Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A partir do 2º trimestre Consequência da ação de hormônios placentários e outros próprios da gestação Maior disponibilidade de glicose para o feto Consequência da ação de hormônios placentários e outros próprios da gestação Insuficiente aumento de produção de insulina Desenvolvimento de DMG Hipoglicemia de jejum - pois a reserva de glicose é para o bebê Catabolismo exagerado de lipídeos com formação de corpos cetônicos Progressiva resistência à insulina Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é diagnosticado no 2º/3º trimestre da gestação, e essa mulher não era até então diabética. ⇣ Mulheres com diabetes no 1º trimestre devem ser diag- nosticadas com diabetes tipo 2 (Pré gestacional – tipo 1 e 2) Conceito de diabetes ▸um tipo de doença metabólica ca- racterizada por hiperglicemia causada por defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ Há modificações metabólicas necessárias para alcançar as demandas para o desenvolvimento do bebê. Essas al- terações são provenientes dos hormônios placentários e incluem: Normalmente durante a gravidez, a mulher possui uma resistência à insulina – o estado diabetogênico da gesta- ção - a partir do 2º trimestre para atender as necessi- dades metabólicas do feto ⇢ maior disponibilidade de gli- cose. ⇣ Consequentemente há um aumento de insulina nas ges- tantes saudáveis para compensar. Eleva gradativamente de 200 a 250%. Esse mecanismo, entre- tanto, pode estar defici- ente em gestantes que es- tão com sua capacidade de produção insulínica no limite. ⇣ ⋆ A disponibilidade dessa gli- cose em excesso é adquirida também pelo bebê e conse- quentemente torna-se um bebê macrossômico e hipoglicemia neonatal ⋆ EPIDEMIOLOGIA Entre 6 a 7% das gestações são complicadas pelo diabetes e 90% desses casos representam DMG; Com o aumento da obesidade e sedentarismo a pre- valência de gestantes com diabetes está aumentando; O principal problema da diabetes na gestação ainda é o elevado número de malformações congênitas (4 a 10%; Essa hiperglicemia pode afetar a mulher que pode ter uma diabetes tipo 2 e pode afetar o bebê aumen- tando o risco dessa criança desenvolver obesidade, sín- drome metabólica e diabetes. FATORES DE RISCO ↳Idade avançada: >35 anos; ↳Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso; ↳História familiar de 1º grau de diabetes; ↳Síndrome de ovários policísticos ↳Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual ↳Antecendentes de DMG, malformações, abortamentos de repetição ↳Baixa estatura (menos de 1,5m) DIAGNÓSTICO Deve ser realizado o exame da glicemia de jejum na 1ª consulta de pré-natal: Lactogênio placentário humano e hormônio do cresci- mento placentário humano ↱ COMPLICAÇÕES MATERNAS ⋆Risco elevado de hipertensão (ocorre em 70% das gestantes com DMG), Pré-Eclâmpsia; ⋆Parto cesáreo (macrossomia fetal); ⋆Infecções de ferida operatória (devido à demora de ci- catrização); ⋆Cetoacidose diabética (no diabetes mal controlado); ⋆Hipoglicemia; ⋆Nefropatia; ⋆Retinopatia; ⋆Lacerações perineais (macrossomia fetal). COMPLICAÇÕES FETAIS ⋆Malformações congênitas (cardiovasculares e do SNC) - causa mais importante de mortalidade perinatal em ges- tantes com DMG, com incidência 3 x maior do que na população geral; ⋆Abortamentos (2 x maior risco); ⋆Partos prematuros (5 x maior risco); ⋆Macrossomia; ⋆Polidrâmnio - feto macrossô- mico é poliúrico, consequente- mente mais líquido amniótico. ⋆Há risco de tocotraumatismo (parto vaginal); ⋆Óbito fetal (2x maior risco); ⋆Distocia de ombro; ⋆Hipoglicemia neonatal (produção de muita insulina, e com a diminuição de glicose repentina pode ocasionar essa hi- poglicemia); ⋆Icterícia neonatal TRATAMENTO ⋆Cerca de 70 a 85% das mulheres são tratadas apenas com a mudança de estilo de vida: ✓Dieta com baixo índice glicêmico; ✓Atividade física - mínimo 150 min por semana, aeróbico de intensidade moderada, divido em 3 dias da semana. ⋆15% a 30% das diabéticas ne- cessitam de insulina, indicada quando o nível glicêmico pré- prandial for >95 mg/dl, ou o pós prandial de 1 h >140 mg/dl ou de 2 h >120 mg/dl ✓Medicamentoso ⇢Insulinoterapia (mulheres que eram diabéticas antes da gravidez e usavam hipoglicemiantes orais cessam e pas- sam a tomar insulina); ⇢Hipoglicemiantes Orais – medicamento de escolha > Metformina VIA DE PARTO ⋆Decidido entre a mulher e o profissional ⋆O parto cesáreo não é indicativo definitivo, deve ser considerada se na USG o peso fetal for >4.500g As gestantes com ótimo controle metabólico e que não apresentam antecedentes obstétricos de morte perina- tal, macrossomia ou complicações associadas, como hi- pertensão, podem aguardar a evolução espontânea para o parto atermo vaginal até 40 semanas (avaliada semanalmente) Não se recomenda deixar ultrapassar 40 semanas de gravidez, indicada a indução eletiva com 37 a 38 semanas. ACONSELHAMENTO PRÉ-CONCEPCIONAL ⋆IMC <25kg/m2 + dieta saudável + exercí- cio moderado/intenso; ⋆Não tabagismo; ⋆Manter os níveis de hemoglobina glicada de <6,5%; ⋆Suplementação com ácido fólico 3 meses antes e até 12 semanas depois da concepção. ACONSELHAMENTO PÓS-CONCEPCIONAL Uma mulher que tem muitos riscos futuros A recorrência do DMG em próxima gravidez será de 40% primíparas e 73% multíparas Após 5 anos, 50% das mulheres com DMG serão diabé- ticas tipo 2; A aderência a um padrão dietético saudável e mulheres que amamentam por mais de 3 meses apresentam me- nor incidência de diabetes tipo 2. Importante que toda mulher com DMG precisa ser rastreada com 6 a 12 semanas de pós parto pelo TOTG - 75 g de 2 h (se persistirem essa mulher adquiriu dia- betes tipo 2 Reduz em 80% cefaleia, desorientação, sudorese, pele fria e pegajosa, tremores, fadiga, torpor Ingerir açucar (copo de leite com açucar, ideal) CUIDADOS DE ENFERMAGEM Diante de uma hipoglicemia com sintomas: ✓Orientações nutricionais (Sempre carregar na bolsa ali- mentos com níveis de glicose); ✓Estímulo ao auto cuidado (manter cuidados saudáveis); ✓Orientação aos familiares (se inserirem juntamente com a mulher para apoio); ✓Cuidados na insulinoterapia (como aplicar, rodízios, do- ses, acondicionamento adequado); ✓Cuidados no controle glicêmico (verificar rotineira- mente); ✓Adesão à terapêutica (estimular e orientar); ✓Reavaliação pós parto;
Compartilhar