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Seção 3 
SUA PETIÇÃO 
DIREITO 
PENAL 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Olá, aluno! Após o êxito no requerimento que visava ao relaxamento daquela prisão em flagrante, 
efetuada e ratificada pela polícia de Vargem/SP, seu cliente teve contra ele decretada a prisão 
preventiva, a qual vem sendo combatida por você através do devido Recurso Ordinário Constitucional 
(ROC). 
Enquanto tramita paralelamente seu requerimento liberatório, os autos retornaram à delegacia de 
polícia de Vargem/SP para a devida instauração e finalização do inquérito policial, mediante 
requisição da autoridade judiciária (inciso II do art. 5º do CPB). 
Ao final, relatado o inquérito, a autoridade policial entendeu pelo não indiciamento de NONO NINHO, 
tendo em vista a ausência de elementos mínimos de convicção acerca da autoria, ou seja, 
insuficiência de prova. 
Encaminhado o feito ao Ministério Público, optou por não oferecer a inicial acusatória, representando, 
assim, pelo trancamento do inquérito policial em razão da ausência de elementos mínimos de autoria 
(insuficiência de provas), com base nos arts. 18 e 28 do CPP, fato que não sofreu qualquer tipo de 
oposição após o cumprimento de todos os trâmites previstos em lei (art. 28 do CPP). 
Já no dia 20 de janeiro de 2020 (segunda-feira), o Ministério Público, após a aposentadoria do 
membro que anteriormente oficiou nestes autos e se manifestou pelo arquivamento do feito, agora, 
através de seu novo representante, requereu o desarquivamento do inquérito. 
Encaminhado o feito à autoridade policial de Vargem/SP, manifestou novamente pela ausência de 
novos fatos ensejadores do indiciamento de NONO NINHO, em razão da suposta prática do crime 
descrito no §2º-A do art. 157 do CPB, não trazendo ao feito qualquer elemento de convicção diverso. 
Mesmo ausentes fatos novos, o Ministério Público ofertou nova denúncia, alegando para tanto que 
entendeu acerca da existência de prova da materialidade e indícios suficientes da autoria por parte 
de NONO NINHO (justa causa). 
 
 
Seção 3 
DIREITO PENAL 
Sua causa! 
 
 3 
Qual é a peça prático-profissional a ser 
confeccionada? 
 
Desta feita, recebida a denúncia por parte do Juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Extrema/MG, 
NONO NINHO (acusado/réu) foi citado (no dia 30 de janeiro de 2020 – quinta-feira), nos termos dos 
arts. 396 e 396-A do CPP, para se manifestar por intermédio de seu advogado (caso possua um, 
pois, em hipótese contrária, será a ele nomeado um defensor público). 
Apresentados todos os argumentos por você (no dia 10 de fevereiro de 2020 – segunda-feira), na 
condição de procurador de NONO NINHO, nenhum deles foi acatado pelo Magistrado da 1ª Vara 
Criminal da Comarca de Extrema/MG (decisão publicada em 13 de fevereiro de 2020, quinta-feira), 
que acabou por agendar Audiência de Instrução e Julgamento para 17 de fevereiro de 2020 
(segunda-feira) (caput do art. 399 do CPP). 
Diante do contexto apresentado, como procurador de NONO NINHO, 
 
 
 
A peça processual a ser redigida deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser 
utilizados para dar respaldo à pretensão. Indispensável salientar que a simples menção ou 
transcrição do dispositivo legal não servirá como resposta completa. Ainda, atente-se somente aos 
dados até então fornecidos e date a petição do último dia do prazo legal, não sendo válida a 
interposição de Habeas Corpus. 
 
 
Apresentado mais um caso hipotético, comumente observado durante o cotidiano jurídico, 
inicialmente, é necessária a conceituação de termos básicos, os quais serão encontrados com 
frequência no cotidiano como profissional do Direito. São eles: autuado, investigado, indiciado, 
denunciado, querelado, acusado (réu) e condenado. 
Autuado é aquele que foi preso em flagrante delito, ostentando tal denominação até o momento em 
que a autoridade policial, mediante a instauração do inquérito policial, entender, via ato motivado, 
após a produção de elementos de convicção, ser a pessoa autora do fato delitivo investigado, 
passando, assim, à condição de indiciado. 
Caso não tenha havido a prisão em flagrante e a autoridade policial for informada acerca de eventual 
autor de fato delitivo, será instaurado o inquérito policial e aquele passará diretamente à condição de 
investigado e, posteriormente, de indiciado. 
Fundamentando! 
 
 4 
Ao final do inquérito policial (fase inquisitorial), relatado o feito, os autos serão encaminhados ao 
Ministério Público (Ação Penal Pública) ou querelante (Ação Penal Privada), para que seja ofertada 
a denúncia ou queixa, respectivamente, oportunidade na qual o indiciado passa a ser chamado de 
denunciado ou querelado, respectivamente. Para tanto, é necessário haver prova da materialidade 
e indícios suficientes de autoria (justa causa, conforme o inciso III do art. 395 do CPP). 
Recebida a inicial acusatória (denúncia ou queixa), surge a figura denominada acusado, ou réu, 
assim perdurando até eventual condenação penal transitada em julgado, momento no qual passará 
à condição de condenado (inciso LVII do art. 5º da Constituição Federal de 1988). 
Superada essa fase introdutória, como visto na Seção 1, APF e inquérito policial podem ser lavrados 
e instaurados, respectivamente, em qualquer unidade da federação, tendo em vista não haver 
atribuição ratione locci, ou seja, em razão do local, mas, sim, mera divisão territorial para efeitos de 
organização funcional. Nesse sentido, é o entendimento pacificado dos tribunais superiores1. 
Corroborado, o art. 290 do CPP informa que: “Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de 
outro município ou comarca, o executor poderá efetuar a prisão no lugar onde o alcançar, 
apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de 
flagrante, providenciará para a remoção do preso” (BRASIL, 1941, [s.p.]). 
Ainda recapitulando a Seção 1, vale a lembrança no sentido de que, para efeitos de correta utilização 
de nomenclaturas, delegados de polícia não possuem competência, mas atribuição. 
Sobre o inquérito policial, sua previsão está contida nos arts. 4 a 23 do CPP, tratando-se de 
procedimento administrativo preparatório ao oferecimento da denúncia ou queixa-crime, ou seja, 
estar-se-á diante de uma fase chamada de pré-processual, pois é anterior ao recebimento da inicial 
acusatória (LOPES JUNIOR, 2019). 
Imperioso atentar que o chamado “poder investigatório” não é monopólio da polícia judiciária, 
conforme preconizado no parágrafo único do art. 4º do CPP, o qual informa que “a competência 
definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a 
mesma função” (BRASIL, 1941, [s.p.]), ou seja, segundo Lopes Junior (2019, p. 123): 
 
1 HABEAS CORPUS. ANULAÇÃO. INQUÉRITO POLICIAL. "INCOMPETÊNCIA RATIONE LOCI". 
INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE CONTAMINAÇÃO DA AÇÃO PENAL. ORDEM DENEGADA. 1. Pedido de 
anulação do inquérito policial e, consequentemente, a ação penal por "incompetência" da autoridade policial, 
haja vista que os fatos ocorreram em circunscrição diversa do local em que foi instaurado 2. As atribuições no 
âmbito da polícia judiciária não se submetem aos mesmos rigores previstos para a divisão de competência, 
haja vista que a autoridade policial pode empreender diligências em circunscrição diversa, independentemente 
da expedição de precatória e requisição. 3. O entendimento desta Corte é pacífico no sentido de que eventuais 
nulidades ocorridas no curso do inquérito policial não contaminam a subsequente ação penal. 4. Ordem 
denegada. (HC 44.154/SP, Rel. Min. Hélio Quaglia Barbosa, 6ª Turma, STJ, 27.03.06). Disponível em: 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=2203948&num_r
egistro=200500811093&data=20060327&tipo=91&formato=PDF. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
 5 
Dessa forma, é possível que outra autoridade administrativa – v.g., nas sindicâncias 
e processosadministrativos contra funcionários públicos – realize a averiguação dos 
fatos e, com base nesses dados, seja oferecida a denúncia pelo Ministério Público. 
Da mesma forma, um delito praticado por um militar será objeto de um inquérito 
policial militar, e, ao final, concluindo a autoridade militar que o fato não é crime 
militar, mas sim comum, ou ainda que foram praticados crimes militares comuns, 
deverá remeter os autos do IPM ao Ministério Público, que poderá diretamente 
oferecer a denúncia. 
 
Ainda, a apuração administrativa preliminar pode também ser desempenhada pelo Poder Legislativo 
e, até mesmo, por particulares (vide Lei nº 13.432/17), cabendo, ao final, o envio das “peças de 
informação” (OLIVEIRA, 2019) ao Ministério Público (denúncia) ou a utilização por parte do particular 
(querelante – queixa-crime). 
Acerca da possibilidade ou não de investigação presidida por parte do Ministério Público, o tema 
gerou amplos debates por muitos anos, até que, em 14 de maio de 2015, quando do julgamento do 
RE 593.727-5/MG, que teve como Relator originário o Min. Peluso e redação para o Acórdão do Min. 
Gilmar Mendes, com repercussão geral reconhecida, a orientação da Suprema Corte ficou definida 
no sentido de sua possibilidade, “dotada de prazo razoável e desde que respeitados os direitos e 
garantias que assistem a qualquer indiciado” (OLIVEIRA, 2019, p. 97). 
Como características, pode-se dizer que o inquérito policial é dispensável ao oferecimento da inicial 
acusatória, tendo em vista que basta ao Ministério Público ter em sua posse elementos suficientes 
de autoria e certeza da existência de crime (arts. 12 e 27, § 5ºdo art. 39 e art. 40, todos do CPP; 
inciso I do art. 129 da Constituição Federal); inquisitivo, o que se denota em razão da ausência de 
contraditório e ampla defesa (relativizado pela Lei nº 13.245, de 12 de janeiro de 2016, que alterou 
os incisos XIV2 e XXI3 do art. 7º do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil – Lei nº 8.906/94 –
, trazendo mudanças profundas na investigação criminal do Brasil); sigiloso, nos termos do art. 20 
do CPP; indisponível, em razão de a autoridade policial não poder arquivar o inquérito após 
instaurado, conforme art. 17 do CPP; escrito (art. 9 do CPP); oficioso, pois será instaurado de ofício 
nos casos de crimes de ação penal pública incondicionada (inciso I do art. 5º do CPP); e 
unidirecional, ou seja, o inquérito policial possui a única finalidade de apuração de autoria e 
materialidade delitiva, não sendo cabível que a autoridade policial emita juízo de valor sobre a 
investigação. 
 
2 Examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de 
flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, 
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital. 
 
3 Assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do 
respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e 
probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva 
apuração: a) apresentar razões e quesitos. 
 
 6 
Ao final da investigação, a autoridade policial produzirá “minucioso relatório do que tiver sido apurado 
e enviará os autos ao juiz competente” (§ 1º do art. 10 do CPP) (BRASIL, 1941, [s.p.]), que o remeterá 
ao Ministério Público ou ficará em cartório aguardando a manifestação do querelante (art. 19 do 
CPP). 
Assim, encerra-se a fase do inquérito policial, dando início à chamada ação penal. 
O Código Penal, em seus arts. 24, 29 e 30, prevê espécies de ação penal, sendo elas a de natureza 
pública, privada subsidiária da pública e privada, respectivamente. 
A ação penal pública pode se dar de três formas distintas: incondicionada, condicionada à requisição 
do Ministro da Justiça ou representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
Figura 3.1 | Espécies de ação penal 
 
Fonte: elaborada pelo autor. 
 
 
De posse do relatório produzido pela autoridade policial, o Ministério Público (ação penal pública 
incondicionada ou condicionada a representação) pode (inquérito é dispensável), se não se 
convencer acerca da existência de indícios de autoria e prova da ocorrência do crime (LOPES 
JUNIOR, 2019), simplesmente requerer o arquivamento do inquérito policial, deixando, assim, de 
oferecer a denúncia4. 
 
4 Sobre denúncia, ler o artigo: RODRIGUES, J. G. Estudo sobre os aspectos formais/substanciais da denúncia 
e temas correlatos. Jus, 2010. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/17086/estudo-sobre-os-aspectos-
formais-substanciais-da-denuncia-e-temas-correlatos. Acesso em: 31 dez. 2020. 
Ação Penal 
Pública
Incondicionada, conforma art. 
24 do CPP. Prazo (norma geral) 
de 5 dias preso e 15 dias solto, 
vide art. 46 do CPP.
Condicionada à requisição do 
MJ, conforme o art. 24 do CPP. 
Prazo contado da requisição, 
vide art. 46 do CPP.
Condicionada à Representação, 
conforme a parte final do art. 24 
do CPP. Prazo na forma do art. 
46 do CPP, contado do 
recebimento do IP.
Ação Penal 
Privada
Própria, conforme o art. 30 
do CPP. Prazo de 6 meses 
após tomar conhecimento 
do autor do fato, vide art. 
38 do CPP. 
Subsidiária da Pública, 
conforme o art. 29 do CPP. 
Prazo de 6 meses após 
decurso do prazo cabível 
ao MP, vide arts. 29 e 38 
do CPP.
https://jus.com.br/artigos/17086/estudo-sobre-os-aspectos-formais-substanciais-da-denuncia-e-temas-correlatos
https://jus.com.br/artigos/17086/estudo-sobre-os-aspectos-formais-substanciais-da-denuncia-e-temas-correlatos
 
 7 
Vale anotar que o requerimento de arquivamento do inquérito policial será encaminhado ao 
Procurador Geral de Justiça (no âmbito estadual), nos termos do art. 28 do CPP, ou às Câmaras de 
Coordenação e Revisão (no âmbito do Ministério Público Federal), vide art. 62 da Lei Complementar 
nº 75/93, para efeitos de revisão do posicionamento adotado. 
Nessa hipótese, sendo mantido o arquivamento do inquérito policial e o consequente não 
oferecimento da acusação estatal, nos termos do art. 16 do CPP, “o Ministério Público não poderá 
requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis 
ao oferecimento da denúncia” (BRASIL, 1941, [s.p.]). 
A Súmula nº 524 desta Suprema Corte, aprovada em 3 de dezembro de 1969 e publicada em 10 de 
dezembro de 1969, estabelece que, "arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a 
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas" 
(BRASIL, 1969, [s.p.]). 
À elaboração da Súmula, que teve como referência legislativa o art. 18 do Código de Processo Penal 
de 1941, citam-se os precedentes HC 44270, Publicações: DJ de 20/12/1967, RTJ 43/737; RHC 
43541, Publicações: DJ de 08/03/1967, RTJ 40/111; RHC 42472, Publicações: DJ de 01/09/1965, 
RTJ 34/32; HC 42015, Publicações: DJ de 05/08/1965, RTJ 33/618; RHC 40421, Publicação: DJ de 
29/05/1964. 
Sobre o assunto, os tribunais superiores se deparam cotidianamente com situações nas quais o 
Ministério Público, através de algum de seus representantes, oferta nova denúncia, deixando de 
apresentar qualquer fato novo (elemento de prova/convicção). Nesse passo, ver Ag. Reg. na 
Reclamação 20.132/SP, de lavra do Min. Teori Zavascki e com redação para o acórdão o Min. Gilmar 
Mendes, datada de 23 de fevereiro de 20165. Segundo esse voto condutor, “o Ministério Público não 
pode simplesmente arrepender-se do arquivamento de investigação, mesmo por falta de provas. 
Sem que surjam novas provas, ou ao menos meios de obtê-las, não é cabível retomar as pesquisas”. 
Assim, a ementa colacionada a seguir, de lavra do Min. Marco Aurélio Bellizze, nos autos do RHC 
27.449/SP6, datada de 28 de fevereiro de 2012, é bem clara ao reafirmar a vigência da Súmula nº 
524 do STF: 
HABEAS CORPUS.AÇÃO PENAL. CONTINUIDADE DA PERSECUÇÃO PENAL. 
ARQUIVAMENTO PROMOVIDO A PEDIDO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, EM 
RAZÃO DA AUSÊNCIA DE PROVA DA MATERIALIDADE DELITIVA. 
DESARQUIVAMENTO. OFERECIMENTO DE DENÚNCIA. NECESSIDADE DE 
 
5 Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=309316700&ext=.pdf. Acesso em: 31 
dez. 2020. 
6 Disponível em: 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=20490057&num_
registro=200902496092&data=20120316&tipo=51&formato=PDF. Acesso em: 31 dez. 2020. 
http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=309316700&ext=.pdf
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=20490057&num_registro=200902496092&data=20120316&tipo=51&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=20490057&num_registro=200902496092&data=20120316&tipo=51&formato=PDF
 
 8 
NOVAS PROVAS. INEXISTÊNCIA.ENUNCIADO 524 DA SÚMULA DO STF. 
ORDEM CONCEDIDA. 1. Arquivado o inquérito por falta de indicativos da 
materialidade delitiva, a persecução penal somente pode ter seu curso retomado com 
o surgimento de novas provas. Enunciado 524 da Súmula do STF. Precedentes do 
STJ. 2. Por novas provas, há de se entender aquelas já existentes, mas não trazidas 
à investigação ao tempo em que realizada, ou aquelas franqueadas ao investigador 
ou ao Ministério Público após o desfecho do inquérito policial. 3. Na hipótese, o que 
ensejou o reinício da persecução penal foram declarações de testemunha que, em 
processo cível, expôs os fatos que já havia indicado no inquérito policial arquivado. 
Não houve ineditismo de prova que se exige para a retomada da persecução penal. 
4. Recurso provido. Extinção da ação penal. 
 
Portanto, por prova nova, “há de se entender aquelas já existentes, mas não trazidas à investigação 
ao tempo em que realizada, ou aquelas franqueadas ao investigador ou ao Ministério Público após 
o desfecho do inquérito policial” (trecho retirado do voto citado). 
Por outro lado, convencendo-se o Ministério Público pela existência da justa causa, ofertar-se-á 
inicial acusatória (denúncia), a qual será imediatamente enviada ao magistrado, conforme 
preconizado no art. 396 do CPP, que, nos procedimentos sumário e ordinário, poderá rejeitá-la 
liminarmente ou recebê-la, ordenando a citação do acusado para responder por escrito à acusação 
no prazo de 10 dias corridos, na forma do art. 798 do CPP e das Súmulas nos 310 e 710 do STF, ou 
seja, o prazo deve ser contado em dias corridos, não se dispensando feriados e finais de semana, 
devendo ter como termo inicial o primeiro dia útil subsequente à citação ou intimação (e não da 
juntada aos autos da citação ou intimação cumpridas), sempre findando em dia útil, aplicando-se o 
mesmo art. 396 que se aplica à queixa-crime. 
Importante anotação merece ser realizada no que se refere à existência de normas procedimentais 
diversas relacionadas ao assunto. 
Nesse passo, quando se estiver diante de procedimentos especiais (§ 5º do art. 394 do CPP), por 
exemplo, relacionados à prática de crimes dolosos contra a vida, competência do Tribunal do Júri 
(arts. 406 a 497 do CPP); crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (arts. 513 a 518 do 
CPP); crimes previstos na Lei de Drogas (arts. 54 a 59 da Lei nº 11.343/06); crimes contra a honra 
(calúnia, injúria e difamação), que se encontram disciplinados no Código de Processo Penal (arts. 
519 a 523); crimes contra a propriedade imaterial, que, com o advento da Lei nº 10.695/2003, 
possuem procedimento normatizado em artigos diversos, a depender da natureza da ação penal. Se 
a ação penal for privada, os procedimentos a serem adotados são os dispostos nos arts. 524 a 530 
do CPP, enquanto, tratando-se de ação penal pública condicionada ou incondicionada, o rito será o 
estabelecido nos arts. 530-B ao 530-H do mesmo diploma processual penal. 
Sobre os instrumentos a serem utilizados a fim de combater a ilegalidade narrada no enunciado, é 
válido o estudo do Recurso em Sentido Estrito (arts. 581 e seguintes do CP), Reclamação 
 
 9 
Constitucional (alínea l) do inciso I do art. 102 da Constituição Federal e art. 998 do CPC) e Apelação 
(art. 593 a 606 do CPP). 
Conceituando recursos, Távora e Alencar (2016, p. 81) ensinam que se trata de “meio voluntário 
destinado à impugnação das decisões, afigurando-se como remédio de combate a determinado 
provimento, dentro da mesma relação jurídica processual, propiciando a sua reanálise”. 
Ocorre que os recursos possuem pressupostos de admissibilidade, ou condições para a prelibação 
recursal (TÁVORA; ALENCAR, 2016), podendo ser de cunho objetivo e subjetivo, conforme mostra 
a figura a seguir: 
Figura 3.2 | Pressupostos recursais de admissibilidade 
 
Fonte: elaborada pelo autor. 
 
 
Sobre a análise dos pressupostos de admissibilidade, que ocorre em momento anterior ao exame do 
mérito recursal, Oliveira (2019, p. 982) informa que: 
(...) do mesmo modo que ocorre em relação aos pressupostos processuais e às 
condições da ação, a matéria relativa aos requisitos de admissibilidade dos recursos 
pode e deve ser conhecida de ofício, tanto na instância recorrida como no tribunal ad 
quem. É dizer: o juízo de admissibilidade do recurso, no qual se examina o 
preenchimento ou a satisfação dos requisitos legais de seu conhecimento, é feito no 
e pelo próprio órgão recorrido, e também na e pela instância recursal. 
 
Finalizada a temática preliminar à análise do mérito recursal, cabe-nos o estudo acerca do recurso 
de apelação, que está previsto nos arts. 593 a 603 do CPP. 
Para Lopes Junior (2019, p. 1.025), o Recurso de Apelação “é um meio de impugnação ordinário por 
excelência (podendo ser total ou parcial), que autoriza um órgão jurisdicional de grau superior a 
revisar, de forma crítica, o julgamento realizado em primeiro grau”, possibilitando a reanálise do 
mérito apresentado em primeira instância, desta feita por um órgão colegiado, fazendo valer o 
chamado duplo grau de jurisdição. 
Objetivos
Previsão legal
Observância das formalidades 
legais
Tempestividade
Adequação
Inexistência de fatos impeditivos
Motivação
Subjetivos
Interesse recursal
Legitimidade para 
recorrer
 
 10 
Caberá Recurso de Apelação nas hipóteses previstas no art. 593 do CPP, não se tratando de rol 
taxativo, como no caso do Recurso em Sentido Estrito (art. 581 do CPP), que será apresentado a 
seguir. Assim, a Apelação acaba por ser tratada como uma via recursal subsidiária (TÁVORA; 
ALENCAR, 2016). 
Sua interposição se dá por forma escrita ou termo nos autos (art. 578 do CPP), a ocorrer, naquele 
prazo máximo de 5 dias (art. 593 do CPP), através de simples petição (no caso de processo de 
competência do Tribunal do Júri, conforme enunciado da Súmula nº 713 do STF7, deve informar o 
desejo em recorrer da decisão e mencionar o embasamento legal específico8) ou já com a juntada 
das razões recursais. Não querendo proceder à juntada das razões, junto à petição de interposição, 
o art. 600 do CPP prevê prazo de 8 dias para a realização de mencionado ato. 
Ainda sobre a interposição do recurso mediante termo nos autos, Lopes Junior (2019, p. 994) informa 
que, como regra, “somente é possível nos recursos que possuem dois momentos distintos no seu 
processamento, ou seja, um de interposição e outro com as razões”, como é a apelação e o recurso 
em sentido estrito, explicado a seguir. 
Por sua vez, o recurso em sentido estrito (RESE) possui um rol taxativo, que se encontra 
preconizado no art. 581 do CPP, devendo ser interposto para impugnar decisão interlocutória e 
apresentado perante o magistrado prolator da decisão, no prazo de 5 dias (art. 586), por meio da 
chamada petição de interposição (na qual conterá ou não as razões recursais), devendo o advogado 
informar acerca da tempestividade recursal, indicar peças para traslado (art. 587, do CPP), vista ao 
MP e solicitar a realizaçãode juízo de retratação, em razão do inconformismo defensivo com a 
decisão. 
Távora e Alencar (2016, p. 1364) definem o RESE: 
(...) como a impugnação voluntária, manifestada pela parte interessada e prejudicada 
por decisão judicial criminal que se amolde a uma das situações dispostas no art. 
581, CPP, para fim de vê-la modificada pelo juiz de primeiro grau, em juízo de 
retratação, ou pelo tribunal ad quem, mediante julgamento pelo seu órgão com 
competência criminal, para tanto, subindo os autos principais ou mediante traslado, 
quando a lei assim o determinar. 
 
 
7 RE 638.757 AgR, rel. min. Luiz Fux, 1ª T, j. 9-4-2013, DJE 78 de 26-4-2013. Disponível em: 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3693292. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
8 Segundo Lopes Junior (2019, p. 1.014), “desde logo, deve-se atentar que o inciso III, e suas alíneas, dirige-
se, exclusivamente, às decisões proferidas pelo Tribunal do Júri, não sendo aplicáveis às decisões proferidas 
por um juiz singular. É uma fundamentação exclusiva do apelo contra a decisão do Tribunal do júri”. 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3693292
 
 11 
No prazo de 2 dias, conforme art. 588 do CPP, a defesa apresentará as razões recursais, as quais 
seguirão a tramitação indicada nos arts. 589 a 591, também do CPP, devendo ser endereçadas à 
instância revisora. 
Lembrando que, quando a parte for o Ministério Público, o prazo recursal começará a correr da data 
em que o órgão tiver acesso aos autos, à decisão, devendo a intimação ocorrer sempre 
pessoalmente, nos termos do § 4º do art. 370 do CPP, sendo inválida a intimação realizada pela 
imprensa oficial. 
Sobre a apresentação de contrarrazões ao recurso em sentido estrito, a Súmula nº 707 do STF 
informa que “constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo” (BRASIL, 
2003, [s.p.]). 
Recebido o recurso por parte do magistrado prolator da decisão impugnada, ele deve encaminhá-lo, 
junto às razões recursais, ao tribunal revisor. 
Acerca da Reclamação Constitucional, a alínea l) do inciso I do art. 102 da Constituição informa 
competir ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de “reclamação para a preservação de sua 
competência e garantia da autoridade de suas decisões” (BRASIL, 1988, [s.p.]), enquanto a alínea f) 
do inciso I do art. 105, inciso I da mesma Constituição informa acerca da competência do Superior 
Tribunal de Justiça. 
Além das hipóteses acima, o art. 4 da Lei nº 11.417/2006 prevê mais uma hipótese de cabimento da 
reclamação constitucional, quando a “decisão judicial ou ato administrativo que contrariar, negar 
vigência ou aplicar indevidamente entendimento consagrado em súmula vinculante” (BRASIL, 2006, 
[s.p.]). 
Necessário distinguir Súmula de Súmula Vinculante, sendo a primeira, segundo Adbias (2016, [s.p.]), 
“um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito 
de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos”, e a segunda, “um verbete 
que registra a interpretação pacífica, e só pode ser criada com a aprovação de dois terços dos 
membros do Supremo Tribunal Federal, dotada de teor obrigatório”, vinculando todos os julgadores, 
a administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
Por fim, sobre as hipóteses de cabimento da Reclamação Constitucional, o Novo CPC cria duas 
novas (inciso IV do art. 988): “garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente 
de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência” (BRASIL, 2015, 
[s.p.]). 
 
 12 
Sobre o procedimento para interposição, ele vem previsto nos arts. 988 a 993 da Lei nº 13.105/15 
(Novo CPC), devendo a petição de propositura da demanda ser endereçada ao Ministro presidente 
do respectivo tribunal de destino (§ 2º9 do art. 988 do Novo CPC), a depender da norma violada, 
conforme previsto no § 1º10 do art. 988 do Novo CPC. 
Seguindo, nos termos do § 3º do art. 988 da norma em comento, “assim que recebida, a reclamação 
será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível” (BRASIL, 2015, 
[s.p.]). 
Tocante ao prazo para a propositura da reclamação, não há previsão específica para tanto, tendo o 
legislador trazido limitações, previstas no § 5º do art. 488, o qual informa ser inadmissível a 
reclamação “proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; proposta para garantir a 
observância de acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão 
proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas 
as instâncias ordinárias” (BRASIL, 2015, [s.p.]). 
Quando da propositura da reclamação, a parte proponente poderá, de acordo com o inciso II do art. 
989 do Novo CPC, “requerer a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar dano 
irreparável” (BRASIL, 2015, [s.p.]), sendo que a possibilidade de concessão de liminar em 
reclamações já foi reconhecida por parte do Supremo Tribunal nos seguintes precedentes: Rcl 8.784-
DF11, Rcl 5.746-RO12 e Rcl 4.656-SE13. 
Ao despachar a citação, o julgador analisará o requerimento de concessão da liminar e, conforme o 
inciso III do art. 989 do Novo CPC, “determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que 
terá prazo de 15 (quinze) dias para apresentar a sua contestação” (BRASIL, 2015, [s.p.]). 
Por fim, os arts. 992 e 993 informam, respectivamente, que “julgando procedente a reclamação, o 
tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução 
da controvérsia”, e “o presidente do tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, 
lavrando-se o acórdão posteriormente” (BRASIL, 2015, [s.p.]). 
O Regimento Interno do STF, em seu art. 161, determina que: 
 
9 A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal. 
 
10 § 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão 
jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir. 
 
11 Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2694679. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
12 Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2584396. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
13 Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2416989. Acesso em: 31 dez. 2020. 
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2694679
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2584396
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2416989
 
 13 
Julgando procedente a reclamação, o Plenário ou a Turma poderá: 
I – avocar o conhecimento do processo em que se verifique usurpação de sua 
competência; 
II – ordenar que lhe sejam remetidos, com urgência, os autos do recurso para ele 
interposto; 
III – cassar decisão exorbitante de seu julgado, ou determinar medida adequada à 
observância de sua jurisdição. (BRASIL, 2020, [s.p.]) 
 
No caso da presente seção, estamos diante de duas medidas judiciais que carecem da apresentação 
de folha de interposição, como visto anteriormente. Nesse caso, como bem lembrado por Lopes 
Junior (2019, p. 994-995), “importante esclarecer que, nos recursos em que o procedimento se dá 
em dois momentos (apelação e recurso em sentido estrito), a tempestividade é aferida pelo 
momento da interposição, sendo a apresentação fora do prazo das razões uma mera irregularidade”. 
Assim, quando da confecção da petição, optando por apelação ou recurso em sentido estrito, deve 
ser considerado como prazo fatal, a ser fixado na peça, aquele correspondente à interposição, ou 
seja, 5 (cinco) dias. 
 
 
Apresentados todos os fatos e argumentos, qual é a peça cabível ao caso:apelação, recurso em 
sentido estrito ou reclamação constitucional? 
Como de praxe, primeiramente, deve-se observar o endereçamento, ou seja, o local para onde será 
encaminhada sua peça, bem como realizar a indicação de documentos, se necessário. 
Assim, indispensável averiguar, com atenção, a autoridade judiciária competente, bem como fazer 
um breve relato dos fatos, apresentar os argumentos preliminares e de mérito, pedido liminar (se 
viável), sendo importante a apresentação de teses eventuais. 
Não deixe de informar a juntada de documentos comprobatórios do que alega, bem como datar 
(último dia do prazo) e assinar, sem efetuar qualquer identificação, sob pena de anulação da sua 
peça. Quando for datar e assinar, faça da seguinte forma: 
Local e data 
Nome e assinatura do advogado 
Nº da OAB 
Local e data 
Nome e assinatura do advogado 
nº da OAB 
 
Vamos peticionar! 
Não se esqueça de observar que, sendo o caso de prevenção, seja ela a 1ª Vara 
Criminal da Comarca de Extrema/MG ou a 10ª Câmara Criminal do TJMG (Embargos 
Infringentes). 
 PONTO DE ATENÇÃO 
 
 14 
 
Por fim, não se esqueça de cuidar da grafia e da linguagem apresentadas. Vamos peticionar? Bom 
trabalho! 
 
Referências 
 
ADBIAS, Daniel. Jurisprudência, Súmula e Súmula Vinculante. JusBrasil, 2016. Disponível em: 
https://abdiaszz.jusbrasil.com.br/artigos/374385622/jurisprudencia-sumula-e-sumula-vinculante. 
Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF: Presidência 
da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del3689compilado.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula 310. Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou 
a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira 
imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir. 
Brasília, DF: STF, 1963. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2600. Acesso em: 29 
dez. 2020. 
 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula 524. Arquivado o inquérito policial, por despacho do 
juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
Brasília, DF: STF, 1969. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2731. Acesso em: 31 
dez. 2020. 
 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2020]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 29 dez. 2020. 
 
BRASIL. Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993. Dispõe sobre a organização, as 
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. Brasília, DF: Presidência da República, 
[2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp75.htm. Acesso em: 31 dez. 
2020. 
 
BRASIL. Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos 
Advogados do Brasil (OAB). Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8906.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 10.695, de 1º de julho de 2003. Altera e acresce parágrafo ao art. 184 e dá nova 
redação ao art. 186 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, alterado 
pelas Leis nos 6.895, de 17 de dezembro de 1980, e 8.635, de 16 de março de 1993, revoga o art. 
185 do Decreto-Lei no 2.848, de 1940, e acrescenta dispositivos ao Decreto-Lei no 3.689, de 3 de 
outubro de 1941 – Código de Processo Penal. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.695.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2600
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2731
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp75.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8906.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.695.htm
 
 15 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula 710. No processo penal, contam-se os prazos da data 
da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. Brasília, 
DF: STF, 2003. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2634. Acesso em: 29 
dez. 2020. 
 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula 707. Constitui nulidade a falta de intimação do 
denunciado para oferecer contra-razões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a 
suprindo a nomeação de defensor dativo. Brasília, DF: STF, 2003. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2641. Acesso em: 29 
dez. 2020. 
 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula 713. O efeito devolutivo da apelação contra decisões 
do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição. Brasília, DF: STF, 2003. Disponível em: 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2580. Acesso em: 29 
dez. 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas 
sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 
social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não 
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 11.417, de 19 de dezembro de 2006. Regulamenta o art. 103-A da Constituição 
Federal e altera a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, disciplinando a edição, a revisão e o 
cancelamento de enunciado de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal, e dá outras 
providências. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11417.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência 
da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 30 dez. 2020 
 
BRASIL. Lei nº 13.245, de 12 de janeiro de 2016. Altera o art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 
1994 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil). Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13245.htm. Acesso 
em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Lei nº 13.432, de 11 de abril de 2017. Dispõe sobre o exercício da profissão de detetive 
particular. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13432.htm. Acesso em: 31 dez. 2020. 
 
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Regimento interno. Brasília, DF: STF, 2020. Disponível em: 
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoRegimentoInterno/anexo/RISTF.pdf. Acesso em: 31 
dez. 2020. 
 
LOPES JUNIOR, A. Direito processual penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
 
NUCCI, G. de S. Manual de Processo Penal. 13. ed. São Paulo: Forense, 2016. 
 
OLIVEIRA, E.P. Curso de processo penal. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
 
TÁVORA, N.; ALENCAR, R. R. Curso de processo penal. 11. ed. Salvador, BA: Juspodivm, 2016. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11417.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13245.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13432.htm
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoRegimentoInterno/anexo/RISTF.pdf

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