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prova civil 15-04QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS DE DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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Para a eficácia prática da tutela provisória o juiz pode determinar medidas coercitivas destinas a alcançar o respectivo resultado. Quais medidas são estas? Fundamente sua resposta.
As providências variam em função da espécie de tutela provisória, caso o pedido seja a respeito a tutela cautelar as providências conservativas são simples ( bloqueio, indisponibilidade, depoimento, perícia, imposição de multa, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva e caso necessário requisitar o auxílio de força policial). Caso seja referente a antecipação de efeitos da tutela final (antecipada), ocorre a necessidade de medidas aptas a proporcionar a satisfação podendo a exigir atos mais complicados, quando há casos em que ocorra a obrigação de fazer. 
Artigos 294 a 299, 513,519,536,773,805 e 814 do CPC/2015.
2- O rol dos direitos da personalidade, constantes do art. 11 ao 21 do CC constituem um rol exemplificativo ou taxativo? Fundamente o seu argumento.
Os direitos da personalidade constados no Capítulo II do C.C são o conjunto de caracteres e atributos da pessoa humana, referentes ao seu desenvolvimento físico, moral, espiritual e intelectual. Estão atrelados à ideia de direitos existenciais (extrapatrimoniais), tais direitos englobam integridade física (direito à vida, à saúde) a integridade intelectual (abrange a liberdade de pensamento e os direitos morais do autor,  e a integridade moral (abrange a proteção à honra, ao recato e à identidade pessoal). Todo e qualquer rol de direitos da personalidade é meramente exemplificativo, porque os direitos da personalidade têm como cláusula geral o princípio da dignidade da pessoa humana .
Art. 1º, inc. III,CF 
Art 5° caput, CF 
Art. 24 da Lei nº 9.610/1998
1ª parte do Enunciado nº 274 do CJF. 
Súmula 37 STJ
3- As tutelas provisórias de urgência podem ser deferidas de ofício? Fundamente o seu argumento.
De acordo com o art. 302 do CPC, há uma responsabilidade objetiva do requerente se a tutela de urgência for revogada. A parte pode não querer se submeter a essa responsabilidade objetiva e, nesta hipótese, não irá requerer a tutela de urgência. A responsabilidade objetiva impede a concessão de ofício de tutela de urgência. No Entanto os juízes concederão tutela cautelar de oficio e não concederão tutela antecipada de oficio. No NCPC não há previsão específica a respeito da concessão da tutela de urgência de ofício. A requisição da tutela de urgência (antecipada e cautelar) pode ser formulado: Pelo autor; Pelo réu (em ações dúplices ou na reconvenção),Pelo Ministério Público. Segundo a doutrina: No sentido contrário de que não é possível a concessão da tutela provisória de ofício pelo magistrado, se justificando no fato de que, “a efetivação da tutela provisória dá-se sob responsabilidade objetiva do beneficiário da tutela, que deverá arcar com os prejuízos causados ao adversário, se for cassada ou reformada a decisão.” (DIDIER JUNIOR, 2015)
E segundo a jurisprudência, a hipótese de deferimento por ofício fica resguardada, a princípio, às situações ligadas ao Direito Previdenciário e ao Direito de Família.
Lei 13.105/2015, artigos 294 a 311 do CPC e 932, II do CPC.
4 Significa que em casos de repersussão nacional que apresentem problemas crônicos da sociedade que estejam em evidência e sejam relevantes para discussão nos mais diversos setores da sociedade, não devem e não podem cair em esquecimento visto que são noticiados, relatados ou divulgados de forma lícita. No entanto demonstra que como  afeta diretamente a honra, boa fama, o direito ao esquecimento não deve prevalecer sobre o direito a personalidade que é protegido pela constituição federal. O direito ao esquecimento infere que um fato ruim seja esquecido em função do tempo, porém afeta a os direitos da personalidade, visto que mesmo fatos negativos servem para contribuição positiva evolução e aprendizado  da sociedade como  um todo. Não se pode dar esquecimento a um fato que venha futuramente a construir discussões positivas acerca da evolução das relações sociais e pessoais. Por isto esta tese dá prevalência aos direitos de personalidade em relação ao direito ao esquecimento.
5 Sim, visto que o terceito poderá entrar como  polo ativo na demanda e reclamar um direito lhe concedido nos termos contratuais que representa, poderá em função de algum ônus e criando um dever jurídico que extrapola os limites contratuais caso os contratantes não respeitem o negócio celebrado. O princípio da relatividade do contrato não é absoluto. Pois está submetido princípio da função social do contrato, pois o contrato possui um papel social e não pode ser ignorado por terceiros. Nesse sentido, pode até mesmo ser invocado contra terceiros que violem as cláusulas contratuais.
Desta maneira se expressa a doutrina:
No exemplo em que , BARROS (2005, p. 223) afirma que “as exceções do princípio da relatividade são: a estipulação em favor de terceiro; a responsabilidade dos herdeiros quanto ao cumprimento do contrato do de cujus, até as forças da herança; e o poder do consumidor acionar judicialmente o fabricante, produtor, construtor ou importador, mesmo não tendo contratado diretamente com eles, na hipótese de reparação de danos causados por defeitos ou informações insuficientes do produto”.
E tambem, GAGLIANO e PAMPLONA FILHO (2006, p. 40/41) “retiram-se ainda outras exceções ao princípio da relatividade, quais sejam: o contrato com pessoa a declarar, e ainda os casos onde é necessária a “relativização do princípio da relatividade subjetiva”, por exemplo, quando se constata a violação de regras de ordem pública e interesse social”.
Ou seja, quando o contrato é afetado em sua execução e o interesse é geral em função de que venha atingir "terceiros" estes poderão alegar o devido interesse como meio de minimizar os efeitos, no caso quase sempre negativos para o bom andamento do contrato.

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