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Psicopedagogia aplicada ao ensino a distância: possibilidades e desafios Sumário 7. Psicopedagogia e os desafios do EaD na inclusão digital 8. O que é Design Educacional e qual sua relação com o ensino a distância? 9. Psicopedagogia e novas tecnologias: soluções para a aprendizagem em EaD 10. Sobre o Educamundo 11. Sobre a Edools 1. Introdução 2. Psicopedagogia, ensino a distância e inclusão: contextualização 3. Afinal, de quais dificuldades estamos falando? 4. Psicopedagogia e infoinclusão: possibilidades 5. Psicopedagogia e ensino a distância: uma parceria possível 6. Quem é o público-alvo que queremos alcançar com a parceria Psicopedagogia e EaD? 2 Introdução 3 A aprendizagem ganhou um olhar apurado e constantes mudanças nas últimas décadas. Muito se pesquisa para garantir uma educação de qualidade e, por isso, novas práticas pedagógicas são inseridas no campo educacional. Paralelamente a tais mudanças, outros acontecimentos se desenrolavam, envolvendo processos de ensino, formas de aprendizagem e novidades que mudariam significativamente a forma de aprender. Três aspectos, em especial, se cruzam e serão nossos assuntos ao longo desta conversa: a Psicopedagogia, a inclusão educacional e digital e o ensino a distância. Como a aprendizagem do ser humano, mais precisamente de suas dificuldades na aquisição de saberes, ela se liga automaticamente à inclusão, que é justamente garantir que todos, crianças, jovens e adultos, consigam construir uma trajetória de sucesso em seu aprendizado. O ensino a distância, por sua natureza, consegue promover a inclusão de alguns indivíduos, mas quais intervenções são necessárias para que o EaD promova a inclusão de TODOS eles? A Psicopedagogia pode fazer a diferença no ensino a distância? E de que forma podemos aplicá-la? Psicopedagogia se ocupa da https://www.educamundo.com.br/cursos-online/psicopedagogia-fundamentos-essenciais 4 Sendo assim, criamos este e-book com a intenção de mostrar a você alternativas com relação à aplicação da Psicopedagogia no ensino online. Aqui, você encontrará possíveis soluções e estratégias para alcançar um público que pode ser de potenciais alunos. Acompanhe nossa discussão “ Psicopedagogia, ensino a distância e inclusão: contextualização 5 2 A psicopedagogia Um dos principais objetivos da Psicopedagogia é compreender os processos de ensino-aprendizagem nos mais diferentes contextos educacionais. Para tal, é preciso analisá-los, para encontrar maneiras de intervir e melhorar a sua efetividade para que o ato de aprender contemple os diferentes públicos. É importante frisar que o estudo da Psicopedagogia é baseado na ótica do sujeito, ou seja, tudo o que é identificado e analisado é sob a perspectiva de quem tem dificuldades para aprender. Entretanto, as dificuldades não são somente o foco da Psicopedagogia. Essa ciência estuda as potencialidades dos indivíduos e tenta, por meio delas, ajudá-lo a neutralizar esses problemas de aprendizagem. Alicerçada em várias áreas do conhecimento, como Sociologia, Biologia, Psicanálise, Filosofia e Informática, a Psicopedagogia se baseia em todos os aspectos relacionados aos problemas que impedem que pessoas consigam assimilar conteúdos. De seu estudo e aplicações, poderão surgir ideias para abrir um espaço a quem pode ser denominado atualmente como “infoexcluído”. 6 A Psicopedagogia tem diferentes correntes de pensamentos, que dão forma às teorias da aprendizagem: comportamental, cognitiva e humanista. 7 ● A comportamental defende abordagens de memorização e exercícios repetitivos. ● A cognitiva trabalha com a tese do processo de compreensão e de aprimoramento do aprendizado, por meio da relação entre as habilidades que o indivíduo tem e as que ele adquire. Seus adeptos estimulam os questionamentos e a interação dos sujeitos. ● Já a teoria humanista não foca no processo de aprendizagem, mas sim na representação social do aprendizado para o indivíduo, para desenvolver sua capacidade de se relacionar, estimulando a inteligência emocional e fortalecendo sua autoestima. As técnicas mais utilizadas por seus simpatizantes são discussões, debates, chats e fóruns. Trazendo as contribuições das teorias da aprendizagem com a Psicopedagogia para o que se espera do futuro do ensino a distância, percebe-se que a união de todas alcançará todos os tipos de aprendizes. O ensino a distância Vivemos em um mundo conectado, no qual barreiras geográficas e temporais foram derrubadas. A evolução tecnológica revolucionou a forma como as pessoas se relacionam, trabalham e estudam. O conhecimento e a informação nunca foram tão valiosos como passaram a ser quando a web trouxe inovações à aquisição de saberes, com o advento do ensino a distância. Essa nova prática pedagógica trouxe um mundo novo, cheio de possibilidades. No entanto, por vários motivos, nem todos usufruem dessa facilidade. 8 Não ter acesso aos recursos é uma das dificuldades, uma vez que computador e internet ainda são considerados artigos de luxo a algumas camadas da sociedade. Infelizmente, este caso foge à temática da nossa discussão. A nossa abordagem é sobre os motivos pelos quais ainda há pessoas sem acesso ao ensino a distância, uma vez que a metodologia ainda não contempla suas necessidades de aprendizagem, e de que forma esse cenário pode ser mudado. Sendo assim, precisamos saber como incluí-las na esfera do ensino a distância e de que forma a Psicopedagogia pode ser útil. 9 10 O termo inclusão em nosso contexto tem várias interfaces: a inclusão de pessoas com deficiência, a de pessoas de acordo com sua forma de aprender e a de pessoas que são resistentes ao uso de tecnologias, até por não saberem, muitas vezes, como manejá-las ou por vergonha de tentar aprendê-las. O ensino a distância promoveu a inclusão de centenas de milhares de pessoas e, ano a ano, os números só aumentam. Os cursos online caíram nas graças daqueles que precisam se qualificar, pois a vida atribulada e a falta de tempo não lhes permitem frequentar um curso presencial. Há também o público que sempre teve vontade de conhecer determinado assunto e nunca teve oportunidade. Com o ensino a distância, é possível ter acesso a vários assuntos, pois tudo está ali pertinho, a distância de alguns cliques. Todavia, temos que pensar em quem não consegue dar esses cliques, seja qual for o motivo. Se a democratização do acesso às novas tecnologias deve ser de forma igualitária, temos que descobrir como diminuir a exclusão digital. Um dos meios é com a ajuda da Psicopedagogia. https://www.focoeducacaoprofissional.com.br/ “ Afinal, de quais dificuldades estamos falando? 11 3 Ao usarmos o termo “dificuldade na aquisição do aprendizado” estamos nos referindo às diferentes formas de aprendizado. Ao longo dos anos, a educação seguiu uma linha engessada, na qual quem tinha facilidade com escrita, leitura e memorização se dava bem, mas quem tinha outro estilo de aprendizagem lutava para aprender e ir bem na escola. Um exemplo clássico é a decoreba da tabuada, que ocorria pelo método da repetição. Quem tinha o estilo de aprendizagem visual ainda tinha um alento, o de conseguir lembrar a operação. Não havia uma metodologia de construção do conhecimento, como difundiu o psicólogo Jean Piaget, nos anos 20. O ensino a distância precisa construir o conhecimento, considerando as várias formas de aprendizagem e a realidade do educando. Por exemplo, ao apresentar um conceito escrito, é necessário encontrar formas de apresentá-lo também por meio de áudio (podcasts ou outros recursos), vídeo e apresentações criativas. 12 13 Essa é uma vertente do trabalho da Psicopedagogia. Outra vertente diz respeito às dificuldades de aprendizagem conhecidas também como transtornos de aprendizagem, como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Agora a questão é como um aluno com TDAH encara umaplataforma AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem)? De que forma esse ambiente pode ajudá-lo e quais dificuldades ele pode encontrar? Outros públicos que podem apresentar dificuldades em aprender são as pessoas da terceira idade e aqueles que não são nativos digitais (chamados de não nativos ou imigrantes digitais) e têm dificuldades para acompanhar as mudanças frequentes. Dessa maneira, a Psicopedagogia pode ajudá-los a encontrar a razão dessa dificuldade, que pode ser insegurança, medo ou algum outro sentimento que os impedem de ampliar seus saberes de forma digital. 14 É importante frisar que esse é um problema que pode acometer também quem já nasceu na era digital e não consegue se adaptar ou que é resistente a mudanças. O trabalho aqui deve ser feito pelo psicopedagogo, prestando consultoria às instituições de ensino a distância, a fim de orientá-las acerca das formas de se abordar o ensino a distância com esse público. Já com pessoas na faixa da terceira idade, o profissional deve fazer um trabalho de intervenção psicopedagógica, para prevenir ou tirá-las da sedentariedade, tanto física quanto intelectual. Paralelo a isso, há um movimento do ensino a distância, no sentido de trazer a terceira e também quarta idade para os cursos online. Outro trabalho que o psicopedagogo pode fazer junto às entidades de ensino a distância diz respeito à importância da inclusão de deficientes visuais e auditivos, um público grande e que ainda tem pouco acesso às novas tecnologias. Esse contexto envolve outros recursos e funcionalidades, como uma plataforma otimizada, com aplicativos que permitam o acesso ao conteúdo em Libras, por exemplo, e demais tipos de ferramentas de tecnologia assistiva. 15 “ Psicopedagogia e infoclusão: possibilidades 16 4 Apesar de passadas quase duas décadas do boom da internet, a infoinclusão ainda caminha a passos lentos. Os avanços não dão conta da quantidade de indivíduos (nas condições que citamos anteriormente) fora do círculo de acesso ao conhecimento, acarretando a exclusão digital. Conhecidas como TICs, as Tecnologias de Informação e Comunicação representam uma nova cultura e muitas possibilidades de interação. No entanto, as várias opções em ferramentas online que podem ser utilizadas para oferecer os mais variados tipos de aprendizagem não têm sido amplamente utilizadas. Há possibilidades de promover uma maior inclusão digital? A resposta é positiva e há bastante trabalho pela frente, mas também há recursos. Plataformas inteligentes e softwares, aplicativos e programas desenvolvidos para os diversos tipos de aprendizes podem dar conta disso. Por trás disso tudo, podemos contar com a colaboração da Psicopedagogia e suas metodologias. 17 “ Psicopedagogia e ensino a distancia: Uma parceria possível 18 5 A colaboração da Psicopedagogia na educação a distância se dará, basicamente, pelo auxílio no desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem dentro de um contexto lúdico e interativo. É importante salientar que as tecnologias, com destaque às computacionais, são capazes de ampliar várias funções cognitivas do ser humano, como raciocínio, imaginação, memória e percepção. Aliadas a materiais criados sob a perspectiva construtivista, podemos ter boas expectativas com relação aos resultados, tanto no sentido de atrair alunos quanto no de ser eficiente. O aporte teórico sobre o construtivismo, segundo Piaget, diz que o conhecimento resulta de contínuas transformações de esquemas, que seriam as formas de pensar ou de resolver problemas. Portanto, a parceria entre Psicopedagogia e EaD e a possibilidade de oferecer opções nas quais o aluno possa assimilar os conteúdos digitais, é possível alcançá-lo e adicioná-lo ao círculo dos infoincluídos no ensino a distância. 19 “ Que público-alvo queremos alcançar com a parceria Psicopedagogia e EAD? 20 6 Os excluídos digitalmente e os que já nasceram na era da informação têm suas dificuldades de aprendizagem. Por isso, é preciso desenvolver práticas voltadas ao interesse e aprendizado deles. Mesmo que distinta, a boa notícia é que existe solução para qualquer que seja o problema. Veja a seguir quem será beneficiado com o ensino a distância sob a perspectiva da Psicopedagogia: 21 Imigrantes Digitais x Nativos Marc Presnky, especialista em tecnologia e educação e fundador de uma instituição de EaD que desenvolve games utilizados para o ensino, cunhou termos para identificar as gerações pré e pós-internet: imigrantes digitais e nativos digitais. 22 23 Nasceu antes que as TICs e internet se potencializassem, não tinha o Google para fazer pesquisas escolares. Ela precisava se deslocar até uma biblioteca pública ou à biblioteca escolar, caso não tivesse uma coleção de enciclopédias em casa. Computadores eram coisas distantes de sua realidade e, não raro, objetos de filmes de ficção. Sequer imagina como seja viver em um mundo desconectado, pois, quando nasceram, internet, smartphones e computadores já eram realidade. 1ª geração Imigrantes Digitais Nativos 2ª geração Parte dos imigrantes digitais migraram para o “novo mundo”. Eles conseguem acompanhar as frequentes transformações e o mundo de informação que inundou seu dia a dia. Outra parte ainda é reticente. Mas, seja qual for o lado em que estiverem, os desafios da educação a distância e da Psicopedagogia existem e podem ser traduzidos em: 24 ● Encontrar meios dos imigrantes digitais resistentes aderirem às tecnologias. ● Encontrar formas de ampliar os horizontes dos que migraram e que ainda não acostumaram com as novas formas de aprendizagem. ● Encontrar maneiras de manter os nativos digitais interessados nas formas de aprendizagem. A geração digital, por incrível que pareça, é a que mais demanda transformações no EaD. Esta é uma geração que está chegando agora aos bancos acadêmicos, ao mercado de trabalho. Ela está iniciando sua formação profissional e precisa se capacitar, aperfeiçoar, especializar. Então, qual é o problema? A metodologia tradicional de ensino pode se tornar entediante e, por isso, mesmo que seja uma qualificação por meio da educação a distância, será preciso bem mais do que um conteúdo disposto online. Chamar a atenção desse aluno exigirá um desdobramento por parte das instituições de ensino a distância, no sentido de disponibilizar cursos atrativos e menos entediantes. Outro ponto importante a ser considerado é que o nativo digital nasceu, praticamente, com celulares nas mãos, o que faz desses dispositivos seu principal contato com o mundo virtual, o que significa total adaptação dos ambientes digitais aos dispositivos móveis. 25 Pessoas com Deficiência Outra contribuição da Psicopedagogia com o EaD diz respeito às tecnologias assistivas, que contribuem para que o aluno tenha acesso às atividades e recursos educacionais, como os leitores de tela. No entanto, os materiais educacionais precisar seguir alguns critérios específicos com relação à acessibilidade, para que sejam inseridos no ambiente virtual. Nesse ponto, o trabalho do especialista em Psicopedagogia é primordial e ajudará a dar as diretrizes para que as práticas pedagógicas para esse público sejam definidas. 26 Pessoas com Dificuldade de aprendizado O EaD pode ajudar pessoas com TDAH em vários aspectos, a começar pela flexibilidade de horários, considerando que elas têm dificuldade de seguir rotinas. Distração e dificuldade de concentração também são duas características dessa condição. Por isso, estudar algo de seu interesse e por meio de um conteúdo interativo, além de ser prazeroso, dará bons resultados de aprendizagem. Já alunos com dislexia têm dificuldade de organização, além do déficit de atenção. Isso exigirá um trabalho psicopedagógico no sentido de orientar as instituições de ensino a distância quanto ao conteúdo, que deve ser objetivos e não dar margem à dupla interpretação. O uso de imagens facilita a assimilaçãode conteúdos, assim como as avaliações de múltipla escolha são as mais indicadas. 27 Há outros tipos de distúrbios de aprendizagem que têm ligação com a escrita. Sendo assim, é possível encontrar em materiais interativos uma forma de minimizar o problema com jogos de palavras, por exemplo. Isso é válido para quem tem discalculia, problema em aprender matemática, uma vez que tais atividades induzem o raciocínio, podendo ser de grande ajuda. É importante salientar que as possíveis soluções disponibilizadas no ensino a distância, em alguns casos, podem minimizar as dificuldades, que nem sempre são totalmente resolvidas. 28 “ Psicopedagogia e os desafios do EaD na inclusão digital 29 7 O maior desafio do ensino a distância para promover a inclusão digital de pessoas com dificuldades em aprender é o de conseguir desenvolver ambientes virtuais de aprendizagem que contemplem o processo formativo do indivíduo, permitindo que ele construa significados e defina sua própria representação da realidade. O que temos atualmente são ainda muitos cursos online estruturados com textos, imagens fixas, fórum, e-mail e chat, basicamente. Em contraste à velocidade com que as tecnologias surgem e se transformam, o ensino a distância ainda está atrasado, pelo menos no que diz respeito a um público diferenciado, com necessidades especiais. A infoinclusão do público citado ao longo do texto é um exemplo disso. Os métodos educativos são pautas da Psicopedagogia, Psicologia, Pedagogia e Ciências da Computação, mas a maioria dos espaços ainda é bastante formal. 30 31 A presença do lúdico no EaD não é impossível, uma vez que já existem softwares que ajudam a criar ambientes atraentes, inteligentes e expressivos, para chamar a atenção com alternativas em ambientes de ensino-aprendizagem que contemplam os vários tipos de aquisição de saberes. No entanto, a utilização desses recursos no meio educacional digital ainda é pouco expressiva. Animações, charges, desafios lógicos e gamificação são alguns exemplos do que se pode utilizar para despertar a atenção dos alunos. Outro grande desafio é disponibilizar os conteúdos de aulas online para deficientes visuais e auditivos. O ensino a distância tem um grande potencial para atendê-los, pois uma de suas principais características é a sua integração total com as TICs. Há que se dar atenção ao fato de disponibilizar materiais desenvolvidos a partir de um desenho pedagógico específico, com produção didática e sistema tutorial. Tais materiais são baseados em estratégias que garantam a oferta de qualificação sintonizada com o contexto social, cultural e econômico dos grupos específicos. A adequação do processo de ensino-aprendizagem às expectativas e necessidades do público-alvo é essencial para o sucesso do projeto. Conforme mencionado, as plataformas podem se tornar acessíveis, por meio de leitores de texto, vídeos de tradução em Libras e de qualquer outro tipo de software ou aplicativo específico para atender esse público. http://plataforma.edools.com/ “ O que é Design Educacional e qual a sua relação com o ensino a distância? 32 8 33 Para falar de tecnologias e novas formas de aprendizagem, é preciso mencionar a carreira emergente. Assim como o psicopedagogo, o designer educacional, nome que se dá ao profissional dessa área, também é um facilitador de caminhos que indicam os processos de aprendizagem efetivos. Esse especialista está, sobretudo, diretamente ligado às competências do século 21 e das presentes e futuras inovações na tecnologia que podem ser utilizadas para a educação. É ele quem planeja, coordena e avalia os processos educativos que utilizam as novas tecnologias. Em EaD, por exemplo, ele pode atuar na elaboração de projetos de gamificação e várias outras práticas pedagógicas. O designer educacional dialoga com a Tecnologia Assistiva por meio de pesquisas em uma área conhecida como Design Universal para a Aprendizagem. Esta área trabalha com a pedagogia acessível, por meio da utilização de mídias diversas. Os estudos apontam para um aspecto sobre o qual já falamos no início do texto: as várias formas de aprender. Isso significa que um conteúdo educacional não deve ser disponibilizado apenas na mídia considerada mais apropriada, e sim em múltiplas mídias, uma vez que as pessoas têm a tendência de aprender por meio da mídia que mais gostam https://www.edools.com/design-instrucional/ https://www.edools.com/design-instrucional/ “ Psicopedagogia e novas tecnologias: soluções para aprendizagem em EAD 34 9 35 Chegou a hora de conversarmos sobre o que já existe em novas tecnologias, conceitos, recursos e estratégias sob a ótica da Psicopedagogia, ou seja, contemplar as diferentes formas de aprendizado. Prepare-se para conhecer um mundo de inovações, que são o presente ou o futuro da aprendizagem pelo ensino a distância — e por que não dizer uma revolução na educação? Objetos de Aprendizagem Os Objetos de Aprendizagem (OAs) são recursos educacionais cujo objetivo é qualificar e mediar os processos de ensino-aprendizagem. Apresentados em diversos formatos e linguagens, eles são reutilizáveis em diferentes contextos e nos vários campos do conhecimento. O planejamento de práticas pedagógicas prevê que os OAs sejam utilizados, para proporcionar aos alunos autonomia e senso de cooperação e colaboração. Por meio deles, é possível criar situações-problema, desafiando os alunos, por exemplo, a buscar respostas e soluções. Dessa maneira, é possível instigar a curiosidade e o desenvolvimento dos educandos. Os OAs são essenciais no ensino a distância e podem ser combinados com várias mídias, como animações, vídeos, áudios, e-books, tutoriais, mapas, infográficos, tabelas, games, podcasts e muitos outros. 36 Aprendizagem Adaptativa A aprendizagem adaptativa proporciona uma aprendizagem individualizada. Algoritmos compreendem a preferência dos indivíduos, assim como seu background e pontos fortes e fracos. Dessa forma, um sistema começa a conhecer o aprendiz e passa a recomendar atividades e conteúdos que se alinhem com o seu perfil. Muitas plataformas adaptativas utilizam a lógica da gamificação para criar conteúdos interessantes, despertar o interesse e melhorar o aproveitamento de seus alunos. 37 https://www.edools.com/aprendizagem-adaptativa/ Uma das grandes apostas da educação no novo milênio é a gamificação, que tem tudo a ver com a proposta de aprendizagem pelo lúdico. Esse recurso apresenta um imenso potencial na educação, pois é uma das formas de despertar o interesse do aluno, além de ajudá-lo a desenvolver sua autonomia, criatividade e poder de decisão. 38 Gamificação https://www.edools.com/o-que-e-gamificacao/ 39 A proposta da gamificação nem sempre é a utilização de jogos prontos, mas sim a de elementos de jogos para criar situações de desafio e de solução de problemas, promovendo o aprendizado. Cumpre mencionar que o game Minecraft é uma exceção, pois ele ganhou uma versão para o ambiente educacional, cujo nome é MinecraftEDU. Com adeptos de todas as idades e no mundo todo, este game trabalha habilidades importantes para o desenvolvimento que são desejadas no processo de aprendizagem. Missões, desafios, rankings, pontuações, avatares, cenários: todos os elementos dos games são trazidos para a proposta de ensino de determinada pauta/conteúdo. Sendo assim, imagine os benefícios de um curso online de História com uma proposta de aprendizagem por meio de RPG (Role Playing Game), com situações nas quais os alunos precisam representar um personagem e buscar a solução para determinados problemas, seguindo regras estabelecidas. A utilização de RPG é, inclusive, validada por pesquisadores e especialistas em educação 40 Microlearning Outra solução em educação traz o recurso microlearning, com conteúdos rápidos de fácil acesso. Ou seja, cursos de pequena duração, com foco na aprendizagem de um conteúdoespecífico. Tais conteúdos podem ser disponibilizados por meio de atividades gamificadas, animações de whiteboard, vídeos de animação e outros. O microlearning é uma ótima opção para as plataformas de ensino EaD enviar “dicas” a seus alunos, como pequenas doses de conhecimento. 41 Esse formato de curso pode atrair bastante os alunos. O blend de mídias é uma mescla de mídias. Por exemplo: parte do conteúdo é disponibilizado em materiais em formato PDF, e outra parte, em telas online alternativas, como as Rapid Learns. A proposta deste recurso é disponibilizar conteúdos objetivos, com duração máxima de uma hora. Suas vantagens são a capacidade de memorização e o armazenamento do que realmente interessa. Trata-se de um recurso dinâmico e efetivo. Blend de Mídias Rapid Learning O conceito de Mobile Learning (m-learning) não se trata apenas do uso de aplicativos para a aquisição de conhecimentos. É também o acesso de toda ferramenta de mídia e a interação, via aparelho celular, com colegas, compartilhando informações, debatendo temas estudados etc. Você se lembra de que falamos da geração que tem o conhecimento na palma da mão? Esse é um de seus principais meios de aprendizagem. 42 Mobile Learning https://www.edools.com/mobile-learning/ Outros recursos: Whiteboard Whiteboard é conhecida como a Pílula do Conhecimento. Ela é uma ótima opção em conteúdo interativo. Trata-se de um quadro branco no qual são ilustradas as situações relatadas na locução (profissional). Essa é uma ferramenta lúdica que consegue transmitir o conhecimento de forma divertida e descontraída. 43 Podcast O podcast é um recurso que beneficia bastante o ensino a distância. Ele é um excelente facilitador e pode ser reproduzido tanto em computadores quanto em smartphones. O aluno pode ter acesso ao conteúdo em áudio em qualquer lugar: na academia, no caminho para casa etc. Essa ferramenta reforça bastante o m-learning (Mobile Learning). https://soundcloud.com/eadcast Vídeos animados Os vídeos animados são o tipo de abordagem descontraída, divertida e dinâmica, que caíram no gosto das pessoas e passaram a ser utilizados para propagar informação e conhecimento. Exercícios interativos Uma das formas que se tem para saber se o conteúdo foi assimilado ou não se dá por meio de exercícios para testar os conhecimentos. Por meio deles, o aluno pode descobrir o que aprendeu e voltar a estudar conteúdos para reforçá-los. 44 Infográficos Utilizados por jornais, o infográfico ganhou seu lugar em outros espaços, inclusive na educação. Trata-se de um recurso de comunicação que faz uso de elementos visuais junto a textos, transmitindo informações de forma objetiva, resumida e o mais clara possível. De acordo com tudo o que foi discutido, percebe-se que, em um futuro bem próximo, a educação a distância contemplará os mais diversos tipos de aprendizes, como todos os citados ao longo dessa nossa conversa. Podemos afirmar que as expectativas são promissoras quanto aos desafios, geração digital e inclusão de grupos que, ainda hoje, não utilizam os benefícios do EaD. Quem ainda não se convenceu de que a educação a distância ganhou muito espaço e credibilidade na última década precisa rever seus conceitos e dar uma chance ao novo e a si mesmo, para não perder ótimas oportunidades de ampliar os horizontes. Enquanto isso, a Psicopedagogia, o Design Educacional, as Ciências da Computação e muitas áreas envolvidas continuam engajadas para que todos tenham acesso a um dos direitos fundamentais do homem: o direito à educação, neste contexto, a educação a distância. 45 “ 48 10 A Edools é uma empresa brasileira de tecnologia que tem como missão somar forças para a evolução constante do ensino online. Através do modelo SaaS (Software as a Service), a plataforma é a infraestrutura tecnológica para instituições ensinarem a distância e levarem a melhor experiência para seus alunos. Além de reconhecida por premiações de modelo de negócio e gestão de recursos humanos, a Edools ajuda empresas como Stefanini, Sebrae, Azul Viagens e IBOPE com seu sistema de gestão da aprendizagem. Atuando em quatro principais segmentos de mercado: Treinamento Corporativo, Preparatórios para Concursos, Cursos Livres e Universidades, e por meio dos modelos de trabalho: plataforma nativa e por projeto, a empresa é conhecida pela melhoria contínua da sua tecnologia para ensino online. Sobre a Edools Fale com um consultor 46 https://www.edools.com/contato/
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