitada em julgado.] [6: Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. (...) § 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito públicointeressada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato.] 
(MPMG-2014): Sobre as normas processuais aplicáveis ao Mandado de Segurança, pode-se afirmar: É possível, a requerimento do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, que o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspenda, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença prolatada em Mandado de Segurança. BL: art. 15, caput, LMS.
(TJRJ-2013-VUNESP): Em mandado de segurança, concedida a segurança ao impetrante, seja por liminar ou sentença, pode-se afirmar que é possível a suspensão da execução da liminar ou da sentença pelo tribunal, mediante provocação, para evitar grave lesão à ordem econômica, à saúde, à segurança ou à economia. BL: art. 15, caput, LMS.
(PGEGO-2010): A Lei 12.016/09, reguladora do mandado de segurança individual e coletivo, dispõe que, da decisão do presidente do tribunal que suspender a execução da liminar e da sentença caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de cinco dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte á sua interposição. BL: art. 15, LMS.
##Atenção: A suspensão de segurança é conferida a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público (art. 15, Lei 12.016/09).
§ 1o  Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. (MPMG-2010) (MPSE-2010) (TRF1-2011) (Anal. Judic./STJ-2012)
	(MPDFT-2011): No que se refere à disciplina da nova lei do mandado de segurança, assinale a proposição correta: O pedido de suspensão de segurança poderá ser deduzido perante o STJ e o STF, desde que cabíveis os recursos especial e extraordinário, observadas as regras atinentes à prejudicialidade do extraordinário em relação ao especial.. BL: art. 15, §1º, LMS.
§ 2o  É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1o deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. (MPSE-2010) (TRF1-2011)
§ 3o  A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo. (MPPB-2010) (TJDFT-2011) (Anal. Judic./STJ-2012) (MPMG-2014) (PGEPR-2015) (PGM-Várzea Paulista/SP-2016)
	(MPCE-2020-CESPE): Com base nas regras que regulamentam os procedimentos especiais no CPC e na legislação extravagante, assinale a opção correta: Conforme o rito previsto para o mandado de segurança, é facultada a interposição simultânea de agravo de instrumento e de pedido de suspensão, pela pessoa jurídica de direito público interessada, contra decisão interlocutória que, em primeiro grau, defira, liminar e provisoriamente, a segurança pleiteada. BL: art. 15, §3º, LMS.
##Atenção: De fato, a possibilidade de interposição simultânea de agravo de instrumento e de pedido de suspensão da segurança está prevista expressamente na lei que regulamenta o rito da ação de mandado de segurança (art. 15, §3º, LMS).
(MPMG-2010): Em relação ao mandado de segurança, é correto afirmar que a interposição de agravo de instrumento em face da decisão que concede liminar não prejudica a formulação de pedido para a suspensão do respectivo cumprimento, dirigida ao presidente do tribunal ao qual caiba conhecer do recurso. BL: art. 15, §§ 1º e 3º, LMS.
§ 4o  O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. 
§ 5o  As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original. (Cartórios/TJSP-2011) (PGEPA-2012)
Art. 16.  Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento do mérito ou do pedido liminar.  (Redação dada pela Lei nº 13.676, de 2018) 
Parágrafo único.  Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre. (MPBA-2010) (TRF4-2010) (TJRJ-2012) (MPPR-2012) (MPF-2012) (MPRO-2013)
Art. 17.  Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do julgamento, o acórdão será substituído pelas respectivas notas taquigráficas, independentemente de revisão. 
Art. 18.  Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada. (MPMG-2010) (PGEGO-2010) (TCESP-2011) (DPEAM-2011) (TJRJ-2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (TCEAP-2010/2012) (Cartórios/TJES-2013) (Anal. Judic./TRESP-2017) (DPEAM-2018) (TJRJ-2014/2019)
	(MPPR-2012): Em matéria de recursos, assinale a alternativa correta: O mandado de segurança decidido em única instância por tribunal estadual é atacável por recurso ordinário apenas quando a decisão for denegatória. BL: art. 18, LMS.
(PGERS-2011-FUNDATEC): Impetrado mandado de segurança perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, contra ato de Secretário de Estado, a segurança é parcialmente concedida para anular sanção imposta ao Impetrante, mantendo, porém, processo administrativo cuja extinção se postulava no mandamus. A matéria possui repercussão geral. Neste caso, é correto afirmar que caberá recurso ordinário do Impetrante e recursos especial e extraordinário do Estado. BL: art. 18, LMS e art. 105, II, “b”, CF c/c arts. 105, III, e 102, III, CF.
##Atenção: Em razão de a ação de mandado de segurança ter sido decidida em única instância pelo Tribunal de Justiça de Estado, e tendo ela denegado a segurança, será impugnável por meio de recurso ordinário, dirigido ao STJ, por força do art. 105, II, “b", CF. É importante notar que a segurança foi denegada ao impetrante, que sucumbiu em relação ao pedido de extinção do processo administrativo, motivo pelo qual ele dispõe de interesse para interpor esse recurso. Por outro lado, ao Estado, réu da ação, não foi denegada nenhuma segurança, motivo pelo qual ele não poderá lançar mão do recurso ordinário mencionado, podendo apenas fazer uso do recurso especial ou do recurso extraordinário, caso a decisão impugnada se enquadre em suas hipóteses de cabimento, elencadas no art. 105, III, e 102, III, da CF.
Art. 19.  A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais. (PGEPE-2009) (MPBA-2010) (MPMG-2011) (DPECE-2014) (TJDFT-2015) (Proc./ALERJ-2017) (TJAL-2019)
	Súmula 304-STF: Decisão denegatória de mandado de segurança, não fazendo coisa julgada contra o impetrante, não impede o uso da ação própria.
	(MPSP-2017): Assinale a alternativa correta quanto ao mandado de segurança: A denegação de mandado de segurança sem decisão de mérito não impede que o impetrante pleiteie os seus direitos e respectivos efeitos patrimoniais em ação própria. BL: art. 19, LMS e Súmula 304, STF.
(TCECE-2015-FCC): A sentença ou acórdão que denegar a ordem no mandado de segurança: em virtude de ausência de liquidez e certeza do direito, não impede que se busque em ação de procedimento comum a satisfação do direito. BL: art. 19, LMS e Súmula 304, STF. (CPC).
(MPMS-2013): Na hipótese de o juiz proferir decisãodenegatória de mandado de segurança, entendendo inexistente o direito pleiteado pelo impetrante, este poderá, ulteriormente, intentar o reconhecimento do direito pela via ordinária por meio de ação própria. BL: art. 19, LMS (CPC).
Art. 20.  Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus. (PGM-São Luiz/MA-2016)
	(Cartórios/TJES-2013-CESPE): Com exceção de habeas corpus, os processos de mandado de segurança tramitam com prioridade sobre todos os demais atos judiciais, inclusive os feitos eleitorais. BL: art. 20, LMS.
§ 1o  Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao relator. 
§ 2o  O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 (cinco) dias. 
Art. 21.  O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. (MPSE-2010) (TRF4-2010) (PGESP-2009/2012) (TJCE-2012) (TJPI-2012) (TJMS-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPF-2012) (TJRN-2013) (MPES-2013) (TRF5-2013) (MPSC-2010/2014) (MPMT-2012/2014) (TJPR-2013/2014) (MPDFT-2009/2013/2015) (TJPB-2015) (DPERN-2015) (MPSP-2011/2013/2017) (MPRR-2017) (MPMG-2010/2017/2018) (MPPR-2019)
	##Atenção: O MS Coletivo pode ser impetrado por a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical; c) entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
##Atenção: Conforme entendimento do STF, os partidos políticos não têm legitimidade ativa ad causam para impetrar MS Coletivo em defesa de terceiros, com vistas a impugnar direito individual disponível, como a incidência de imposto. Tal posicionamento restou evidenciado em 2004, no julgamento do RE 196.184, relatado pela Min. Ellen Gracie. O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do MS coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo”.
##Atenção: ##STF: ##MPMG-2017: A autorização estatutária genérica conferida à associação não é suficiente para legitimar a sua atuação em juízo na defesa de direitos de seus filiados. Para cada ação, é indispensável que os filiados autorizem de forma expressa e específica a demanda. Exceção: no caso de impetração de mandado de segurança coletivo, a associação não precisa de autorização específica dos filiados. STF. Plenário. RE 573232/SC, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ Ac. Min. Marco Aurélio, j. 14/5/14. No caso, ante a leitura do art. 5, XXI da CF, que fixa a necessidade de autorização expressa dos filiados para que as entidades possam representá-los em juízo, entendeu o Plenário que as associações não atuam como substitutas processuais e sim como representantes. Porém, neste mesmo julgado, fez uma ressalva em relação ao MS coletivo. Isso porque, a CF no art. 5, LXX, “b” não exige autorização dos filiados para a impetração de MS coletivo, levando o Plenário a concluir que nos casos de MS coletivo a associação atua, excepcionalmente, como substituta e não representante dos filiados. Contudo, observa-se que em relação aos demais legitimados à ACP, continuam atuando como substitutos processuais, sendo as regras acima mencionadas aplicáveis apenas às associações.
	(MPMG-2017): Em relação à atuação das associações no polo ativo do processo coletivo, na defesa dos interesses individuais homogêneos de seus filiados, é correto afirmar que: Dá-se por representação, e não por substituição processual, salvo nos casos de mandado de segurança coletivo. BL: art. 21, LMS c/c art. 5º, incisos XXI e LXX, “b” da CF[footnoteRef:7] e Entend. Jurisprud. [7: Art. 5º. (...). XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;] 
##Atenção: ##MPSE-2010: ##TRF5-2013: ##MPRR-2017: ##CESPE: Na hipótese de MS Coletivo impetrado por sindicato, é indevida a exigência de um ano de constituição e funcionamento, porquanto esta restrição destina-se apenas às associações (STF. RE 198.919, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 24/09/99).
##Atenção: ##DOD: ##STF: ##CESPE: É indispensável o registro do sindicato no Ministério do Trabalho para poder ingressar em juízo na defesa de seus filiados. A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do devido registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade sindical (art. 8º, II, da CF/88). STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, j. 19/2/19 (Info 931).
	(MPPB-2018-FCC): Considere o seguinte enunciado, relativo ao Mandado de Segurança coletivo: O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. BL: art. 21, LMS.
(MPSP-2017): Quanto ao mandado de segurança coletivo, assinale a alternativa correta: A entidade de classe pode impetrar mandado de segurança quando a pretensão interessar a toda a categoria ou apenas a uma parte dela. BL: art. 21, LMS e Súmula 630, STF.
(MPSP-2017): Quanto ao mandado de segurança coletivo, assinale a alternativa correta: O partido político com representação no Congresso Nacional tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária. BL: art. 21, LMS.
(PGEMT-2016-FCC): De acordo com a jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores a respeito do mandado de segurança e de ações coletivas, a legitimidade das associações para representar os interesses dos associados em ações coletivas depende de autorização expressa dos associados, salvo no que diz respeito ao mandado de segurança coletivo, que independe de autorização. BL: S. 629. STF c/c art. 21, LMS.
(TRF4-2016): Segundo a orientação do STF, a previsão estatutária genérica para representação dos associados em juízo é suficiente para que a associação impetre mandado de segurança coletivo, prescindindo de autorização específica. BL: S. 629. STF c/c art. 21, LMS.
(PGM-Mogi das Cruzes/SP-2016-VUNESP): A respeito da propositura do mandado de segurança coletivo, assinale a alternativa correta: Associação não precisa de autorização especial dos substituídos para propor mandado de segurança coletivo. BL: S. 629. STF c/c art. 21, LMS.
Parágrafo único.  Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: (MPSC-2012) (MPT-2013) (MPMA-2014) (PGEPR-2015)
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; (MPMG-2010) (MPSE-2010) (MPSC-2012) (TCEAP-2012) (TJRN-2013)
	(MPSC-2019):Nas demandas essencialmente coletivas, a eficácia subjetiva da coisa julgada material é erga omnes, conforme art. 103, I, do CDC, quando a tutela jurisdicional tiver como objeto o direito difuso, e será ultra partes, conforme art. 103, II, do CDC e art. 21, I, da Lei 12.016/09, quando versar sobre a tutela jurisdicional do direito coletivo em sentido estrito. BL: art. 103, I e II, CDC[footnoteRef:8] e art. 21, § único, I, LMS. [8: Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; (...)] 
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. (MPMG-2010) (MPSE-2010) (MPSP-2012) (MPSC-2012) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) 
	(MPSC-2016): A ação de improbidade administrativa é instrumento típico para a tutela de direito subjetivamente transindividual, enquanto o mandado de segurança coletivo destina-se a tutelar direitos coletivos e individuais homogêneos, sendo que, em ambas as ações, há limite temporal fixado em lei, para o ajuizamento, sob pena de extinção por prescrição ou decadência. BL: art. 21, § único, LMS.
##Atenção: O termo utilizado na assertiva “direito subjetivamente transindividual” refere-se aos direitos cujo titular não pode ser individualizado, a saber: direitos difusos. Assim, pode-se afirmar que a ação de improbidade tutela tipicamente direito subjetivamente transindividual, tendo em vista que a doutrina majoritária assim entende.
(MPSP-2015): Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser coletivos ou individuais homogêneos. BL: art. 21, § único, LMS. (MPSE-2010)
Art. 22.  No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. (MPSE-2010) (TJRN-2013) (MPDFT-2013) (MPSC-2013) (MPT-2013) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (DPEMG-2014) (PGEPI-2014) (TRF4-2014) (MPSP-2011/2012/2013/2015) (MPMG-2017) (MPPB-2018)
	(MPSP-2017): Quanto ao mandado de segurança coletivo, assinale a alternativa correta: A sentença proferida em mandado de segurança coletivo faz coisa julgada apenas quanto aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. BL: art. 22, LMS.
(PGM/BH-2017-CESPE): No que se refere a mandado de segurança e ação civil pública de responsabilização por ato de improbidade administrativa, assinale a opção correta: A extensão subjetiva da coisa julgada em mandado de segurança coletivo varia conforme o resultado da lide. BL: art. 22, LMS.
##Atenção: Apesar do teor do art. 22 da Lei do Mandado de Segurança, a doutrina entende que também ao mandado de segurança coletivo são aplicadas as regras contidas no art. 103 do CDC, que assim dispõe: "Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81 [interesses ou direitos difusos]; II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81 [interesses ou direitos coletivos]; III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81 [interesses ou direitos individuais homogêneos]".
§ 1o  O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. (MPRO-2008) (MPSE-2010) (DPEGO-2010) (MPDFT-2011) (TCESP-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (PGESP-2012) (TJRN-2013) (MPSC-2013) (MPT-2013) (MPMG-2014) (MPMA-2014) (DPECE-2014) (PGEPI-2014) (MPSP-2011/2013/2015) (MPMS-2015) (PGEMA-2016) (TJMG-2018) 
	##Atenção: ##STJ: O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais. Ocorre que os efeitos da coisa julgada da ação coletiva não beneficiarão o impetrante individual se este não requerer, dentro de 30 dias contados da ciência sobre a impetração da ação coletiva, a desistência de sua ação (art. 22, §1º, da Lei do MS). É o que a doutrina chama de opt out. O STJ tem julgado apenas explicitando o art. 22, §1º, da Lei n. 12.016/09, reconhecendo o direito do impetrante individual que jamais tomou conhecimento da ação coletiva (STJ. 1ª T. REsp 1.593.142/DF, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 7.6.16).
##Cuidado: ##CESPE: ##Um parêntese sobre o instituto da LITISPENDÊNCIA [no mandado de segurança individual]: Segundo o STJ, “(...) É excepcionalmente possível a ocorrência de litispendência ou coisa julgada entre Mandado de Segurança e Ação Ordinária, entendendo-se que tal fenômeno se caracteriza, quando há identidade jurídica, ou seja, quando as ações intentadas objetivam, ao final, o mesmo resultado, ainda que o polo passivo seja constituído de pessoas distintas; no pedido mandamental, a autoridade administrativa, e na ação ordinária a própria entidade de Direito Público" (AgRg no REsp 1.339.178/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 1ª Turma, DJe 7/3/2013). Nesse sentido, dispõe o art. 337, §1º, do CPC/15, que "verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada", e o §3º, do mesmo dispositivo legal, que "há litispendência quando se repete ação que está em curso". Tratando-se tanto o mandado de segurança quanto a ação ordinária de ações judiciais - que correm sob ritos processuais diversos -, havendo repetição de demanda haverá litispendência.
	(TCERN-2015-CESPE): “Um sistema processual civil que não proporcione à sociedade o reconhecimento e a realização dos direitos, ameaçados ou violados, que tem cada um dos jurisdicionados, não se harmoniza com as garantias constitucionais de um Estado Democrático de Direito”. (Comissão de Juristas – Senado Federal, PL n.º 166/10, Exposição de motivos, Brasí l ia, 8/6/10). Tendo como referência inicial o fragmento de texto anterior, adaptado da exposição de motivos do Novo CPC, julgue o item a seguir de acordo com a teoria geral do processo e as normas do processo civil contemporâneo: De acordo com o entendimento do STF e do STJ, admite-se a ocorrência da litispendência entre um mandado de segurança e uma ação ordinária.
##Atenção: ##Doutrina: "A coisa julgada no mandado de segurança [coletivo] opera secundum eventum litis e sempre in utilibus, ou seja, apenas em benefício dos substituídos, não em prejuízo. O art. 22 estabelece como limite subjetivo da coisa julgada os membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante - que significa dizer que a extensão é ultra partes." (BARROS, Guilherme Freire de Melo. Poder Público em Juízo para Concursos. 4ª Edição. Salvador: Juspodivm, 2014. Pg. 297).
	(MPPB-2018-FCC): Considere o seguinte enunciado, relativo ao Mandado de Segurança coletivo: O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de trinta dias a contar da ciência comprovada

Outros materiais