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A formação de urina começa pelo glomérulo/corpúsculo renal, através do processo de filtração do líquido dos capilares glomerulares (que estão dentro da cápsula de Bowman). Os capilares glomerulares têm uma exclusividade: possuem fenestras (como se fossem aberturas). É por lá, que o sangue que chega aos capilares é filtrado. Porém, essas fenestras não são grandes para que não estravasse tudo que está no capilar, elas têm um tamanho que não permite a passagem das proteínas Portanto, os capilares glomerulares são impermeáveis as proteínas grandes (maiores que a albumina, as menores que ela, passam) A filtração glomerular corresponde a cerca de 20% do fluxo plasmático renal, ou seja, 20% (1/5) do sangue que chega ao rim, atravessa o glomérulo e vira filtrado para a cápsula de Bowman. Os eventos da formação de urina são com o objetivo de que ocorra uma “purificação” do sangue, onde substâncias tóxicas, em excesso, ou desiquilibradas saem do sangue em direção ao local de condução da urina para serem eliminadas do organismo A arteríola aferente entra no corpúsculo renal Ao entrar, ela se ramifica em capilares glomerulares (repletos de fenestras) Depois, os capilares se unem novamente e dão origem a arteríola eferente, que sairá do corpúsculo renal Durante esse processo, no corpúsculo renal, ocorre a filtração, em que os capilares que estão dentro desse corpúsculo, dentro da cápsula de Bowman, permitem a saída de substâncias, de seu interior para o espaço de Bowman, onde estará o filtrado. De todo o sangue que é filtrado (sai dos capilares e cai na cápsula de Bowman), apenas 1% vira urina. Se tudo que fosse filtrado fosse excretado, beberíamos muita água e faríamos muito xixi. Em um adulto, são filtrados 180 litros de sangue por dia, que passa várias vezes por esse processo. O que não vira urina sai dos túbulos contorcidos, da alça de Henle e do ducto coletor volta para a circulação. O néfron é inteiro arrodeado por vasos sanguíneos, logo temos a dinâmica de sair líquido e soluto do filtrado de volta para o sangue, sendo esse o processo de reabsorção. Se temos um fármaco que é eliminado por via renal, e é muito grande para que passe pelas fenestras e seja eliminado na filtração, ele passa pela secreção. Da mesma forma que temos agua e outros solutos saindo e voltando para os vasos sanguineos, temos moleculas saindo do vaso sanguineo e entrando nos tubulos, e isso é a secreção Ou seja, a secreção é a saida de moleculas maiores dos vasos sanguineos para dentro dos tubulos (integrando-se ao filtrado) que não saíram pela filtração Ou seja, a filtração e a secreção adicionam componentes à urina enquanto a reabsorção elimina água e soluto dela Portanto, o volume urinario excretado (urina) é resultado do proceso de filtração + secreção tubular – reabsorção Formação da urina Formação da urina A principal função do corpusculo é fazer a filtração glomecular Aqui há a rede de capilares fenestrados proprios para a filtração, que retêm no sistema vascular componentes celulares e proteínas de médio a elavado peso molecular Essas fenestras tem de 100 a 1000 vezes mais permeabilidade que um capilar comum. Componentes: Capsula de Bowman e os capilares glomerulares (na imagem, é a parte que está pintada de branco), é nessa região que estará o filtrado formado (que saiu do capilar na filtração) Para que o sangue saia do capilar e vire o filtrado no espaço de Bowman, ele tem que passar por três camadas histologicas desse vaso sanguíneo: – áreas ricas em cargas eletricas negativas que repeles as proteínas, mais um fator, (além de não passar pelas fenestras devido ao seu grande tamanhao), que impede que as proteínas passem, evidenciando o quanto não é correto que tenha proteínas na urina. – não tem fenestras. Ela tem uma rede/trama de colágeno e fibrílas proteoglicanas que recobre e protege a camada endotelial. Serva para filtrar a água e pequenos solutos. Essa é uma segunda garantia para que não haja passagem de proteínas que sejam menores que a albumina, por exemplo. Não há células Tecido conjuntivo: extrutura extracelular amorfa (sem forma) Seleciona o filtrado através de cargas elétricas negativas (repelindo as proteínas) Tem função estrutural, já que é suporte para o endotélio Composta por colágeno (tipo IV) e proteoglicanos. – recobrem a superficie externa dos capilares glomerulares, constituindo a última barreira para que o filtrado caia no espaço de Bowman. Esses podocitos formam as fendas de filtração do podócito, espaço entre suas projeções, onde o filtrado passará. Essa é a camada visceral da capsula de Bowman. Essas celulas têm diversas projeções (“pés”), e por isso recebe esse nome Atuam de forma seletiva sobre a membrana glomerular através de carga elétrica moluecular e tamanho (menores que a Albumina), caso a membrana Basal tenha deixado passar algo São a última barreira a ser vencida pelo filtrado, para que caia no espaço de Bowan Atuam na manutenção da arquitetura glomerular: a presença dos podócitos da a caracteristica do glomerulo, para que os vasos fiquem em trama, já que esses podócitos “agarram” os vasos São os podócitos que fazem a sintese a a manutenção dos componentes da membrana basal glomerular: produzem colágeno tipo IV e proteoglicanos Atuam na sintese e secreção de hormônios. Essa é uma microscopia eletrônica de varredura, mostrando as fenestras do endotélio glomerular, cheio de “buraquinhos”. Na luz do glomérulo há sangue., e após todas essas etapas, o sangue se torna filtrado Pode ocorrer por: lesão renal, substânicas tóxicas, captopril (droga), diabetes, alterações circulatórias, etc. Se o podocito é lesionado, perdemos o terceiro filtro e também o segundo (membrana basal do capilar glomerular), já que é o podócito que produz os componentes da segunda camada Então, perdemos a interação harmoniosa entre as três camadas, e podemos ter macromoléculas passando para a urina. Se tenho proteína na urina é porque: é muito pequena ou há lesão glomerular. A albumina serve como linha de corte: maior que ela, não deve ser filtrada. Menor que ela (7 000 Da), pode ser filtrada e passar pelas três camadas do capilar glomerular. . Além da travessia dessas três camadas, existem outros fatores. 1º. Características da membrana do capilar glomerular: a membrana do capilar pode estar com muitas fibras colágenas e proteoglicanos ou não, sendo que quanto menos tiver, mais fácil é de as substâncias passarem (já que fica mais “fina”). O que determina isso é a ação do podócito, que pode ser variável dentro do mesmo corpúsculo renal. 2º. Fatores hemodinâmicos: − Pressão hidrostática: pressão que o líquido/sangue faz na parede do capilar − Pressão oncótica ou coloidosmótica: pressão/força com que os solutos, principalmente as proteínas plasmáticas, seguram o líquido dentro do vaso sanguíneo, não deixando com que ele extravase. Por osmose, o líquido tende a ficar onde está mais concentrado de soluto, que é no sangue, cheio de proteínas (e não no espaço de Bowman, que tem o filtrado apenas com proteínas pequenas). Ou seja, essa é a força que as proteínas fazem para manter o líquido junto delas − Pressão exercida do corpúsculo glomerular: pressão arterial, do sangue 3º. Fluxo sanguíneo renal: pressão de filtração, quanto mais sangue, mas volume será filtrado. 4º. Diâmetro das arteríolas: se a arteríola aferente está em vasoconstrição, chegará menos sangue para ser filtrado, já que seu diâmetro está menor. Assim, há menos sangue chegando na cápsula de Bowman, produzindo menos filtrado. Se há uma vasodilação, haverá mais sangue para ser filtrado, já que seu diâmetro é maior. 5º. A área disponível para filtração (as três barreias) e a sua permeabilidade. a taxa de filtração glomerular não deve ser afetada, por isso,esses fatores devem estar íntegros para que o sangue seja filtrado e purificado, e possamos eliminar componentes tóxicos. Caso isso não ocorra, os problemas urinários podem ter efeitos em quaisquer outros sistemas do organismo. Um dos parâmetros para analisar se a função de filtração está normal é a TFG, sendo um importante parâmetro clínico de função renal. A TFG, é expressa em: Ml de filtrado glomerular/kg (peso)/min. Uma taxa de filtração glomerular normal gira em torno de 5,2 ml/kg/min. → é o que deve ter de filtrado, não de urina. Exemplo, um animal com 10 kg, qual a sua TFG normal? Seria de 52 ml/min., ou seja, é isso que esse animal tem que produzir de filtrado em um minuto. Nem mais e nem menos. Existem mecanismos que tentam manter essa taxa de filtração glomerular dentro de parâmetros normais, sem filtrar nem mais nem menos: Controle intrínseco (autorregulação). Pode ser executado através do: 1. Reflexo miogênico: a arteríola aferente contrai quando a pressão arterial média sobe. A pressão subiu, ou seja, o sangue chega com mais força e rapidez. Para tentar equilibrar, a arteríola aferente responde a distensão e se contrai (vasoconstrição), reduzindo o volume que está chegando, equilibrando e mantendo a TFG normal. 2. Feed Back túbulo glomerular: esse mecanismo não responde a alterações de pressão, mas sim de concentração de sódio nos túbulos renais. Se tem muito ou pouco sódio, as arteríolas aferentes vão responder. Quem faz essa percepção da concentração de sódio são as células da mácula densa, que estão ou no túbulo contorcido distal ou na alça de Henle. O Aparelho Justaglomerular (AJG) tem como função principal, a regulação do fluxo sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular, ou seja, quanto sangue está chegando e quanto dele está sendo filtrado para ser excretado do corpo, e por isso tem intima relação com o controle de pressão e sódio no organismo. É formado, essencialmente, pela mácula densa, células mesangiais e alguns vasos sanguíneos, como as arteríolas aferentes e eferentes O aparelho justaglomerular, que é a junção dos componentes: Vasculares: arteríola aferente e eferente Tubular: onde entram as células especializadas : São células da musculatura lisa das arteríolas aferentes, que estão próximos das células da macula densa. Essas células são diferenciadas, contém grânulos secretórios de renina, responsável por transformar angiotensinogenio em angiotensina I no fígado. : As células podem estar no túbulo distal, mas estão principalmente no segmento lateral do ramo espesso ascendente da alça de Henle. O que determina se vai estar na alça de Henle ou túbulo contorcido distal é se o néfron é medular ou cortical, Ou seja, essas células se localizam próximas da entrada do corpúsculo renal/ glomérulo, entre as arteríolas aferentes e eferentes, permitindo o contato com elas Ocupam o espaço entre as arteríolas aferente e eferente e a macula densa, subindo até entre os capilares glomerulares. Essa é a camada de região mesangial. A função dessas células é ajudar o processo de contração desse região. Apresentam receptores AT1 e AT2 para a angiotensina II (isoforma mais ativa da angiotensina). Ao ativar os receptores de angiotensina, diminui-se o fluxo sanguíneo glomerular, já que contrai o vaso (vasoconstrição) diminuindo o diâmetro e fazendo com que menos sangue possa passar ali. Também temos receptores para o fator natriurético (tipo A, B e C), que é um peptídeo que controla a eliminação de sódio, ajudando a regular a pressão arterial. são livremente filtradas, ou seja, tem que passar pelas três barreiras e cair nos túbulo renais, saindo de dentro do capilar sanguíneo. Portanto, se um exame de sangue tem altos níveis dessas substâncias (azotemia), é sinal de mal funcionamento dos rins e de filtração inadequada, revelando uma alteração nessas barreiras de passagem. é o contrário. Da água que vai ser filtrada, 99% será reabsorvida, saindo do túbulo e caído de volta na circulação.
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