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Psicopedagogia aplicada ao 
ensino a distância: 
possibilidades e desafios 
Sumário
7. Psicopedagogia e os desafios do EaD na 
inclusão digital
8. O que é Design Educacional e qual sua 
relação com o ensino a distância?
9. Psicopedagogia e novas tecnologias: 
soluções para a aprendizagem em EaD
10. Sobre o Educamundo
11. Sobre a Edools
1. Introdução
2. Psicopedagogia, ensino a distância e 
inclusão: contextualização
3. Afinal, de quais dificuldades estamos 
falando?
4. Psicopedagogia e infoinclusão: 
possibilidades
5. Psicopedagogia e ensino a distância: uma 
parceria possível
6. Quem é o público-alvo que queremos 
alcançar com a parceria Psicopedagogia e EaD?
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Introdução
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A aprendizagem ganhou um olhar apurado e 
constantes mudanças nas últimas décadas. Muito se 
pesquisa para garantir uma educação de qualidade 
e, por isso, novas práticas pedagógicas são inseridas 
no campo educacional.
Paralelamente a tais mudanças, outros 
acontecimentos se desenrolavam, envolvendo 
processos de ensino, formas de aprendizagem e 
novidades que mudariam significativamente a forma 
de aprender. 
Três aspectos, em especial, se cruzam e serão 
nossos assuntos ao longo desta conversa: a 
Psicopedagogia, a inclusão educacional e digital e o 
ensino a distância.
Como a 
aprendizagem do ser humano, mais 
precisamente de suas dificuldades na aquisição 
de saberes, ela se liga automaticamente à 
inclusão, que é justamente garantir que todos, 
crianças, jovens e adultos, consigam construir 
uma trajetória de sucesso em seu aprendizado. 
O ensino a distância, por sua natureza, 
consegue promover a inclusão de alguns 
indivíduos, mas quais intervenções são 
necessárias para que o EaD promova a inclusão 
de TODOS eles? A Psicopedagogia pode fazer a 
diferença no ensino a distância? E de que forma 
podemos aplicá-la? 
Psicopedagogia se ocupa da
https://www.educamundo.com.br/cursos-online/psicopedagogia-fundamentos-essenciais
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Sendo assim, criamos este e-book com a intenção de mostrar a você alternativas com relação à 
aplicação da Psicopedagogia no ensino online. Aqui, você encontrará possíveis soluções e 
estratégias para alcançar um público que pode ser de potenciais alunos.
Acompanhe nossa discussão
“
Psicopedagogia, ensino 
a distância e inclusão: 
contextualização
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2
A psicopedagogia
Um dos principais objetivos da Psicopedagogia é compreender os processos de ensino-aprendizagem nos mais 
diferentes contextos educacionais. Para tal, é preciso analisá-los, para encontrar maneiras de intervir e melhorar 
a sua efetividade para que o ato de aprender contemple os diferentes públicos. 
É importante frisar que o estudo da Psicopedagogia é baseado na ótica do sujeito, ou seja, tudo o que é 
identificado e analisado é sob a perspectiva de quem tem dificuldades para aprender. Entretanto, as dificuldades 
não são somente o foco da Psicopedagogia. Essa ciência estuda as potencialidades dos indivíduos e tenta, por 
meio delas, ajudá-lo a neutralizar esses problemas de aprendizagem.
Alicerçada em várias áreas do conhecimento, como Sociologia, Biologia, Psicanálise, Filosofia e Informática, a 
Psicopedagogia se baseia em todos os aspectos relacionados aos problemas que impedem que pessoas consigam 
assimilar conteúdos. De seu estudo e aplicações, poderão surgir ideias para abrir um espaço a quem pode ser 
denominado atualmente como “infoexcluído”.
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A Psicopedagogia tem diferentes correntes de pensamentos, que dão forma às teorias da aprendizagem: 
comportamental, cognitiva e humanista. 
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● A comportamental 
defende abordagens de 
memorização e 
exercícios repetitivos.
● A cognitiva trabalha com a tese 
do processo de compreensão e 
de aprimoramento do 
aprendizado, por meio da 
relação entre as habilidades 
que o indivíduo tem e as que 
ele adquire. Seus adeptos 
estimulam os questionamentos 
e a interação dos sujeitos. 
● Já a teoria humanista não foca no 
processo de aprendizagem, mas 
sim na representação social do 
aprendizado para o indivíduo, para 
desenvolver sua capacidade de se 
relacionar, estimulando a 
inteligência emocional e 
fortalecendo sua autoestima. As 
técnicas mais utilizadas por seus 
simpatizantes são discussões, 
debates, chats e fóruns.
Trazendo as contribuições das teorias da aprendizagem com a Psicopedagogia para o que se espera do futuro do 
ensino a distância, percebe-se que a união de todas alcançará todos os tipos de aprendizes.
O ensino a distância
Vivemos em um mundo conectado, no qual barreiras 
geográficas e temporais foram derrubadas. A evolução 
tecnológica revolucionou a forma como as pessoas se 
relacionam, trabalham e estudam. 
O conhecimento e a informação nunca foram tão valiosos 
como passaram a ser quando a web trouxe inovações à 
aquisição de saberes, com o advento do ensino a 
distância. Essa nova prática pedagógica trouxe um mundo 
novo, cheio de possibilidades. No entanto, por vários 
motivos, nem todos usufruem dessa facilidade. 
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Não ter acesso aos recursos é uma das dificuldades, uma vez que computador e internet ainda são considerados 
artigos de luxo a algumas camadas da sociedade. Infelizmente, este caso foge à temática da nossa discussão. 
A nossa abordagem é sobre os motivos pelos quais ainda há pessoas sem acesso ao ensino a distância, uma vez 
que a metodologia ainda não contempla suas necessidades de aprendizagem, e de que forma esse cenário pode 
ser mudado. Sendo assim, precisamos saber como incluí-las na esfera do ensino a distância e de que forma a 
Psicopedagogia pode ser útil.
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O termo inclusão em nosso contexto tem várias 
interfaces: a inclusão de pessoas com deficiência, a 
de pessoas de acordo com sua forma de aprender e 
a de pessoas que são resistentes ao uso de 
tecnologias, até por não saberem, muitas vezes, 
como manejá-las ou por vergonha de tentar 
aprendê-las. 
O ensino a distância promoveu a inclusão de 
centenas de milhares de pessoas e, ano a ano, os 
números só aumentam. Os cursos online caíram nas 
graças daqueles que precisam se qualificar, pois a 
vida atribulada e a falta de tempo não lhes 
permitem frequentar um curso presencial. 
Há também o público que sempre teve vontade de 
conhecer determinado assunto e nunca teve 
oportunidade. Com o ensino a distância, é possível 
ter acesso a vários assuntos, pois tudo está ali 
pertinho, a distância de alguns cliques.
Todavia, temos que pensar em quem não consegue 
dar esses cliques, seja qual for o motivo. Se a 
democratização do acesso às novas tecnologias 
deve ser de forma igualitária, temos que descobrir 
como diminuir a exclusão digital. Um dos meios é 
com a ajuda da Psicopedagogia.
https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/
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Afinal, de quais 
dificuldades estamos 
falando?
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Ao usarmos o termo “dificuldade na aquisição do aprendizado” estamos nos referindo às diferentes 
formas de aprendizado. Ao longo dos anos, a educação seguiu uma linha engessada, na qual quem tinha 
facilidade com escrita, leitura e memorização se dava bem, mas quem tinha outro estilo de 
aprendizagem lutava para aprender e ir bem na escola.
Um exemplo clássico é a decoreba da tabuada, que ocorria pelo método da repetição. Quem tinha o 
estilo de aprendizagem visual ainda tinha um alento, o de conseguir lembrar a operação. Não havia uma 
metodologia de construção do conhecimento, como difundiu o psicólogo Jean Piaget, nos anos 20. 
O ensino a distância precisa construir o conhecimento, considerando as várias formas de aprendizagem 
e a realidade do educando. Por exemplo, ao apresentar um conceito escrito, é necessário encontrar 
formas de apresentá-lo também por meio de áudio (podcasts ou outros recursos), vídeo e 
apresentações criativas.
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Essa é uma vertente do trabalho da Psicopedagogia. 
Outra vertente diz respeito às dificuldades de 
aprendizagem conhecidas também como transtornos de 
aprendizagem, como TDAH (Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade). Agora a questão é como um 
aluno com TDAH encara umaplataforma AVA (Ambiente 
Virtual de Aprendizagem)? De que forma esse ambiente 
pode ajudá-lo e quais dificuldades ele pode encontrar? 
Outros públicos que podem apresentar dificuldades em 
aprender são as pessoas da terceira idade e aqueles que 
não são nativos digitais (chamados de não nativos ou 
imigrantes digitais) e têm dificuldades para acompanhar 
as mudanças frequentes. Dessa maneira, a 
Psicopedagogia pode ajudá-los a encontrar a razão dessa 
dificuldade, que pode ser insegurança, medo ou algum 
outro sentimento que os impedem de ampliar seus 
saberes de forma digital.
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É importante frisar que esse é um problema que pode 
acometer também quem já nasceu na era digital e não 
consegue se adaptar ou que é resistente a mudanças. O 
trabalho aqui deve ser feito pelo psicopedagogo, 
prestando consultoria às instituições de ensino a 
distância, a fim de orientá-las acerca das formas de se 
abordar o ensino a distância com esse público.
Já com pessoas na faixa da terceira idade, o profissional 
deve fazer um trabalho de intervenção psicopedagógica, 
para prevenir ou tirá-las da sedentariedade, tanto física 
quanto intelectual. Paralelo a isso, há um movimento do 
ensino a distância, no sentido de trazer a terceira e 
também quarta idade para os cursos online.
Outro trabalho que o psicopedagogo pode fazer junto às 
entidades de ensino a distância diz respeito à 
importância da inclusão de deficientes visuais e 
auditivos, um público grande e que ainda tem pouco 
acesso às novas tecnologias. Esse contexto envolve 
outros recursos e funcionalidades, como uma plataforma 
otimizada, com aplicativos que permitam o acesso ao 
conteúdo em Libras, por exemplo, e demais tipos de 
ferramentas de tecnologia assistiva.
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Psicopedagogia e infoclusão: 
possibilidades
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Apesar de passadas quase duas décadas do boom da internet, a infoinclusão ainda caminha a passos lentos. Os 
avanços não dão conta da quantidade de indivíduos (nas condições que citamos anteriormente) fora do círculo 
de acesso ao conhecimento, acarretando a exclusão digital.
Conhecidas como TICs, as Tecnologias de Informação e Comunicação representam uma nova cultura e muitas 
possibilidades de interação. No entanto, as várias opções em ferramentas online que podem ser utilizadas para 
oferecer os mais variados tipos de aprendizagem não têm sido amplamente utilizadas. 
Há possibilidades de promover uma maior inclusão digital? A resposta é positiva e há bastante trabalho pela 
frente, mas também há recursos. Plataformas inteligentes e softwares, aplicativos e programas desenvolvidos 
para os diversos tipos de aprendizes podem dar conta disso. Por trás disso tudo, podemos contar com a 
colaboração da Psicopedagogia e suas metodologias. 
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Psicopedagogia e 
ensino a distancia: 
Uma parceria possível
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A colaboração da Psicopedagogia na educação a distância se dará, basicamente, pelo auxílio no desenvolvimento 
de ambientes virtuais de aprendizagem dentro de um contexto lúdico e interativo. 
É importante salientar que as tecnologias, com destaque às computacionais, são capazes de ampliar várias 
funções cognitivas do ser humano, como raciocínio, imaginação, memória e percepção. Aliadas a materiais 
criados sob a perspectiva construtivista, podemos ter boas expectativas com relação aos resultados, tanto no 
sentido de atrair alunos quanto no de ser eficiente. 
O aporte teórico sobre o construtivismo, segundo Piaget, diz que o conhecimento resulta de contínuas 
transformações de esquemas, que seriam as formas de pensar ou de resolver problemas. Portanto, a parceria 
entre Psicopedagogia e EaD e a possibilidade de oferecer opções nas quais o aluno possa assimilar os conteúdos 
digitais, é possível alcançá-lo e adicioná-lo ao círculo dos infoincluídos no ensino a distância.
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Que público-alvo 
queremos alcançar 
com a parceria 
Psicopedagogia e EAD?
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Os excluídos digitalmente e os que já nasceram na era da 
informação têm suas dificuldades de aprendizagem. Por 
isso, é preciso desenvolver práticas voltadas ao interesse 
e aprendizado deles. Mesmo que distinta, a boa notícia é 
que existe solução para qualquer que seja o problema. 
Veja a seguir quem será beneficiado com o ensino a 
distância sob a perspectiva da Psicopedagogia:
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Imigrantes Digitais x Nativos
Marc Presnky, especialista em tecnologia e educação e fundador de uma instituição de EaD que desenvolve 
games utilizados para o ensino, cunhou termos para identificar as gerações pré e pós-internet: imigrantes 
digitais e nativos digitais.
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Nasceu antes que as TICs e internet se 
potencializassem, não tinha o Google para fazer 
pesquisas escolares. Ela precisava se deslocar 
até uma biblioteca pública ou à biblioteca 
escolar, caso não tivesse uma coleção de 
enciclopédias em casa. Computadores eram 
coisas distantes de sua realidade e, não raro, 
objetos de filmes de ficção.
Sequer imagina como seja viver em um 
mundo desconectado, pois, quando 
nasceram, internet, smartphones e 
computadores já eram realidade.
1ª 
geração
Imigrantes Digitais Nativos
2ª 
geração
Parte dos imigrantes digitais migraram para o “novo mundo”. Eles conseguem acompanhar as frequentes 
transformações e o mundo de informação que inundou seu dia a dia. Outra parte ainda é reticente.
Mas, seja qual for o lado em que estiverem, os desafios da educação a distância e da Psicopedagogia existem e 
podem ser traduzidos em:
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● Encontrar meios dos 
imigrantes digitais 
resistentes aderirem às 
tecnologias.
● Encontrar formas de 
ampliar os horizontes dos 
que migraram e que ainda 
não acostumaram com as 
novas formas de 
aprendizagem.
● Encontrar maneiras de 
manter os nativos digitais 
interessados nas formas de 
aprendizagem. 
A geração digital, por incrível que pareça, é a que mais 
demanda transformações no EaD. Esta é uma geração que 
está chegando agora aos bancos acadêmicos, ao mercado 
de trabalho. Ela está iniciando sua formação profissional 
e precisa se capacitar, aperfeiçoar, especializar. Então, 
qual é o problema? A metodologia tradicional de ensino 
pode se tornar entediante e, por isso, mesmo que seja 
uma qualificação por meio da educação a distância, será 
preciso bem mais do que um conteúdo disposto online.
Chamar a atenção desse aluno exigirá um desdobramento 
por parte das instituições de ensino a distância, no 
sentido de disponibilizar cursos atrativos e menos 
entediantes. Outro ponto importante a ser considerado é 
que o nativo digital nasceu, praticamente, com celulares 
nas mãos, o que faz desses dispositivos seu principal 
contato com o mundo virtual, o que significa total 
adaptação dos ambientes digitais aos dispositivos 
móveis.
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Pessoas com Deficiência
Outra contribuição da Psicopedagogia com o EaD diz respeito às tecnologias assistivas, que contribuem 
para que o aluno tenha acesso às atividades e recursos educacionais, como os leitores de tela. 
No entanto, os materiais educacionais precisar seguir alguns critérios específicos com relação à 
acessibilidade, para que sejam inseridos no ambiente virtual. Nesse ponto, o trabalho do especialista em 
Psicopedagogia é primordial e ajudará a dar as diretrizes para que as práticas pedagógicas para esse 
público sejam definidas.
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Pessoas com Dificuldade de aprendizado
O EaD pode ajudar pessoas com TDAH em vários aspectos, a começar pela flexibilidade de horários, 
considerando que elas têm dificuldade de seguir rotinas. 
Distração e dificuldade de concentração também são duas características dessa condição. Por isso, estudar 
algo de seu interesse e por meio de um conteúdo interativo, além de ser prazeroso, dará bons resultados de 
aprendizagem.
Já alunos com dislexia têm dificuldade de organização, além do déficit de atenção. Isso exigirá um trabalho 
psicopedagógico no sentido de orientar as instituições de ensino a distância quanto ao conteúdo, que deve 
ser objetivos e não dar margem à dupla interpretação. O uso de imagens facilita a assimilaçãode conteúdos, 
assim como as avaliações de múltipla escolha são as mais indicadas.
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Há outros tipos de distúrbios de aprendizagem que têm ligação com a escrita. Sendo assim, é possível 
encontrar em materiais interativos uma forma de minimizar o problema com jogos de palavras, por exemplo. 
Isso é válido para quem tem discalculia, problema em aprender matemática, uma vez que tais atividades 
induzem o raciocínio, podendo ser de grande ajuda. 
É importante salientar que as possíveis soluções disponibilizadas no ensino a distância, em alguns casos, 
podem minimizar as dificuldades, que nem sempre são totalmente resolvidas. 
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Psicopedagogia e os 
desafios do EaD na 
inclusão digital
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O maior desafio do ensino a distância para promover a inclusão digital de pessoas com dificuldades em 
aprender é o de conseguir desenvolver ambientes virtuais de aprendizagem que contemplem o processo 
formativo do indivíduo, permitindo que ele construa significados e defina sua própria representação da 
realidade. 
O que temos atualmente são ainda muitos cursos online estruturados com textos, imagens fixas, fórum, 
e-mail e chat, basicamente. Em contraste à velocidade com que as tecnologias surgem e se transformam, o 
ensino a distância ainda está atrasado, pelo menos no que diz respeito a um público diferenciado, com 
necessidades especiais. 
A infoinclusão do público citado ao longo do texto é um exemplo disso. Os métodos educativos são pautas 
da Psicopedagogia, Psicologia, Pedagogia e Ciências da Computação, mas a maioria dos espaços ainda é 
bastante formal.
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A presença do lúdico no EaD não é impossível, uma 
vez que já existem softwares que ajudam a criar 
ambientes atraentes, inteligentes e expressivos, 
para chamar a atenção com alternativas em 
ambientes de ensino-aprendizagem que 
contemplam os vários tipos de aquisição de saberes. 
No entanto, a utilização desses recursos no meio 
educacional digital ainda é pouco expressiva. 
Animações, charges, desafios lógicos e gamificação 
são alguns exemplos do que se pode utilizar para 
despertar a atenção dos alunos. Outro grande 
desafio é disponibilizar os conteúdos de aulas 
online para deficientes visuais e auditivos. O ensino 
a distância tem um grande potencial para 
atendê-los, pois uma de suas principais 
características é a sua integração total com as TICs.
Há que se dar atenção ao fato de disponibilizar 
materiais desenvolvidos a partir de um desenho 
pedagógico específico, com produção didática e 
sistema tutorial. Tais materiais são baseados em 
estratégias que garantam a oferta de qualificação 
sintonizada com o contexto social, cultural e 
econômico dos grupos específicos. A adequação do 
processo de ensino-aprendizagem às expectativas e 
necessidades do público-alvo é essencial para o 
sucesso do projeto. 
Conforme mencionado, as plataformas podem se 
tornar acessíveis, por meio de leitores de texto, 
vídeos de tradução em Libras e de qualquer outro 
tipo de software ou aplicativo específico para 
atender esse público. 
http://plataforma.edools.com/
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O que é Design 
Educacional e qual a sua 
relação com o ensino a 
distância?
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Para falar de tecnologias e novas formas de 
aprendizagem, é preciso mencionar a carreira 
emergente. Assim como o psicopedagogo, o designer 
educacional, nome que se dá ao profissional dessa 
área, também é um facilitador de caminhos que 
indicam os processos de aprendizagem efetivos. 
Esse especialista está, sobretudo, diretamente 
ligado às competências do século 21 e das presentes 
e futuras inovações na tecnologia que podem ser 
utilizadas para a educação. É ele quem planeja, 
coordena e avalia os processos educativos que 
utilizam as novas tecnologias. Em EaD, por exemplo, 
ele pode atuar na elaboração de projetos de 
gamificação e várias outras práticas pedagógicas.
O designer educacional dialoga com a Tecnologia 
Assistiva por meio de pesquisas em uma área 
conhecida como Design Universal para a 
Aprendizagem. Esta área trabalha com a pedagogia 
acessível, por meio da utilização de mídias diversas. 
Os estudos apontam para um aspecto sobre o qual 
já falamos no início do texto: as várias formas de 
aprender.
Isso significa que um conteúdo educacional não 
deve ser disponibilizado apenas na mídia 
considerada mais apropriada, e sim em múltiplas 
mídias, uma vez que as pessoas têm a tendência de 
aprender por meio da mídia que mais gostam
https://www.edools.com/design-instrucional/
https://www.edools.com/design-instrucional/
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Psicopedagogia e novas 
tecnologias: soluções para 
aprendizagem em EAD
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Chegou a hora de conversarmos sobre o que já existe em novas tecnologias, conceitos, 
recursos e estratégias sob a ótica da Psicopedagogia, ou seja, contemplar as diferentes 
formas de aprendizado. 
Prepare-se para conhecer um mundo de inovações, que são o presente ou o futuro da 
aprendizagem pelo ensino a distância — e por que não dizer uma revolução na educação? 
Objetos de Aprendizagem
Os Objetos de Aprendizagem (OAs) são recursos educacionais cujo objetivo é qualificar e mediar os 
processos de ensino-aprendizagem. Apresentados em diversos formatos e linguagens, eles são reutilizáveis 
em diferentes contextos e nos vários campos do conhecimento. 
O planejamento de práticas pedagógicas prevê que os OAs sejam utilizados, para proporcionar aos alunos 
autonomia e senso de cooperação e colaboração. Por meio deles, é possível criar situações-problema, 
desafiando os alunos, por exemplo, a buscar respostas e soluções. Dessa maneira, é possível instigar a 
curiosidade e o desenvolvimento dos educandos. 
Os OAs são essenciais no ensino a distância e podem ser combinados com várias mídias, como animações, 
vídeos, áudios, e-books, tutoriais, mapas, infográficos, tabelas, games, podcasts e muitos outros.
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Aprendizagem Adaptativa
A aprendizagem adaptativa proporciona uma aprendizagem individualizada. Algoritmos 
compreendem a preferência dos indivíduos, assim como seu background e pontos fortes e fracos. 
Dessa forma, um sistema começa a conhecer o aprendiz e passa a recomendar atividades e 
conteúdos que se alinhem com o seu perfil. 
Muitas plataformas adaptativas utilizam a lógica da gamificação para criar conteúdos 
interessantes, despertar o interesse e melhorar o aproveitamento de seus alunos.
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https://www.edools.com/aprendizagem-adaptativa/
Uma das grandes apostas da educação no novo milênio é 
a gamificação, que tem tudo a ver com a proposta de 
aprendizagem pelo lúdico. Esse recurso apresenta um 
imenso potencial na educação, pois é uma das formas de 
despertar o interesse do aluno, além de ajudá-lo a 
desenvolver sua autonomia, criatividade e poder de 
decisão.
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Gamificação
https://www.edools.com/o-que-e-gamificacao/
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A proposta da gamificação nem sempre é a utilização de jogos prontos, mas sim a de elementos de 
jogos para criar situações de desafio e de solução de problemas, promovendo o aprendizado. Cumpre 
mencionar que o game Minecraft é uma exceção, pois ele ganhou uma versão para o ambiente 
educacional, cujo nome é MinecraftEDU. Com adeptos de todas as idades e no mundo todo, este game 
trabalha habilidades importantes para o desenvolvimento que são desejadas no processo de 
aprendizagem. 
Missões, desafios, rankings, pontuações, avatares, 
cenários: todos os elementos dos games são trazidos 
para a proposta de ensino de determinada 
pauta/conteúdo. Sendo assim, imagine os benefícios de 
um curso online de História com uma proposta de 
aprendizagem por meio de RPG (Role Playing Game), com 
situações nas quais os alunos precisam representar um 
personagem e buscar a solução para determinados 
problemas, seguindo regras estabelecidas. A utilização de 
RPG é, inclusive, validada por pesquisadores e 
especialistas em educação
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Microlearning
Outra solução em educação traz o recurso 
microlearning, com conteúdos rápidos de fácil 
acesso. Ou seja, cursos de pequena duração, com 
foco na aprendizagem de um conteúdoespecífico. 
Tais conteúdos podem ser disponibilizados por meio 
de atividades gamificadas, animações de 
whiteboard, vídeos de animação e outros.
O microlearning é uma ótima opção para as 
plataformas de ensino EaD enviar “dicas” a seus 
alunos, como pequenas doses de conhecimento.
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Esse formato de curso pode atrair bastante os 
alunos. O blend de mídias é uma mescla de mídias. 
Por exemplo: parte do conteúdo é disponibilizado 
em materiais em formato PDF, e outra parte, em 
telas online alternativas, como as Rapid Learns. 
A proposta deste recurso é disponibilizar conteúdos 
objetivos, com duração máxima de uma hora. Suas 
vantagens são a capacidade de memorização e o 
armazenamento do que realmente interessa. 
Trata-se de um recurso dinâmico e efetivo.
Blend de Mídias
Rapid Learning
O conceito de Mobile Learning (m-learning) não se trata 
apenas do uso de aplicativos para a aquisição de 
conhecimentos. É também o acesso de toda ferramenta 
de mídia e a interação, via aparelho celular, com colegas, 
compartilhando informações, debatendo temas 
estudados etc.
Você se lembra de que falamos da geração que tem o 
conhecimento na palma da mão? Esse é um de seus 
principais meios de aprendizagem. 
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Mobile Learning
https://www.edools.com/mobile-learning/
Outros recursos:
Whiteboard
Whiteboard é conhecida como a Pílula do Conhecimento. 
Ela é uma ótima opção em conteúdo interativo. Trata-se 
de um quadro branco no qual são ilustradas as situações 
relatadas na locução (profissional). Essa é uma 
ferramenta lúdica que consegue transmitir o 
conhecimento de forma divertida e descontraída. 
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Podcast
O podcast é um recurso que beneficia bastante o 
ensino a distância. Ele é um excelente facilitador e 
pode ser reproduzido tanto em computadores 
quanto em smartphones. O aluno pode ter acesso ao 
conteúdo em áudio em qualquer lugar: na academia, 
no caminho para casa etc. Essa ferramenta reforça 
bastante o m-learning (Mobile Learning). 
https://soundcloud.com/eadcast
Vídeos animados
Os vídeos animados são o tipo de abordagem 
descontraída, divertida e dinâmica, que caíram no gosto 
das pessoas e passaram a ser utilizados para propagar 
informação e conhecimento.
Exercícios interativos
Uma das formas que se tem para saber se o conteúdo foi 
assimilado ou não se dá por meio de exercícios para 
testar os conhecimentos. Por meio deles, o aluno pode 
descobrir o que aprendeu e voltar a estudar conteúdos 
para reforçá-los.
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Infográficos
Utilizados por jornais, o infográfico ganhou seu lugar 
em outros espaços, inclusive na educação. Trata-se 
de um recurso de comunicação que faz uso de 
elementos visuais junto a textos, transmitindo 
informações de forma objetiva, resumida e o mais 
clara possível.
De acordo com tudo o que foi discutido, percebe-se que, em um futuro bem próximo, a educação a distância 
contemplará os mais diversos tipos de aprendizes, como todos os citados ao longo dessa nossa conversa. 
Podemos afirmar que as expectativas são promissoras quanto aos desafios, geração digital e inclusão de grupos 
que, ainda hoje, não utilizam os benefícios do EaD.
Quem ainda não se convenceu de que a educação a distância ganhou muito espaço e credibilidade na última 
década precisa rever seus conceitos e dar uma chance ao novo e a si mesmo, para não perder ótimas 
oportunidades de ampliar os horizontes.
Enquanto isso, a Psicopedagogia, o Design Educacional, as Ciências da Computação e muitas áreas envolvidas 
continuam engajadas para que todos tenham acesso a um dos direitos fundamentais do homem: o direito à 
educação, neste contexto, a educação a distância.
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A Edools é uma empresa brasileira de tecnologia que tem como missão somar forças para a evolução 
constante do ensino online. Através do modelo SaaS (Software as a Service), a plataforma é a infraestrutura 
tecnológica para instituições ensinarem a distância e levarem a melhor experiência para seus alunos.
Além de reconhecida por premiações de modelo de negócio e gestão de recursos humanos, a Edools ajuda 
empresas como Stefanini, Sebrae, Azul Viagens e IBOPE com seu sistema de gestão da aprendizagem.
Atuando em quatro principais segmentos de mercado: Treinamento Corporativo, Preparatórios para 
Concursos, Cursos Livres e Universidades, e por meio dos modelos de trabalho: plataforma nativa e por 
projeto, a empresa é conhecida pela melhoria contínua da sua tecnologia para ensino online.
Sobre a Edools
Fale com um consultor
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https://www.edools.com/contato/

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